Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 26 Agosto 2023 18:19

PROFESSOR

PROFESSOR

“O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.”(Fp 4.9)

 

A carta de Paulo à comunidade cristã que estava na cidade de Filipos é uma carta cheia de amor, de bondade e acima de tudo, de agradecimento. Segundo os historiadores, Paulo matinha uma excelente relação de afeto com a igreja de Filipenses. Certa feita, aqueles irmãos de Filipos se reuniram e enviaram recursos financeiros a Paulo como forma de ajudá-lo e ele aproveitou o momento para não só agradecer, mas também animá-los diante das adversidade que não eram poucas com o seu exemplo, com frases de incentivo e exortações à firmeza na fé cristã (Fp 1.27- 30; Fp 2.12-18).

A passagem acima está dentro de um amplo contexto. Paulo instrui a igreja e os motiva a manterem o sentimento de alegria, mesmo diante das dificuldade dando como exemplo, a sua própria pessoa (Fp 4.1-9). Era como se Paulo fosse o professor e a igreja de Filipos, os alunos.

Compreenda que em todos os setores da sociedade, existem poucas opções de modelos morais a serem copiados. O mundo político apresenta inúmeras razões de desconfiança com tantas personalidades envolvidas em escândalos de corrupção. Diversas outras atividades que poderiam ser referências, nem sempre cumprem bem o seu papel de baluarte da moralidade e da honestidade. Enfim, exemplos a serem seguidos são poucos e raros, infelizmente.

Naquela época, Século I, os novos cristãos enfrentavam problemas de toda ordem. De um lado haviam os judaizantes que os perseguiam por não comungarem mais a lei de Moisés. Noutro lado, o império Romano não dava trégua e vez por outra fazia prisões. Os parentes também não aceitavam que seus familiares professassem a fé em Cristo e se não bastasse tudo isso, eles ainda enfrentavam desavenças internas no coração, com promessas de Deus ainda não realizadas. Enfim, problemas não faltavam!

E nessa toada com ataques de todos os lados, Paulo os motivava a continuarem caminhando, não dando créditos às vozes que queriam tão somente desestimulá-los e fazerem voltar atrás, á vida de outrora. E para embasar seus argumentos, Paulo mostrava que sua vida era um livro aberto, todos sabiam das perseguições que ele tinha sido vítima por causa do evangelho, sabiam das tentativas de morte, do naufrágio e das prisões, portanto, se tinha alguém como referência e como exemplo a ser copiado, esse era sem dúvidas o próprio Paulo (2 Co 6.4-6).

Uma inovação atual mostra que milhares de pessoas vivem e conseguem se manter por meio de trabalho nas redes sociais, vendendo inúmeros produtos, alguns que nem eles mesmo usam, mas estão ali, apresentando roupas, perfumes, produtos eletro eletrônicos, enfim, qualquer coisa pode gerar renda. Essas pessoas são conhecidas como influenciadores digitais e possuem milhões de seguidores. E nesse sentido, em tese, elas são tidas como referências, exemplos de modelos a serem copiados em suas atitudes e comportamentos.

“O que também aprendestes…,e vistes em mim, isso fazei..” (Fp 4.9). Sabedor das lutas que os Filipenses enfrentavam, Paulo se posicionava como professor e orientava os irmãos de Corinto a imitá-lo em suas atitudes e comportamentos que glorificavam a Deus. Ou seja, a sociedade de Corinto em vez de exaltar a Deus por meio de suas postura, o contrariava em muitos aspectos e Paulo se contrapunha à cultura social daquela época  e chamava a igreja a imitá-lo.

Trazendo isso para os dias atuais, considere que esse é o grande desafio atual: encontrar modelos e referências cristãs num ambiente permeado pelas práticas inadequadas que vão de encontro aos mandamentos divinos, até porque certas influências mais corrompem que edificam (1 Co 15.33). ‘Faça o que eu faço’, talvez essas fossem as palavras de Paulo, todavia, entenda que nos dias de hoje nem sempre isso acontece.

