Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 01 Março 2022 22:43

01/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 27 Fevereiro 2022 13:40

INDECISÃO

INDECISÃO

“Se o Senhor é Deus, segui-o, se é Baal, segui-o. Porém o povo nada respondeu.” (1 Rs 18.21)

 

Antes da tradução do Antigo Testamento do hebraico para o idioma grego, originalmente havia um só volume denominado de ‘Livro dos Reis’ e nos trabalhos realizados, os rabinos tradutores entenderam a necessidade de dividir o livro, ficando como hoje é conhecido, dois volumes denominados 1°e 2° livro de Reis. O nome vem das características da narrativa que trata das ações dos reinados de Judá e Israel, começando pela morte do rei Davi, passando pela queda da cidade de Jerusalém e  apresentando o reinado de Salomão.

A passagem acima está dentro do quadro que envolve as ações do profeta Elias e do rei Acabe. Consta que  Elias desafiou o rei Acabe e os profetas de Baal, e em dado momento, Elias exortou o povo de Israel dizendo: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos: Se Deus é Senhor, segui-o; se Baal é Senhor, Segui-o” (1 Rs 18.21).  A narrativa diz que o povo de Israel havia se desviado e estava em dúvida sobre quem era o Deus verdadeiro. Naquela ocasião o profeta Elias desafiou oitocentos profetas adoradores de Baal e a prova era mesmo dificílima. Aquele que invocando o seu Deus colocasse fogo no holocausto, sem nenhuma intervenção humana, este seria o  Deus verdadeiro. O resultado foi a vitória do Deus de Israel (1 Rs 19).

Considere que a vida é repleta de decisões. Diariamente as pessoas são levadas a fazerem escolhas. Existem escolhas que são por demais simples e elas ocupam grande espaço do cotidiano, são as escolhas do que comer, quando sair para o trabalho, que roupa usar, mas existem outras que são mais difíceis e podem trazer implicações futuras. Escolhas do tipo com quem casar, número de filhos, onde morar, qual a profissão seguir e onde passar a vida eterna são decisões que vão trazer impactos significativos.

Atente bem que desde a libertação no Egito, o povo de Israel sempre alternou bons e maus momentos espirituais. Houve momentos que o povo estava convicto do Deus a quem servia e essa certeza era traduzida pela proteção contra os inimigos que não eram poucos, a obediência ao Senhor redundava em um povo fortalecido que não conhecia derrotas e via a manifestação de Deus com bênçãos nas lavouras e na economia e nos confrontos com seus inimigos. Ou seja, caminhando dentro dos parâmetros divinos, o povo de Israel ia bem.

Mas a nação israelita precisava compreender que Deus exigia exclusividade, afinal, fora o próprio Deus quem escolhera  a nação e como um Deus que guarda e que zela, logicamente não iria mesmo dividir sua glória com ninguém. Foi nesse sentido que Elias chamou a atenção de seus compatriotas, dizendo que eles não poderiam em nenhum momento, servir a Deus e aos deuses das nações pagãs.  O argumento utilizado pelo profeta para convencer o povo a abandonar os deuses da terra foi perguntar publicamente, alto e em bom tom qual era a escolha deles e de maneira incrível eles não responderam. Pasmem!

Perceba que  os compatriotas do profeta Elias ficaram indecisos,  não assumiram uma posição espiritual em suas vidas e não assumir uma posição ou não escolher, é um risco que muita gente anda correndo nos dias atuais. No evangelho de Mateus, Jesus discorrendo aos seus discípulos afirmou que nada aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, aí se pode incluir bens, riquezas de todo tipo, mas ainda assim perder sua alma (Mt 7.13-14). Veja que Jesus instigava seus seguidores a tomarem uma decisão e essa decisão iria impactar suas vidas eternamente. Noutro lado, Elias não estava chamando o povo a decidir pelo lanche, a decidir pela roupas e nem mesmo a decidir pelo tipo de lavoura que eles iriam plantar, mas estava chamando-os  para decidirem a quem iriam servir. Se ao Deus de seus antepassados ou ao deus Baal.

