Quarta, 22 Abril 2015 20:05

NÃO SEJA INGRATO!

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NÃO SEJA INGRATO!

Lucas 17.11-19 - (Cura de dez leprosos)

Nos primórdios, o Senhor Deus orientou Moisés, que retirasse das cidades (arraial), todo leproso, ou seja, todo homem, toda mulher e toda criança que estivesse doente para evitar que o doente contaminasse os demais. Era uma maneira de Deus exigir a pureza do seu povo (Nm 5.1-4). Decorridos muitos anos, essa conduta ainda era praticada no século I, nos tempos de Jesus.

Dois detalhes nessa passagem que sustenta este texto e registrado no livro de Lucas devem ser observados: o primeiro é que este milagre operado por Jesus não é registrado em nenhum outro evangelho e o segundo, uma leitura mais atenta mostra que Jesus estava em Samaria, lugar onde os judeus não eram bem vindos, em virtude da animosidade entre estes e os samaritanos. Todavia, Jesus veio para salvar a todos, inclusive os samaritanos (1 Jo 2.2).

Este feito de Jesus era algo normal em sua vida terrena, ou seja, a cura e libertação de pessoas que imploravam por uma palavra, um gesto ou mesmo um pouco de atenção daquele que não só operava milagres e fazia maravilhas, mas acima de tudo, pregava que a salvação era pela graça de Deus, confrontando com a salvação pelo mérito da Lei de Moisés.

Narra o escritor, que Jesus curou dez leprosos de uma só vez e determinou que eles se apresentassem ao sacerdote, não para que o sacerdote avaliasse a cura feita pelo Mestre, mas para o fiel cumprimento da Lei de Moisés, que determinava alguns procedimentos para que voltassem ao convívio com os demais no arraial (Lv 13.4-6).

Todavia, dos dez doentes que foram curados por Jesus, um voltou para agradecer, voltou para dar glórias a Deus, voltou para glorificar o nome de Jesus. Matematicamente, podemos afirmar que somente 10% dos que foram curados, voltaram para agradecer pela restauração de sua saúde.

Lucas, médico de formação, quando escreveu o evangelho, deixou claro que os fatos registrados em seu Evangelho, foram devidamente testemunhados por pessoas que presenciaram o evento, mas aqui, ele poderia falar um pouco mais sobre os dez leprosos. Poderia dizer quem eram essas pessoas, e se dentre eles havia um saduceu, um fariseu, um comerciante ou um agricultor e poderia, como médico, descrever os devastadores sinais dessa doença. Poderia dizer que a lepra consome a carne, os tendões, os músculos e deixa seu portador irreconhecível. Mas isso de nada valeria, nada acrescentaria ao feito de Jesus, senão a título de informação.

Jesus curou dez leprosos e destes, somente um voltou para agradecer. E este que voltou nem era judeu, era samaritano. Voltando para agradecer ele prostrou-se aos pés de Jesus com o rosto na terra e rendeu-lhe graças.

Jesus curou no passado e tem realizado curas e milagres nos dias atuais. Aqueles leprosos gritaram pela misericórdia de Jesus e hoje, isso não é diferente. Percebe-se que muitas pessoas procuram por Cristo, apresentando diversos problemas, muitos destes problemas com soluções quase impossíveis, mas Jesus, pela sua misericórdia, tem realizado milagres, tem transformado corações e tem libertado pessoas da escravidão de Satanás.

As pessoas recebem sua benção e simplesmente esquece-se de Jesus. Desaparecem! Assim como os nove leprosos, somem depois de terem sido contemplados pelo amor e pela misericórdia do Senhor.

Mas esse comportamento tem nome: ingratidão! Incrível como as pessoas, então dominadas pela tristeza, com o coração angustiado, aflito, servo do pecado e quando se vê liberta pelo poder salvador de Jesus, não possuem a sensibilidade de voltar, agradecer e render-lhe as glórias pela transformação que só Jesus pode operar!

De outra forma, a gratidão implica em dívida. Ora, se recebemos uma benção do Senhor, nada mais natural que voltemos nosso coração para agradecê-lo.  Somos devedores a Jesus!

Pela Sua misericórdia, ELE nos curou, nos libertou do pecado, nos transformou em novas criaturas e tudo isso sem que fôssemos merecedores. Sejamos, portanto, gratos a Deus por tudo o que ELE tem nos proporcionado. Amém?

Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

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