Hoje predomina a incoerência de muita gente, quando suas ações não se harmonizam com seus discursos. Jesus, inclusive citou os fariseus, taxando-os de sepulcros caiados e bonitos por fora, mas imundos por dentro (Mt 23.27). Veja que  Paulo teve sua visão espiritual mudada de forma radical após sua conversão e se tornou referência a ser seguida no trato com as pessoas, na doutrina cristã e na fé em Deus. Foi e continua, um grande professor. Reflita!

Com tantos modelos e referências ruins por aí, hoje, mais que nunca os mais novos precisam de referências aprovadas, de personalidades modelos que exalam a moralidade e que sirvam de exemplo a serem copiados. Nesse sentido, buscar referências em pessoas comprovadamente tementes a Deus é antes de mais nada, sinal de inteligência e discernimento. É difícil, mas não é impossível. Jesus deu uma dica de bons exemplos a serem seguidos: basta ver os frutos e os conhecerás (Lc 6.44). É só ficar de olho! Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 22 Agosto 2023 22:53

22/08/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 20 Agosto 2023 22:57

20/08/2023 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Sábado, 19 Agosto 2023 19:05

REVOLUÇÃO

REVOLUÇÃO

 

“Não te maravilhes de te ter dito: necessário vos é nascer de novo.”(Jo 3.7)

 

Discípulo de Jesus, João acompanhou os movimentos do Mestre com muita proximidade. Pode-se dizer que bebeu direito da fonte, tal era sua afinidade com Cristo. Dos discípulos foi quem mais escreveu, sendo de sua autoria o quarto evangelho, o livro de Apocalipse e outras três pequenas cartas, essas com destinatários distintos. Em seu evangelho, João deixou registrado que Jesus operou muitos milagres e que se todos eles fossem registrados, não haveriam livros bastantes para esses registros (Jo 21.25).

A passagem acima está contextualizada num encontro inusitado de Jesus com um dos líderes do judaísmo, um fariseu de nome Nicodemos (Jo 3.1-15).

Considere que a sociedade passa por grandes transformações, algumas são mesmo revolucionárias. Mudanças sociais com o aumento da população, mudanças na saúde com a chegada de novos medicamentos e a descoberta de novas doenças, mudanças sanitárias, mudanças tecnológicas e mudanças educacionais com o aumento de escolas e universidades ofertando mais educação e conhecimento às pessoas. Mas com tantas mudanças no mundo, o grande desafio é mudar a mente das pessoas, porque isto implica em desfazer de velhos costumes e hábitos que estão há tempos enraizados em seus corações.

O texto afirma que Nicodemos era um líder judaico e veio para se encontrar com Jesus e pode-se imaginar que ele veio pelas sombras da noite para não ser percebido. Não há registros de um encontro anterior, mas é bem provável que Nicodemos já tivesse ouvido falar dos feitos de Jesus, das curas e dos milagres e isso gerou um anseio legitimo para este encontro.

No diálogo, Jesus fez duas afirmativas colocando dois temas novos na teologia judaica. O primeiro, nas palavras de Jesus era que se alguém não nascesse de novo, não poderia ver o Reino de Deus e, segundo, era que se  alguém não nascesse da água e do Espírito não poderia entrar no Reino de Deus (Jo 3.3;5). Dois verbos, ver e entrar no reino. Interessante que Jesus conhecia Nicodemos e sabia que ele era um homem inteligente, religioso e como todo fariseu, exímio conhecedor da lei mosaica. E para mudar o coração daquele homem, Jesus lhe falou sobre coisas espirituais de grande profundidade, caso contrário sua história não ia mudar e ele, Nicodemos continuaria sendo a mesma pessoa. Era necessário aprofundar a questão, balançar suas estruturas para que ele saísse do seu comodismo.

