Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Domingo, 28 Março 2021 20:44

MOTIVAÇÃO

MOTIVAÇÃO

Simão, filho de João, tu me amas?..” (Jo 21.16)

Dentre os discípulos de Jesus, certamente foi João queM mais escreveu. São de sua autoria as cartas de 1ª, 2ªe 3ªJoão, o livro de Apocalipse e o quarto evangelho que leva o seu nome. Pedro, Tiago e João foram os discípulos que mais próximos estiveram de Jesus e assim, pode-se imaginar que eles marcaram presença em todos os milagres realizados por Cristo, ouviram todos os discursos e aprenderam a doutrina cristã direto da fonte da vida, da boca do próprio Mestre.

Essa narrativa de João apresenta Jesus já ressuscitado e sete de seus discípulos resolveram pescar (Jo 21.2). Nessa pescaria, Jesus operou mais um milagre e promoveu uma refeição entre eles na praia, nas areias do mar. Perceba que era o primeiro encontro de Pedro com Jesus depois das três negativas do discípulo e ali, o Mestre, também em três oportunidades, perguntou a Pedro se este o amava (Jo 21.15-21).

Atente bem que se existe um sentimento que está ficando raro nas relações pessoais, este sentimento sem sombras de dúvidas é o amor. Convívios familiares, convívios sociais e até mesmo a convivência nas empresas têm sido marcada pelas indiferenças e pelas faltas de afeto. Com frequência se ouve notícias de atritos familiares e atritos pessoais onde ficou patente que a causa da discórdia foi a ausência de amor. E essa falta tem sido uma realidade observada em todos os ambientes, evidenciado uma triste lacuna na vida de muita gente. Pense!

Saiba que em todo o contexto bíblico o amor é um sentimento que é visto e comentado a exaustão pelos mais diversos escritores. Depois que Adão e Eva pecaram,  Deus iniciou o processo da reaproximação com o homem e, passando pela libertação dos hebreus no Egito, à sustentação deles na peregrinação no deserto, os momentos de fraqueza e incredulidade até a chegada á terra de Canaã, Deus sempre fez questão de demonstrar seu afeto de amor àquele povo. Aliás, diga-se de passagem que era um povo rebelde, desobediente, de corações duros, murmuradores, insatisfeitos e mesmo assim, Deus continuava derramando seu amor, afinal de contas era um povo que mesmo não tendo nenhum mérito, Deus o escolhera fundamentado no amor (Dt 7.6-7). Portanto, atente que independente das obras do homem, o amor de Deus não sofreu variação. Ou seja, Deus continuava como continua amando e sempre está pronto a perdoar e estender a mão. Pense!

Naquela ocasião Jesus e Pedro se encontraram e perante outros discípulos Jesus perguntou se Pedro o amava. Ao fazer essa pergunta Cristo não fez nenhuma abordagem sobre o passado de Pedro, não questionou se ele estava arrependido, não perguntou se ele estava animado para levar as boas novas do evangelho e nem mesmo lembrou o fracasso dele quando negou ser seu discípulo. Jesus desejou ouvir dele, de vida voz, se o nobre sentimento de amor estava em seu coração.

Saiba que para muitos cristãos tanto as suas motivações em relação a Cristo como ao  reino de Deus está equivocada. Ainda se vê nos dias atuais muita gente fazendo por fazer, ainda se percebe muita gente desprovida de laços afetuosos ocupando espaços em ambientes onde o amor deveria estar em primazia. É por isso que atritos familiares ganham forma e causam traumas difíceis de serem vencidos. Sem amor amizades são destruídas pela completa ausência do amor que deveria ser a base dessas relações. Por isso casamentos resultam em separações justamente porque os afetos simplesmente sumiram. Noutras palavras, sem afetos, sem amor e sem ternura, nada subiste. Creia nisso!

Portanto, entenda bem que a pergunta de Jesus a Pedro traz implícito a motivação de fazer algo movido pelo nobre sentimento do amor. Se amasse a Cristo, Pedro estaria qualificado para cuidar de outras pessoas, da mesma maneira que Cristo cuidou de tantos e Pedro estaria capacitado para fazer parte do reino de Deus que prega justamente a justiça e o amor. Reflita!

