Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 02 Fevereiro 2021 23:42

02/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 01 Fevereiro 2021 10:22

COBIÇA

COBIÇA

“..não cobicemos as coisas más que eles cobiçaram.”  (1 Co 10.6)

O apóstolo Paulo foi declarado e reconhecido pelos historiadores como autor de grande parte dos escritos do Novo Testamento. Se outrora ele era um feroz inimigo dos cristãos, depois de sua conversão, ele se viu na responsabilidade de receber, por meio do Espírito Santo, muitas revelações que hoje fundamentam a doutrina e a fé cristã. Para a comunidade cristã que estava na cidade de Corinto, Paulo escreveu duas cartas, com pouca diferença temporal entre a primeira e a segunda.

Nessa primeira carta o apóstolo Paulo aborda alguns assuntos que estavam entranhados no seio daquela comunidade, trazendo graves prejuízos de ordem espiritual. Assim, ele se esforça para demonstrar a importância de usar a experiência do passado como advertência àquela comunidade e desta forma fazer com que os seus integrantes não cometessem os mesmos erros de seus antepassados (1 Co 10.1-10).

Saiba que existem muitas formas de aprendizado, desde as técnicas usadas para alfabetizar crianças no ensino fundamental, passando por estudos de casos até o emprego de computadores e outros meios mais modernos. Entretanto, outra estratégia na  aprendizagem está na coleta de experiências do passado e por meio delas fazer uma leitura de situações semelhantes e, assim fazer a aplicação nos dias atuais.

Atente que um dito popular e bastante difundido em toda a sociedade afirma que “errar é humano”. Sem sombras de dúvidas, dada a imperfeição do homem, pode-se dizer que os erros são mesmo comuns a todos. Afinal de contas o homem começa seu ciclo de aprendizagem bem cedo e mesmo velho, ainda aprende alguma coisa. Noutras palavras, enquanto viver, o homem tem plenas capacidades de aprender algo novo, fazer correções e aprimorar suas atitudes.

Perceba que o apóstolo Paulo deixa transparecer uma grande preocupação com a igreja em Corinto. Ele os advertia sobre o perigo das práticas idólatras e de forma inteligente e certeira, Paulo os lembrava que seus antepassados que tinham sido libertados da escravidão no Egito, num momento da história, haviam provocado Deus com suas idolatrias e ficaram pelo deserto. Muito embora todos eles tivessem saído debaixo de uma promessa - a terra de Canaã -, a mesma promessa não se materializou devido as posturas erradas e atitudes comprometedoras. Noutras palavras, confrontando e jogando por terra muitos ensinos por aí, saiba que o homem pode morrer e a promessa de Deus não se cumprir em sua vida (Nm 14.22-23). Reflita nisso!

Considere que os erros podem aparecer em todas as áreas, todavia, um dos grandes problemas da humanidade está na insistência das mesmas práticas. O que deveria ser exceção, tem se tornado regra com a eterna repetição de comportamentos equivocados. É bem provável que foi com este pensamento que Paulo trouxe aos irmãos de Corinto que eles não deveriam repetir o comportamento de seus antepassados que erraram e o resultado do erro deles foi a morte. Era o aprendizado por meio das experiências, aliás, se alguém caiu num buraco, a melhor coisa é desviar-se dele. A orientação de Paulo era que fugissem de tudo o que fosse mal, da imoralidade sexual, da idolatria e da desobediência e para isso bastava lembrar do resultado de quem cometeu essas práticas. Simples assim!

“Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos” (Nm 11.5). Parece incrível, mas atente que os antepassados dos irmãos da igreja em Corinto, tinham em mente o forte desejo de voltarem ao regime de escravidão, quando viviam no Egito e eram oprimidos e subjugados. Caminhando para uma nova vida e um novo tempo, eles tinham em seus corações o desejo de voltar de onde foram libertos. Noutras palavras, atente que por vezes muitos são libertados por fora, mas continuam presos por dentro. Pense!

Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”  (Ex 20.17). Veja que desde os tempos antigos, dominar os desejos e vontades humanas sempre foi uma preocupação do Criador que inseriu a cobiça na tábua dos dez mandamentos, inclusive abrangendo seu leque para toda coisa que pertencer ao próximo. Entenda bem que em todo o tempo o cobiçoso nunca se satisfaz. Sempre está querendo mais e fará qualquer coisa para atingir seus objetivos. Paulo sabiamente viu que a cobiça conduz o homem ao afastamento do amor de  Deus e faz o indivíduo a odiar o seu próximo a ponto de desejar o que ele tem. Ou seja, por meio da cobiça, o homem demonstra um desejo doentio de possuir algo que não lhe foi dado. Livre-se disso!

Encerrando, compreenda que para ter paz, a mesma paz tão comentada e desejada por todos, a primeira coisa é mentalizar que existem limites aos desejos humanos e o segundo é viver contente com que aquilo que Deus lhe concebeu. Nas palavras de Paulo: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Entenda que uma existência onde a cobiça não tem poder de influenciá-la, é uma vida feliz. Perceba isso e viva em paz!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 26 Janeiro 2021 23:49

26/01/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 26 Janeiro 2021 09:14

FANTASMA

FANTASMA

“E subiu para o barco para estar com eles” (Mc 6.51)

 

O Evangelista João Marcos não foi discípulo de Jesus, todavia, se tornou amigo de Pedro de quem obteve e registrou muitas informações para escrever seu evangelho. João Marcos acompanhou Paulo e Barnabé nas viagens missionárias, inclusive foi o pivô de uma discussão entre estes dois (At 15.36-39). Marcos era filho de Maria, cuja casa foi o local onde muitos intercediam pelo apóstolo Pedro, que estava preso por ordem de Herodes e foi libertado de maneira sobrenatural (At 12.12).

Após a multiplicação dos pães e depois de alimentar muitas pessoas, Jesus ordenou a seus discípulos que fossem para cidade de Betsaida por via marítima. Devido uma forte tempestade em alto mar, os doze discípulos ficaram desesperados, todavia, Cristo se aproximou deles, acalmou os corações e a ventania cessou. Este é o contexto de mais um milagre operado por Jesus e registrado em apenas oito versículos (Mc 6.45-52).

Sem sombras de dúvidas ninguém está isento de enfrentar algumas aflições na vida. Uns dizem que estão passando por lutas, outros por sérias adversidades e tem mesmo aqueles que afirmam estar enfrentando verdadeiras tempestades, com ventania e chuvas de granizo, tal a intensidade. Algumas crises são de ordem familiar, outras de ordem financeira, tem-se ainda as enfermidades, o desemprego e as separações conjugais. Algumas turbulências são grandes, outras menores, umas longas, outras curtas, mas resumidamente o certo é que enquanto o homem viver, ele passará mesmo por momentos ruins!

Logo depois de Jesus operar um grande milagre alimentando milhares de pessoas (alguns historiadores calculam quinze mil pessoas, pois as narrativas omitiram mulheres e crianças que estavam presentes), e após essa grande manifestação do poder de Deus, Jesus compeliu seus discípulos a tomarem o barco e irem para a cidade de Betsaida. Atente que nem deu tempo de os discípulos processarem o milagre e eles já estavam no barco quando uma tempestade os pegou em mar aberto.

Cansados de tanto remar contra o vento e vivenciando uma forte crise coletiva,  e prescindindo que a morte se aproximava, os discípulos viram Jesus se aproximar  caminhando sobre as águas. Assustados e emocionalmente abalados pelas circunstâncias, eles  pensaram que fosse um fantasma. A sequência ou a dinâmica dos fatos é que Jesus se aproximou, acalmou os corações, subiu no barco e somente aí deu ordens ao vento que cessou (Mc 6.47-51).

