Quarta, 13 Setembro 2017 11:40

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“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. ” (Mt 7.13-14)

 

Mateus morava na cidade de Cafarnaum, foi discípulo de Jesus e fez o registro dessas palavras pronunciadas por Cristo. Antes de atender o chamado para ser discípulo, foi recebedor de tributos para os romanos e em decorrência dessa atividade, seus compatriotas judeus não o tinham em boa estima. Chamado por Jesus, ele respondeu sem hesitação e prontamente atendeu a convocação para segui-lo (Mt 9.9).

Atente que nos dias atuais tem sido muito comum à prática das pessoas darem ampla divulgação de seus comportamentos sociais por meio das tecnologias de vídeos e imagens. Dentre essas pessoas, há aquelas que se intitulam crentes em Jesus e demonstram com suas atitudes, posturas não condizentes com a vida cristã, influenciando negativamente tanto as pessoas de dentro como as de fora da igreja quanto ao evangelho de Cristo. Observe!

Jesus citou os dois versículos acima, fazendo um contraste entre o caminho da salvação e o da perdição, todavia, por meio desses comportamentos, é fácil perceber que este ensinamento de Cristo foi profundamente alterado. A porta estreita, simbolicamente mencionada como entrada para a vida eterna e ilustrada pelo Mestre como dificultosa para a salvação foi tendenciosamente modificada e se tornou, na visão de muitos uma porta larga e espaçosa que suporta todo tipo de comportamento (Mt 7.14b).

Pouco tempo depois de Cristo, o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade cristã na cidade de Corinto, e se viu preocupado com aqueles irmãos e suas interações com aquela sociedade e os advertiu para se apartarem dos costumes deles (2 Co 6.17). Corinto era uma cidade portuária, com muitas pessoas entrando e saindo e eram comuns as festas cultuais para diversos deuses, inclusive à deusa de nome Afrodite. Essa mesma preocupação parece não existir nos dias de hoje, quando se vê o perverso hábito de muitos cristãos saírem por aí, participando, copiando e divulgando comportamentos contrários à doutrina cristã.

Entenda que o crente vive neste mundo (sistema com seus hábitos e costumes), mas é cidadão do céu, aliás, foi neste contexto de nacionalidade, que Paulo lembrou à comunidade cristã em Filipos que embora eles estivessem sob a dominação romana, Roma não era a pátria deles, mas o céu era a “vossa pátria” (Fp 3.20). Veja, portanto, que não é legal que o cristão seja influenciado pela mesma visão deste sistema em todos os sentidos. O crente faz parte da igreja de Cristo e é a igreja quem deve exercer influência pelas boas práticas. Individualmente o cristão deve ser luz num mundo coberto pela escuridão das iniquidades (Mt 5.14-16). É preciso vigilância para que costumes e hábitos estranhos e contrários à doutrina cristã não venham influenciar e fazer parte da vida do cristão, embaraçando sobremaneira a busca pela excelência e conhecimento em Cristo (Ef 4.13).

Sobre essa busca, o apóstolo Paulo reconheceu que ele não tinha e nem havia atingido a perfeição, mas prosseguia firme em conquistá-la (Fp 3.12). Isso significa que embora falho e imperfeito, o cristão luta para manter o padrão moral instituído por Deus em termos de comportamento, postura e atitudes perante o mundo que o cerca. Deus jamais exigiu a prática de uma santidade absoluta, mas determina esforços neste sentido, afinal de contas o cristão deve viver em conformidade com a palavra de Deus (Jo 14.23; Ef 5.1). Fora desta conformidade, ele não é luz e nem pode influenciar positivamente o mundo (Tg 1.22-25). Creia nisso!

Entenda que a porta larga e espaçosa é nada mais e nada menos que a manutenção da mesma vida de outrora, uma vida de ofensas e pecados, e logicamente afastada de Deus (1 Jo 2.16). A manutenção deste tipo de vida contraria todo o contexto de salvação expresso na carta de Paulo aos efésios, justamente por que essas divulgações de atitudes nada cristãs demonstram que não houve mudanças naquilo que antes era vivido (Ef 2.2-3). Se não houve mudanças, não houve conversão. E se não houve conversão, prevalecem as vontades pessoais do passado (Rm 8.5). E prevalecendo as vontades pessoais, não há espaço uma vida nova em Cristo (2 Co 5.17). Simples assim!

 Compreenda, portanto, que o cristão deve sim usar todas as tecnologias disponíveis para se informar, construir amizades, otimizar o tempo, divulgar o evangelho e muitas outras coisas, sem problemas. Mas entenda que um comportamento genuinamente cristão é um dos indicadores que qualifica a entrada pela porta estreita, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 1461 vezes Última modificação em Quarta, 13 Setembro 2017 21:45
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