Era fundamental que Pedro tivesse amor em seu coração. Afinal como falar da graça que o alcançou se ele não entendesse que Deus o amou primeiro? Como iria perdoar se ele não entendesse que Jesus o perdoou pelas traições? Sem amor Pedro se manteria  preconceituoso e não entenderia a visão de levar a salvação a Cornélio (At 10). Sem amor, Pedro não teria condições de fazer tudo o que fez em prol do reino. Noutras palavras, o amor foi, é e continua sendo a base que sustenta as ações cristãs no reino de Deus (At 10.8).

Lembre-se que Abel e Caim saíram juntos para ofertar a Deus. Tinham o mesmo objetivo, todavia, Deus se agradou da oferta de Abel e rejeitou a de Caim. Um fazia por fazer, fazia mecânica e ritualisticamente e o outro fazia com amor (Gn 4.1-7).  Idêntica situação foi presenciada por Jesus, que viu o diferencial da mulher pobre e viúva que ofertou tudo o que tinha, apenas duas moedas (Lc 21.41-44). Resumindo: o problema não está no que ofertamos, mas na motivação em fazer, portanto, compreenda que no reino de Deus não conta só o que você faz, mas como faz e porque faz. Entendes agora a importância dos afetos na vida cristã?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 22 Março 2021 13:05

RECONCILIAÇÃO

RECONCILIAÇÃO

 “Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram” (Gn 33.4).

 

O livro de Gênesis foi escrito pelo profeta Moisés e faz parte do conjunto de cinco livros bíblicos denominado Pentateuco. Nesse grupo estão os livros de  Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A narrativa em Gênesis traz o começo de todas as coisas, passando pela criação da terra, das águas, dos astros, dos animais e das florestas. Ainda em Gênesis tem-se a criação do homem e o registro do sucesso da tentação com a consequente queda e afastamento do mesmo homem de seu Criador. Ainda no mesmo livro estão registradas as histórias de Abraão, Isaque e Jacó, grandes patriarcas que deixaram um legado de perseverança e confiança em Deus.

O texto diz que Isaque casou e foi pai de gêmeos. Esaú era caçador e seu irmão Jacó era mais caseiro. A narrativa prossegue dizendo que ambos cresceram com personalidades diferentes e certa feita, Jacó enganou seu pai e roubou a benção da primogenitura que pertencia a Esaú. Isso trouxe brigas, ameaças de morte e fuga. Jacó fugiu para outras terras, constituiu família e teve uma relação como seu sogro Labão de engano e fraudes. Instado por Deus a voltar à sua terra e aos seus parentes, Jacó se viu frente a frente com seu irmão Esaú, a quem enganara, todavia, neste retorno à sua terra, estava o tempo da reconciliação com seu irmão Esaú (Gn 33.1-20).

Atente bem que a vida em sociedade traz diversos desentendimentos. Desencontros pessoais estão no seio das famílias, no meio nas empresas, nos espaços escolares e em tantos outros ambientes. É visível que nas relações pessoais uns enganam e outros são enganados. Desses conflitos surgem as mágoas, os rancores, o ódio, a inveja e até mesmo as ameaças de morte. O resultado perverso desses eventos são as crises depressivas, as síndromes do medo e do pânico, as doenças da alma e os pesos na consciência. São fardos pesados demais para serem suportados. Pense!

Com algumas diferenças essa história do encontro dos dois irmãos, do ofendido Esaú com o ofensor Jacó tem semelhanças com muita gente nos dias de hoje. Dentro do contexto de engano, de fraudes e fuga, veja que só mudou a época e a geografia.  Sabe-se de muita gente que brigou, discutiu, ameaçou e chega determinado tempo da vida que essa situação precisa ser equacionada, até porque  traumas do passado acabam por fragmentar muitas histórias, ocasionando medo, angústia e depressão.

Perceba que em todo o contexto bíblico as reconciliações verticais e/ou horizontais nunca estiveram fora da agenda de Deus. Desde a transgressão de Adão e Eva, Deus sempre promoveu a restauração de relacionamentos, aliás, o povo judeu é prova inconteste do amor divino, pois vivenciaram bons e maus momentos na relação com Deus e de forma incrível, Deus jamais se furtou dessa reaproximação. Reflita!

Conhecedores dos bastidores da história, hoje pode-se afirmar que Jacó lutou bravamente consigo mesmo para reconciliar com seu irmão. É certo que toda reconciliação passa pelo processo de superar o orgulho de cada um, entretanto, é salutar entender que a reconciliação somente se concretiza quando as vontades e desejos pessoais são subjugados, criando-se ambientes e novos comportamentos que sejam facilitadores do perdão, ajustando os encontros.