De maneira semelhante aos doze discípulos que se assustaram com Jesus caminhando sobre as aguas e pensaram se tratar de um fantasma, veja que nas crises, nas aflições, nas lutas e situações adversas que muita gente enfrenta, algo muito comum é a perda da visão. Nas lutas, o homem enxerga situações de forma equivocada, nas adversidades muita gente faz leituras erradas e pior que isso, faz julgamentos errados. Veja que na notícia de um diagnóstico de câncer, muitas pessoas já enxergam a morte. Nas brigas de casais, muitos já veem a separação e o divórcio e uma simples avaliação abaixo da média, muitos estudantes já enxergam a reprovação. São leituras equivocadas por quem está vivenciando a crise. Reflita!

Perceba que nas aflições da alma, muita gente se  torna pessimista e começa a ver, como os discípulos, assombrações e fantasmas. Resumindo: nas crises, muitos perdem a capacidade de interpretar corretamente aquilo que vê, ou seja, situações de extrema aflição podem atrapalhar a correta leitura dos fatos. E isso se torna um pesadelo e pode eventualmente causar mais estragos!

Aqueles doze homens ficaram mais de dez horas à deriva, remavam e não saíam do lugar e o naufrágio com risco de morte por afogamento era questão de momento. Era o caos em alto mar. Mas o incrível que a narrativa de Marcos diz textualmente que Jesus vendo a aflição deles, vendo o desespero deles, saiu de onde estava e lhes foi ao encontro andando sobre o mar. A narrativa diz que eles começaram a travessia a tarde e Jesus chegou aonde eles estavam entre as três e seis horas da manhã, portanto, eles ficaram sós em alto mar na tempestade algo entre nove e doze horas (Mc 6.47-49). É bem provável que eles achassem Jesus distante e indiferente com toda aquela situação de sofrimento, mas como diz um velho clichê: Jesus chegou na hora certa! Reflita.

Compreenda bem que com tantas adversidades, vivendo dias de plena pandemia com isolamento social, com tantas lutas e situações ruins que muita gente enfrenta, o desafio não é vencer essas adversidades, mas vencer a incapacidade humana de acreditar que Jesus vê as lutas, que Jesus ouve o pedido de socorro e mais que isso, que ELE vem para estar com seus filhos e acalmar as tempestades. Deus não é um Deus indiferente! Creia nisso!

Essa é a grande verdade. Saiba que a vida é mesmo imprevisível, cheia de surpresas e sobressaltos, hoje está assim e amanhã ninguém sabe. Todavia, a presença de Cristo na vida do crente é a única forma de mantê-lo firme e constante nessa jornada. Portanto, guarde isso: Nas lutas e nas adversidades não faça leitura equivocada dos fatos enxergando fantasmas, mas creia que nos descaminhos da sua história Cristo jamais te abandona, amém? Tenha visão!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 23 Janeiro 2021 15:39

22/01/2021 - "PAPO DE CASAIS"

Terça, 19 Janeiro 2021 23:45

19/01/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 18 Janeiro 2021 09:57

FELIZ

FELIZ

“Possuía ovelhas e bois e grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe tinham inveja”. (Gn 26.14)

 

O livro de Gênesis trata do começo de todas as coisas e é o primeiro livro da bíblia. Juntamente com outros cinco livros, ele faz parte de um conjunto denominado Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Na narrativa, cujo autor é consenso entre os historiadores que se trata de Moisés, tem-se que Deus criou a terra, os mares, as florestas e os animais. Por fim, Deus criou a coroa de toda a criação: o homem.

De maneira singular, Gênesis demonstra grandes verdades que são fundamentais ao  cristianismo, desde a transgressão de Adão e Eva como as histórias de personagens que cada um ao seu modo, contribuíram para consolidar a fé, a esperança, as promessas de Deus e a restauração do homem diante de Deus.

O contexto da narrativa aborda a questão do ciúme, um perverso sentimento que desde sempre teima em ocupar a mente do homem. Isaque era um homem bem sucedido, tinha muitos animais, bastantes servos e isso aos olhos dos filisteus foi a causa de algumas desavenças e desajustes nos relacionamentos (Gn 26.14-25).

