Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 02 Novembro 2020 15:54

AVISO

AVISO

“Ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso para quem já são chegados os fins dos séculos”. (1 Co 10.11)  

O apóstolo Paulo foi o autor de treze cartas, algumas dessas com destinatário único, como as cartas de Timóteo e Tito e outras destinadas às comunidades cristãs que estavam se estabelecendo no mundo de então. Nessas tratativas, Paulo ensina, adverte, mostra a direção a seguir e demonstra em todas as ocasiões, um amor puro e verdadeiro pelos irmãos que professavam a fé em Cristo.

Paulo escreveu duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Entre a primeira e a segunda carta se passaram pouco mais de um ano e na primeira epístola, Paulo trata de corrigi-los pela carnalidade que havia se instalado naquela igreja. E uma dessas correções está no bloco de ideias que faz uma comparação com os antepassados dos israelitas (1 Co 11.1-12).

Entenda que antes de sua conversão, Paulo era um inimigo declarado dos cristãos (At 22.3-5). Ele mesmo confirma seu perverso comportamento de outrora mostrando nas cartas quem era, e simultaneamente deixa claro que o amor e a graça de Deus por ele, Paulo, havia sido a causa de tamanha transformação (Ef 3.1). Pense!

Não é nenhuma novidade que as pessoas cometem erros, ora pequenos e ora grandes. Também não é novidade que estes erros podem trazer consequências futuras. Assim fica claro que os erros cometidos no passado podem ser didáticos, ensinando qual o caminho a seguir e quais deles não podem ser repetidos. Noutro giro, os acertos no passado motivam as pessoas a caminharem acertadamente no futuro. Isso vale para inúmeras situações da vida como os relacionamentos pessoais, a vida no trabalho nas empresas, a vida financeira, a vida empresarial e logicamente, a vida espiritual.

Veja que Paulo não usa palavras bonitas para chamar a atenção dos membros da igreja em Corinto sobre os comportamentos deles frente à sociedade daquela cidade. Saiba que palavras firmes e sem ofensas pessoais não só mostram a realidade, como funcionam como ondas de choque para balançar o coração das pessoas e trazê-las para uma realidade que ela pode não estar percebendo. Pense!

Hoje muitas pessoas vivem se lamentando por escolhas do passado que não trouxeram o resultado esperado. Isso acontece nos negócios, nos empreendimentos comerciais, nas finanças, nos relacionamentos que terminam com brigas e separações e numa infinidade de outras situações. A origem de choros e lamentos está em decisões ruins de eventos que já eram conhecidos no passado, todavia, não se sabe como, houve a repetição do mesmo processo e evidentemente, o resultado foi igual ou pior.

Paulo manifestou preocupação com os membros daquela igreja e os alertou para voltarem os olhos ao passado e observarem os erros que seus antepassados cometeram e assim, não deviam repetir os mesmos erros. Ou seja, os hebreus quando saíram da situação de escravos para homens livres se deixaram levar pelas tentações e o resultado foi a incredulidade que impediu muitos de chegarem à Canaã (Nm 14.22-23).

Há um dito popular que diz ser loucura do homem desejar resultados diferentes repetindo o mesmo procedimento. Assim, quem não traz á memória os erros de outrora, pode vir a cometer os mesmos erros, noutras palavras, não aprendeu! Isso vale para a escolha dos representantes políticos, vale para compras de produtos supérfluos que trazem o endividamento familiar, vale para viagens e vale também para compreender porque muita gente ainda continua praticando as mesmas transgressões que os afastam dos caminhos de Deus. Reflita!

Perceba que Paulo deu um aviso resumindo um pouco da história dos israelitas quando saíram do Egito (1 Co 10.1-13). Todavia, entenda bem que toda aquela peregrinação no deserto não era nenhum salvo conduto para chegarem a Canaã. Quando os israelitas enfrentaram os primeiros obstáculos, muitos deles foram desqualificados e ficaram impedidos de receberem aquilo que fora prometido, e assim, a descrença, a cobiça, a desobediência, as práticas imorais e até mesmo a idolatria, foram motivos que levou muita gente a morrer no deserto (Nm 26.65).

Traga essa narrativa para os dias de hoje e veja que essa história não somente serve para trazer luz á essa geração sobre os acontecimentos do passado, como atua de maneira didática e pedagógica para mostrar que maus exemplos e comportamentos equivocados de personagens bíblicos, podem ensinar sobre as melhores escolhas e melhores decisões nos dias atuais. Portanto: olhe sim para trás, mas não permita que o passado seja o sepultador de seus projetos. Olhe para trás e aprenda que os erros alheios ou privados não devem ser repetidos. É assim que funciona, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Segunda, 26 Outubro 2020 10:19

TERAPIA

TERAPIA

“Assim, meus queridos irmãos, tende estes princípios em mente: Toda pessoa deve estar pronta para ouvir, mas tardio para falar...” (Tg 1.19)

 

Essa carta de Tiago, escrita pelo autor de mesmo nome, faz parte do grupo de cartas denominadas Cartas Pastorais e estão neste grupo as duas cartas de Timóteo, duas cartas de Pedro, as três cartas de João e as cartas de Judas, Tiago e Hebreus. Com exceção das cartas aos Hebreus, as demais são cartas curtas, de pouco conteúdo quando comparadas com os evangelhos ou com o livro de Atos dos Apóstolos e chamadas pastorais em razão de serem abrangentes e não terem um destinatário específico. Sabe-se que Tiago era filho de José e Maria, portanto, irmão de Jesus e foi um dos líderes da igreja em Jerusalém (Mt 13.55; Mc 6.3; At 12.17; Gl1.19). Sua narrativa aborda o cotidiano da vida humana, o cristianismo prático e demonstra que a fonte da tentação está dentro do homem. Pense!