Noutro lado, compreenda bem que existem muitas tratativas de restauração e/ou reconciliação que são apenas atos pessoais bem intencionados, mas não se realizam plenamente. São chamados de perdão da “boca para fora”. Neste sentido existe muita gente bem intencionada que não consegue vencer meus medos, suas trevas e nem mesmo as barreiras que existem em seu coração. Optam por apenas sugerir mentalmente o perdão, quando na verdade o rancor e a raiva ainda ocupam sua mente e funcionam como obstáculos invisíveis, não permitindo que a reconciliação  ganhe espaço.

Lembre-se que Esaú havia prometido matar seu irmão, todavia, quando ambos se encontraram, foi o ofendido Esaú quem tomou a inciativa, ele correu e abraçou o ofensor Jacó (Gn 33.4). Ou seja, quando Deus projetou o perdão no coração de Jacó, o Espírito Santo atuou no coração de Esaú quebrando as barreiras do rancor e da raiva. Dessa verdadeira reconciliação restou evidente os frutos de um cuidando do outro, de um zelando pelo outro, de um se preocupando com o outro. Para quem nutria o medo e a raiva, entenda que os frutos da restauração se traduziram em parceria e amizade (Gn 33.12-15). Guarde isso!

Compreenda que vive-se hoje numa sociedade altamente competitiva, com muita gente enganando, cometendo fraudes e isso tem ocasionado como resultado as doenças da alma, as depressões, as ameaças e a tristeza. Todavia, entenda bem que a reconciliação horizontal é o antídoto eficaz, trazendo cura, alegrias e harmonia, promovendo relacionamentos que antes estavam mortos. Noutras palavras, somente a restauração de relacionamentos tem a capacidade de virar  as páginas da história e foi isso que aconteceu entre Esaú e Jacó.  Portanto, creia em recomeços e pratique as reconciliações horizontais, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 16 Março 2021 22:42

16/03/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 15 Março 2021 13:19

INFIDELIDADE

INFIDELIDADE

“Então refletirá: ‘Irei e tornarei para o meu primeiro marido, porquanto eu estava bem melhor antes do que agora!” (Os 2.7)

 

O livro do profeta Oséias foi escrito pelo autor de mesmo nome e segundo os historiadores, o profeta Oséias exerceu o seu chamado no século VII AC. Sabe-se que ele atuou no reino do Norte (Israel) e foi contemporâneo dos profetas  Amós, Miquéias e Isaías. Naquela época, Israel era governado pelo rei Jeroboão e desfrutava de boa qualidade de vida política e econômica, todavia, esse boom, contrastava com a forte decadência espiritual da nação israelita.

Conforme os estudiosos e historiadores eram comuns no meio do povo a idolatria á deuses pagãos, ás prostitutas cultuais, os sacrifícios de crianças e as graves injustiças sociais. Para convencer Israel a uma mudança de mentalidade Deus usou o profeta Oséias, que se casou com uma prostituta e esta união simbolizava o casamento de Deus com Israel. Resumidamente, versículo acima está dentro deste amplo contexto da simbologia usada pelo profeta para atingir o coração do povo.

Muito frequente nos relacionamentos pessoais, são os fatos de alguém sair dessa relação e depois sentir que estava equivocada. Perceba que as amizades entre jovens são marcadas por idas e vindas, próprias das instabilidades emocionais e do forte sentido de competição que domina esta faixa etária. Relações trabalhistas, entre empregador e empregado também costumam por passar por turbulências e casamentos não ficam atrás. Diariamente se ouve falar de desajustes, desencontros e separações que precisam ser restaurados.

Confira no texto que Deus usou o profeta Oséias para mostrar o quanto àquele povo de Israel era espiritualmente infiel e para isso Oséias foi instado a casar-se com uma prostituta e, pior foi que esta mulher o traiu com outros homens. Neste meio termo, ela concebeu e gerou duas crianças (Os 1.8). Diante das ações de adultério e traições, Oséias demonstrou misericórdia, amor e afeição pela esposa infiel. Noutras palavras, o próprio Oséias viveu no seu casamento o que Deus estava passando em relação à idolatria e infidelidade de Israel. Reflita!

Se tem algo que traz algum alento para aqueles que por motivos expressos e/ou não declarados abandonam amizade, casamento e trabalho, é reconhecer posteriormente que a amizade perdida, o cônjuge abandonado e o serviço anterior eram na verdade bem melhores que os atuais. Essa atuação da memória se traduz em dar valor àquilo que outrora não tinha nenhum valor. É neste sentido que hoje muita gente se frustra quando o que foi abandonado ou mesmo esquecido cresce na lembrança como algo positivo, algo de muito valor e que, infelizmente foi perdido ou deixado de lado. Pense!

