Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 25 Abril 2022 11:26

INSEGURANÇA

INSEGURANÇA

“Argumentou Moisés: “O povo no meio do qual estou conta seiscentos mil homens a pé e tu dizes: ‘Eu lhe darei carne para comer durante um mês inteiro!’  (Nm 11.21)

Os historiadores e estudiosos afirmam que Moisés foi o autor dos cinco livros iniciais da Bíblia, livros esses que formam o conjunto denominado Pentateuco e o livro de Números está inserido nesse grupo. Durante a caminhada do povo de Israel pelo deserto em direção à Canaã, Moisés fez duas contagens originando daí o nome do livro (Números).  Na narrativa, percebe-se que Deus se revelou ao povo Hebreu como o Deus que cuida, que zela e que realiza proezas e isso ficou evidenciado nos diversos momentos em que Deus se apresentou ao povo nas dificuldades e entrou com a providência.

Moisés ouviu o povo chorar pela falta de comida e diante daquela situação mais uma vez Deus entrou na história dando a solução ao problema. Houve comida suficiente para que todos comessem e se fartassem. Resumidamente este é o contexto (Nm 11.10-23)

Em pleno século 21, com forte apelo pelas mentiras e notícias falsas, popularmente conhecidas pela palavra fake, atente bem para uma certeza: a incredulidade não é uma característica de quem não acredita em Deus, mas também é uma marca de pessoas piedosas e mesmo conhecendo Deus pelo que ELE é ou que já fez, podem eventualmente, nutrir a descrença e contaminar outros com sua insegurança. Atente nisso!

O povo Hebreu peregrinava pelo deserto e em dado momento a fome chegou. Houve reclamações de toda parte e a murmuração chegou até Moisés, que sentiu o peso da carga sobre seus ombros e logicamente levou adiante o pleito dos famintos a Deus. O interessante nessa situação foi que Moisés, provavelmente abalado emocionalmente, afinal a fome iria atingi-lo também, acabou acusando Deus de lhe trazer o mal, ou seja, em plena crise alimentar, Moisés deixou de ver Deus como parceiro e aliado e, num gesto de extremo vitimismo, clamou pela sua morte ( Nm 11.15).

Uma particularidade muito semelhante à muita gente em todos os tempos é que nas dificuldades e nas crises, elas deixam de focar no problema e passam a fazer uma leitura distorcida da realidade. Isso ficou claro no texto quando Moisés, homem que vivenciou o sobrenatural de Deus no Egito perante Faraó, atravessou o Mar Vermelho a seco, acabou acusando Deus de lhe ter dado uma carga extremamente pesada na liderança daquele povo (Nm 11.11).

Considere que em suas dificuldades tanto homens como mulheres também acabam por responsabilizar Deus pelos seus problemas. Nesse sentido, existem cristãos que consciente ou não, gostam de criar um segundo problema, além daquele que foi gerado anteriormente. Ou seja, ao responsabilizar Deus por suas adversidades, abre-se espaço para uma crise teológica: acusar Deus de gerar o problema, quando na verdade, Deus é bom, é cheio de bondade e  compaixão e não trata o homem segundo a sua natureza má (Sl 103.10). Reflita nisso!

 Imagine que um homem funcionário de uma empresa discute com o gerente e em decorrência deste desencontro ele perde o emprego, ou aquele que chuta o portão e quebra o dedo do pé ou então aquele motorista que avança o sinal vermelho e causa um acidente. São exemplos de ações humanas que trouxeram consequências ruins e Deus não pode ser responsabilizado por elas. Hoje muitas pessoas enxergam suas crises longe da realidade que se apresenta. Atente que do nada Moisés se fez vítima da situação, pediu a morte e ainda acusou Deus de ser o causador do problema (Nm 11.10). Noutras palavras, grande parte das vezes, as pessoas mudam as percepções dos fatos e foi justamente isso que Moisés fez e é isso que muita gente tem feito diante das dificuldades. Pense nisso!