O versículo acima está inserido no bloco de ideias que abarca a vida do cristão em sua rotina diária, no relacionamento com pessoas dentro e fora de seu círculo de amizades. Em seis versículos Tiago traz um conjunto de palavras apontando o perigo da negligência no trato com outras pessoas (Tg 1.19-25).

Com raras exceções ninguém vive só, isolado do resto do mundo como se fosse um ermitão. Querendo ou não, de um jeito ou de outro, o homem vive em companhia de muita gente. Desde os primórdios da humanidade, a convivência do homem com seus semelhantes se tornou necessária. Essa convivência era imprescindível para manter a segurança coletiva, para realizarem tarefas comuns e logicamente para perpetuação da espécie (Gn 2.18; Ec 4.9).

Entenda bem que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, todavia, os indivíduos são diferentes entre si e cada um possui um tipo de temperamento. Desta forma as pessoas apresentam reações distintas mesmo que as ações contrárias tenham sido iguais, e isso apenas retrata a força da individualidade presente em cada um. É neste ponto que se conhece quem são os calmos, os agitados, os ativos e os tranquilos e por aí afora. Pense!

A narrativa de Tiago apresenta um ensino que atravessa os séculos justamente por retratar como deve ser a postura do cristão diante de tantas situações que o homem enfrenta no dia a dia. Já naquela época, o autor vislumbrou a necessidade de orientar os novos convertidos a pautarem suas vidas num comportamento tal que trouxesse paz e ótima convivência com o mundo ao redor. A vida em sociedade exigia, como exige hoje, atitudes e posturas onde muitas das vezes é melhor escutar do que falar, pois já se sabe que a língua quando usada de forma indevida, pode trazer morte, choro e destruição.

Sem sombras de dúvidas entenda que a fala é o principal recurso de interação entre as pessoas. São por meio das conversas que o mundo se abre, são por meio das conversas que as pessoas se conhecem e, infelizmente são também por meio das conversas que tudo o que foi construído e descortinado pode desabar num piscar de olhos. Brigas, desavenças, atitudes hostis, e consequentemente separações estão no cerne das falas pronunciadas em momentos inapropriados e por vezes, sem opções de volta. Resumindo: é o poder desenfreado da língua em seu estado mais puro e devastador. Reflita!

Noutro giro, tão importante nas relações quanto o uso da fala, está o silêncio, ou seja, o dom de dominar a mente e se calar, mesmo que o desejo de gritar seja forte e queira prevalecer. Atente bem na sabedoria popular que prega sobre a importância de dialogar, de expor ideias, de mostrar diferentes pontos de vista, todavia, tão importante quanto o diálogo e as conversas, está o silêncio. Fala-se muito sobre a importância das pessoas dialogarem ignorando o fato de que o silêncio pode ajudar a resolver os problemas tanto quanto uma boa conversa que rompe as madrugadas. Noutras palavras, o silêncio é terapêutico, é curativo e funciona como remédio nas mais diversas situações que tendem caminhar para brigas e desacertos. Ou seja, silenciar é ótima terapia, guarde isso!

Evidente que existem momentos de discutir e de se pronunciar, todavia, compreenda que manter-se calado quando a situação tende a sair do controle é sinal de maturidade e inteligência. Lembre-se que Jesus fez silêncio quando os fariseus lhe apresentaram a mulher adúltera, optando por manifestar-se no momento certo. Jesus não discutiu e não argumentou com eles sobre a lei mosaica e muito menos perguntou onde estava o homem adúltero, mas deu o seu veredicto no exato momento para quebrar as acusações contra aquela mulher (Jo 8.1-11).

Portanto, mais importante que falar ou discutir, aprenda que o silêncio pode ser a solução para muitas situações, notadamente num mundo barulhento e onde todos querem sobressair no grito. Fazer silêncio, se calar é terapêutico, pratique isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 21 Outubro 2020 10:35

20/10/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 18 Outubro 2020 08:27

CORAGEM

CORAGEM

“O Senhor é contigo, homem valente..” (Jz 6.12)

O livro dos Juízes não tem autoria definida e faz parte do conjunto de livros históricos da Bíblia. O livro tem o nome de “Juízes” devido alguns homens e uma mulher (Débora) terem sido chamados por Deus para liderarem Israel em curtos períodos de tempo. Sem um rei que os governasse, o povo vivia sem uma direção e conforme os historiadores, esse período foi denominado como idade das trevas, tal a anarquia e bagunça que imperava naquela sociedade.  Em vista desta situação, o livro de Juízes é também conhecido pela expressão “... cada qual fazia o que achava mais reto.” (Jz 17.6).

