Quarta, 01 Novembro 2017 12:17

MATURIDADE

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MATURIDADE

“Porque esta mesma noite, um anjo de Deus de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo” (At 27.23)

 

Atos dos Apóstolos escrito pelo evangelista Lucas, narra importantes partes da trajetória inicial da igreja. Após sua conversão, Paulo fez um retiro de aproximados três anos e depois disso ele realizou as conhecidas viagens missionárias, estabelecendo comunidades cristãs, pregando Cristo e anunciando a salvação por meio da graça de Deus (1 Co 1.23). Lucas se tornou companheiro nessas viagens e o livro de Atos retrata detalhes cruciais do início da formação da igreja.

O versículo acima está dentro do contexto que contempla todo o episódio da viagem de Paulo para Roma. Ele estava embarcado no navio junto com outras pessoas, navegando pelo mar Mediterrâneo e enfrentaram uma forte tempestade (At 28.14). Esta intercorrência fez com que o navio atracasse na ilha de nome Malta e tanto a tripulação como os passageiros foram bem recebidos pelos nativos. Posteriormente chegaram ao destino final por meio de outra embarcação (At 28.15-16).

Lembre-se que Jesus disse que os cristãos passariam por aflições e isso é tanto verdade que nenhum cristão pode negar as adversidades, as turbulências e os problemas do dia a dia. Veja que as pessoas passam mesmo por tantas situações que às vezes nem acreditam que elas estejam ocorrendo. Angústias pela perda de familiares, demissão do emprego, doenças, calúnias e tantos outros aborrecimentos corriqueiros são eventos que atingem tanto as famílias como as pessoas. Atente que as lutas não dão trégua, basicamente uma termina e logo começa outra.

Naquela época, os navios não possuíam nenhuma das tecnologias empregadas pelos atuais sistemas de navegação. Não havia sonar, radar e nenhum outro tipo de serviço meteorológico que pudesse prever tempestades. Os marinheiros se orientavam apenas pela experiência. Eles enfrentavam uma tempestade com ventos e o barco estava à deriva, jogado de um lado para outro, e pode-se imaginar a aflição daquelas 276 pessoas que estavam embarcadas (At 27.37).

Junto com os passageiros e tripulação daquele navio estavam Paulo e Lucas e Deus não mediu esforços para que seu nome fosse glorificado. O navio atracou na ilha de Malta e Paulo foi o instrumento nas mãos de Deus para curar e sarar muitas pessoas naquela localidade. Era Deus sendo apresentado a pessoas pagãs por meio de quem estava na condição de preso, ou seja, se para muitos as lutas do cotidiano são motivos de reclamações e murmúrios e até mesmo picos de incredulidade, para Paulo era mais que motivo para anunciar e testemunhar Cristo, para curar, transformar e para falar de vida eterna  (At 28.8-9). Reflita isso nos dias de hoje!

Saiba que Deus trabalha com propósitos na vida de cada um. Há um plano do Criador que é o de levar a graça salvadora a toda criatura, mesmo debaixo de condições e circunstâncias desfavoráveis como a que aconteceu com o apóstolo Paulo. Atente que se Paulo estivesse mais preocupado com a tempestade, com o naufrágio do navio ou com o que lhe aconteceria em Roma, certamente que sua vontade pessoal era a de fugir daquela situação. Mas ele não pensou assim, ele acreditava no Deus que servia!

“o Deus de quem eu sou e a quem sirvo”, são as palavras de Paulo que exprimem exatamente a certeza que ele tinha do Pai que cuida, zela e que jamais abandona seus filhos. Perceba que Paulo diz taxativamente ser filho de Deus e que a este mesmo Deus, ele servia. E servia mesmo nas piores condições como a tempestade que assolava o navio. Compreenda que se hoje para muitos servir a Deus implica status, dinheiro e poder, para Paulo, servir a Deus significava passar por situações de real perigo de morte, mas anunciando com firmeza o propósito de Deus para sua vida (g.n). Reflita sobre isso!

Tenha a certeza que Paulo somente abençoou outras pessoas na ilha de Malta por ter maturidade espiritual superior, por ser um homem sarado, curado de suas feridas que, aliás não foram poucas. Em nome do evangelho, ele sofreu açoites, foi preso, machucado, ferido, escorraçado e tinha quatrocentos motivos para reclamar de sua situação (2 Co 11.24-27).  Hoje as pessoas se magoam por coisas tão simplórias que nem vale o comparativo com os primeiros cristãos e daí, desanimam, fracassa e abandona a fé em Cristo.  Paulo era daqueles homens que sofreram mágoas e feridas profundas em nome de Deus, mas não se deixou levar pelas circunstâncias. “Deus tem cuidado de vós”, já afirmava o discípulo Pedro (1 Pe 5.7b). Não permita o crescimento de seu fracasso espiritual pelas feridas que te provocaram (g.n). Pense seriamente nisso!

Naquele navio Paulo estava sendo escoltado e vigiado por soldados romanos, e mesmo assim não deixou que as preocupações terrenas lhe tirassem do foco que Deus havia lhe reservado. “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). A parte final deste versículo explica a ocorrência do bem, ou seja, para aquelas pessoas chamadas para um propósito de Deus. Outrora Paulo era um escravo da lei mosaica, mas agora era um construtor que recebeu e atendeu ao chamado de Cristo para propagar sua palavra (At 9.5-6).

Reconheça, portanto, a importância de ter maturidade espiritual para mesmo nas adversidades abençoar outras pessoas, vivendo o real propósito de Deus para sua vida. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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