Domingo, 28 Novembro 2021 15:09

MENTIRA

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MENTIRA


“Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos.”. (At 15.1)

Escrito por Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos mostra de maneira reduzida toda a trajetória da expansão da fé cristã no primeiro século. Reduzida porque a narrativa tem o seu foco nas ações de uns poucos discípulos, não abarcando as atividades dos demais que saíram pelo mundo de então anunciando a salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Os registros de Lucas mostram muita clareza que em todo o tempo o Espírito Santo se fez presente junto aos discípulos, não só dirigindo as ações mas também apontando a direção para onde deveria ser anunciado o evangelho, capacitando mais pessoas para que as comunidades estabelecidas fossem edificadas na fé em Cristo (At 6.10; 16.1-8).

Embora a bíblia não tenha explicitamente a palavra missionário, não restam dúvidas que missionário é aquela pessoa que, no sentido religioso, se dedica a anunciar para outrem a sua fé e/ou aquele que recebe uma tarefa e se incumbe de realizá-la, como é o caso dos militares que cumprem missões. Veja que o apóstolo Paulo, logo após ser convertido do judaísmo para o cristianismo, recebeu de Jesus, como vaso escolhido, a tarefa de levar o seu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel (At 9.15).

Atente que obediente à missão que recebera, Paulo plantou muitas comunidades por onde o Espírito Santo o direcionava e para essas pessoas que recebiam de bom grado a palavra de salvação, ele mostrava que a salvação se fundamentava por meio da fé em Cristo (Ef 2.8). Um detalhe naquela época era que não haviam os evangelhos de Mateus, nem Marcos, nem Lucas e muito menos de João e nem as cartas que ele Paulo, tinha escrito. A pregação se baseava fundamentalmente nos escritos do Antigo Testamento que anunciavam o Messias que viria para libertar os cativos e nos testemunhos de quem vivera com Jesus e presenciara os milagres. Ou seja, o evangelho era anunciado por quem tinha sido discípulo de Jesus.

Se tem algo nos dias atuais que traz muitas desavenças, são as pressões externas para mudanças das verdades absolutas. Como exemplo, veja que com tantas provas, com tantas imagens evidenciando a Terra como redonda, não há mesmo como aceitar que o planeta seja plano, todavia,  ainda existem muitas pessoas que acreditam piamente que o planeta Terra seja mesmo plano. Outra verdade absoluta é que a morte chegará para todos, indistintamente, e ninguém escapará dela, mas desta grande verdade não há contestações.

A história diz que o evangelho começou a ser anunciado na Judeia e dali ele foi ganhando espaços na geografia do Oriente Médio, de modo que em pouco tempo as boas novas de salvação atingiram um grande público por um território que ia se estendendo mundo afora. Se outrora a busca pelo perdão dos pecados eram fincadas no mérito pelo efetivo cumprimento das ordenanças sacrificiais, essa busca passou a ser desconsiderada por meio do sacrifício único de Jesus, todavia, isso se tornou uma pedra na vida de muita gente.

O apóstolo Paulo deixou claro em suas pregações por onde andava que somente por meio da fé em Jesus Cristo, por meio da graça de Deus é que as pessoas seriam salvas e isso implicava necessariamente que ninguém, ninguém mesmo tinha mérito algum na salvação. E contrariando este entendimento, alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam nas comunidades uma salvação por outro método: se eles não adotassem a circuncisão segundo o costume de Moisés, não poderiam ser salvos (At 15.1). Obviamente, era uma grande mentira que ia de encontro a uma grande verdade e nesse contexto, mais á frente, o mesmo apóstolo Paulo escreveu à comunidade cristã na região da Galácia que eles não deveriam  nem dar ouvidos a nenhuma outra mensagem, pois “…se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.9).

Traga isso para os dias atuais e considere que muitas pessoas ainda não mentalizaram que somente por meio da fé e da graça de Deus é que se pode trazer a salvação ao homem e sem esse entendimento, infelizmente, existe por ai muita gente afirmando conscientemente que o sacrifício de Jesus não tem validade, pois acreditam que a graça e o amor de Deus carecem de um reforço e assim, vivem impondo suas próprias doutrinas de salvação. Ou seja, para estes o sacrifício de Jesus não foi suficiente, uma vez que se impõe a milhares de incautos pesadas cargas que nem seus idealizadores conseguem carregar (Mt 23.4). Pasmem!

Entenda bem que por rituais e/ou mérito humano, ninguém será justificado e nem salvo, mas gente mentirosa já vivia tentando enganar os novos convertidos naquela época e hoje, com tantas possibilidades de acesso a muitas informações, a tática continua a mesma: tem muita gente anunciando por aí que a graça de Deus precisa de uma ajudazinha para salvar o homem pecador. Fuja dessa gente e coloque tão somente seus olhos na força do evangelho e na plena eficácia da graça e do amor de Deus e não se submeta  a caminhos criados por homens (Gl 2.5; Gl 2.16). Estamos combinados? Grande abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 426 vezes Última modificação em Segunda, 29 Novembro 2021 14:27
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