Ministério Ouvindo o Clamor das Nações

Nesta época do ano é bastante comum e até mesmo intuitivo, fazermos um balanço do que nos ocorreu no ano. É o momento de retrospectiva e reflexão. As vitórias, as conquistas, ainda que muitas vezes parciais devem ser valorizadas e trazidas à lembrança. Elas nos mostram que valeu a pena ter lutado. É a prova da superação e, mais do que isto, de que a poderosa mão do SENHOR esteve conosco.

Entretanto, o que dizer das batalhas não ganhas e das perdas que nos sobrevieram nesse período? Como reagir diante dos problemas não resolvidos, dos objetivos não alcançados e dos sonhos não realizados? Será que Deus esteve ausente quando perdemos ou deixamos de conquistar? Evidente que não! O Senhor Jesus afirmou que estaria conosco todos os dias (Mt.28:20), e, Ele é fiel. Jamais falhou em quaisquer de suas promessas. Mesmo nos momentos de grandes dificuldades, de decepções e de dor por nós experimentados, Ele sempre esteve presente.

Contudo, não podemos deixar de considerar o fato de que mesmo sendo autênticos servos de Deus, muitas vezes experimentamos a dor da perda e do insucesso nas mais diversas áreas de nossa vida. É que Deus é justo e, como justo que é, Ele não pode nos aprovar naquilo em que não estamos preparados. Seria uma irresponsabilidade e Deus não é irresponsável. É como um pai que exercendo a função de examinador de candidatos à obtenção da carteira de habilitação para dirigir veículos, em determinado dia se vê na incumbência de examinar o próprio filho. E ao examiná-lo verifica que ele ainda não está devidamente preparado para receber a habilitação. Ainda não consegue dominar o veículo com a habilidade que se requer de um condutor. Neste caso, mesmo sendo um pai amoroso e que torce pelo sucesso do filho, não poderá aprová-lo. No caso, aprovar o filho despreparado seria colocá-lo em risco de se envolver em acidentes o que poderia resultar em danos a sua vida e de terceiros. Esta aprovação seria um ato de irresponsabilidade e um bom pai não agiria assim. Deus como um pai amoroso e responsável não nos aprovará naquilo em que não estamos preparados, daí experimentarmos situações de aparentes derrotas, mas que são na verdade oportunidades para nos prepararmos melhor e então, por justiça sermos aprovados.

Temos de Deus a promessa de vitória. Ele deseja e espera que experimentemos vitórias nas mais diversas áreas de nossa vida. Que, sejamos cabeça e não calda, que estejamos em cima e não debaixo, que tenhamos para emprestar a muitos e não tomar emprestado (Dt. 28). Ele quer que tenhamos saúde e não doença. Que vivamos alegres e não entristecidos. Vencedores e não derrotados. Deus é o maior interessado em nosso sucesso e para isto já nos deixou tudo de que precisamos para uma vida vitoriosa – a sua Palavra. Tudo que precisamos fazer é obedecê-la e então faremos prosperar o nosso caminho (Js. 1.8). Por mais difícil que possa parecer a nossa luta, jamais deveremos desanimar. Se perseverarmos a vitória virá. A cura virá, a porta de trabalho se abrirá, a verdade há de prevalecer, a justiça se manifestará e a felicidade será inevitável. O inimigo, que se levantar contra nós por um caminho, por sete caminhos terá que fugir da nossa presença (Dt. 28.7). A paz, a alegria, a realização pessoal, profissional, ministerial, familiar, material e espiritual, acontecerá. Ainda estamos vivos, o mundo não acabou e Deus não deixou de ser o Deus do Impossível e as suas muitas promessas continuam de pé.

Ao exemplar servo Josué, disse Deus: Já estás velho, entrado em dias; e ainda muitíssima terra ficou para possuir. (Js. 13.1). Josué era de fato velho já próximo de sua partida para a eternidade. Morreu com 110 anos de vida vitoriosa. O que Josué conquistou nenhum de nós conseguiu conquistar. Sob o seu comando, o povo israelita viu o rio Jordão abrir para eles passarem e entrarem na terra prometida. Viram o sol e a lua se deterem por quase um dia inteiro para que pudessem ganhar a guerra contra os amorreus. Extensas porções de terras foram conquistadas por Josué. Presenciaram a espetacular e sobrenatural queda do muro de Jericó. Enfim, foram tantas as vitorias, tantas conquistas e mesmo assim Deus desejava que Josué tivesse conquistado ainda mais. Expressou isso a Josué – muitíssima terra ficou para possuir.

Não sei o que você já conquistou, nem quantas vezes falhou na tentativa de conseguir algo. Não conheço a sua força, nem sei quais são os seus sonhos, mas, uma coisa eu sei: que os sonhos de Deus para mim e para você são maiores do que tudo quanto conseguimos imaginar. Para realizá-los temos à nossa disposição, a sua infalível Palavra e o seu ilimitado poder. Creio que o ano de 2010 não é outra coisa senão uma nova e grande porta de oportunidades que se nos abre. Estou certo de que muita coisa restou para conquistarmos em no novo ano. Não importa o que nem o quanto perdemos no ano que se findou, nem quão decepcionados ficamos e nem o tamanho da nossa força. Em Cristo somos mais do que vencedores. Somos predestinados à vitória, à felicidade e ao sucesso, para a exaltação do poderoso nome de Jesus.

Deus quer que passemos a eternidade com Ele e para isto operou em nós o grande milagre da salvação em Cristo Jesus. Enquanto não chegar a hora de partirmos para a eternidade, o desejo d’Ele é de que desfrutemos da vida abundante que Jesus veio nos dar. Não temos o direito de recusá-la, sob pena de estarmos desmerecendo o que Ele fez por nós. Devemos tomar posse de tudo que Ele nos tem reservado, nenhuma benção pode ser rejeitada ou desvalorizada. A bíblia diz que em todas as coisas somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou. Logo, não podemos admitir o contrário. Nós somos vencedores. Você é um vencedor, uma vencedora, isto é tudo que importa.

Que em 2010 você seja nota dez, aproveitando todas as oportunidades que o Senhor lhe conceder. Seja um conquistador e tribute a Ele toda a honra, toda a glória, todo o louvor e toda a adoração por cada vitória que Ele lhe conceder e que certamente serão muitas. Serão muitas! Muitas! Muitas! Vai nessa tua força. O Senhor é contigo. Um Feliz Ano Novo cheio da presença de Deus. É o que de coração lhe desejo.

José Divilson dos Santos
(Irmão Divilson - Presbítero e advogado)