Terça, 10 Abril 2018 13:58

FESTA

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FESTA

“Ora, o carcereiro, tendo acordado e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e ia suicidar-se, supondo que os presos tivessem fugido.”  (At 16.27)

 

O livro de Atos foi escrito por Lucas, o mesmo que também escreveu o terceiro evangelho. Atos retrata de maneira muito profunda a gênese da igreja, suas dificuldades, os primeiros personagens e diversos milagres, além de deixar claro como o cristianismo se propagou no mundo de então.  Lucas registrou as perseguições, momentos de intensas pressões contra os novos convertidos, o que gerou naquela época diversas advertências sobre a vigilância pessoal dos membros das comunidades cristãs que iam surgindo. Afinal era mais interessante tratar com os reais inimigos do Evangelho que estavam fora da igreja do que com os falsos irmãos que estavam dentro das comunidades. Reflita isso nos dias de hoje!

Acima está o episódio de uma tentativa de suicídio de um homem, cujo nome Lucas não mencionou. A história deste homem está dentro do contexto da prisão de Paulo e Silas ocorrida na cidade de Filipos (At 16.11-34)

Vivemos na era dos números. Para tudo há contagem. Conta-se a população, contam-se a produção industrial, conta-se a quantidade de estudantes, os números de pessoas casadas e solteiras e tudo isso é amplamente divulgado. E conta-se também a quantidade de pessoas que cometem o ato extremo de darem fim a própria vida. De posse de todos estes dados, o governo cria políticas públicas para atender essas demandas.

Veja que Paulo e Silas estavam presos por causa do evangelho. Momento antes eles haviam libertado uma mulher de um espírito adivinhador e isso trouxe descontentamento aos “donos” daquela mulher, que viram secar sua fonte de lucro (At 16.16-17). Açoitados, eles foram lançados na prisão e mesmo encarcerados, cantavam hinos de louvor a Deus.

Naquela mesma noite, Deus libertou os dois, após o prédio da cadeia ser abalado em decorrência de um terremoto. Certamente que assustado pela barulheira do abalo, o carcereiro que estava dormindo acordou e sentindo que os presos haviam fugido, tentou se matar, sendo impedido por Paulo.

Saiba que o procedimento de contar coisas e fatos é conduta recente, mas entenda que mesmo na época deste episódio, a notícia de alguém que veio a praticar um ato extremo contra a própria vida era um fato que causava tristeza. Pode-se conjeturar o sofrimento de famílias que perderam seus entes queridos em condições que não as naturais, aliás, em termos de políticas públicas do governo, as ações para frear os números não incluem procedimentos para consolar os familiares.

Antes que o carcereiro cometesse o ato, Deus interviu de maneira sobrenatural. Perceba que ali estavam dois homens que tinham seus corações sarados e curados. Não tinham guardado nenhum rancor dos açoites recebidos e nem das humilhações que passaram por falarem a verdade sobre o nome de Jesus. Mesmo feridos e provavelmente sangrando pelos açoites que sofreram, ainda tiveram forças para impedir que o diabo levasse mais uma alma para o inferno. Bem diferentes dos crentes atuais, onde a mágoa e o rancor ainda ocupam seus corações, impedindo que a graça e o amor de Deus cresça na mesma proporção do amor de Cristo na cruz do calvário. Reflita!

“Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?” (At 16.30).  Impedido de dar sua alma ao Diabo, o carcereiro descobriu que podia fazer mais e melhor. Fez a clássica pergunta sobre como se salvar. Teve como resposta que crer em Jesus era a chave para a salvação e ainda conduziria seus familiares para o mesmo caminho. Uma vez salvo de cometer o desatino contra si mesmo, aquele homem se tornou a mensagem de salvação a todos os seus familiares. Bem provável que tenha contado como quis dar fim a sua vida e como Deus, por meio de Paulo e Silas, o resgatou. Ato contínuo ele levou Paulo e Silas a sua casa, ofertando um banquete.

Reconheça que naquela mesa onde deveria estar o defunto, agora era adornada com pratos e talheres para um banquete. Onde deveria ter choro e lágrimas, agora havia alegrias, sorrisos e abraços de felicitações comemorando a salvação e a vida, e com um detalhe, vida em Cristo.

Mesmo quando a situação for desesperadora e o diabo ofertar o ato extremo, creia que Deus pode mudar a história. O que era para ser uma tragédia se tornou uma festa familiar, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

Ler 1701 vezes Última modificação em Terça, 10 Abril 2018 15:59
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