Quarta, 23 Agosto 2017 09:05

CONVICÇÃO

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CONVICÇÃO

 

“24; E, levantando ele os olhos, disse: Estou vendo os homens; porque como árvores os vejo andando. 25; Então tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos; e ele, olhando atentamente, ficou restabelecido, pois já via nitidamente todas as coisas.” (Mc 8.25).

 

O versículo acima está no contexto da cura de um cego na cidade de Betsaida. Trata-se de um registro exclusivo de Marcos, não sendo encontrado nos evangelhos dos discípulos Mateus e João e nem do evangelista Lucas (Mc 8.22-26). Perceba que Jesus curou este homem em duas etapas distintas e consecutivas, mas com um detalhe: fez com o cego olhasse para cima, para o alto e firmasse os olhos atentamente.

Num primeiro momento, Jesus usou a saliva para dar vista àquele homem e ante a pergunta do Mestre sobre o que ele enxergava, o cego disse que via os homens daquele lugar como árvores que andavam (Mc 8.24). Na verdade, ele queria dizer que não via nitidamente, sua visão estava embaçada, ele enxergava sombras que caminhavam. Num segundo momento, Cristo o faz olhar com mais atenção, com mais firmeza para cima, para o alto e ele ficou definitivamente curado, e passou a ver perfeitamente (Mc 8.25).  

Pode-se entender que naquele instante, o homem então cego e cujo nome não é relatado, teve não somente a sua visão restaurada, mas ele aprendeu que o ato de obedecer a Cristo e  olhar com mais atenção, com firmeza e convicção, foi o passo derradeiro para concretizar o milagre em sua vida. Obedecer a Cristo, essa foi a senha! Creia nisso.

Nos duas atuais, muitas pessoas ainda estão como o cego de Betsaida. Eram totalmente cegas para o milagre da salvação, vagavam entrelaçados pelas práticas pecaminosas e mundanas, caminhavam conforme o curso deste sistema mundial e debaixo da autoridade do diabo, enfim, viviam na busca desenfreada para satisfazer as vontades imediatas da carne (Ef 2.2-4). Pode-se conjeturar que andavam de cabeça baixa, envergonhadas pela situação que viviam. Mas ao encontrarem Cristo, num primeiro momento, houve o milagre da regeneração, e achando que estavam libertas de sua velha natureza, ainda enxergavam como o cego de Betsaida. Ou seja, ainda enxergavam com embaraços, sem firmeza, sem foco e sem objetivos espirituais. Reflita!

“E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Paulo ensinou aos irmãos da comunidade cristã na cidade de Filipos, ainda novos na fé, que eles não estariam abandonados por Cristo. O Espírito Santo havia iniciado o trabalho de aperfeiçoamento no momento da conversão e este trabalho não seria interrompido. Paulo os estimulava a olharem para Deus, com plena confiança para um alvo real e jamais imaginário, como maneira de vencer os primeiros obstáculos na caminhada cristã.

Essa confiança de levantar os olhos com firmeza gerou naquele homem a restauração de sua cegueira. Para os crentes atuais que ainda enxergam o reino de Deus como sombras e com distorções, o olhar para o alto implica alcançar o pleno conhecimento de Cristo e sua efetiva aproximação da maturidade cristã, progredindo dia após dia na busca pela santidade (Ef 4.13).

“O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra” (Sl 121.2). O versículo que antecede essa passagem mostra a frase “levantarei os meus olhos”. Veja que por motivos variados, muitos cristãos ainda não olham firmemente para o alto, preferindo focalizar outras fontes, principalmente as fontes humanas e agindo desta maneira, permanecem como o cego de Betsaida, enxergando a vida cristã com deformidades.

Cristo poderia perfeitamente operar o milagre na vida daquele cego de uma vez só, de maneira completa e instantânea, assim como fez com outras tantas pessoas. Mas ao determinar num segundo momento que o cego levantasse os olhos e olhasse com firmeza para consolidar a cura, Jesus implicitamente ensinava sobre o valor da obediência da necessidade das pessoas verem o evangelho de maneira mais clara, com mais liberdade, mais espiritualidade e menos religiosidade. Lembre-se que muitos ainda veem o representante da graça de Deus - Cristo - como o cego via, ou seja, como sombras e não como luz num mundo em trevas (Jo 8.12)

Compreenda que muitas pessoas ainda estão com uma visão obscurecida, não enxergando perfeitamente a luz cuja fonte é Cristo. Para crescer espiritualmente e buscar pela santidade, é necessário ampliar a visão, olhando fixamente para o alto, para Jesus autor e consumador da fé (Hb 12.2). Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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