Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 26 Julho 2021 10:41

SOCIEDADES

SOCIEDADES

“..porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?” (2 Co 6.14).

 

Paulo é o autor de treze cartas, inclusive para a igreja que estava na cidade de Corinto, ele escreveu duas e no Novo Testamento, foi quem mais escreveu. Após sua conversão, ele passou a estabelecer comunidades cristãs no mundo de então, mostrando que o mesmo amor e a graça de Deus que o alcançou, tinha poder para mudar comportamentos e transformar vidas (At 9.1-17). Lutando contra todos os que se opunham contra as boas novas do evangelho, Paulo enfrentou prisões, foi agredido, teve que fugir e por pouco não morreu num naufrágio, todavia, ele cumpriu sua missão com louvor (2 Tm 4.7-8).

Na segunda carta aos Coríntios, Paulo mostrou aos integrantes daquela comunidade sobre a importância de terem uma vida plena em Cristo e isso por meio da obra da cruz (2 Co 1.9; 4.10-12). Neste contexto de uma vida com Cristo, Paulo abordou em sete versículos a relevância de uma vida apartada e longe das práticas mundanas (2 Co 6.11-17).

Saiba que dentro da sociedade existem pessoas com todo tipo de pensamento, desde aqueles com pensamentos altruístas até mesmo aqueles que parecem ter vindo a este mundo com o único objetivo de enganar e defraudar. Mas é impossível não interagir com as pessoas, até porque ninguém consegue viver como um ermitão, isolado de tudo e de todos. A convivência entre as pessoas dentro da sociedade deve existir, entretanto, com os devidos cuidados notadamente quanto ao estabelecimento de parcerias.

Considere que Paulo tinha muita preocupação com os novos convertidos, uma vez que uma parte destes vinham do judaísmo, mas haviam também aqueles que se converteram, mas não eram judeus, provavelmente tinham vindo de nações próximas e a palavra do evangelho os tocou. Instrui-los era primordial para fundamentar a fé cristã, assim, era necessário que eles adquirissem conhecimentos o bastante para não incorrerem nas mesmas práticas que os não cristãos. E foi justamente isso que Paulo fez, ao adverti-los para terem uma vida separada, mostrando que não havia nenhuma concordância entre o fiel e o infiel, entre a luz e as trevas (2 Co 6.14).

Saiba que diariamente as pessoas enfrentam situações ruins por que se envolveram em acordos e alianças erradas ou passaram por constrangimentos e tiveram muita dor  de cabeça por parcerias e sociedades mal feitas. A realidade tem mostrado que é mesmo impossível compartilhar alianças ou manter sociedades  com pessoas que possuem filosofias de vida diferentes ou com pessoas cujos valores e princípios sejam completamente avessos ao do parceiro, e isso em todos os cenários, quer sejam empresariais, comerciais e, evidentemente, relacionamentos pessoais. Entretanto, infelizmente muitas pessoas ainda insistem em estabelecer alianças e/ou sociedades complicadas e o resultado tem sido sofrimento, dores, lamentos e prejuízos. Pense nisso!

Como ninguém vive isolado do mundo é normal que todos os dias as pessoas estabeleçam parcerias, criam sociedade empresariais, casam, formam novas amizades e assim, dentro do contexto de interação social, novas alianças vão sendo formadas, todavia, poucas pessoas dão a devida preocupação de investigarem se essas alianças não se confrontam no campo das ideias e, para os cristãos, se elas não se confrontam espiritualmente. Era justamente isso que Paulo desejava colocar na mente dos irmãos da igreja de Corinto. Afinal, se eles estabelecessem alianças com alguém que não cresse em Jesus, como haveria concordância na sociedade? Cada um puxaria a corda para o seu lado e ela arrebentaria.

Entretanto, nos dias atuais, o que mais se vê é gente colocando o inimigo dentro de suas casas, pactuando acordos e tratados, onde o que menos se atenta é se o outro comunga os mesmos valores e os mesmos princípios. Assim, é perfeitamente observado muita gente misturando o sagrado com o profano,  misturando trevas com a luz e aceitando mentiras, aprendendo a relativizar valores que são absolutos e, pior, jogando a verdade para longe de seus corações. Mentalize isso!

