Terça, 05 Dezembro 2017 23:26

MENSAGEM

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MENSAGEM

 

“Portanto, caros irmãos, rogo-vos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.  (Rm 12.1)

 

A carta aos Romanos, ditada por Paulo e escrita por Tércio foi dirigida a comunidade cristã que estava baseada na cidade de Roma (Rm 16.22). Muito provavelmente aquela comunidade em Roma se consolidou por meio dos novos convertidos que, fugindo das perseguições na Palestina, se estabeleceram na capital italiana. A igreja em Roma já existia por algum tempo quando Paulo escreveu a epístola, muito embora Paulo não os conhecesse e somente teve contato com eles quando desembarcou em Roma, na condição de preso (Rm 1.8; At 28.15).  Dentre os diversos ensinos desta carta, tem-se a justificação pela fé e o conhecimento sobre a redenção de Cristo para toda a humanidade, dentre outros (Rm 2.11).

Na carta, o apóstolo Paulo escreve um grande bloco abordando a vida e o serviço cristão para a glória de Deus. E escreve enfatizando que homem salvo é a grande mensagem da salvação de Cristo para toda humanidade (Rm 12.1-15.13).

Com muita frequência se ouve comentários de terceiros sobre comportamentos individuais de cristãos. Alguns são válidos para o engrandecimento do nome de Cristo principalmente quando o crente apresenta postura digna de um verdadeiro cristão. Todavia, há aqueles que se intitulam cristãos, possuem comportamentos reprováveis e é daí que surgem os comentários negativos que afastam as pessoas do evangelho. Ao cristão, cabe refletir sobre suas atitudes mundo afora numa sociedade permeada pela corrupção e decadência espiritual. Pense nisso!

Paulo, então fariseu convicto, dominava e conhecia bem os rituais judaicos e apresenta bem essa transição sacerdotal em Romanos. Ele mostra que outrora, o sacrifício dos animais com o derramamento de sangue para purificação dos pecados encerrou no sacrifício único de Jesus e agora, o homem, crente e regenerado se torna o sacrifício vivo. Noutras palavras, hoje o cristão é a mensagem viva da graça de Deus ao povo. Essa mensagem é apresentada diuturnamente quando o homem se oferta a Deus, para o cumprimento da vontade dele, em detrimento de suas vontades pessoais.

Compreenda que neste sacrifício vivo, o homem morre para as coisas do mundo e vive para Deus cumprir seus propósitos. O sacrifício vivo é matar os interesses e desejos da carne para que sejam vivificadas as boas obras do Espírito Santo (Gl 5.22). Ou seja, é a escolha de uma nova vida buscando permanentemente a perfeição, de forma que a vontade de Deus seja glorificada e obviamente enxergada por todos.

Resumidamente, perceba que para todos os cristãos de todas as épocas, agradar a Deus é levar uma vida longe das práticas do pecado. Um sacrifício vivo e agradável a Deus é apresentar comportamento e postura dentro dos parâmetros éticos cristãos. É morrer para o mundo, vivendo para Cristo (Rm 6.11). Paulo alertava aos irmãos romanos que todo o corpo deveria ser apresentado como oferta a Deus, assim, todo entendimento, pensamento e todas as áreas da vida deveriam estar sob a vontade e o domínio de Deus (Tg 4.7). 

Embora muitos se intitulam cristãos, atente que estão longe de apresentarem-se como “a mensagem” da graça de Cristo para as pessoas. Suas atitudes são reprováveis e seus comportamentos mais se assemelham aos dos incrédulos. Guardam rancor, em vez de perdoarem. Desejam o mal para o próximo, falam mentiras e desconhecem o que seja justiça. São construtores de contendas, desavenças, visam os seus próprios interesses e não pregam a paz. Enfim, com estas atitudes não se prestam mesmo a ser a mensagem da graça. Reflita”

Lembre-se que no AT os sacrifícios dos animais com a consequente queima da gordura, subiam como cheiro suave ao Senhor e os animais deveriam ser puros e sem defeito (Lv 1.3; 9). Muito embora essa característica de estar puro e ser perfeito seja a busca diária do cristão, entenda que o sacrifício vivo é a busca constante pela santidade, e essa busca passa necessariamente pela separação do mundo e de suas concupiscências. Entenda que se no AT Deus não aceitava um animal impuro, renunciar ao mundo e suas práticas nos dias atuais são antes de tudo dar prioridade às coisas espirituais em detrimento da vontade pessoal (Sl 28.7).

Compreenda assim, a importância da separação do cristão para o próprio Deus. Isso significa a busca constante pela perfeição nos comportamentos, nas atitudes e na maneira de viver, aproximando-se de Deus e se afastando do pecado (1 Pe 1.15).  Saiba que cultuar racionalmente a Deus é o homem se ofertando em sacrifício vivo, de maneira que os propósitos de Deus se façam cumprir em sua vida. Lembre-se que por onde caminhar, o homem pode ser uma mensagem viva e ambulante da graça e do amor de Deus, ou não. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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