Compreenda que ‘nascer de novo’ é a gênese e o ponto de partida da espiritualidade cristã. Homens e mulheres se tornam cristãos quando uma obra singular do Espírito Santo atua em suas mentes, convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo  provocando uma revolução mental (Jo 16.7-11). Noutras palavras, ninguém se torna cristão porque é membro de uma determinada igreja, ninguém se torna cristão porque participa do culto ou simplesmente porque canta e ou/toca nas atividades eclesiásticas. A vida cristã nasce nos corações humanos por meio da ação do Espírito Santo e, sem essa revolução espiritual, sem essa mudança radical nenhum homem e nenhuma mulher pode ver ou entrar no reino de Deus (Jo 3.3-5). Pense nisso!

Compreenda que Deus não faz distinção de pessoas, todavia, não importa quem seja, se rico ou pobre, com ou sem status, o certo é que o homem natural é incapaz de ver o reino de Deus pelos olhos naturais. O mundo espiritual só é perceptível para aqueles que nasceram de novo, para aqueles que foram regenerados. Nesse sentido, nenhum indicador social ou acadêmico tem a capacidade de fazer o homem enxergar as coisas espirituais. Ou seja, a percepção e o discernimento espiritual passam obrigatoriamente pelo novo nascimento, estabelecendo a diferenciação entre os carnais e os espirituais (Jo 3.6).

Atente que hoje muita gente se diz cristã e até frequenta alguma igreja, outros até se batizaram, mas isso não é o suficiente para a regeneração ou o novo nascimento. Perceba que Nicodemos admitiu que Jesus era mestre quando o chamou de “Rabi”; Nicodemos reconheceu a sua procedência divina:  “vindo da parte de Deus”, e ainda reconheceu que “ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes se Deus não for com ele.” (Jo 3.2). Mesmo com todos esses indicadores, Jesus deixou claro a Nicodemos que o ‘nascer de novo’ é obra do Espírito Santo no interior do individuo. Assim tem-se a explicação de que nas centenas de milhares de igrejas existem muitos cristãos, mas há também uma parcela considerável de simpatizantes, de gente curiosa e descompromissada com as coisas de Deus e com a fé cristã. Estão dentro, mas na verdade estão fora. A revolução mental não os atingiu. Reflita!

Nesse sentido, considere que a transição ocorre na mente. A pele, os ossos e a carcaça física de homens e mulheres que receberam a regeneração continua a mesma. A diferença deve ser vista no coração. Nascer de novo significa que o coração, os valores e a mentalidade são mudados de dentro para fora, perfeito? Sem essa mudança, nada do que se parece é, amém? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida e seus projetos.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 19 Agosto 2023 18:05

19/08/2023 - BATISMO NAS ÁGUAS

Terça, 15 Agosto 2023 23:25

15/08/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 13 Agosto 2023 23:32

13/08/2023 - DIA DOS PAIS

Domingo, 13 Agosto 2023 23:28

13/08/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Sábado, 12 Agosto 2023 19:59

RENÚNCIA

RENÚNCIA

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2)

 

A carta escrita por Paulo destinada à igreja que estava na cidade de Colossos foi redigida entre os anos 60 ou 61 DC. Sabe-se que Paulo estava encarcerado na cidade de Roma e a epístola trata fundamentalmente sobre a supremacia de Cristo. Naquela época, assim como hoje, haviam centenas de pregadores itinerantes que visitavam as igrejas e eles anunciavam um evangelho mesclado com os ritos judaicos. Isso motivou Paulo a falar sobre a grandeza de Jesus e instruir a comunidade cristã da cidade de Colossos a terem muito cuidado para que ninguém os prendesse espiritualmente com argumentos fraudulentos e ensinos heréticos (Cl 2.8).

Ambientando a narrativa de Paulo, tem-se que ele mostra algumas características da vida abundante e plena do cristão em  Cristo Jesus (Cl 3.1-4).