É fácil perceber que muitas pessoas, por ingenuidade ou não, tem assumido compromissos duvidosos em sociedades perversas e mal analisadas, dando suas palavras e até mesmo jurando por Deus que tudo está dentro dos conformes, quando não está. Ou seja, estão querendo unir as trevas com a luz, quando Deus já os separou na criação do mundo (Gn 1.4). O profeta Jeremias já dizia que o coração é extremamente enganoso e que homem nenhum o conhece (Jr 17.9). Noutras palavras, muitas das vezes o coração mascara as realidades e tem conduzido muita gente para estabelecer alianças erradas e trilhar caminhos tortuosos cujos resultados não serão agradáveis. Reflita!

Saiba que sociedades firmadas com quem não tem os mesmos princípios e os mesmos valores, certamente vão gerar aborrecimentos mais a frente. Portanto, entenda que guardar o seu coração de fazer alianças com quem não possui o mesmo propósito que você, além de bíblico, pode te livrar de muitas enrascadas futuras. A solução está nas palavras do próprio apóstolo Paulo: “apartai-vos..” , ou numa linguagem atual, saia fora disso, não entre nessa (2 Co 6.17). Estamos entendidos? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 24 Julho 2021 17:54

23/07/2021 - "PAPO DE CASAIS" - OCN

Terça, 20 Julho 2021 22:44

20/07/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 18 Julho 2021 20:47

EMOÇÕES

EMOÇÕES

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1)

Conforme os estudiosos e historiadores Salomão, filho de Davi com Bate-Seba escreveu mais de três mil provérbios, abordando diversos assuntos. Dentre esses provérbios, ele escreveu sobre animais, sobre botânica, sobre comportamento humano e sobre relacionamentos pessoais e tantos outros temas (1 Rs 4.29-34).  Muito embora Salomão tenha começado seu governo debaixo das bênçãos de Deus, com humildade e quebrantamento de coração, as narrativas bíblicas demonstram que ele encerrou sua gestão no comando de Israel de maneira totalmente contrária a forma que começou (2 Cr 1.1,7; 1 Rs 11.1-9). Aliás, ele que disse que melhor é o fim das coisas do que o princípio delas, não viveu o seu próprio provérbio (Ec 7.8).

Dentre todas as variáveis da vida, o tempo é justamente a variável que o homem não controla, e nesse sentido, sabiamente, Deus definiu que os eventos acontecem dentro de uma lógica pontual e certeira. Coroa da criação, dotado de inteligência e sabedoria, Deus colocou limites na atuação do homem de maneira que o mesmo homem entendesse suas próprias limitações.

Saiba que a vida em si é repleta de eventos, ora bons e ora  nem tanto assim, mas mesmos com os altos e baixos não se pode negar que esses acontecimentos são benéficos, até mesmo para proporcionar lembranças das experiências passadas e dar forças e coragem no enfrentamento daqueles que virão. Ou seja, eventos do passado atuam de maneira didática nas escolhas e decisões do presente. Creia nisso!

Ao afirmar que existe um tempo determinado para as coisas acontecerem, pode-se inferir que ansiedade humana além de perversa, não tem poder para adiantar eventos. Nessa visão, é consolador entender que os propósitos de Deus dentro da cronologia divina funcionam como antídoto contra a ansiedade de homens e mulheres, aliás, a ansiedade é vista como mal do século, tal o estrago que ela faz em muitos corações. Certamente que buscar atalhos e adiantar processos tem sido a causa de muitos traumas e frustrações e com frequência, o que mais se percebe são pessoas atravessando projetos e criando caminhos alternativos, quando estes ainda não estão inseridos dentro da cronologia divina. Noutras palavras, as pessoas criam situações que não deveriam ser criadas, projetam-se coisas que não deveriam ser projetadas e ao final, o resultado são as desilusões e os desencantos. Pense!

