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Quarta, 09 Março 2011 22:53

Jesus é o Caminho

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Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo. 14.6).

Dentre as muitas e maravilhosas instruções dadas por Jesus aos seus discípulos, temos uma em especial que é muito preciosa e de grande valia para todos nós, e que se acha registrada no Evangelho segundo escreveu o evangelista São João, nos primeiros versículos do capítulo de número 14 (quatorze), que diz respeito ao caminho que nos leva a Deus e às moradas celestiais, preparadas por Jesus para aqueles que o amam.

O Senhor Jesus empenhou a sua Palavra aos discípulos, de que ele iria preparar as moradas celestiais e depois que ele as preparasse, voltaria para buscá-los, para estarem para sempre com ele. Interessante notar que ele disse aos discípulos que eles sabiam para onde ele iria, bem como conheciam o caminho. Enquanto dizia isto, Tomé, um dos discípulos o interrompeu e lhe faz então uma pergunta a cerca do que acabara de ouvir do Mestre, já que pairava no seu coração a dúvida quanto ao caminho e quanto ao local para onde ele, Jesus iria. Diante do ocorrido o Senhor passou então a explicar para Tomé e aos demais presentes, sobre o que havia dito a respeito do caminho, de forma que eles pudessem entender e crer de fato nas suas palavras, livrando-os assim da dúvida que havia surgido em seus corações.

A dúvida é tão cruel, que ela nos impede de alcançarmos as bênçãos de Deus, não obstante as nossas reais necessidades e a vontade de Deus em nos abençoar. Quando a dúvida se manifesta, Deus se vê impossibilitado de agir em nosso favor, pois a dúvida é exatamente o contrário da fé, e, sem fé diz a Bíblia Sagrada, que é impossível agradar a Deus. Deus responde é à nossa fé e por isto temos que andar por fé (2 Co. 5.7). A questão da dúvida é tão séria que levou o apóstolo Tiago a tratar desse assunto em sua epístola, para nos advertir sobre esse terrível mal. Assim, inspirado pelo Espírito Santo nos admoestou a fazermos as nossas petições a Deus, sem duvidar.

“Peça, porém com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." (Tg.1.6,7)

Em outras palavras, Tiago está dizendo que a dúvida anula a nossa fé, independentemente de seu tamanho. Tanto faz uma grande fé como uma pequena fé, ambas são anuladas pela dúvida. E, nessa atmosfera da dúvida, Deus não pode responder as nossas petições, pois, Ele não opera na ausência da fé. A fé e a dúvida não poderão caminhar juntas, pois a dúvida invalida a fé. Assim, é preciso lançar fora toda a dúvida se quisermos alcançar algo que desejamos da parte de Deus.

Também é fato que constantemente somos levados a pensar que as nossas lamentações, o nosso grito de dor, as nossas lágrimas, a nossa ansiedade, as nossas necessidades, as nossas lágrimas, por mais reais que elas sejam, enfim, que o nosso desespero irá convencer a Deus a nos atender. Isto não é verdade! Deus não responde a esse tipo de coisas, Ele responde sim, é pela fé que depositamos Nele e na sua Palavra. Quando cremos nas suas promessas Ele é fiel o bastante para fazê-las cumprir na nossa vida. O escritor da Carta aos Hebreus nos deixou bem claro que sem fé é impossível agradar a Deus.

“Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb. 11.6).

O que com muita frequência ocorre é que ouvimos a Palavra de Deus, a fé é então gerada em nosso coração, e assim, em tese estaríamos aptos para pedir e sermos atendidos pelo Pai Eterno. Entretanto, não é bem assim que acontece, pois muito embora a fé seja de fato gerada em nosso coração, muitas vezes paralelamente a ela a dúvida é também gerada no nosso coração, nos impedindo de receber as bênçãos desejadas e buscadas. Ao contrário ainda do que muitos pensam Deus não responde às nossas emoções. Como já dito antes, Deus responde é à fé que temos Nele e na sua Palavra. É assim que Deus funciona, e é bobagem querer tentar inventar outro jeito. Afinal, foi ele mesmo quem afirmou: Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hb. 10.38). Daí ser de extrema importância examinar a sua Palavra, para sabermos como Deus age.