Se o problema era comida, Deus  afirmou que daria o alimento não um dia, nem dois, nem cinco, nem dez, nem vinte, mas um mês inteiro. Mas para o grande líder judaico, a equação não fechava e ele respondeu com ironia o que Deus estava pronto para fazer (Nm 11.18-23). Lembre-se, Moisés já presenciara muitos milagres operados por Deus no Egito, já tinha visto o Mar Vermelho se abrir para o povo passar sem molhar os pés, já tinha visto as águas amargas se tornarem potáveis, já tinha presenciado Deus alimentar o povo com o maná, sabia que a nuvem dirigia o povo de dia e de noite e nesse sentido, ele tinha apenas que acreditar. Moisés era um homem que tinha ótimo relacionamento com Deus, mas naquele momento enfrentando toda aquela pressão do povo, a insegurança foi mais forte e ele duvidou (Nm 11.21-22).

 Essa narrativa vai de encontro a milhares de pessoas cristãs que enfrentando crises e passando por aflições, ainda não acreditam que Deus pode realizar um milagre, que Deus pode trazer um livramento e que somente Deus tem poder para dar solução a qualquer problema considerado impossível. Inseguros, eles dizem: “Será que Deus vai fazer algo?”

Guarde isso: Nas suas lutas, nas suas dificuldades, nas suas batalhas e/ou nas suas turbulências, o braço de Deus vai muito mais além do que você pensa ou  imagina. O fracasso chega quando o cristão não acredita que Deus pode realizar e aí, responde com insegurança. Entenda: Na vida do crente quem bate o martelo e tem  a última palavra é Deus, portanto, tão somente confie, amém? Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Terça, 19 Abril 2022 23:30

19/04/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 18 Abril 2022 14:44

PRIVAÇÕES

PRIVAÇÕES

“Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra. ”  (Gn 12.10)

 

Gênesis é o livro dos começos e apresenta a criação de Deus durante os primeiros dias: No primeiro dia, os céus e terra foram criados; no segundo dia, houve a separação das águas; no terceiro dia, tem-se que terra e os mares e a vegetação foram criados; no quarto dia, foram criados o sol, lua e as estrelas; no quinto dia, foram criados a vida marinha e as aves; Finalmente no sexto dia, os animais terrestres, animais rastejantes e o homem (macho e fêmea) foram criados. Escrito por Moisés, a narrativa traz ainda a queda de Adão, a história dos grandes patriarcas (Abraão, Jacó, Isaque e José) e além disso o livro apresenta também o plano de reconciliação do homem para com o seu Criador.

O contexto da passagem acima está no chamado de Abrão, que saiu de sua terra, acreditou na Palavra de Deus e teve fé para não ficar onde estava e veio para as terras que Deus lhe mostrou (Gn 12.1-10).

Considere que em tudo na vida do homem, o desafio nem é fazer ou realizar, mas o desafio tem sido se manter firme em algo. Firme no casamento, firme na empresa, firme na faculdade, firme na igreja e logicamente, firme espiritualmente. Ou seja, a luta em todos os momentos é perseverar e ser constante nos projetos, quer sejam eles seculares ou religiosos. A bem da verdade, ser constante e perseverante num mundo pluralista é mesmo um enorme desafio.

Atente que o ainda Abrão, estava geograficamente muito longe de sua terra natal e longe de seus parentes, todavia, estava geograficamente dentro do campo de obediência a Deus e naquele lugar que tinha sido mostrado por Deus, Abrão fez uma tenda, levantou um altar e adorou a Deus (Gn 12.8). Noutras palavras, enquanto dentro do campo da obediência, Abrão tinha altar,  andava em santidade e invocava o nome de Deus. Guarde isso!

Embora Abrão fosse amigo de Deus, entenda que ninguém está isento de lutas e das provações. Dias nublados e dias ruins chegam a muita gente e Abrão também se viu no meio de uma situação inesperada. Naquelas terras veio a falta de água e consequentemente a falta de comida e as privações como efeito da seca. A fome chegou e Abrão desceu para o Egito (Gn 12.10).

Atente que Abraão era amigo de Deus, estava naquelas terras debaixo de uma palavra do Criador e mesmo assim, ele não teve forças suficientes para resistir à provação da seca e da fome (Gn 12.1: Gn 12.10). E sem forças para enfrentar a escassez e as privações, ele desceu ao Egito, terra de toda carnalidade e fonte de toda sorte de idolatria e lá, Abrão não se comportou como um homem que conhece o Deus de toda verdade.  A narrativa diz que ele mentiu e Sarai, sua mulher foi tomada como mulher de Faraó e no palácio da corte egípcia, consta que ela ficou muitos anos, tempo bastante para que Abrão conquistasse riquezas e tivesse muitos animais (Gn 12.16;19).