A narrativa do livro apresenta a história de Israel logo após a morte de Josué quando os Hebreus se estabeleceram na terra de Canaã. Mesmo para os dias atuais onde a violência tem causado pavor, a narrativa de Juízes chega a causar espanto. São histórias repletas de atos de violência e permeadas com promiscuidade, todavia, entenda que essas histórias mostram basicamente as consequências do afastamento e da infidelidade dos israelitas de Deus.

Veja que assolados pelos midianitas, inimigos que não davam trégua, o povo de Israel fugia para as montanhas morando em cavernas, entretanto, um homem de nome Gideão, amedrontado como todos seus compatriotas, foi convocado por Deus para lutar pelos seus. Ele se julgava incapaz, se dizia inferior aos seus irmãos e afirmava que não tinha capacidade e nem era qualificado para conduzir seus compatriotas na luta contra os midianitas. Trazendo seus dizeres para termos atuais, ele se dizia portador do que hoje se denomina de complexo de inferioridade. Tímido e desanimado, mas convocado para uma missão, este é o resumo do contexto que  mostra a vida de Gideão (Jz 6.1-24).

Perceba que o complexo de inferioridade sempre acompanhou o homem, pode-se dizer sem sombras de erro que este sentimento é mais antigo que andar para frente. Saiba que Moisés e Jeremias também demonstraram claramente este perverso sentimento, quando chamados por Deus, alegando não estarem no mesmo nível de outros homens de suas épocas (Ex 4.10; Jr 1.4-7). A bem da verdade, este sentimento está atrelado a uma dúvida que muitos homens e muitas mulheres possuem de si mesmo, dúvida essa que não larga o indivíduo. Em todos os ambientes e situações, o sentimento de não estar no mesmo padrão dos demais continua rondando a cabeça de muita gente. Livre-se disso!

Logo após a morte de Josué, o povo de Israel se estabeleceu nas terras de Canaã, todavia, sem uma liderança forte eles tinham suas questões julgadas por juízes nomeados dentre homens das tribos de Israel e mesmo num regime predominantemente patriarcal, a narrativa aponta que houve uma mulher de nome Débora que foi profetisa e juíza, e que desempenhou seu papel com louvor, arbitrando as questões e disputas do povo (Jz 4.4).

Naquele período de profunda crise espiritual e histórica, Israel vivia o caos em todos os sentidos.  Os exemplos fortes de liderança anteriores de Moisés e Josué haviam ficado para trás e sofrendo ataques constantes, Israel padecia nas mãos de seus inimigos quando Deus resolveu intervir. Para a missão, Gideão foi convocado, todavia, era um homem com forte sentimento de inferioridade, nutria medo pelas circunstâncias que já vivenciava em seu coração e mesmo diante do chamado divino, ele titubeou e questionou o Criador pedindo sinais (Jz 6.17).

Essa história guarda muitas semelhanças com muita gente nos dias atuais, são homens e mulheres com comportamentos e posturas idênticos ao de Gideão. São muitos homens e mulheres que carregam em suas lidas diárias o sentimento de não estarem à altura dos demais colegas ou não se sentem capazes. Isso em todas as áreas. São professores que se sentem inferiores aos colegas de escola, são jovens e adolescentes que se sentem inferiores e são pessoas de todos os níveis sociais que se julgam incapazes, desqualificados para construir algo no meio em que vivem pelo simples fato de se enxergarem menores que os demais. São indivíduos que alimentam muitas dúvidas de suas habilidades, não confiam em si mesmos e nem acreditam que podem sim, desempenhar papéis com excelência em diversas áreas da vida. Reflita!

É bem provável que naquela época haviam outros homens com mais coragem que Gideão, talvez mais fortes fisicamente, talvez mais inteligentes e/ou com mais habilidades, mas entenda bem que Deus quis chamar um homem que não tinha o arrojo, nem valentia e nem bravura. “Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;” (1 Co 1.27). Gideão viveu numa época muito anterior à de Paulo, mas se teoricamente pudessem se encontrar, certamente que o apóstolo Paulo lhe diria essas palavras para motivá-lo e fazer com que ele entendesse que Deus estava no controle da convocação. Lembre-se que Gideão se via como tímido e fraco, mas Deus resolveu usá-lo para demonstrar seu poder e sua graça e isso se verifica pelo final de sua história. 

Entenda bem que enquanto homens e mulheres pelas suas próprias naturezas enxergam obstáculos, dificuldades e limites, noutro lado Deus visualiza amplas possibilidades em realizar seus planos. Foi assim com Moisés, com Jeremias e com tantos outros personagens bíblicos, foi assim também com Gideão. E com você não vai ser diferente, portanto, atenda ao chamado de Deus, avante, força, tenha coragem e tenha bom ânimo. Deus estará com você, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quarta, 14 Outubro 2020 09:09

13/10/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 12 Outubro 2020 14:39

06/10/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

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