Lembre-se que a narrativa bíblica sobre Abraão, diz que ele era casado com Sara e Deus prometeu a este casal um filho. Sara, ansiosa e sem esperar o tempo determinado da realização da promessa, atravessou a situação e buscou atalhos, colocando na cama de seu marido outra mulher, sua serva Hagar. Essa mulher deu a luz à uma criança cujo nome era Ismael e o resultado dessa precipitação de Sara, foi uma inimizade colossal entre Israel e o mundo Árabe, que perdura até os dias atuais. Trazendo essa narrativa para um termo popular, era como se Sara passasse o carro na frente dos bois. Resumindo, com pressa e agindo debaixo de suas emoções Sara não aguardou o tempo determinado para que o evento anteriormente anunciado por Deus se cumprisse (Gn 16.1-4).

Ainda nesse sentido, Moisés subiu ao monte para encontrar-se com Deus e lá ficou por quarenta dias, todavia ao retornar ao acampamento, viu que o povo não aguentou esperar pela sua volta. Eles pressionaram Arão e este criou um bezerro de ouro para adoração do povo. Aquelas pessoas não suportaram a demora de Moisés e Arão não teve paciência, e semelhante à ansiedade de Sara, Arão também se precipitou, não teve pulso para suportar a pressão do povo e o resultado foi desastroso: criaram um ídolo! (Ex 32).

Comum a estes dois casos, tem-se a ansiedade dominando tanto o coração de Sara como o coração de Arão, ambos agiram com pressa. E hoje o desafio para milhares de pessoas é mentalizar o tempo certo para realizar algo, é ter a paciência para iniciar projetos, desde aqueles de natureza secular como casamento, construção de uma moradia, faculdade e outros de cunho espiritual. Já dizia um dito popular que a pressa é inimiga da perfeição. Reflita!

Compreenda bem que Deus criou o homem e lhe deu inteligência suficiente para ele não se deixar levar pelas suas emoções. Atente por aí afora que centenas de muitas frustrações e desilusões são provenientes de decisões onde a pressa e a ansiedade falaram mais alto (Pv 28.26). Entenda: emoções não controladas andam de mãos dadas com a precipitação e são a causa dos maus resultados, amém? Grande abraço!

Jesus Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 11 Julho 2021 17:59

CORRUPÇÃO

CORRUPÇÃO

“Ele, porém, respondeu: Vive o Senhor, em cuja presença estou, que não o receberei. Naamã instou com ele para que o tomasse; mas ele recusou.” ( 2 Rs 5.16)

 

Conforme os historiadores, não existem informações confiáveis para determinar quem seja o autor do livro de Reis. Quando foram realizados os trabalhos da tradução das Sagradas Escrituras do hebraico para o grego  (Septuaginta), os rabinos judeus entenderem de comum acordo em dividir todo o volume em duas partes, surgindo assim os dois livros de Reis. Sua narrativa contém as histórias e as ações do governos de Israel e de Judá, mostrando seus acertos e seus erros.

A narrativa do capítulo cinco deste segundo livro de Reis detalha a cura de um homem que sofria de lepra, uma doença terrível e incurável naquela época. Após titubear sobre os procedimentos dados pelo profeta Eliseu, ele foi curado e agradecido, ele ofereceu um dinheiro ao profeta como troca pelo milagre (2 Rs 5.1-16).

A explanação deste acontecimento diz sobre Naamã, famoso general da Síria.  Consta que ele era uma pessoa influente em seu país, herói de inúmeras guerras, era dono de uma ótima folha de bons e excelentes serviços prestados na área militar. Era um homem cheio de medalhas por atos de bravura, mas com a alma angustiada. Tinha títulos, reconhecimento público de seus compatriotas, todavia, carregava uma sentença de morte com a doença que o consumia vagarosamente. O relato diz que Naamã liderou a Síria numa batalha contra Israel e levaram como escrava uma menina que acabou indo servir na casa dele. Sabedora da doença de seu patrão, a garotinha sugeriu que ele fosse em Israel, procurasse pelo profeta e ali, recebesse a cura. Isso posto, ele rapidamente se dispôs a ir, inclusive providenciou uma carta de apresentação ao rei de Israel. Instado a procurar pelo profeta, ele foi até onde estava Eliseu e recebeu as instruções de como deveria se portar, ao final ele foi curado de sua enfermidade (2 Rs 5.14).