E a mesma pergunta deve ser feita hoje. Se hoje não existe a divindade Baal, veja que os deuses modernos são mais rebuscados e continuam roubando tempo e atenção de muita gente que se diz cristã. Entenda bem que conhecimento intelectual, curtidas nas redes sociais, busca de prazeres mundanos, status, orgulho, dinheiro, pornografia, jogos e séries de TV, são os chamados deuses modernos que disputam  a primazia com o Deus verdadeiro. Ou seja, todos esses aí e tantos outros mais vivem ocupando a mente e coração de muita gente. Daí, vem indagação de Jesus que se torna muito atual: "Não podeis servir a dois senhores..." (Mt 6.24).  É como se Jesus dissesse: “..não sejam indecisos. Escolham a mim!”

Encerrando, compreenda que algumas decisões não trazem nada de significativo, mas existem aquelas que incidirão peso no futuro. Dentre essas decisões de peso, invista no que é eterno, invista no reino de Deus. Entenda: não é sobre agora, sobre hoje, é sobre o amanhã, é sobre a vida eterna. Percebes a diferença? Grande abraço.

Jesus Filho de Deus continue abençoando sua vida!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 22 Fevereiro 2022 23:17

22/02/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 20 Fevereiro 2022 10:41

EXTRAVAGÂNCIA

EXTRAVAGÂNCIA

“Com toda a certeza Eu vos asseguro: onde quer que o Evangelho for pregado, por todo o mundo, será também proclamada a obra que esta mulher realizou, e isso para que ela seja sempre lembrada(Mc 14.9 )

 

Marcos, cujo nome era João Marcos, era filho de Maria em cuja casa foi palco de intensas orações em favor de Pedro, então preso e mais tarde libertado de maneira sobrenatural. Na visão dos historiadores o evangelho de Marcos faz parte dos evangelhos sinóticos, ou seja, os evangelho de Mateus, Marcos e Lucas tratam basicamente dos mesmos aspectos do ministério de Jesus Cristo, com pequenas diferenças entre si. Marcos foi amigo de Pedro de quem recebeu muitas informações e assim escreveu o seu evangelho.

A narrativa diz que Jesus foi até a casa de um homem chamado Simão e no interior daquela moradia, Jesus foi abordado por uma mulher de nome Maria, que indiferente às críticas, derramou sobre Jesus um perfume muito caro (Mc 14.3-9). Este é o contexto.

Nos túmulos é costume escrever uma frase que o defunto, quando vivo, manifestou o desejo de como gostaria que fosse lembrado. Na verdade, tanto homens como mulheres serão lembrados por alguma coisa do seu passado, preferentemente pelas boas ações do passado. Isso é fato e não há como fugir.

Perceba que de maneira súbita Maria fez algo sem precedentes. Marcos deixou registrado que o ato dela encheu de perfume todo o ambiente. Os presentes não entenderam a atitude daquela mulher e nem os discípulos conseguiram esconder a irritação. Na visão deles, ela desperdiçou algo muito caro (Mc 14.4-5). Mas o que se percebe é que ela entrou naquela casa motivada, tinha plenas convicções do que ia fazer e o ato dela adorar e reconhecer Jesus como o salvador, causou indignação e atingiu em cheio não só as narinas, mas também o coração e a mente dos presentes. Foi um ato de adoração extravagante, fora de série.

Atente que Maria estava tranquila, pode-se dizer que ela estava dentro da mais perfeita normalidade de suas faculdades mentais. Estava em completa paz e isso fica demonstrado pelo fato dela não ter chegado ali pedindo algo a Jesus. Ela não chegou murmurando e nem reclamando da vida. Estava ali com o firme objetivo de honrar a Cristo e certamente era um sentimento que ela não podia mais controlar. Num termo moderno, “era a fome com a vontade de comer.”

Trazendo esse comportamento de Maria para os dias de hoje, compreenda que com raras exceções, as pessoas procuram Cristo somente quando grandes tragédias alcançam sua pessoa ou sua família. Procuram Cristo quando são vítimas da injustiça, quando precisam de um milagre ou quando nada mais dá certo em sua vida. Uma frase que resume bem essa procura nos dias atuais é que benditas sejam as aflições, afinal elas fazem as pessoas buscarem pelo socorro de Jesus.