Não foi à toa que Deus exortou a Josué para ele não se apartasse da sua boca o livro da lei (a Palavra de Deus), antes deveria meditar nele dia e noite (Js. 1.8). Por que isso? Porque assim, ele iria não somente ter fé o tempo todo, como não deixaria espaço para a dúvida em seu coração, e dessa forma iria obter resposta às suas orações, fazendo prosperar o seu caminho. E, foi assim que Josué conseguiu a grande façanha de ver o sol e a lua ficarem parados por quase um dia inteiro para que o povo de Israel pudesse ganhar a batalha contra os amorreus (Js. 10.12). Josué não teve qualquer dúvida ao determinar ao sol para que se detivesse em Gibeom e a lua no vale do Ajalom. A Palavra do SENHOR estava continuamente no coração e na boca de Josué. Em razão disso ele teve a fé necessária para fazer o que fez. Ele não duvidou da palavra do SENHOR e nem da sua própria palavra, mas confiou que seria conforme havia dito e assim se deu, para glória e louvor do nome do Senhor Deus. 

Jesus disse aos discípulos que eles sabiam para onde Ele iria, e que eles conheciam o caminho. Mas, os discípulos não acreditaram muito na sua palavra. Então, Tomé, falando pelos demais, se manifestou: Nós não sabemos para onde vai e como podemos saber o caminho? Será que Jesus estava equivocado ao afirmar que eles sabiam o caminho? É claro que não! Jesus jamais cometeu qualquer equívoco, ele nunca erra e a sua palavra é e sempre será a verdade absoluta. (Rm. 3.4 - ...seja sempre Deus verdadeiro e todo homem mentiroso,...). Mas o bondoso Jesus não deixou que os seus discípulos continuassem com aquela dúvida, assim como não quer que nós também vivamos com dúvida em nossos corações a respeito da sua palavra e das suas promessas feita a cada um de nós.

O bondoso mestre esclareceu então aos discípulos a respeito do caminho que leva às moradas do Altíssimo, que leva o homem à presença do Pai Celestial, e esse ensinamento é também para todos nós. Conforme vimos no texto, o Senhor Jesus havia de ir preparar as moradas celestiais para os seus e foi enfático ao afirmar que só há um único caminho de acesso até lá. E, é Ele o próprio caminho. Não há outro meio de se chegar lá, não há outra forma de se chegar a Deus, senão por esse caminho chamado Jesus. Como humano que somos, temos a tendência de acharmos que os nossos méritos, as nossas obras, as nossas necessidades e etc., nos conduzirão a Deus, o que não é verdade. Vemos que ao longo de sua trajetória o homem sempre buscou uma forma de chegar a Deus, e assim foram criadas as inúmeras religiões, com os seus dogmas e rituais, com os seus sacrifícios e pesados jugos impostos sobre os seus adeptos. Enfim, o homem sempre procurou algo que na sua ótica seria capaz de estabelecer ou de restabelecer a sua comunhão com o Criador. Mas, nada disso tem qualquer valor, pois o homem jamais conseguiria chegar a Deus por seus próprios meios. A única forma, o único meio, o único caminho de se chegar a Deus é por intermédio da pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Para nós, cristãos, não restam dúvida de que Jesus é o único caminho que nos conduz a Deus e a vida eterna. Entretanto, esse conhecimento por si só não nos garante que chegaremos lá. Precisamos atentar para algumas peculiaridades desse caminho e, o próprio Senhor nos adverte também que esse caminho é um caminho apertado (Mt. 7.14). E, se ele disse que é apertado, logo não será muito fácil a caminhada por ele. Temos uma tendência natural de acumular coisas, bens, costumes, valores e etc., e queremos carregar tudo isto conosco pela estrada da vida, embora, nem sempre isto seja totalmente possível e algumas coisas têm de ser deixadas para trás. Para entendermos isto basta tomarmos como exemplo a realização de uma viagem de carro com a família. É quase sempre certo que não dará para levar toda a bagagem que se pretenda levar. Não haverá espaço suficiente no veículo, por maior que seja o seu compartimento de bagagem. Não dará para levar tudo àquilo que gostaríamos de levar, principalmente quando as crianças estão incluídas no plano de viagem. Assim, sempre terá que deixar para trás algumas coisas, sem o que não será possível a realização da viagem.