Perceba que antes de sair de seu pais em direção a Israel, o autor deixou claro que Naamã levou bastante dinheiro (2 Rs 5.5). Entretanto, depois de não aceitar a metodologia de cura, depois de ser orientado por seus servos a acatar as palavras de Eliseu, depois de obedecer e se ver efetivamente curado, Naamã quis pagar pelos serviços prestados. Mesmo insistindo em dar o dinheiro, o profeta Eliseu recusou e embora essa história tenha prosseguimento com outros personagens, é de ressaltar a honestidade e o comportamento íntegro de Eliseu que não aceitou o pagamento. Pense!

Saiba que nas sociedades capitalistas, grande parte de seus integrantes valorizam muito mais o dinheiro do que as pessoas. Nesse sentido tem sido comum os noticiários de operações policiais realizando prisões de pessoas envolvidas em atos de corrupção, onde ficou evidenciado que a compra de favores prevaleceu para que algo fosse ou não realizado.

Todas as nações contemplam a prática da corrupção como crime sujeitando o autor a duras sentenças, e existem diversas situações onde ela é praticada, desde os favorecimentos pessoais para trazer prejuízos e/ou gerar vantagens, aceitar valores para facilitar vendas, desviar dinheiro, favorecer licitações, etc, enfim, o leque de ações que abarcam atos de corrupção são muitos. A prática da corrupção é tão antiga quanto andar para a frente e infelizmente, estes eventos se encontram instalados em todos os setores da sociedade. Salomão, muitos séculos atrás já dizia: “o ímpio acerta o suborno em secreto, para perverter as veredas da justiça” (Pv 17.23).

Mas nessa história, lembre-se que Naamã vinha de um mundo pagão, o povo Sírio servia a deuses que funcionavam à base de troca, daí sua tentativa de pagar pela cura que tivera, afinal ele trouxera o dinheiro (2 Rs 5.18). Didaticamente, a recusa do profeta mostrou que ele necessitava aprender que o Deus de Israel não aceitava barganha e nem aceitava negociações escusas. O Deus de Israel, nas palavras da menina que o indicou para ser curado, não cobrava pelas bênçãos, pois agia por amor, por misericórdia e sem acepção de nacionalidade, raça ou credo, aliás, a cura de Naamã (um estrangeiro pagão) comprova perfeitamente que aos olhos de Deus todos os homens são iguais. Ou seja, a compaixão de Deus não faz separação por meio de posições sociais (Rm 2.11). Guarde isso!

Portanto, entenda bem que o Deus de Israel, o Deus do profeta Eliseu e o Deus das Sagradas Escrituras não aceita barganha do tipo “eu faço isso para receber aquilo”, não tolera trocas, não age pelo mérito e nem tolera ofertas de comercialização em seu nome (Ex 20.7). Assim como não foi a palavra do profeta que curou Naamã, mas o poder de Deus nas palavras de Eliseu, entenda que a recusa do profeta era a recusa de Deus. Em todo o tempo, não esqueça que Deus age quando quer, por meio da sua graça e de sua misericórdia. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 06 Julho 2021 23:13

06/07/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 05 Julho 2021 13:34

MOSAICO

MOSAICO

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria” (Lc 2.1-2).

 

Lucas não foi discípulo de Jesus e nem era judeu. Segundo os historiadores, ele era grego e teria morado na Síria e em data incerta, fixou residência na Palestina. Informações históricas dão conta que Lucas tinha bons conhecimentos na medicina e chegou a acompanhar o apóstolo Paulo nas viagens missionárias, vindo daí a escrever as principais ocorrências que envolveram a expansão do cristianismo no mundo de então por meio do livro de Atos dos Apóstolos.

O nascimento de Jesus foi registrado por Mateus e por Marcos, mas foi justamente Lucas quem trouxe informações mais detalhadas, inclusive citando o decreto do imperador Romano César Augusto, convocando o povo a fazer o recenseamento.

