Segunda, 06 Maio 2019 14:54

INTERVENÇÃO

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INTERVENÇÃO

“Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;” (Gn 11.5) 

 

O profeta Moisés foi o autor do livro de Gênesis. Trata-se da narrativa da origem de tudo. Neste livro estão registradas todas as criações de Deus, passando pela terra, pelos mares, pelas estrelas, pelo firmamento, pelos animais, pelas vegetações e pela mais sublime criação de Deus: o homem que foi criado conforme a imagem e semelhança do Criador.

Logo após o dilúvio, Deus estabeleceu um pacto, uma aliança com Noé. Neste compromisso, Deus disse que jamais iria destruir a terra e que a descendência de Noé, deveria se multiplicar e se espalhar pela terra ocupando e povoando os territórios (Gn 9.1;7)

Sobre acordo e pactos, atente que na vida secular, as pessoas também estabelecem acordos ou firmam compromissos e alianças. Contratos entre pessoas são usados para definir quem faz o que naquilo que foi celebrado ou ajustado. Assim são comuns os contratos de compra e venda, de aluguéis de imóveis e tantos outros sobre os mais diversos objetos. Mas como o homem nem sempre cumpre seus contratos, é comum que outras pessoas sejam testemunhas para validarem o acordo, além do registro em cartório estabelecendo responsabilidades para o caso de quebra contratual.

Na vigência da aliança de Deus com Noé e seus descendentes, geração pós-geração eles vinham confirmando o que havia sido estabelecido, tanto que é possível ver os nomes de todos aqueles que nasceram depois desta aliança (Gn 10). Pode-se conjeturar que por meio das tradições orais os mais velhos iam instruindo os mais novos sobre a ordenança de Deus de multiplicarem e ocuparem a planícies, vales e montes.

Deus firmou o compromisso de não mais destruir a terra e havia ordenado soberanamente que a terra fosse ocupada, que os descendentes de Noé se multiplicassem e essa aliança foi sendo cumprida paulatinamente (Gn 10; Nm 23.19). Todavia, em determinado momento surgiram influências negativas que se espalharam no meio daquele povo e eles simplesmente resolveram não mais ocupar a vastidão da terra que estava à frente (Gn 11.4). Noutras palavras, quebraram o compromisso!

Saiba que o homem tem sonhos, tem projetos e deseja em seu coração que eles se realizem. Isso é salutar e faz parte da vida. Sem avançar pelas planícies os homens iniciaram a construção de uma torre para ali se fixarem, contrariando a aliança com Deus que havia sido estabelecida anteriormente com os antepassados. Muito certamente que todos eles tinham conhecimento da aliança por meio dos ensinamentos orais e das tradições que passavam de pai para filho. E mesmo sabendo deliberaram não obedecer. Reflita sobre sua obediência!

Compreenda que um daqueles homens começou a influenciar o restante a permanecerem naquele lugar e isso contaminou todos eles, ou seja, deram ouvidos a conversas paralelas e de comum acordo resolveram contrariar Deus (Gn 11.3-4). Tenha em mente que quando os planos do homem entram em conflito com o propósito de Deus, Salomão já dizia que somente o conselho de Deus vai permanecer em pé (Pv 19.21). Todo aquele povo quebrou o acordo com Deus, ficou evidenciada uma quebra coletiva do compromisso firmado. Noutras palavras, o homem até pode até achar correto o que está realizando, tudo pode estar indo muito bem, mas nem tudo que está indo bem tem o aval de Deus. Que o diga Jonas que fugindo da presença do Pai, achou uma porta de navio aberta e todos sabem onde ele foi parar (Jn 1.3).

Todo aquele alvoroço de ficarem naquele vale e construírem a torre não passava dos desejos e da vontade humana, totalmente fora dos planos de Deus e ante aquela situação, Deus resolveu intervir (Gn 11.5-7). Lembre-se que nada fica escondido aos olhos de Deus, mas muita gente ainda se faz de bobo, mudando as coisas de forma a ludibriar o Criador e depois se perguntam por que esse ou aquele projeto não deu certo. Pense!

O incrível é que Deus fez uma intervenção sutil, apenas mudou a linguagem deles de maneira que ninguém entendia o que o outro falava (Gn 11.7). Logicamente que Deus poderia mandar fogo e derrubar a torre ferindo muitas pessoas, mas novamente prevaleceu a misericórdia divina pela mais bela criatura que foi criada. Todos eles foram preservados com vida para que, mesmo sem entenderam o que havia se passado, continuassem a serem instrumentos naquilo que o Pai já havia estabelecido que era ocupar e povoar as terras. Entenda que fora dos propósitos de Deus, as pessoas falam e ninguém entende, mas dentro do que o Pai idealizou, mesmo falando línguas diferentes, todos vão entender (At 2.4-7). Reflita isso!

Aprenda por meio deste episódio que fora da vontade de Deus os sonhos e projetos do homem são apenas boas intenções. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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