Pois bem, na “viagem” para o lar celestial, não é diferente. Não dá pra se levar toda a bagagem que acumulamos ao longo da nossa vida. O caminho, como disse Jesus, é estreito e não dá para passar por ele com tanta bagagem acumulada no dia a dia. Para seguirmos avante, vamos ter que abrir mão de muitas coisas ou bagagens, caso contrário nos será impossível continuar a viagem. E, essa bagagem, nada mais é do que tudo aquilo que nos prende às coisas desse mundo. O Senhor disse que qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor dele e do evangelho, esse a salvará (Mc. 8.35). Assim temos que nos desprender por completo das coisas desse mundo, porque, para onde vamos, não dá para levá-las, pois o caminho é apertado e a porta é também estreita. (Mt. 7.13,14). Jesus é santo, portanto o caminho que nos conduz a vida eterna é um caminho de santidade e por ele não dá para passar com as obras da impiedade e da velha natureza.

Não podemos nos iludir, para trilharmos esse caminho temos que lançar fora o nosso “eu”, a nossa arrogância, a soberba, o ódio, a falsidade, a mentira, a hipocrisia, a idolatria, a devassidão, a imoralidade, a sensualidade, os desejos e paixões infames, o apego aos bens materiais, a religiosidade, a mágoa, o preconceito e tantas outras coisas mais, que é o que torna pesada e volumosa a nossa bagagem. Com elas não chegaremos lá, pois o caminho é estreito e a porta é apertada.

Mesmo lançando fora as bagagens indesejadas, ainda assim, o caminho continuará sendo estreito e para conseguirmos caminhar com liberdade por esse caminho santo, só há uma maneira: sermos cheios da unção de Deus. Temos que ser ungidos com o óleo santo. Não é assim que fazemos quando queremos introduzir, por exemplo, a nossa mão em alguma vasilha ou orifício apertado? Passamos um pouco de óleo na mão e assim conseguiremos fazê-lo sem nos ferir. Nesse caminho santo não é diferente, temos que ser ungidos, com a unção do Espírito Santo. É na Unção do Espírito que conseguiremos seguir em frente nesse caminho e assim chegaremos até as moradas celestiais. Jamais conseguiremos vencer o pecado sem a presença reinante do Espírito Santo em nossa vida. Mas, com ele, cheio da sua presença, então seremos capazes de lançar fora toda e qualquer bagagem que nos impeça de continuar caminhando pelo novo e vivo caminho – JESUS.

Não poderá, entretanto, haver qualquer dúvida de que Jesus Cristo é o único caminho e que somente por ele chegaremos ao Pai e às moradas celestiais que ele nos foi preparar. Mas há pessoas que embora não duvide disso e de estarem no caminho não conseguem desfrutar das bênçãos nele disponibilizadas. Ora Jesus disse que ele é o caminho, a verdade e a vida. Portanto, Ele, além de ser única forma de se chegar a Deus, é também a verdade absoluta, e a fonte de vida abundante. Muitos são infelizmente os que estão no caminho, que estão na verdade, mas não conseguem estar na vida abundante. São cristãos que não têm vida e não conseguem irradiar a alegria da salvação. Cristãos que só conseguem ver as dificuldades e as muitas tribulações, mas não conseguem ver e sequer imaginar a alegria contagiante que a vitória que os espera é capaz de lhes proporcionar.

Nesse Caminho temos luta sim, mas para cada uma delas há uma vitória já preparada. É verdade que experimentamos alguns momentos de tristeza e de dor, mas há também a alegria do Espírito Santo que nos fortalece e nos faz regozijar. Há perseguição, há tentação, há tantas coisas adversas sim, mas o Senhor nos faz triunfar sobre todas elas. A Verdade nos liberta! O Caminho nos leva a Deus! E, nele, no Caminho nos regozijamos. Poderemos ir para as moradas celestiais, triunfantes e cheios da vida abundante que Jesus veio nos dar, se lançarmos fora toda a dúvida e seguiremos esse novo e vivo caminho, firmados na verdade e cheio de vida.

Que Deus em Cristo Jesus vos abençoe.

José Divilson dos Santos
(Presbítero e advogado)

 

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