Segunda, 21 Dezembro 2020 10:36

MUDANÇA RADICAL

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MUDANÇA RADICAL

“Aquele que está em Cristo, nova criatura é, as coisas antigas passaram, tudo se fez novo” (2 Co 5.17).

 

Paulo foi o autor das duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Além destas duas epístolas, ele escreveu ainda outras onze, totalizando treze narrativas, se tornando assim o maior doutrinador do cristianismo, depois de Cristo. Nessa segunda carta, o apóstolo trata de diversos assuntos, inclusive sobre a desconfiança que os destinatários tinham sobre o seu chamado e sua autoridade apostólica (2 Co 3.1-5).

Dirigido pelo Espírito Santo, Paulo agrupava grandes e pequenos blocos de informações, de forma que suas ideias atingiam em cheio todos os corações. Numa abordagem sobre o julgamento das obras do homem, Paulo encerra afirmando que o mesmo homem, agora convertido à fé cristã, é uma pessoa transformada e vista como nova criatura em Cristo Jesus (2 Co 5.10-17).

Uma certeza sobre muitas pessoas são as semelhanças físicas entre pais e filhos. Os filhos herdam muitos traços genéticos da mãe e também muitos traços do pai. Assim é comum olhar para os filhos e ver o sorriso do pai, a cor dos cabelos da mãe, a altura física do pai ou mesmo a cor dos olhos e o formato do rosto da mãe. Além de ser uma certeza, essas semelhanças contribuem na felicidade e harmonia familiar. É mesmo motivo de muitas alegrias.

Nessa narrativa o apóstolo Paulo traz o entendimento sobre a conversão dos primeiros cristãos, que temerosos em abandonar a crença anterior, ainda tinham dúvidas sobre como ver o passado deles diante de Deus. Era necessário dar áquelas pessoas a certeza de que estavam caminhando numa nova trilha com Cristo. Novos pensamentos, novas atitudes e novos comportamentos e, logicamente, uma nova história espiritual se iniciava ali, justamente no momento em que creram em Jesus como salvador.

Saiba que existem muitas teorias sobre a responsabilidade pessoal diante de Deus e neste contexto, muita gente acredita que elas carregam consigo a responsabilidade dos erros de seus antepassados. Nesta visão, muita gente crê e até atribui determinados tipos de comportamento e vícios de seus parentes do passado á certas posturas no tempo presente.

Naquela época, século I, quase que a totalidade dos novos convertidos ao cristianismo eram de judeus que já chegavam com seus corações carregados de normas e leis, incutidos em seus corações pelos rabinos e príncipes judaicos. Assim, estes novos convertidos tinham a falsa ideia de que os filhos carregavam os pecados de seus pais. Para fundamentar este pensamento eles tinham um ditado guardado na ponta da língua: “os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos é que se ficaram sensíveis”. (Ez 18.2).

Transportando essa visão para os dias atuais, é como se os pais fossem adúlteros e certo poder iria levar os filhos pelo mesmo caminho da infidelidade. Como se os pais fossem pessoas corruptas e os filhos estariam debaixo de um poder que os levaria ao mesmo caminho da corrupção.  Era neste sentido que Paulo explicava que uma pessoa que recebe Jesus pela fé em seu coração, é uma pessoa que nasceu de novo e naquele momento, inicia-se uma nova história, uma nova vida espiritual diante de Deus. Crendo que Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu, o novo homem foi justificado pelo sangue de Jesus e assim, uma nova realidade espiritual se abre. Resumindo: os filhos possuem os traços hereditários/genéticos de seus pais, todavia, não pode o homem, crente em Jesus, ser morada do Espírito Santo de Deus e ainda assim estar debaixo de uma maldição espiritual de seus antepassados. Cristo trouxe a liberdade espiritual. Reflita!

Compreenda bem que uma pessoa nascida de novo, começa nesse momento uma  nova etapa de vida espiritual (2 Co 5.17). Se tudo se faz novo, é de se convir que a pessoa convertida recebeu a purificação pelo sangue de Cristo e uma nova existência surge pela força do Espírito Santo que fará morada em seu coração (1 Co 6.18-19). Noutras palavras, nenhum homem pode ser morada do Espírito Santo de Deus e ainda assim estar debaixo de uma maldição. 

Compreenda que muita gente gosta de terceirizar a responsabilidade de seus atos, aliás, essa é uma prática muito comum. Assim, é comum o comportamento de muita gente em espiritualizar certas atitudes retirando de si a responsabilidade de suas práticas. Saiba que Deus dotou o homem de poder de escolha e/ou poder de decisão e desta maneira, grande parte do que o mesmo homem faz, é sem sombras de dúvidas, fruto de suas escolhas. Nisso, não se pode atribuir culpa e nem responsabilidade de seus atos nos dias de hoje, aos seus antepassados. Guarde isso!

Atente bem que na visão de muitos discursos triunfalistas e de muitos discursos adocicados, o simples pensamento de um Deus que julga com retidão já causa furor. Séculos atrás o profeta Ezequiel clarificou este pensamento afirmando que: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ez 18.20). Entenda, portanto, que o passado é passado e Deus o apaga, mas as responsabilidades são inidividuais (Is 43.25). E hoje convertido pela fé em Cristo Jesus, sendo templo e morada do Espírito Santo, limpo e remido pelo sangue de Jesus, o homem passou por uma mudança espiritual radical. É uma nova pessoa, limpa, regenerada e mais, reconciliada com Deus. Creia nisso e viva!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 755 vezes Última modificação em Segunda, 21 Dezembro 2020 20:17
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