Considere que no meio cristão, algo muito frequente e comum são as promessas de Deus para a vida de muita gente. Uma benção aguardada há muito tempo, um milagre na família, uma cura de uma enfermidade que não cessa, uma direção nos projetos, uma porta de trabalho ou mesmo uma benção no empreendimento são tipos de dádivas divinas esperadas por muitos. E enquanto essas bênçãos não chega, mais comum ainda são as grandes cargas de incredulidade e dúvidas que ocupam o coração de quem espera, afinal de contas, se tem uma coisa que enche o coração das pessoas é a pressa em receber algo de Deus.

Veja que Abrão fez uma escolha precipitada, a seca e a fome o levaram a sair para fora da geografia e do campo da obediência, ou seja, na primeira provação ele saiu de onde Deus o havia colocado geograficamente e foi para um lugar que Deus não havia indicado. No Egito, ele não influenciou, mas viveu literalmente a mentira, impactando a vida de Sarai que se viu levada para o harém de Faraó. Noutras palavras, um abismo chama outro abismo, um pecado tem o poder de potencializar o próprio pecado (Sl 42.7).

Considere haver muita semelhança deste episódio de Abrão com muita gente hoje em dia. São pessoas que ouviram a voz de Deus e diante de uma promessa se posicionaram dentro do campo de obediência, mas bastou uma situação ruim, bastou uma prova e elas simplesmente saíram de onde Deus havia determinado. Ou seja, ainda hoje as provas e as lutas continuam afastando as pessoas de Deus e longe de Deus, as pessoas tem seus comportamentos iguais aos não crentes. Reflita nisso!

A narrativa diz que Sarai ficou muito tempo no palácio de Faraó, tempo suficiente para que Abrão aumentasse o seu patrimônio com muitos animais. A situação somente melhorou quando Deus tirou Sarai da casa de Faraó e Abraão saiu do Egito, ou seja, se outrora ele tinha descido ao Egito, a reconciliação com Deus aconteceu quando ele subiu, tanto que em Betel ele levantou um altar (Gn 13.1-4). Longe de Deus, a pessoa desce e se aproxima quando sobe.

Finalizando, compreenda que independente do tamanho das lutas, do tamanho das tempestades ou que do que vier lhe afligir, não se afaste da presença de Deus. Considere que a obediência é provada em meio ás dificuldades, em meio às privações e lutas da vida e nenhuma dificuldade é maior que a promessa de Deus. Portanto, assuma as rédeas da sua história e deixe Deus governar na sua vida. Estamos combinado? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, continuamente!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 18 Abril 2022 00:13

17/04/2022 - CULTO ESPECIAL DE PÁSCOA

Quarta, 13 Abril 2022 00:08

13/04/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 12 Abril 2022 16:35

AMANHÃ

AMANHÃ

“Não presumes do dia de amanhã, pois não sabes o que produzirá o dia” (Pv 27.1)

Salomão, filho do rei Davi com Bate-Seba foi o autor de milhares de citações conhecidas por provérbios e daí veio o nome do livro. Os historiadores e as tradições judaicas dizem que são de autoria de Salomão também os livros de Eclesiastes e Cantares. Sua vida como rei foi marcada pelas intensas oscilações, indo da forte aproximação com Deus até o seu completo afastamento já no fim de sua existência e de seu reinado. Muito embora sua vida seja por demais comentada, é certo que seu governo e suas ações foram marcadas por idolatrias e adorações aos deuses pagãos.

Se tem algo que traz incômodo a muita gente é a tentativa de acertar o que  vai acontecer no amanhã. Previsões matemáticas do clima não afirmam categoricamente se vai mesmo chover ou se o sol vai dominar em determinadas regiões, homens e mulheres vivem consultando todo tipo de material tentando acertar o que acontecerá no futuro e ao final, o que sobra são as frustrações e decepções.

