Quarta, 19 Abril 2017 12:01

CANAL DIRETO

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CANAL DIRETO

“Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. ” (Lc 23.42)

O evangelista Lucas foi o autor deste evangelho e teve a rara preocupação de narrar que os fatos por ele registrados foram confirmados por testemunhas oculares, dando assim mais credibilidade aos destinatários, inclusive para Teófilo a quem destinou especificamente seu escrito (Lc 1.2-4). 

Este versículo está contextualizado no diálogo ocorrido entre o ladrão que foi salvo e Jesus Cristo, quando ambos estavam crucificados no local denominado Caveira (Lc 23.33). Lucas não registrou os nomes dos dois ladrões crucificados, todavia, coube a um deles entrar para a história do cristianismo, justamente reconhecer a justiça de seu próprio castigo (Lc 23.41), por enxergar um reino além da cruz, no qual Cristo seria o rei (Lc 23.42), e por clamar pela sua salvação nos momentos que antecederam sua morte.

Incrível como muitas pessoas de todas as classes sociais continuam depositando sua confiança na salvação e vida eterna em tudo, menos em Cristo. Mesmo com a universalidade da morte, as pessoas preferem apresentar as mais diversas desculpas quando o assunto é salvação da alma e vida eterna. “Quem sabe amanhã? Hoje não tenho tempo! Vamos deixar para outra oportunidade. Talvez noutra data. Tenho outras coisas para fazer. Preciso aproveitar essa vida só mais um pouquinho”.  Tudo isso são alguns dos motivos mais comuns para desviarem-se do assunto.

Saiba que aqueles dois ladrões eram pessoas comuns daquela sociedade, sem nenhuma condição social que lhes proporcionassem algum privilégio ou mesmo algum benefício. O Império Romano era extremamente cruel nas aplicações de suas sentenças e a crucificação era o método mais utilizado. Atente que os dois ladrões estavam triplamente perdidos, primeiro estavam pendurados na cruz, segundo a morte era questão de tempo e em terceiro lugar, eles não tinham nenhuma perspectiva de salvação eterna. Enquanto um deles blasfemava contra Cristo, o outro, tocado pelo poder do Espírito Santo clamou por misericórdia, arrependeu-se e naquele momento Cristo lhe estendeu a mão (Lc 23.43).

Perceba nos dias atuais as pessoas murmurarem e reclamarem bastante quando atingidos por problemas e adversidades, e grande parte das vezes imputam a Deus a culpa de seus males. Muitos responsabilizam Deus por tudo de errado que lhes acontece e outros tantos chegam a afirmar que Deus nunca os ajuda quando estão em dificuldades. Há também um grupo que nos momentos de grande adversidade e angústia se revoltam e blasfemam contra Deus. Entenda que nas aflições, nas lutas, nas batalhas, nas angústias e nas atribulações, o momento não é de reclamações. Estes são momentos mais que oportunos para copiar o malfeitor, que mesmo pendurado na cruz, sem nenhuma expectativa voltou seu coração a Cristo. Deus não rejeita um coração sincero (Sl 51.17). Pense nisso!

Veja que mesmo um incrédulo, nos momentos de grande desespero, de extrema aflição e medo, grita por Jesus. O ladrão viu sua história mudar quando tudo parecia perdido, e até nos instantes finais que antecederam o seu clamor pela salvação de sua alma, ele não tinha e nem alimentava nenhuma perspectiva de vida eterna. Para aquela multidão que assistia sua agonia e que aguardava sua morte, era o fim da linha, o ponto final. Todavia, ele clamou, Jesus entrou na vida dele, colocou uma vírgula, mudou sua história e o salvou.

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2.5). O apóstolo Paulo, instruindo Timóteo deixa essa questão muito clara quando declara não haver nenhum mediador para remissão dos pecados. Enquanto muitos batem cabeça procurando por algo diferente que os possa salvar, eis Cristo, que ocupa lugar ímpar, é o único e exclusivo representante de Deus, capaz de tornar realidade o propósito salvador para o homem (Hb 8.6).

Os momentos que antecederam a vida daquele ladrão pendurado na cruz, não mostram que ele buscou por algum outro mediador ou que tenha adotado preventivamente algum tipo de comportamento que pudesse lhe salvar. Para receber o milagre da salvação, não diz que ele tinha feito uma campanha, guardado um amuleto, uma moedinha da sorte ou coisa semelhante para usar nos momentos ruins.

Contrário tudo isso, ele estabeleceu um contato direto com quem realmente poderia fazer alguma coisa: Jesus Cristo! Ele clamou diretamente a Cristo. Depositou sua confiança em Cristo. O autor da carta aos Hebreus ensina que somente Cristo pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, ou seja, Cristo vive intercedendo pelos crentes (Hb 7.25).

“o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que possa me fazer o homem” (Hb 13.6). Ele não tinha nenhuma esperança, mas Cristo se inclinou, ajudou e salvou aquele homem. Portanto, compreenda que as bênçãos chegam por meio da fé, quando se estabelece um canal direto com Cristo, sem intermediários, amém?

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr


 

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