Veja bem que todo homem tem uma história de vida. Alguns eventos são marcados por situações que aconteceram e trouxeram um encaixe perfeito na vida de cada um. É dessa maneira que o casamento, a formatura na faculdade, a construção da casa própria, o nascimento dos filhos e tantos outros eventos não só fazem parte da história pessoal como se mostram perfeitamente concatenados um com o outro. É como se um evento não existisse sem a participação do outro. Pense!

Perceba que Lucas, além dos conhecimentos médicos, fazia seus registros com fundamentações de quem presenciou os fatos visando dar credibilidade de sua narrativa (Lc 1.1-4). Neste contexto, perceba que o texto de Lucas diz que César era imperador de Roma e ordenou que todos os habitantes fossem contados. Essa contagem tinha por finalidade o planejamento de arrecadação de tributos ao império, todavia, sem que  muitos percebam, esse decreto imperial fazia parte do plano de Deus na redenção do homem.

Veja que Maria já estava grávida e vivia os últimos dias para dar a luz ao salvador da humanidade, mas o casal José e Maria moravam em Nazaré, região da Galileia e a contagem ordenada pelo imperador César determinava que as pessoas fossem contadas na cidade onde nasceu (Lc 2.3). Isso implicava que o casal José e Maria deveriam viajar da cidade de Nazaré para Belém.

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Mq 5.2). Cerca de setecentos anos antes do nascimento de Cristo, o profeta Miqueias previu que o Messias nasceria em Belém, ou seja, a esperança de um libertador do povo de Israel que inauguraria um reino de paz e aplicaria a justiça viria daquela cidade e de nenhuma outra.

Entenda que um dos atributos de Deus é a onisciência e embora essa palavra não conste no contexto bíblico, ela se refere à infinita sabedoria de Deus. Deus conhece tudo, passado, presente e futuro. E realiza seus propósitos usando dos meios e circunstâncias que lhe aprouver. Neste sentido, saiba que o decreto imperial assinado por César Augusto, um homem pagão, foi o deflagrador da viagem que levou José e Maria da cidade de Nazaré para Belém, propiciando que Jesus nascesse em Belém e não em Nazaré, cumprindo integralmente a profecia de Miqueias (Mq 5.2; Lc 2.1-2).

Neste sentido, considere que as pessoas olham para eventos de sua vida pessoal que ficaram para trás e chegam a dizer que tal acontecimento foi sorte, outros dizem que determinados eventos não passaram de mera coincidência, entretanto, poucas pessoas conseguem enxergar e compreender o agir de Deus na sua história. Incrível, mas grande parte dos acontecimentos do passado não são bem assimilados ou entendidos de pronto, entretanto, com o passar dos anos eles acabam sendo vistos como peças de um grande tabuleiro, que após completados, geram com extrema perfeição a trajetória de uma história que estava dentro dos planos de Deus. Noutras palavras, no tabuleiro da vida os eventos do passado se encaixam com perfeição em eventos futuros e aquilo que era estranho aos olhos, acaba se explicando pela composição das peças que vão se desenhando. Reflita!

É assim que decorridos muitos anos, as pessoas conseguem entender porque tais fatos aconteceram e porque outros não se realizaram. Anos mais adiante fica nítido que a faculdade que não terminou, o namoro que não deu certo, a troca de emprego, o livramento de um acidente, o empreendimento que fez sucesso ou a mudança de casa para outro bairro, não foram sorte ou mera coincidência da vida, mas que estes eventos fizeram parte do grande plano de Deus para a vida do homem. Resumindo: Deus tem um plano e ELE mesmo atua na gestão deste plano, de forma que este plano seja fielmente cumprido, aliás, o patriarca Jó já dizia que nenhum dos planos de Deus podem ser frustrados (Jó 42.2).

Lembre-se que sem se dar contar da importância do decreto e de suas implicações, César Augusto baixou uma norma setecentos anos depois da profecia de Miqueias, de forma que José e Maria viajaram de Nazaré da Galileia para Belém e assim foi cumprido o que falou Miqueias. Ou seja, independente da variável tempo, no grande mosaico da vida do homem, Deus continua sendo Senhor da história e atua na administração de todas as coisas. A história humana não caminha por coincidências, mas caminha dentro da direção divina. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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