Quarta, 28 Setembro 2016 11:55

CONFLITO

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CONFLITO

“Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. ”  (Tg 1.22)

Essa epístola foi escrita por Tiago, irmão de Jesus (Mt 4.21). Ela faz parte das cartas gerais, ou seja, não foi escrita com destinação a uma comunidade específica ou a uma pessoa em particular, mas a um círculo amplo como toda a igreja de Cristo e tem o seu conteúdo com ênfase na prática da vida cristã.

Sobre Tiago, tem-se que ele foi líder da primeira igreja cristã em Jerusalém. Lucas e Paulo registraram em Atos dos Apóstolos e Gálatas, respectivamente, que este mesmo Tiago era homem de grande autoridade (At 12.17; 21.17-18; Gl 1.19). Conforme os registros bíblicos, tem-se que ele converteu ao cristianismo somente após Jesus ressuscitado lhe ter aparecido (1 Co 15.7).

O versículo acima está contextualizado no bloco sobre a obediência do cristão (Tg 1.22-25). Veja que a palavra harmonia num aspecto mais abrangente, tem como sinônimo a concordância e a coerência de determinados atos, e notadamente para os cristãos, essa coerência se resume entre o que se fala, o que se prega e principalmente o que se faz, ou para ser mais exato, o que se vive. É o velho conflito entre o discurso e a ação que toda sociedade enxerga.

Estamos nos aproximando do dia das eleições. Com raras exceções entre os candidatos, compreenda que o povo brasileiro tem muitas razões para desconfiar de seus representantes políticos. Nas campanhas eleitorais eles falam muito bem, pronunciam em alta voz elogios ao seu próprio caráter, à sua integridade e passado certo tempo, eles se veem envolvidos em práticas nada republicanas. Fica evidente o conflito entre o seu discurso e a sua vida política e prática.

Lembre-se que Jesus ao instruir seus discípulos, dava muita atenção aos ensinamentos práticos, de maneira que os discípulos aprendiam pela palavra do Mestre e simultaneamente, enxergavam que Jesus, em suas ações diárias, praticava tudo aquilo que ensinava. Não havia, portanto, nenhum conflito entre o que Jesus falava e o que ele efetivamente praticava. Creia nisso!

Noutro giro, saiba que aos cristãos é dada uma responsabilidade maior, quando comparados com os incrédulos em ações da vida secular. Isso tem fundamento em razão do cristão viver uma vida separada, uma vida diferenciada, uma vida conduzida de forma digna e honesta em todos os segmentos, inclusive nas práticas da doutrina cristã (2 Co 6.17).

“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”, (Jo 13.15), ou seja, o maior exemplo de como pautar a vida cristã é Cristo. Nele não se via nenhuma incoerência, pois o que pregava e ensinava isso também praticava. Veja que Jesus dava o exemplo de como fazer, para que seus discípulos fizessem da mesma forma, desta maneira os seus ensinamentos agregavam um acompanhamento prático.

Reconheça que no meio político mesmo com tanta falsidade e hipocrisia, as situações se encaixam em decorrência de uma vasta rede corporativa que atua naquele meio para ocultar seus atos. Todavia, compreenda que no reino de Deus, a falta de harmonia entre o discurso do cristão e sua ação diária é um indicador que ele está em falta e esse engano pode trazer sérios problemas. Disse Jesus que os impostores e falsários caminham para a perdição (Mt 7.22-23).  Reflita isso!

Saiba que somos mesmo falhos e imperfeitos, sujeitos a cometer erros enquanto aqui estivermos, mas é preciso cuidado para não cair na tentação (1 Co 10.12). Entenda, portanto, hoje e sempre, a importância de não viver em conflito com a doutrina cristã, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus te abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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