Quarta, 12 Outubro 2016 12:03

REGRAS

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REGRAS

“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado; ” (Jo 8.34).

Este versículo, extraído do evangelho Segundo João, mostra Jesus ensinando aos judeus que criam nele. Havia muitas dúvidas desses judeus, pois mesmo acreditando nos sinais e maravilhas operados por Jesus, ainda estavam presos pela lei mosaica que constavam de 613 preceitos, ora positivos e ora negativos. Até se imagina que os fariseus não davam trégua, nem a Jesus com diversos questionamentos na tentativa de achar uma oportunidade para acusá-lo de não cumprir alguns preceitos da lei, e nem aos judeus comuns que acreditando em Jesus, sentiam a pressão dos mandamentos da lei e dos sub mandamentos criados pelos mesmos fariseus.

Veja que de maneira comparativa, o servidor público deve conhecer a lei e não tem a liberdade de fazer ou praticar sua vontade pessoal, ele está sujeito a fazer somente o que a legislação manda em todos os sentidos. A lei ou a norma legal é o que delimita a ação, ou seja, a lei impõe parâmetros e dela o servidor público não pode fugir ou se desviar, sob pena de ser responsabilizado administrativa e até mesmo criminalmente. No outro lado da questão, o colaborador da administração privada, o gestor ou empresário pode fazer tudo que a lei não proíbe. São dois pontos distintos e extremamente opostos.

Neste contexto, percebe-se os mais diversos comentários sobre os crentes em Cristo, e dentre estes tem-se que os crentes “não podem fazer nada, tudo o que faz, está errado”. Saiba que o cristão não pode fazer isso e nem pode fazer aquilo, quando comparados com as pessoas incrédulas. Deus não obriga ninguém fazer isso ou aquilo, apenas requer um comportamento na vida que o agrade, e as atitudes e comportamentos que agradam a Deus são aqueles gerados pelo Espírito Santo e que moldam o caráter cristão (Gl 5.22). As práticas mundanas e o comportamento pecaminoso (Gl 5.19-21), não podem mesmo ser do agrado de um Deus moralmente justo e bom (Dt 32.4). Creia nisso!

Paulo em carta aos Coríntios, assim se expressou: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus (1 Co 10.32). Essa passagem está contextualizada no relacionamento entre os irmãos, mas acima de tudo, mostra ao cristão a necessidade de ter um comportamento padronizado que o difere das demais pessoas. Se Paulo já admoestava sobre o comportamento entre irmãos, mais ainda ele destaca as relações entre o cristão e os de fora, ou seja, aqueles que não comungam a mesma crença (Cl 4.5).

Praticamente todos os dias veiculam notícias de servidores públicos que estão sendo investigados, outros formalmente acusados e alguns presos justamente por ultrapassarem a barreira das normas a que estavam sujeitos. Não há leis que determinam especificamente ao servidor público praticar a corrupção, mas ignoraram as regras e o resultado, ou seja, a justa retribuição pelos atos praticados foi a responsabilização por meio de sentenças privativas de liberdade.

O apóstolo Paulo advertiu aos irmãos da cidade de Éfeso que eles deveriam se revestir da armadura de Deus de forma a estarem firmes contra as espertas armadilhas do diabo (Ef 6.11). Assim sendo, entenda que o cristão não pode sair por aí, mundo afora cometendo toda sorte de pecados, como se fosse um incrédulo, sem lei, sem norma e sem regras. O cristão, crente em Jesus, não só foge do pecado como o rejeita de todas as maneiras (Tg 4.7).  Esse revestimento dito pelo apóstolo é suplementado com o recurso da prática espiritual mais conhecida no meio cristão, a oração: “Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus; ” (Ef 6.18).

Saiba que comprovado a quebra da norma pelo servidor público, este sofrerá com as consequências de seu ato e da mesma forma o cristão, quando incorre em procedimentos que desagradam a Deus. Se na administração pública a sentença final pode ser a exoneração do serviço, ao cristão que não se arrependa (1 Jo 2.1), e continue nas práticas do pecado, a sentença pode ser uma passagem só de ida para o inferno. Palavra do apóstolo Paulo “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Pense nisso!

Portanto, compreenda todos os dias a necessidade de não só conhecer os mandamentos do Senhor, mas fielmente cumpri-los. Renunciando ao pecado e se firmando em Jesus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 1395 vezes Última modificação em Quarta, 12 Outubro 2016 13:38
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