Por meio de Oséias Deus fez questão de mostrar ao povo de Israel o quanto eles estavam se afastando de seus caminhos. Enquanto estavam fiéis e obedientes a Deus, andando nas trilhas que o próprio Deus havia ordenado, eles foram abençoados (Dt 8.6). É certo que houve lutas, batalhas e guerras, mas nestes processos Deus sempre concedeu vitória, todavia, ao tomarem outros caminhos indo atrás de deuses pagãos, Deus tinha motivos para repudiá-los (Deus é santo) e era natural que longe da bondade de Deus que supria toda necessidade, o povo israelita iria mesmo sofrer nas mãos de seus inimigos. Daí a afirmativa do profeta que Israel sentiria a perda deste afastamento, iria chorar e daria valor ao Deus que eles tinham abandonado (Os 2.7). Afinal, o próprio Oseias viveu tudo isso com uma esposa infiel.

Saiba que tão antigo quanto andar para frente, em muitas situações, as pessoas somente valorizam algo quando perdem. Isso é comum quando chega a enfermidade e passa a dar valor á saúde. Quando chega o desemprego é que se dá conta do valor do tempo que estava empregado. Quando vem a separação, é que cai a ficha que o cônjuge era uma excelente pessoa. Não se deseja aqui entrar no mérito dos casos acima e até existem outros exemplos, mas o objetivo é mostrar que grande parte das vezes, as pessoas deixam de valorizar aquilo que possuem e somente atentam nisso quando eles não estão mais presentes e daí vem o choro. Reflita!

“Foi quando, caindo em si, falou consigo mesmo: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida com fartura, e eu aqui, morrendo de fome!” (Lc 15.17).  A narrativa de Lucas mostra que o filho que abandonou a casa paterna em troca de uma vida de aventura somente deu valor á vida que levava junto com os seus, quando a fome chegou. Ele comparou a rotina dos empregados da fazenda de seu pai com a vida que ele estava levando e concluiu que a perda foi imensamente maior que o valor à família que ele não deu!

Saiba que tanto Israel como Judá somente entenderam o valor de uma vida protegida e guardada em obediência a Deus quando perderam suas terras e se tornaram escravos de nações pagãs, ou seja, a infidelidade gerou  uma fatura alta (2 Rs 17; Jr 25). Lembre-se que hoje, as pessoas não precisam perder a família, a saúde, o trabalho e principalmente o relacionamento com Deus para compreender o valor da fidelidade. Há inúmeros exemplos no passado que podem nortear suas escolhas de hoje, por isso, aprenda a valorizar e reconhecer a importância de  se manter fiel a Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 14 Março 2021 21:58

14/03/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 09 Março 2021 23:56

09/03/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 08 Março 2021 13:50

CORAGEM

CORAGEM

“Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo!” (Jo 16.33)

Dentre os  discípulos de Jesus, João foi quem mais escreveu. São de sua autoria, o quarto evangelho, três cartas a destinatários distintos e ainda escreveu o livro de Apocalipse. Ao chamado de Jesus para segui-lo, João não colocou questões e nem fez nenhuma pergunta. Ele simplesmente abandonou sua atividade de pesca e juntamente com seu irmão Tiago, eles tomaram a mais importante decisão de suas vidas (Mt 4.21; Mc 1.19 e Lc 5.8-11).

Ensinando e preparando seus discípulos sobre sua morte, ressureição e a segunda vinda, Jesus abordou sobre as dificuldades que viriam, sobre as adversidades que inevitavelmente chegariam a todos, indistintamente, e os animou a lutar e perseverarem diariamente na fé cristã (Jo 16.16-33). Era uma atitude de encorajamento.

Preste atenção que desde pequeno as crianças são ensinadas a superaram seus problemas. E assim que eles vão enfrentando as dificuldades no aprendizado da fala, as dificuldades dos primeiros passos, as lutas para dominarem os talheres e comerem sozinhos. Desvencilhar das fraldas, correr sem cair e uma infinidade de situações são colocadas para as crianças todos os dias para serem vencidas e, à medida que vão crescendo os desafios não param por aí. São demandas que não esperam e exigem foco e coragem para serem superadas.

