Segunda, 01 Outubro 2018 13:25

CAPITÃO

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CAPITÃO

“Logo aos primeiros sinais do alvorecer, Paulo insistia que todos voltassem a se alimentar, encorajando-os: “Hoje já é o décimo quarto dia que estais em vigília contínua e em absoluto jejum.” (At 27.33)

 

Atos dos Apóstolos bem que poderia ser chamado de Atos de Pedro e Paulo, tal o grande conteúdo sobre estes dois personagens que foram amplamente citados no livro por Lucas. O livro de Atos traz com muita propriedade a expansão da igreja, suas dificuldades iniciais, os milagres que foram consolidando a fé dos novos convertidos e acima de tudo o agir de Deus para que muitas pessoas fossem alcançadas pela graça do evangelho.

Já nos finalmente da narrativa de Lucas, Paulo estava viajando para Roma na condição de preso para ser julgado pela corte romana. Navegavam pelo Mar Mediterrâneo quando uma tempestade atingiu a embarcação (At 27.14-15). Naquela época, sem nenhuma das atuais tecnologias de navegação, foi mesmo Deus quem guiou a embarcação e cuidou de salvar todos os tripulantes e passageiros do naufrágio que parecia certo (At 27.44).

Chamamos de tempestades as turbulências e adversidades que as pessoas enfrentam na vida. Raras as pessoas que afirmam não ter passado por nenhuma intercorrência em sua existência. Desde os pequenos aborrecimentos do dia a dia até situações de real perigo de morte, o homem está á mercê dos acontecimentos, ora dando causa ou ora sendo inserido nelas, mas é praticamente certo que um dia enfrentará uma situação ruim.

Pode-se afirmar que Paulo era um homem experiente no enfrentamento de atribulações. Ele mesmo afirmou ter passado por ocasiões onde o naufrágio quase aconteceu, além de outras situações onde sua vida física correu perigo de morte (2 Co 11.25). Mas desta feita ele estava numa embarcação pequena com outras 276 pessoas e o pavor e a insegurança de todos diante da tempestade eram reais. Paulo viajava na condição de preso e no meio daquela tempestade, os soldados se desesperaram a ponto de desejarem matar os prisioneiros para não serem acusados de negligência, ou seja, havia uma crise e eles por pouco não criaram outra crise com a matança. Os registros de Lucas mostram que de forma incrível Deus usou o centurião romano para salvar não só os demais prisioneiros, mas também a Paulo. Noutras palavras, por amor de um homem, Deus salvou todos os demais (At 27.42-43). Isso te faz lembrar alguma coisa?

Naquela embarcação estavam o oficial comandante da embarcação e sua tripulação, alguns passageiros, presos comuns e o centurião identificado como Júlio com seus comandados (At 27.1-2). Certamente que naquela crise o medo e a sensação de impotência diante das ventanias eram grandes e Deus passou a controlar aquela situação por meio de Paulo. Era prisioneiro, mas passou a dar ordens e motivar a tripulação alertando que ninguém morreria, ou seja, compreenda que quando todos os esforços humanos eram inúteis na solução da crise, tenha no seu coração que são as orientações de Deus que determinam o seu resultado. Naquele ambiente tenso, Paulo passou de prisioneiro a capitão do navio.  Reflita isso!

Traga isso para os dias atuais. Crises familiares, crises financeiras e enfermidades são enfrentamentos típicos de nossos dias. Todos passam por momentos ruins, todos enfrentam crises e logicamente todos se esforçam para dela sair. Usar os recursos que estão ao alcance das pessoas é a maneira mais usual e pode-se afirmar sem sombras de dúvidas que mesmo diante de toda falta tecnólogica de navegação, aqueles marinheiros fizeram de tudo para colocar a embarcação na rota, mas reinava entre eles o senso de fracasso e impotência contra o vento e o pavor de irem parar no fundo do mar.

Paulo poderia se juntar àqueles que não viam solução e aguardar pacientemente a embarcação afundar, afinal como ele estava indo preso, poderia naquele momento desacreditar em tudo, inclusive em Deus. Isso é justamente o que muitos fazem hoje em dia. Nas adversidades perdem a fé, passam a murmurar contra sua própria vida e deixam as coisas seguirem o seu curso. Mas, Paulo fez diferente. Era prisioneiro e se tornou o capitão comandante daquela embarcação. Ele se tornou instrumento nas mãos de Deus para salvar todos eles e pode-se crer que aquelas pessoas passaram a depositar suas confianças em Deus por meio de Paulo. Ele foi a resposta, foi a mensagem de Deus em meio a forte tempestade. Aprenda isso nas suas adversidades!

Portanto, lembre-se que quando no meio de lutas, adversidades e crises, permita ser conduzido por Deus, assuma o comando e seja o capitão de sua vida. Viva assim!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 2018 vezes Última modificação em Sábado, 06 Outubro 2018 23:47
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