Considere que muitos chegam aos pés de Cristo não pelo que ELE é, mas se aproximam numa busca desenfreada por uma benção ou por um milagre, basta ver as reuniões onde se promete curas e milagres caso o pretendente cumpra os critérios de frequência das reuniões. São pessoas que chegam às pressas com um pensamento consumista para uma benção imediata e até mesmo pré-datada. Perceba que os discípulos e demais pessoas que estavam naquele recinto teceram críticas, foram maldosos, provavelmente falaram em alta voz para todos escutarem suas opiniões, entretanto, considere que todos eles perderam ótima chance de ficarem quietos (Mc 14.4-5)

"Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?" (Sl 116.12). Frase anunciada centenas de anos atrás que ainda soa muito atual. Poucos conseguem se lembrar de todas as bênçãos que Deus realizou a seu favor e nesse sentido, lembre-se que o nardo, era o top dos perfumes e Maria ofereceu o melhor que ela tinha. Não deu qualquer coisa e nem deu só umas gotinhas - se desse uma borrifada, seria acusada de  pão dura -, entretanto, ela ofertou todo o perfume que estava no recipiente. Ou seja, fica evidente que Maria demonstrou seu amor a Cristo de maneira sincera, extravagante e não se deixou levar diante das críticas, ela não deu créditos à opinião das pessoas que estavam naquele espaço, mas sabiamente se fez de surda e ofertou a Jesus o que tinha de mais valioso. Reflita nisso!

Em contrapartida, Jesus deixou registrado aquele momento e aquela adoração, determinando que aonde o evangelho da graça e do amor de Deus fosse anunciado, este fato perpetrado por Maria deveria ser lembrado (Mc 14.9). O testemunho dela seria proclamado no mundo inteiro e de maneira igual, a crítica de quem discordou da atitude dela também seria, até porque são fatos conexos entre si. Hoje, pode-se não achar o mesmo tipo de perfume, todavia, o homem veio a conhecer Jesus e pode adorar Cristo com a mesma devoção e extravagância daquela mulher. Entenda: Jesus não desprezou aquela adoração e a deixou marcada para as novas gerações. Uma dito popular diz que a flecha que sai do arco, a palavra dita, as águas que passam sob a ponte e a oportunidade perdida não voltam atrás. Em todos os tempos Maria será lembrada pela adoração extravagante, enquanto os discípulos serão lembrados pela estupidez da atitude. Responda aí para você mesmo: amanhã, como você deseja ser lembrado? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 19 Fevereiro 2022 12:40

18/02/2022 - "PAPO DE CASAIS"

Terça, 15 Fevereiro 2022 23:41

15/02/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 14 Fevereiro 2022 13:40

DENÚNCIA

DENÚNCIA

“E os filhos de Israel ouviram dizer: Eis que os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés edificaram um altar na fronteira da terra de Canaã, na região junto ao Jordão, da banda que pertence aos filhos de Israel.” (Js 22.10)

Conforme os historiadores e teólogos Josué, filho de Num foi o autor deste livro que leva o seu nome. Em Josué, estão registrados os episódios finais da posse que o povo de Israel fez nas terras de Canaã. Josué foi escolhido por Deus como o sucessor de Moisés e liderou com muita competência os momentos finais da peregrinação que se encerrava, inclusive foi de sua lavra as divisões das terras entre as doze tribos do povo de Israel.

Uma característica que ficou marcante na pessoa de Josué, esteve registrada no momento em que ele e Calebe confrontaram os colegas que foram investigar as terras. Naquela ocasião dez homens se mostraram contrários à investida sobre as terras de Canãa, alegando que as cidades eram fortificadas e seus habitantes eram de grande estatura, mas Josué e Calebe se pronunciaram favoráveis á incursão, afinal ambos estavam convictos da promessa de Deus e motivaram seus compatriotas a terem fé e, nesse sentido o povo de Israel conquistou Canaã (Nm 13.28).

