Quarta, 04 Outubro 2017 09:48

BATALHA

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BATALHA

 

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 6.23)

 

A passagem acima está contextualizada no grande bloco de versículos que abordam sobre a libertação do homem do pecado por meio do poder do Espírito Santo, e encerra concluindo que o salário do pecado é a morte, ou seja, aquele que trabalha para o pecado tem a perdição eterna como pagamento (Rm 6.14-23).

O apóstolo Paulo é o autor da carta aos Romanos e não há registros de que ele tenha estado naquela cidade antes de escrever esta epístola, muito embora naquelas terras italianas já existisse uma comunidade cristã (Rm 15.23). Veja que ao desembarcar preso e escoltado por soldados romanos, um grupo de cristãos foi receber o apóstolo logo que ele desembarcou do navio (At 28.15-16). Pouco se sabe sobre a origem desta comunidade cristã em Roma, mas supõe-se que sejam de judeus que foram dispersos após as perseguições contra a igreja em Jerusalém e imediações. Provavelmente este grupo se juntou a outros grupos que foram se convertendo e assim foi criada a comunidade que recebeu esta epístola de Paulo (Rm 1.5-13).

Recentemente foi noticiada nos jornais, uma pesquisa sobre as inadimplências de muitas pessoas que se encontravam endividadas após terem compras realizadas por meio do cartão de crédito. Elas haviam adquiridos diversos produtos, desde gêneros alimentícios até objetos que depois de comprados, foram encostados em algum lugar da casa, sem serventia. Com a chegada do boleto indicando a data e o valor a ser quitado para saldar o débito, elas se viram sem condições financeiras e o pânico se instalou.

Saiba que muita gente se torna endividada, atraídas que foram pelas propagandas e chamativos das lojas comerciais e depois não tiveram forças para quitar o débito. De maneira similar o diabo também tem colocado a disposição das famílias os seus produtos. Com muita estratégia e marketing agressivo, ele tem enganado os incautos, levando-os a cometerem toda sorte de iniquidades. Há um clichê muito popular que o diabo leva a sério suas atividades, ou seja, ele não brinca de ser diabo. Reflita nisso!

Perceba que no mundo das finanças, as pessoas ficam ansiosas para não perder aquela promoção de comprar hoje e pagar depois. Há pouca ou nenhuma preocupação se futuramente terá condições de fazer o pagamento. O desejo de comprar é mais forte que o medo de não pagar. Daí surge grandes débitos que causam tanto transtorno para o comprador e seus familiares.

Veja que nas transgressões contra a lei de Deus, acontece a mesma coisa. O diabo faz propaganda das práticas do pecado, coloca pisca-pisca, cores, brilhos, luzes e mostra os prazeres que o seu “produto” proporciona, todavia, ao pecar, o homem não enxerga o amanhã, mas vê tão somente os benefícios imediatos em satisfazer sua vontade. Se no mundo da economia o susto chega por meio do boleto lembrando e cobrando o débito, a transgressão contra Deus assusta quando o homem percebe que está literalmente no fundo do poço, sem saída. Reflita!

 Antes mesmo de citar a perdição eterna como resultado final de quem vive em meio aos pecados, Paulo dá ênfase na orientação de que o crente não existe mais para o pecado, mas vive para Deus em Cristo, ou seja, trata-se de uma pessoa que foi transformada, e que embora tenha a velha natureza em si, ele vive agora com Cristo, por Cristo e em Cristo (Rm 6.11). Mais adiante Paulo reforça seu argumento mais uma vez ao afirmar que o pecado não tem domínio sobre o cristão, pois, o crente foi liberto do pecado onde estava preso e nascido de novo, se torna filho de Deus (Jo 1.12; Rm 6.14-18). Creia nisso!

Parece incrível, mas perceba que o devedor financeiro raramente se vê como endividado no futuro. Ele sempre se acha capaz de quitar o débito e nisso, ele vai se enrolando cada vez mais, até que é chamado para negociar com os credores. Noutro lado, pecando continuamente, o homem também acredita que pode parar quando quiser e que tem a situação sob seu domínio, mas no mundo espiritual não há espaço para negociação. Sem arrependimento e sem mudança de mentalidade ele continuará como transgressor, caminhando de mãos dadas com o diabo para a perdição eterna. É a lei da semeadura.

No mundo da economia, há uma batalha para convencer o consumidor a comprar sempre mais, e a consequência do consumo desenfreado são as dívidas. Noutro lado, espiritualmente falando, compreenda a existência de consequências eternas quando se decide continuar no pecado. O povo de Israel foi duramente alertado pelos profetas da época quando caminhou na idolatria e na desobediência. Não ouviram e uns foram mortos e outros tantos escravizados pela Babilônia (Jr 25.1-11). A parábola ensinada por Jesus sobre o filho pródigo mostra que o rapaz se afastou da presença paterna e sofreu as consequências de seus atos, se nivelando com os porcos (Lc 15.16).

Entenda, portanto, a existência de uma batalha espiritual travada dentro do coração de cada um. Assim como o endividado grita vitória ao quitar a dívida, o pecador também se safa da perdição eterna quando pela fé crê que Jesus já pagou sua conta na cruz do calvário. Em Cristo e com Cristo, o crente vence esta batalha (2 Co 5.17).  Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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