Segunda, 25 Maio 2020 18:42

PERIGO

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PERIGO

“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao SENHOR, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta Lei;”(Dt 31.12).

 

Escrito por Moisés, Deuteronômio é o quinto livro da Bíblia e faz parte do denominado Pentateuco, ou seja, grupo de cinco livros cuja autoria é creditada a Moisés (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Quando escravos no Egito os Hebreus apenas cumpriam ordens, fazer e não fazer, todavia, como estavam saindo da escravidão para liberdade, eles precisavam de normas, de leis que impusessem regras de forma clara para uma criarem a identidade do povo de Deus.

O contexto da passagem acima está nos últimos discursos de Moisés, ele praticamente estava se despedindo e mesmo já sabedor de que não entraria na terra de Canaã, atente bem que ele ainda tinha forças e ânimo para advertir o povo quanto aos seus comportamentos e atitudes para o futuro. Assim, nos últimos capítulos deste livro, Moisés os lembra das leis, do poder de Deus que os tirou da escravidão e faz um reforço pedagógico sobre a necessidade de eles serem um povo separado, de não se misturarem com as práticas e costumes de outras nações. Resumindo: cumpram a lei, reverenciam e tenham temor a Deus.

Muito se tem falado nas conversas em alta voz e bom tom que o mundo está perdido. Essa análise se sustenta com mais força quando se fazem comparações dos dias atuais com eventos semelhantes décadas atrás. Tem sido cada vez mais claro que o relativismo veio para ficar. A verdade absoluta está ficando mais distante, cada vez mais longe. Hoje as regras e normas que regem a vida em sociedade mudam ao sabor de uma simples brisa. Certo hoje, amanhã não é mais. Nas ruas, nas praças e avenidas perdeu-se o senso do que é certo e do que é errado. Não há regras, não há lei e impera o senso da impunidade. Pense!

O profeta Moisés já advertia o povo hebreu para se precaverem dessa perigosa situação que iria infelizmente ocorrer. Interessante que mesmo severamente advertidos quanto ao perigo e às penalidades caso deixassem de cumprir os mandamentos de Deus, saiba que o povo israelita pagou caro por cada desvio, aliás, por cada transgressão (Gl 6.7). É a justa retribuição pelas ações praticadas. Pense novamente!

Perceba que chega a ser assustador o ambiente nas ruas, nas praças e nas avenidas. Parece não haver regras e cada um faz o que considera em seu coração. Predomina o senso de impunidade tal o comportamento das pessoas em relação ao seu semelhante. Todavia, mais perverso que a situação reinante lá fora, tem sido a falta de temor a Deus dentro das casas, no ambiente doméstico.  Veja que se o mundo lá fora vive sem regras e normas, acredite que no interior das casas é preciso ter limites, ter posturas e comportamentos cristãos. Noutras palavras, do lado de fora da sua casa, o homem não tem competência para impor regras, portanto, o que acontece lá não é problema seu, mas o que acontece das portas para dentro de sua casa, o responsável tem nome: pai, mãe e filhos. Reflita

Saiba que o grande problema que desafia o cristão nos dias atuais é justamente o enfrentamento de tudo aquilo que pode entrar em suas casas e causar a destruição de sua família. Diariamente o ambiente domiciliar é bombardeado com toda sorte de ataques que visam causar trincas, danos e destruição do maior fundamento cristão: o temor a Deus. Veja que literalmente o mundo e suas concupiscências entram facilmente nas casas por meio dos programas de TV, das séries, da internet e de tantas outras tecnologias. Lenda ou não, os livros de história dizem que a cidade de Tróia foi totalmente destruída quando deixou entrar em suas portas um presente dos gregos. Na verdade eram soldados inimigos que foram colocados dentro da cidade por meio de um grande cavalo de madeira. Famoso presente de grego!

Compreenda que nada pode destruir uma família, senão ela mesma. Hoje, devido as circunstâncias, as pessoas se preocupam e dedicam mais tempo com as coisas de fora e pouco ou quase nada com o que entra nos lares, este é o perigo. Lembre-se que o profeta Eli viu o que não existia em Ana (achou que ela estava bêbada), mas foi incompetente para enxergar o mal que já havia entrado em sua casa, deturpando a mente e destruindo seus dois filhos. Ou seja, o que acontecia fora de sua casa se tornou mais importante do que aquilo que estava entrando nela. Resultado: sua família foi destruída (1 Sm 1.17).

Lembre-se ainda que as cidades de Sodoma e Gomorra eram depravadas e Deus resolveu intervir, pode-se dizer que lá o ambiente era de caos. Mas o incrível foi que as filhas de Ló se mantiveram puras (Gn 19.8). Ló teve temor a Deus e não deixou que o mal entrasse em sua casa. Ló guardou sua casa, blindou e fechou as portas. Para encerrar, aprenda: O mal age por concessão, só pode entrar portas adentro aquilo que seus moradores consentem. Ló fechou a porta e o profeta Eli permitiu. Ações diferentes provocam resultados distintos. Estamos entendidos?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 1147 vezes Última modificação em Domingo, 31 Maio 2020 11:46
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