Quarta, 18 Outubro 2017 08:35

RESGATE

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RESGATE

Não nos trata segundo os nossos pecados nem nos retribui de acordo com as nossas culpas.” (Sl 103.10)

 

Segundo os especialistas, o salmo 103 foi composto pelo rei Davi e demostra o convite em louvar a Deus, não pela vontade humana, mas pela misericórdia e bondade do Senhor para com os homens. Davi escreveu muitos poemas, cujos conteúdos e abordagens demonstram as condições e circunstâncias que ele viveu em diversos momentos. Dentre todos os poemas que fazem parte do livro de Salmos, existem aqueles de louvores ao Senhor, outros que demonstram alegrias, tristezas e outros que trazem situações históricas, como o salmo 137 que muito provavelmente foi escrito na Babilônia e demostra saudades do povo de Israel para com a terra de Judá.

O versículo acima trata da bondade de Deus, de sua misericórdia e compaixão pelo homem, conquanto pecador, falho, imperfeito e sujeito mesmo a cometer transgressões, todavia, mesmo com todas essas individualidades, o Senhor tem sido zeloso, cuidador e abençoador, não levando em conta essas características, ou seja, atente que Deus manifesta um amor incondicional. Reflita!

Dias atrás, em meio a essa crise econômica, uma matéria jornalística retratava a vida de um homem que fora demitido de seu emprego. Podem-se imaginar os seus pensamentos para com sua família no sentido de prover alimentos na mesa, a preocupação com escola dos filhos, as despesas com água e energia, remédios e outros gastos do cotidiano familiar. Certamente que ele fora útil e teria correspondido as expectativas da empresa, mas sem entrar no mérito da demissão, agora estava descartado. Deixou de ser útil, perdeu o seu valor ou foi trocado por outro.

Às vezes, o cristão também chega a pensar assim, principalmente quando Deus está em silêncio diante do seu clamor. Perceba que essa visão é um grande equívoco, notadamente quando ele ora, suplica a Deus um milagre ou uma benção e fica na expectativa de receber a dádiva divina. Lembre-se que antes de libertar a filha da mulher sirofenícia, possuída por um demônio, Jesus permaneceu em silêncio e seus discípulos até sugeriram que aquela mãe fosse despedida (Mt 15.23). Lembre-se ainda que antes de atender Jairo e ressuscitar sua filha, Cristo curou uma mulher que padecia de uma hemorragia (Mc 5.21-41). Tanto para Jairo como para a mulher cuja filha estava endemoniada, o tempo que esperaram, embora tenha sido relativamente curto, deve ter sido angustiante. Mas Jesus não os despediu e nem os descartou. Ele os atendeu ao seu tempo, Jairo teve sua filha ressuscitada e o demônio teve que abandonar a filha daquela mulher.

Entenda que Jesus não descarta ninguém, ninguém! Na conhecida comissão dos doze, Jesus convocou os discípulos e lhes concedeu virtude e poder para expulsar demônios e curar enfermidades (Lc 9.1-6). Eles foram e cumpriram com esmero a ordem do Mestre, anunciaram o evangelho e curaram muitas pessoas por toda aquela região, inclusive Judas estava entre eles, todavia, logo após foram incapazes de expulsar um demônio de um garoto ((Lc 9.41). Pela lógica humana deveriam todos deveriam ser demitidos pela comprovada incapacidade, mas Cristo não fez nada isso. De forma contrária, Jesus os acolheu e demonstrou com sua atitude o valor das pessoas junto ao reino de Deus. Reflita sobre isso!

“Porquanto o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19.10), isto é, Jesus veio para salvar e não para descartar. No reino de Deus todos possuem utilidade, todos possuem algo para executar e todos são valorizados. Entenda que não teria nenhum sentido Cristo resgatar o pecador e logo depois descartar o mesmo pecador sob quaisquer motivos, não há sentido Jesus chamar e incluir as pessoas para logo depois fazer a exclusão. Compreenda hoje e sempre, Cristo veio resgatar, entretanto, infelizmente as pessoas é que abandonam Jesus (Jo 6.66-68). As parábolas da ovelha e da dracma perdida são ensinos valiosos para a compreensão do valor individual que cada pessoa tem aos olhos do Senhor (Mt 18.11-13; Lc 15.8-10).   

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1). É mesmo cruel e de difícil compreensão as pessoas processarem em suas mentes a demora divina para suas orações e pedidos. Nos dias atuais, a busca por resultados imediatos tem sido a tônica, não há paciência em aguardar um dia, uma semana, um mês e se for para aguardar um ano, é mais que motivo para deduzir que Deus oficializou o abandono. Pense nisso!

O amor de Cristo pela humanidade ultrapassa todo entendimento humano. Lembre-se que Jesus não tratou com Pedro conforme seu comportamento. Pelo contrário, a trajetória de Pedro como discípulo mostra o quanto Cristo valoriza o homem. Quando Jesus falava sobre sua morte, Pedro foi usado pelo diabo para repreender o Mestre (Mt 16.23). Você sabe que noutra ocasião por três vezes consecutivas, ele negou explicitamente a Cristo, mas foi totalmente perdoado e trazido para perto, tanto que mais tarde, Cristo o chamou para apascentar suas ovelhas, ou seja, para cuidar, guiar, orientar e mostrar o caminho da salvação e vida eterna pela graça e amor de Deus (Jo 21.15-17). Reflita isso!

Entenda, portanto, que diferente das empresas seculares que contratam para depois demitirem, Jesus te resgatou. Em Cristo você tem valor, creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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