Segunda, 11 Fevereiro 2019 13:57

CARTAS

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CARTAS

“Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens” (2 Co 3.2).

Essa foi a palavra de Paulo aos membros da comunidade cristã da então cidade de Corinto, quando aqueles questionaram se o ministério de Paulo era autorizado e por quem (2 Co 3.1-5). Paulo foi o autor dessa epístola e de outras 12, totalizando treze registros, cujos conteúdos se tornaram no maior material doutrinário do cristianismo. No século I, a população nativa da cidade de Corinto sofria os impactos culturais de muitas pessoas que entravam e saíam pelo seu porto marítimo. A vida social se revelava um caos, principalmente pela intensa atividade das prostitutas cultuais no templo da deusa Afrodite. Era justamente neste ambiente que estava instalada uma comunidade cristã.

Até pouco tempo atrás, as pessoas se comunicavam por meio de cartas, usando os serviços dos correios. As longas distâncias e as saudades eram minimizadas quando uma carta chegava às mãos do destinatário. Com o tempo essa modalidade de comunicação se esvaziou e hoje, com tantas outras formas de comunicação, a carta manuscrita se tornou uma raridade. Ninguém mais se comunica assim.

Interessante que os integrantes da igreja em Corinto foram chamados por Paulo como cartas, ou seja, na visão de Paulo, eles eram mensagens vivas, enviadas ao mundo de então cujo conteúdo dava bom testemunho do evangelho de Jesus Cristo. No meio daquela sociedade, estavam homens que tinham conhecido Cristo por meio de Paulo, mas mesmo assim, estes o acusavam de não ter uma carta de recomendação de Jerusalém. Resumindo, eles acreditaram no evangelho pregado por Paulo, mas ao mesmo tempo tinham lá suas desconfianças se Paulo era mesmo quem afirmava ser.

Perceba que na sociedade, as pessoas convivem com inúmeras outras pessoas. Ora na família, ora no trabalho, nas ruas, dentro de ônibus ou nas faculdades, ninguém está só. É neste ponto que querendo ou não, os crentes em Jesus deixam na vida de outras pessoas uma mensagem daquilo que ele é, seja por meio de atitudes, posturas e reações comportamentais. Reflita isso!

Veja que as cartas entre as pessoas podem conter boas ou más notícias. O certo é que o destinatário terá como verdade a carta que ele vê e isso implica de maneira muito clara que ao crente, cabe dar bom testemunho ao mundo daquilo que crê e principalmente vive, sob pena de ser uma carta que não traduz uma verdade. Entenda que justamente aqui está o grande desafio nos dias de hoje, quando muitas pessoas até se dizem cartas de Cristo, mas não carregam nenhum conteúdo, suas posturas e atitudes demonstram que são cartas em branco, sem nada em seu interior. Pense nisso!

Interessante que Paulo, certamente preocupado com as possíveis interações dos cristãos com membros da sociedade de Corinto, deixava claro que eles eram uma carta vista e lida por todos os homens, amigos e conhecidos (2 Co 3.2). Noutras palavras, eles eram a mensagem que todos conheceriam por meio das posturas e das atitudes junto àquela sociedade. Como cartas de Cristo, elas tinham a capacidade de transformarem o ambiente por onde passassem.

Traga isso para o tempo presente e veja a mesma coisa. Todos os crentes atuais são cartas ambulantes em todos os ambientes e cenários, que ao serem observados pela sociedade em suas atitudes, comportamentos e maneira de falar frente às tantas situações cotidianas, apenas revelarão a coerência ou não das suas ações com o discurso cristão. Não esqueçam que em todos os momentos as pessoas fazem a leitura de outras pessoas, portanto, seja uma carta com excelente conteúdo cristão, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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