O contexto da narrativa do capítulo 22 diz que após Josué fazer a divisão das terras, as tribos de Rubem, Gade e a metade da tribo de Manassés herdaram lotes de terras na região de Gileade, após o Rio Jordão. Distantes geograficamente de onde estava o tabernáculo na cidade de Siló, eles ergueram um altar e isso foi motivo de denúncia a Josué, que determinou a uma comissão investigar a veracidade da denúncia (Js 22.13).

Saiba que mais comum que andar para a frente são as denúncias. Nem é preciso pensar muito para ver que hoje tudo é motivo de denúncia. Crianças denunciam o irmãozinho aos pais porque ele fez ou deixou de fazer alguma coisa, colegas denunciam o outro por práticas que consideram suspeitas, relacionamentos são rompidos por denúncias e populares denunciam infratores aos órgãos policiais. Isso sem falar nas denúncias contra os gestores públicos, que são aos montes. Enfim, a prática da denúncia é antiga e, inclusive encontra respaldo no anonimato como forma de preservar o denunciante de futuras retaliações.  Há casos onde o denunciante pode até receber uma recompensa.

A narrativa diz que aquelas tribos idealizaram e levantaram um altar a Deus em suas terras e isso foi motivo de uma denúncia aos líderes religiosos (Js 22.11). Imaginando que seria um altar para a prática da idolatria e desobediência ao Senhor, eles quase se enfrentaram numa guerra entre irmãos de sangue. De posse da informação, Josué criou uma comissão que foi checar a denúncia, afinal de contas a notícia não era somente grave contra a unidade do povo de Israel, mas era extremamente contrária ao mandamento de Deus, já que todas as tribos deviam se reunir junto ao tabernáculo em Siló, três vezes por ano (Ex 23.17).

Após descobrirem que o altar tinha sido levantado como memorial para adorar a Deus e inseri-lo na memória dos mais novos e da próxima geração, a denúncia se mostrou infundada e o caso se deu por encerrado. Noutras palavras, aquele “altar construído junto ao Jordão” era um memorial às futuras gerações lembrando-as de que, embora separados pelas águas do rio e muito distantes de Siló, local de adoração e onde estava a tenda da congregação, eles estavam demostrando que não deixariam de fazer parte do povo de Israel. O relatório da comissão investigativa foi para voltarem para Canaã com ordem de paz e entendimento (Js 22.31).

Atente que a simples denúncia quase provocou uma guerra, pois já haviam indicativos da quebra da unidade israelita, todavia, considere que desde aquela época já se pregava a presunção de inocência, ou seja, antes de deflagrar a guerra, Josué determinou sabiamente uma comissão para averiguar a denuncia e verificar as provas da acusação (Js 22.12; Lv 17.8).

Entenda que essa história encontra muitas semelhanças nos dias atuais tanto nas informações inverídicas, como foi o caso, como na sabedoria da comissão sacerdotal que não tomou nenhuma atitude precipitada antes de averiguar onde estava a verdade. Aqui surge o ensinamento que antes de quaisquer tomada de decisão no recebimento de denúncias, é importante ouvir as razões das pessoas denunciadas e averiguar in loco o que foi denunciado antes de julgar e sentenciar. Hoje tem sido comum que pessoas sejam julgadas nos círculos de amizades, nos âmbitos familiares e nas redes sociais com base em denúncias, muitas das vezes, inverídicas e infundadas. Reflita!

Considere a lição que provém dessa história. Uma denúncia infundada pode matar relacionamentos, pode destruir casamentos sólidos, pode jogar amizades para os ares e pode levar pessoas a uma guerra sem fim. Denúncia mentirosa tem paternidade (Jo 8.44). Entenda, portanto, a importância de ter sabedoria e discernimento nestes casos e antes de qualquer tomada de decisão, aprenda a ouvir as partes, reunir provas, buscar a verdade e somente aí, decidir. Viva isso!  Abraços.

Jesus Cristo filho de Deus continue te abençoando.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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