Perceba que a mente humana é muito familiarizada com as coisas terrenas, até porque embora crente em Jesus, é natural aos homens e mulheres viverem e respirarem a cultura de onde estão inseridos. Assim, todos trabalham, estudam, frequentam parques e restaurantes, se reúnem com amigos e fazem atividades rotineiras, comuns a todos. A dificuldade surge quando alguma coisa da rotina sai fora do controle e desorganiza  a vida. Justamente nesse ponto a mente do cidadão entra em pane. Ou seja, situações negativas que chegam de repente podem trazer embaraços, causar estresse e desespero. Nesse sentido, importante compreender que uma mente espiritualmente forte combate a desordem, reorganiza a vida e direciona a caminhada. Guarde isso!

O apóstolo Paulo orientava a igreja de Colossos a pensar nas coisas que são de cima e não nas que são aqui de baixo, da terra, ou seja, para uma igreja ainda muito nova, o ideal era que eles firmassem seus pensamentos nas coisas celestiais e para isso, o mesmo Paulo argumentava que o poder que os dominava antes da conversão já tinha sido vencido por Jesus na cruz, portanto, os desejos e as vontades carnais sobre as coisas terrenas não podia achar espaços em seus corações, portanto, era mais que necessário renunciar as práticas terrenas.

Logicamente que Paulo tinha muitas informações para argumentar com eles sobre colocar os pensamentos no céu, mas dentre estes argumentos, pode-se citar o principal: Jesus os havia libertado das potestades das trevas. Ou seja, todos eles, inclusive Paulo, viviam anteriormente presos ao mundo do pecado e Jesus não só os libertou, como os transportou para o seu  reino. Portanto, colocar a mente nas coisas de cima era entender que houve uma mudança de governo, se antes o homem era governado por suas vontades e desejos carnais, Jesus assumiu o comando e mudou o estado espiritual de cada indivíduo. Antes moravam nas trevas e agora fixaram sua residência na luz que é Jesus (Cl 1.13). Guarde isso!

Paulo enfatizava que aqueles irmãos fixassem seus pensamentos em Deus pelo fato deles terem sido resgatados da vida de pecado que os prendia (Cl 1.14). Outrora tinham sido reféns do pecado e da idolatria, escravos dos vícios e estavam aprisionados aos grilhões de toda maldade, e Jesus, por meio de seu sacrifício concedeu a liberdade. Noutras palavras, Jesus efetuou o resgate de cada um e fez o pagamento por meio de seu sangue. Nas palavras de Pedro, corroborando com Paulo, o resgate não foi feito com coisas corruptíveis como a prata ou o ouro, mas pelo incorruptível e precioso sangue de Cristo (1 Pe 1.18-19).

Resumindo, fixar os pensamentos nas coisas do céu é nada mais e nada menos que a contrapartida do homem pela sua liberdade e pelo resgate que Jesus proporcionou pelo seu sacrifício na cruz. Como homem nenhum tinha algum mérito em receber a liberdade e nem a redenção, tem-se que tudo isso aconteceu pelo amor de Deus à humanidade. Como sempre é falado, um amor incondicional a quem não merecia. Reflita!

“Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus no vosso corpo  e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Glorificar a Deus por meio de atitudes, posturas e comportamentos que sejam modelos e referências às pessoas com quem se convive, significa valorizar o sacrifício de Jesus que redundou em benefícios a todos que os nele creem. È  dar valor a graça de Deus caminhando na contracultura social.

Considere em todo o tempo que independente de onde o crente em Jesus estiver, seja no ambiente familiar, no trabalho, nas ruas e até mesmo cultuando a Deus nas igrejas, ele deve se apresentar como uma mensagem que será lida por todos e, caso ele se apresente com pensamentos terrenos e com a mente voltada ás coisas terrenas, certamente que esse crente não refletirá a mensagem de Cristo. Pensar nas coisas de cima, nas coisas do céu é dever de cada cristão regenerado, afinal de contas renunciar às práticas mundanas e morrer para o mundo faz parte da vida cristã, caso contrário é impossível ter vida plena em Cristo. Combinado? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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