Deus criou o homem e o dotou de inteligência o bastante para criar muitas coisas, umas são mesmo incríveis e outras nem tanto. Veja que recentemente uma nave aterrissou no planeta Marte e de lá são enviadas imagens da geografia marciana. Algumas tecnologias chegam a assustar tal o conhecimento aplicado e sua utilidade na vida humana, mas nada ainda de o mesmo homem acertar com efetividade o que acontecerá no dia seguinte. No máximo existem as previsões que acabam iludindo e criando falsas expectativas.

Perceba que Salomão, centenas de anos atrás já deixava claro que ao homem cabe viver o dia de hoje e que o dia seguinte, amanhã ou o futuro, como se queira, fica a cargo da vontade de Deus e isso tem nome: soberania! Assim, Salomão já demonstrava que o dia presente deve ser vivido com intensidade e que as preocupações com o amanhã encobrem as necessidades de hoje. Pense nisso!

Um dos desejos de muitos homens e mulheres, inclusive no meio cristão é justamente prever o amanhã e assim, ter uma vida dentro de suas previsibilidades, entretanto, isso não funciona. Se assim fosse, bastava a esses homens e mulheres  enxergarem o seu amanhã e assim, teriam suas história em suas mãos, inclusive o dia de sua morte (Jó 14.5). Creia que foi justamente pensando nisso, que Deus colocou limites ao homem, de forma que sem saber corretamente os acontecimentos futuros, ele possa caminhar confiante, com fé em um Deus que tudo governa.

Nesse sentido, considere que a agenda do homem não pode ser confirmada por ele próprio, aliás, o apóstolo Tiago também se expressou com muita sabedoria ao dizer que ninguém, ninguém mesmo tem pleno conhecimento das coisas que se realizarão no dia seguinte. E que cabe ao homem, entregar a Deus as realizações dos eventos futuros, conforme seja a vontade divina (Tg 4.13-16).

Trazendo luz desse entendimento para os dias atuais, atente na perigosa tratativa de muita gente em programar a agenda de Deus para milhares de pessoas incautas e desavisadas. Aproveitando com razão a crença na bondade e misericórdia de Deus, muitos estão sendo enganados e levados a crerem que algo se realizará no amanhã, fundamentados numa teórica agenda de Deus marcada pelo homem. Pasmem! Num encontro de Jesus com o fariseu Nicodemos, Jesus o ensina que nada pode segurar ou dar direção ao vento (Jo 3.8). Naquela reunião o Mestre dizia que nada pode governar o Espírito de Deus e a sua soberania, ou seja, as decisões do Criador são soberanas e não estão vinculadas à vontade ou agenda humana. Deus faz quando lhe convém e não precisa dar satisfação a ninguém e se as decisões divinas tivessem que ser vinculadas ao homem, entenda que Deus não seria Deus. Resumindo: o homem não é dono nem de sua agenda e muito menos da agenda divina. Simples assim!

Desde sempre entender e processar a vontade soberana de Deus tem sido o desafio para muita gente e esse não entendimento causa desconforto e inquietações. Fazer contas, cálculos, equações difíceis e ao final ficar frustrado tem sido a vida de muita gente que vê o dia seguinte chegar e aquilo que previu e/ou que previram para ela não se realizou. O próprio Jesus deixou claro que nas orações o homem deve ter fé, mas as realizações do que foi clamado será conforme a vontade de Deus (Mt 6.10).

Resumindo, creia que as realizações futuras estão nas mãos de Deus. Curas e milagres, bênçãos e tudo mais o que Deus pode fazer pelo homem depende unicamente da vontade soberana d’ELE. Não crie expectativas que são dadas pelo homem, mas crie expectativas de que sua vida está dentro do cronograma divino e, ao tempo d’ELE, na hora certa e no momento exato, as coisas acontecerão (Ec 3.1). Estamos combinado? Forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quarta, 06 Abril 2022 00:02

05/04/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 04 Abril 2022 09:42

MARCAS

MARCAS

“…Estas pedras serão, para sempre, um memorial para os filhos de Israel” (Js 4.7)

 

Josué foi o autor deste livro que leva o seu próprio nome e sua narrativa está inserida no encerramento da peregrinação do povo de Israel, que tinha saído do Egito e rumava em possessão definitiva para as terras de Canaã. Josué foi um assessor de Moisés e mais tarde Deus o indicou para sucedê-lo (Nm 27.15-23). Coube a Josué fazer a divisão das terras e sob sua liderança o povo de Israel vivenciou milagres e bênçãos enxergando as mãos de Deus conduzindo e guardando os seus escolhidos.