Atente bem que o homem parece não se acostumar com a felicidade alheia, aliás, muitos homens e muitas mulheres não sabem ainda lidar com o sucesso de seu semelhante. Isso fica evidente quando as crianças brigam entre si por causa de brinquedos, ganha corpo entre os jovens e adolescentes que não toleram ver colegas obtendo sucesso e se materializa nos adultos que não suportam ver gente feliz e tendo sucesso no trabalho, em casa, nos relacionamentos e por aí afora numa infinidade de situações.

Isaque era um homem que tinha muitas posses e estes bens foram a causa que fez aflorar a inveja dos filisteus. A narrativa diz que Isaque cavou cisternas para dar água ao rebanho, mas os filisteus vieram e entulharam a cisterna. Ele foi para adiante e cavou outra cisterna, novamente, os invejosos dos filisteus vieram e entulharam o segundo poço. Finalmente Isaque cavou o terceiro poço e esse não foi mais entulhado pelos invejosos (Gn 26.17-25).

Compreenda que Isaque não se desmotivou com as tentativas de seus inimigos em jogar pedras nas duas primeiras ocasiões em que cavou os poços. De maneira brilhante e perseverante em seus objetivos ele demonstrou uma nobre atitude tão ausente nos dias atuais: a perseverança e a busca pela paz. Entenda bem que Isaque não podia impedir que os filisteus o invejassem, isso estava fora de seu controle, todavia, ele tinha em mãos a possibilidade de não ficar no mesmo espaço e de não procurar confusão. Veja que ele não procurou por brigas e nem discutiu o assunto, mas se afastou e criou novas oportunidades. Saiba que sair do ambiente onde a inveja e o ciúme dominam os corações é ótima opção e, embora algumas mudanças sejam trabalhosas, Isaque criou coragem e silenciosamente deslocou para outro território (Gn 26.17). Guarde no seu coração que permanecer em ambiente hostil, sujeito a ataques de pessoas invejosas e ciumentas nunca foi a melhor decisão. Pense nisso!

Em todo o contexto bíblico, diversos personagens foram movidos em seus corações para causar dor e destruição, impulsionados pela inveja, pelo ciúme e pelo ambiente competitivo onde viviam. O rei Saul invejou Davi (1 Sm 18.8) e este nutriu inveja de Urias, casado com Bate-Seba (2 Sm 11.1-3). José foi vítima do cíume de seus irmãos (Gn 37.1-4). Trazendo isso para um termo bem atual, é como estes personagens tivessem a famosa dor de cotovelo!

Hoje, com poucas exceções, o homem convive com seus semelhantes em situações idênticas a essa história que foi narrada sobre Isaque. Entenda bem que raros aqueles que desejam o bem ao próximo, raras as pessoas que não nutrem uma ponta de ciúme porque o colega e/ou parente obteve sucesso em alguma área profissional ou privada. Existe muita gente aborrecida que de uma maneira ou de outra vivem carregadas deste perverso sentimento desejando o mal, atrapalhando a vida de outrem, quando deveriam se alegrar com o sucesso alheio (Rm 12.15). Incrível, mas perceba que os poços cavados por Isaque  e entulhados pelos filisteus deixaram de servir a ambos. Assim, de forma comparativa o sucesso de um, pode trazer benefícios a todos. Reflita!

Saiba que essa narrativa possui muita semelhança com os desentendimentos que ocorrem hoje dentro das casas, dentro das famílias, dentro das empresas e inclusive no meio eclesiástico. Relacionamentos saudáveis passam longe de sentimentos que não constroem, portanto, guarde isso: a inveja e o ciúme são danosos, são filhas de ressentimentos não curados, parentes da raiva e do rancor e são oriundas de pessoas afastadas de Deus. Fuja disso, se alegre com os que se alegram. Viva feliz, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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