Perceba atentamente que Jesus sabia da complexidade da vida terrena, aliás, a vida do Mestre foi marcada por inúmeras situações onde o confronto tomou proporções gigantescas. Os evangelhos deixam claro que o curto ministério de Jesus teve muitas acusações dos fariseus, teve oposição dos religiosos e em outras tantas ocasiões, as ameaças físicas se fizeram presentes. A vida de Jesus, narrada pelos evangelistas Lucas, Marcos, Mateus e João teve todos os ingredientes que culminaram com atos de inveja por parte de seus algozes. Na leitura dos evangelhos, perceba que Jesus lidou com as dores de muitas pessoas, viu as mazelas sociais e chegou mesmo a chorar com seus amigos. Cristo viu famílias sendo destroçadas pelo luto e pelas ações satânicas que dominavam e subjugavam homens e mulheres. Enfim, sem sombras de dúvidas, Jesus viu e vivenciou diversas carências que afetavam as pessoas.

Não restam dúvidas que a vida terrena é mesmo cheia de adversidades, umas pequenas, outras maiores, umas de longa duração e outras nem tanto. Uma frase popular diz que “todos os dias é preciso matar um leão”, ou seja, todos os dias existem problemas que carecem de uma resolução. E sobre essas demandas, existe muita gente que simplesmente murmura e reclama, enquanto outros lutam com todas suas forças, enfrentam os desafios e não deixam que essas demandas se agigantam a ponto de trazer dominação e impor o medo. Pense!

Perceba que a vida não teria nenhum sentido se ela se mostrasse inerte, num paradeiro longo e silencioso. Na verdade existem muitos desafios, problemas de todo tipo,situações que exigem respostas rápidas e eventos que carecem de planejamentos, mas são nessas avalanches de eventos que a vida traz sentido ao homem. São situações que provocam a capacidade humana de raciocinar, de pensar e de buscar por soluções e/ou resultados.

Neste contexto, saiba que num primeiro momento, todos os medicamentos foram pensados e pesquisados para atender à necessidade de cura uma enfermidade, portanto, sem a doença, ninguém pensaria numa droga para curar. Cálculos complexos de engenharia foram feitos para sustentar uma ponte que proporcionou uma travessia mais curta, motores foram pesquisados para dar mais economia a veículos e aviões e nessa esteira, à cada desafio que apareceu, de maneira corajosa o homem se viu animado e propôs soluções. Entenda bem que sem desafios, o homem não cresce intelectualmente. Reflita!

Junto aos seus discípulos  Jesus os advertiu afirmando que eles iriam enfrentar situações que exigiriam uma resposta. Em nenhum momento Cristo disse que a vida seria tranquila, sem doenças, sem aborrecimentos e/ou sem dificuldades. “Tem bom ânimo”, dizendo essa frase Jesus estava afirmando que as crises, lutas e adversidades viriam para todos e que elas deveriam ser enfrentadas corajosamente, aliás, correr dos problemas, fugir e se esconder nunca foi a solução de nenhum obstáculo..

“Tem bom ânimo”, porque negar a luta e negar o enfrentamento pode causar mais dor que a dor originária do problema em si. Lembre-se que ter ânimo significa ter perseverança, ter foco, firmeza nos objetivos que precisam ser alcançados para superar os desafios que todos os dias são propostos ao homem. Ou seja, perseverar é não desistir, é não desanimar, é não se deixar levar pelo medo do enfrentamento, medo esse que deixou muitos pelo meio do caminho (Nm 32.11-12).

Quando chamado por Deus para liderar o povo Hebreu, Moisés alegou que falava mal, todavia, ele venceu suas limitações e todos conhecem o resultado dessa empreitada (Ex 4.10). Jeremias se viu muito jovem, mas se tornou um grande profeta (Jr 1.7) e Gideão afirmava ser o menor e da menor das famílias de sua época, mas liderou seus compatriotas na guerra contra os amalequitas (Jz 6.15). Existem outros personagens, mas  estes três tiveram bom ânimo e foram encorajados para vencerem suas próprias crises e se tornaram referenciais para muitas gerações. Reflita!

Portanto, se das lutas e das aflições não há como escapar, aprenda hoje a não olhar para o tamanho do desafio e nem para o tamanho da dificuldade, mas mantenha os olhos em Deus e já se declare um vencedor (Rm 8.37). Ânimo e coragem, pratique isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Sexta, 05 Março 2021 23:48

05/03/2021 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO

PUBLICIDADE