A passagem acima está ambientada dentro do período da peregrinação. O povo de Israel havia terminado de passar a seco pelo rio Jordão e Deus se manifestou a Josué, determinando que fosse feito um altar, de forma que aquele evento ficasse registrado como uma marca não só na memória do povo, mas quando fixassem os olhos no altar de pedras eles iriam se lembrar das obras que Deus tinha realizado no meio deles (Js 4).

Perceba que ninguém vive sem ter algo de sua vida passada para contar. Uns possuem coisas boas para serem lembradas e é assim que os museus guardam a história de um povo. Móveis, máquinas, fotografias e mais recentemente vídeos, utensílios e tantos outros objetos quando vistos e observados resgatam a memória das pessoas e isso é bom para os mais novos sentirem as transformações na história. São as marcas de um cultura, as marcas de um povo. Álbuns de casamento ou de formatura, documentos, imagens de construções e tantas outras coisas são formas de preservar e manter a tradição, a cultura e a história. Devem mesmo ser cultivados por todos.

A narrativa diz que quando os sacerdotes tocaram com seus pés as águas do Rio Jordão, elas se separaram e todo o povo de Israel passou a seco de uma margem a outra e logo depois Deus instruiu Josué a construir um memorial, para que este milagre ficasse marcado e não desaparecesse da memória do povo (Js 3.12-17; Js 4.21).

Didaticamente o intuito de Deus era que o milagre ficasse registrado, ou seja, Deus não queria que eles apenas contassem a história de como passaram o rio Jordão, eles iriam contar a história para as próximas gerações e mostrar as pedras do memorial. Era uma forma pedagógica para lembrar às gerações futuras tudo aquilo que Deus tinha realizado.

Considere que o homem por vezes é ruim para se lembrar de eventos do passado, aliás, com tantas atividades para fazer diariamente e com a memória cada vez mais curta, muitos eventos quando não são registrados caem no esquecimento e depois disso ninguém mais se lembra. E trazendo isso para os milagres e bênçãos que Deus tem realizado na vida de muita gente, nada mais natural que todos esses milagres sejam registrados, fotografados e que sirvam para demonstrar a grandeza de um Deus que zela pelos seus (Sl 121). Entenda que a saúde espiritual do crente é alimentada pela lembrança dos milagres e bênçãos que Deus realizou. Ou seja, memoriais das obras de Deus ajudam a realinhar a visão do homem para com os céus. Pense nisso!

Aquelas 12 pedras coletadas no Rio Jordão que formaram o altar iriam atiçar as curiosidades das crianças e dos jovens, de maneira que nunca mais eles iriam esquecer o que Deus fez pelos seus antepassados (Js 4.20-21). Infelizmente, conscientes ou não somos parte de uma geração descompromissada e pouco afeta ao sentimento da gratidão, aliás, quando as pessoas são menos agradecidas é bem provável que elas também pouco se lembram das obra de Deus em suas vidas. Observe que hoje muitos pais fazem questão de lembrar a data que seu time foi campeão, mas são incapazes de lembrar o dia que Deus os abençoou ou que os curou de alguma enfermidade ou nem se lembram da data que receberam um livramento e, pior que isso, é não se lembrar de retransmitir essas informações aos filhos, perdendo a chance de mostrar a eles o Deus que os criou. Reflita!

Cuidar de mostrar quem é Deus na vida do cristão e ensinar essa verdade já era abordado por Moisés, que não só demonstrou isso ao povo como fez questão de deixar escrito essa ordenança (Dt 6.7-9). Anos mais tarde, Salomão não deixou por menos e assim se expressou: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Ou seja, conhecer a Deus e mostrar isso ás gerações vindouras deve ser vista como uma ordenança e necessidade sempre atual.  Pense sobre isso!

Portanto, saiba que as experiências, bênçãos e milagres do passado precisam repercutir nas próximas gerações, daí a  relevância de falar e transmitir para as gerações futuras o que Deus tem feito, transformando tudo isso em marcas ou memorial, afinal de contas ter viva recordação das obras de Deus é fundamental para o fortalecimento da fé dos mais novos. Viva e pratique isso, invista na saúde espiritual dos mais novos! Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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