Imprimir esta página
Terça, 20 Fevereiro 2018 11:14

MENU

Escrito por
Avalie este item
(5 votos)

MENU

“Não comereis dele nada cru, nem cozido em água; o animal inteiro, incluindo a cabeça, as pernas e os miúdos, será assado em brasa.” (Ex 12.9)

 

O livro de Êxodo traz a saída do povo hebreu do Egito em direção a Canaã. Foi escrito por Moisés e os registros impressionam não só pela logística da movimentação de um grande número de pessoas e animais, mas pelas condições e circunstâncias do trajeto em meio ao deserto. Percebe-se ainda no livro a ocorrências de eventos sobrenaturais ocorridos na caminhada, numa clara demonstração do zelo e cuidado de Deus como provedor daquele povo, que progredia debaixo de uma palavra, de uma promessa desde a saída daquelas terras.

Antes da saída propriamente dita do Egito, Deus ordenou o sacrifício de um cordeiro, citou várias normas para realização deste sacrifício e dentre essas normas, uma era a de passar o sangue do cordeiro nos umbrais da porta, como sinal de libertação e de juízo. Outra regra era a de comer o cordeiro por inteiro. Tudo isso em sinal de obediência (Ex 12).

Com o crescente número das tecnologias, tornou-se comum nas redes sociais e fora delas a possibilidade das pessoas comentarem. Aliás, desde então surgiu especialistas em comentar sobre tudo. Saiba que grandes e pequenas empresas até fomentam este tipo de crítica em seus canais de atendimento, como forma de mensurar seu desempenho e fidelizar os clientes para com seus produtos. Algumas empresas avançaram um pouco mais e criaram formulários para conhecer as opiniões de seus clientes e desta maneira melhorar seus produtos.

Lembre-se que Deus resgatou o povo hebreu da escravidão e na saída das terras egípcias em direção a Canaã, o Senhor deu ordens expressas para sacrificarem um cordeiro e logo depois eles começaram a caminhada. Como escravo no Egito, o povo hebreu havia perdido sua identidade e Deus orientou Moisés na formação da nação judaica, estabelecendo leis e procedimentos cerimoniais, de forma a criar na mente daquele povo uma nova nação.

O sacrifício daquele cordeiro, com todas as suas regras e normas, foi exatamente dar o primeiro ensinamento sobre obediência, ou seja, as regras deveriam ser seguidas, de forma que aquela família que não tivesse passado o sangue nos umbrais da porta perderia o seu primogênito. Compreenda neste ponto, que Deus estava dando ordens expressas para fazer daquele jeito e que de outra maneira haveria um preço a ser pago. Reflita sobre as consequências da desobediência!

E mais, do cordeiro, deveriam comer todas as partes inclusive os pés, a cabeça e as vísceras, resumindo, eles deveriam comer o que Deus estava ofertando, ou seja, o cardápio era o de Deus. Não poderiam comer aquilo que desejassem, mas aquilo que Deus estava determinando. Não poderiam escolher a parte que mais gostariam, mas tão somente aquilo que Deus estava ordenando. Noutras palavras, o cardápio estava pronto e não caberiam questionamentos. Pense!

Entenda que se houvesse a possibilidade de voltar no tempo, muitas pessoas atuais iriam tecer críticas sobre a maneira que Deus mandou comer o cordeiro, iriam chover comentários criticando abertamente o cardápio que não agradou. “Pés? Vísceras? Cabeça? Não quero comer, não gosto disso, não tem outra opção?” Essas seriam as hipotéticas indagações e comentários. Mas perceba que elas de nada valeriam. O cardápio de Deus veio sem opções de mudanças. Pense isso!

Atente nos dias atuais, que muitos reclamam que a palavra ministrada na igreja não foi boa ou que não agradou. São comuns esses comentários, alguns até mais ácidos com críticas teológicas profundas, enquanto outros procuram teses para fundamentar suas opiniões numa clara demonstração de um orgulho exacerbado, esquecendo-se que Paulo disse a Timóteo que toda a Escritura é divinamente inspirada, favorável para ensinar, para responder, para corrigir e para instruir todos em justiça. Para que desta maneira todo homem seja apto e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.14-17).

Com raras exceções, grande parte das vezes, muitos desejam ouvir somente daquilo que lhes apraz. Fazem caras e bocas quando a palavra ministrada o confronta em suas atitudes e comportamentos, notadamente quando sua postura não está alinhada com os mandamentos de Cristo. Reconheça que Deus concede o cardápio certo para cada um, na porção exata. Deus é o dono da Palavra e soberano em suas decisões. Reflita!

O povo hebreu obedeceu quanto às regras do sacrifício. Comeram sim os pés, a cabeça e a fressura do carneiro e o resto da história é amplamente conhecida. Nenhum hebreu perdeu o seu primogênito e saíram da escravidão para a liberdade debaixo da palavra do Senhor. Aprenda, portanto, que o cardápio de Deus pode até ser indigesto e nem ser do seu agrado, entretanto, o menu de Deus é bom, perfeito e palatável, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 1367 vezes