Quarta, 17 Agosto 2016 12:47

RENÚNCIA

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RENÚNCIA

 

“Portanto, sai do meio deles e separai-vos, diz o Senhor... ” (2 Co 6.17)

 

Os irmãos da igreja na cidade de Corinto foram os destinatários de duas cartas de Paulo. Ambas foram escritas num curto espaço de tempo, pouco mais de dois anos entre uma e outra. Nesta segunda carta, o apóstolo Paulo já era sabedor que algumas pessoas o diminuíam perante a igreja local e para isso ele mostra diversas evidências de sua sinceridade, tanto na pregação do evangelho como de seu amor àquela igreja (2 Co 2.17).

Corinto era uma cidade portuária e pode-se crer que muitas pessoas chegavam e saíam daquele município por via marítima. Tinha uma sociedade decadente no aspecto moral, predominava a corrupção e orgias cultuais à deusa Afrodite. Era mesmo uma cidade com uma imoralidade sem precedentes e daí a forte preocupação de Paulo para que os cristãos ficassem longe das práticas pecaminosas daquele povo (2 Co 6.17).

Veja que analisando os dias de hoje em praticamente todas as cidades brasileiras, e comparando-as com a Corinto citada por Paulo, percebe-se poucas diferenças. Diariamente é dada uma notícia que alguém do Governo ou mesmo uma autoridade pública foi presa por estar envolvida em atos de corrupção. Famílias desestruturadas pelas drogas, prostituição, invejas e homicídios inclusive entre familiares, são eventos noticiados de norte a sul (Rm 6.23).

Paulo parece gritar quando adverte aos coríntios a se apartarem das práticas malignas daquela sociedade e esse grito de alerta evidenciava uma dupla separação (2 Co 6.11). Primeiro uma separação moral, ou seja, de tudo aquilo que é contrário à mente de Deus. Atente que em um universo moral, é mesmo impossível que Deus abençoe e use plenamente uma pessoa que esteja na prática de atos mundanos ou em cumplicidade com o pecado. Pense nisso!!

A outra separação que estava implícita na advertência de Paulo é a separação do cristão para o próprio Deus, e isso significa em não se misturar fisicamente com os incrédulos nas suas práticas mundanas. Era preciso uma busca constante pela santidade nos comportamentos, nas atitudes e na maneira de viver (1 Pe 1.15). Foi com esta mesma visão, que Paulo escreveu aos tessalonicenses e evidenciou a necessidade de o crente apresentar um corpo santo, incorrupto e irrepreensível a Deus (2 Ts 5.23). Reflita!

Compreenda que a dinâmica da separação do crente em Jesus dos atos pecaminosos que infestam a sociedade, inclusive a atual, se restringe a renúncia. Impõe-se ao cristão que ele renuncie a participar de diversos atos que são comuns e normais aos incrédulos. É preciso dizer não a si mesmo, subjugar os desejos pessoais, sacrificar as vontades pessoais e gritar sim para Deus e não ao diabo. Paulo ensinou que “ jamais vos coloqueis em jugo desigual com os descrentes. Pois o que há de comum entre a justiça e a injustiça? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? ” (2 Co 6.14). Noutras palavras, não pode o cristão servir a dois senhores e nem cabe viver uma vida dupla (Mt 6.24).

Reconheça a existência nos dias de hoje de muitos cristãos que não se converteram totalmente. Ainda não alcançaram suficientemente a maturidade cristã no sentido de obediência ao Senhor, e neste contexto, embora fisicamente nas igrejas, o coração está longe e distante, ora frequentando lugares incompatíveis e ora sendo cúmplices de atos que desagradam a Deus.  Entenda que o pecado deve ser denunciado e confrontado, creia nisso!

Saiba que ao recomendar que se separassem daquela sociedade idólatra e corrupta, Paulo mostrava aos coríntios que Deus os reconheceria como filhos e filhas, habitaria e andaria com eles (2 Co 6.16-18). Compreenda que renunciar as atividades pecaminosas do mundo secular, implica que o crente deve ter Deus em primeiro lugar, entregando-se a ele plenamente como Senhor de sua vida. Renúncia é antes de tudo a priorização das coisas espirituais em detrimento da vontade pessoal, ou seja, renúncia é obedecer e sujeitar-se a voz e aos mandamentos de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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