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Segunda, 27 Agosto 2018 14:35

SEM TRAUMAS

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SEM TRAUMAS

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão”  (Gl 5.1)

 

A carta aos Gálatas foi uma das primeiras epistolas escritas por Paulo logo após sua conversão na estrada de Damasco (At 9.1-9). Paulo não fez parte do grupo dos doze discípulos de Jesus, todavia, foi escolhido por Cristo para um apostolado único e diferenciado. Deus o chamou e não permitiu que ele levasse a mensagem de salvação na Palestina e marcou seu campo de atuação no mundo fora dessa nação. Segundo Paulo, ele trabalhou mais abundantemente que todos os doze, exceto Cristo (1 Co 15.10). Sob a inspiração do Espírito Santo, Paulo é o autor de trezes cartas no Novo Testamento.

As pessoas gostam de conversar entre si, mas dentre todos os assuntos o conceito de liberdade certamente é um tema muito usual. Fala-se das liberdades individuais pelos operadores do Direito, inclusive essas liberdades são citadas em um capítulo inteiro na lei maior do Brasil. Fala-se da liberdade social, da liberdade de empreendimentos, de fazer negócios e logicamente da liberdade de professar a crença religiosa.

Paulo antes de sua conversão, sob a lei mosaica, certamente que era um judeu piedoso. Posteriormente passou a não tolerar os cristãos a ponto de ter participado da morte de Estevão e empreender diversas perseguições em desfavor dos cristãos por todo o mundo de então (At 7.54-57; Fp 3.4-6). Pode-se dizer que ele viveu toda a plenitude da lei mosaica, no sentido do cumprimento das imposições de regras e normas, que além de não serem poucas, havia ainda o perverso entendimento dos doutores da lei que criavam e impunham mais regras ao povo. Era mesmo uma vida por demais dificultosa acrescentada à já difícil vida da grande maioria do povo judeu.

Após sua conversão, Paulo escreveu à comunidade Cristã da região da Galácia, mostrando a diferença entre o rigor da lei e a simplicidade da graça e do amor de Deus, explicando que os dois sistemas não poderiam existir simultaneamente no coração das pessoas. Paulo não só conhecia a pesada imposição da lei como fazia questão de subjugar aqueles que estavam debaixo da lei. Era necessário então que os novos convertidos, agora justificados pelo sacrifício único de Jesus, não vivessem mais sob a influência das regras, normas e religiosidade que oprimia e os levava a uma vida de escravos. Paulo não argumentava contra a circuncisão (aqui como ritual e norma), mas contra a tentativa de transformar esse ritual numa exigência para a salvação. Noutras palavras, ele afirmava que os novos cristãos estavam livres e nessa liberdade eles deveriam permanecer firmes, de maneira a não voltar ao regime de servidão de outrora. Pense!

Perceba nos dias atuais que muitas pessoas vivem presas a tantas normas. Presas ao passado, presas a crenças pessoais, presas as tradições de seus antepassados e pior, presas a conceitos humanos. Não conseguem entender que por meio da fé em Cristo, estão livres e assim devem permanecer, aliás, foi para isso que Jesus se sacrificou. Para estes que ainda permanecem presos, pode-se dizer que vivem uma liberdade mentirosa, justamente por não compreenderem perfeitamente o conceito da liberdade que receberam por meio da fé em Cristo! Atente isso na sua vida!

E uma vez livres por meio do sacrifício de Cristo, não é possível que ainda falte entendimento para enxergar que não devem retornar à vida de outrora. Lembre-se que muitos hebreus até pensaram em voltar ao Egito quando as primeiras dificuldades surgiram na caminhada para a terra prometida (Nm 14.1-4). Mas existe nos dias atuais aqueles que também olham para trás com ternura e desejo da vida que os prendia, tal qual a mulher de Ló, presa ao passado. Deus os havia livrado de uma cidade moralmente perdida, mas era justamente nessa perdição que o coração dela estava preso (Gn 19.23-29). Em ambos os exemplos – dos hebreus e da mulher de Ló -, Deus havia promovido a liberdade, mas eles desejavam voltar. Incrível isso!

Há uma canção que aborda o medo do homem. A letra diz que o homem não é mais escravo do medo, mas é filho de Deus e filho de Deus não tem o espírito do medo (2 Tm 1.7). De maneira idêntica muitos vivem nessa perversa situação. Foram libertos por Cristo, mas insistem em permanecer com medo, presos que estão nas crenças pessoais, nos preceitos humanos e presos às circunstâncias que surgiram ao longo da vida.  Erroneamente acreditam que podem perder a salvação e continuam escravos. Reflita seriamente sobre isso!

Portanto, entenda de maneira tranquila e sem traumas que Deus tem muito mais para realizar na vida de cada um. Para isso trouxe a liberdade, viva, portanto, a liberdade em Cristo, viva o novo com e em Cristo. Creia nisso!

 Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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