Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 27 Fevereiro 2021 14:22

26/02/2021 - PAPO DE CASAIS

Quarta, 24 Fevereiro 2021 00:40

ALERTA

ALERTA

“Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso.” (Dn 5.22)

 

Daniel foi o escritor do livro que tem o seu nome. Sabe-se que Daniel fazia parte da elite judaica quando foi levado como escravo para a Babilônia juntamente com centenas de outros compatriotas. Naquela nação distante, ele se manteve firme e não permitiu que os costumes e a cultura daquele povo o influenciasse. Sua narrativa mostra as lutas e as dificuldades que lhe foram apresentadas, contudo, saiba que ele prevaleceu íntegro e Deus o honrou de maneira sobrenatural.

O contexto da passagem está dentro do capítulo 5 do livro e narra a vida de um soberano cujo nome era Belsazar. Ele herdou o governo após a morte de seus antecessores, dentre eles, Nabucodonosor, justamente o rei que invadiu e destruiu Jerusalém levando o próprio Daniel como escravo. De forma resumida o rei Belsazar enfrentou um julgamento divino e foi avaliado negativamente por Deus (Dn 5.23).

Perceba que praticamente todas as pessoas tomam decisões e fazem suas escolhas com alguma fundamentação ou por meio de experiências vividas, sendo essas experiências próprias ou alheias. É assim que muita gente faz compras de determinados produtos por meio de indicações de quem já comprou. Outros já evitam a mesma operação também com base em experiências de alguém que fez a compra e não gostou. Enfim, as experiências passadas estão no cerne de muitas decisões. Bem ou mal, as pessoas escolhem por meio de  experiências e elas funcionam como um sistema de alerta a todos. Pense nisso!

O texto diz que Belsazar fez uma grande festa para mil convidados e nesta festa ele usou dos vasos e utensílios sagrados que foram conquistados por Nabucodonosor na invasão a Jerusalém. Naquele ambiente de festa, de bagunça e agitação, a narrartiva de Daniel diz que apareceram uns dedos de mão que escreveram algumas palavras na parede do salão. Os videntes do rei não conseguiram interpretar os dizeres e Daniel foi convidado para essa missão. Ali, ele não só fez a interpretação como também deu o veredicto ao rei Belsazar: “Foste pesado na balança e achado em falta.” (Dn 5.28).

Consciente ou não, naquele momento Belsazar foi julgado por Deus por profanar os vasos sagrados que foram retirados do templo de Jerusalém e embora houvesse a possibilidade de se arrepender e ganhar o perdão de Deus, ele não se manifestou e a sentença foi executada (Dn 5.30). Perceba bem que em Deus não há erro. Deus é luz sobre as trevas e justo juiz sobre toda a terra e antes mesmo que a sentença fosse declarada, Deus usou a voz de Daniel para mostrar ao rei Belsazar qual era a acusação (Dn 5.22-23), de forma que naquele momento entre acusação e a sentença ele pudesse se arrepender e mudar sua mentalidade.

Entenda bem que o antecessor de Belsazar, o rei Nabucodonosor foi honrado por Deus, todavia, em determinado momento de sua vida, ele se encheu de soberba e orgulho e passou a desconsiderar Deus, não lhe dando a honra que lhe cabia. Isso foi o bastante para Nabucodonosor ser penalizado a viver por sete anos como um animal no campo (Dn 5.20-21). O incrível foi que o rei Belsazar teve conhecimento destes fatos, todavia, ele os desprezou e insistiu nos mesmos caminhos errados, confiando em si mesmo (Dn 5.22).

Neste sentido, saiba que fazer escolhas por meio de experiências passadas é sinal de inteligência a maturidade. Hoje as pessoas até sabem que fulano foi preso por prática de algum ilícito, mas acaba fazendo a mesma ilicitude. Hoje as pessoas tomam conhecimento que beltrano caiu num buraco, mas insistem em fazer o mesmo trajeto e  logicamente caem na mesma cavidade. Noutras palavras, se o vizinho foi furtado por ter deixado uma janela aberta, tranque a sua. E nesta visão, existem centenas de exemplos. Embora soubesse de tudo o que tinha acontecido com Nabucodonosor, Belsazar não aprendeu com a desgraça alheia e o resultado foi o fim de seu reinado e pior, de sua vida (Dn 5.30). Tivesse ele adotado outra postura, certamente teria salvado ambos, a vida e o reino. Resumindo numa frase muito conhecida: é impossível obter resultados diferentes se as ações são idênticas ou até piores. Reflita!

Lembre-se que nos dias atuais muitos cristãos vivem assim, desprezando os princípios de Deus, quebrando normas e regras, fazendo de suas vidas um verdadeiro copia e cola de erros alheios, sem se dar conta que estão caminhando lenta ou velozmente para sua própria destruição. Hoje, quando são apresentadas as experiências alheias, muitos afirmam “comigo isso não vai acontecer.. estamos noutra época...”. Saiba que viver perigosamente, agindo nos limites da irresponsabilidade espiritual e desprezando as experiências alheias nas decisões, tem sido uma triste realidade para muita gente. Guarde isso!

Encerrando, compreenda que as mudanças e transformações ocorrem quando as pessoas renovam suas mentes. Ligar o sinal de alerta e aprender com os desastres alheios pode fazer toda diferença na caminhada cristã. Você entende isso?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 24 Fevereiro 2021 00:28

23/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 21 Fevereiro 2021 23:46

21/02/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 16 Fevereiro 2021 23:56

16/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 15 Fevereiro 2021 08:51

INDIFERENÇA

INDIFERENÇA

 “Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel” (Sl 121-4)

 

O livro dos Salmos é composto por diversos poemas e segundo os historiadores, ele contempla um período de mais de mil anos. Da totalidade de seus poemas, o rei Davi contribui com mais de setenta, os demais foram divididos entre outros autores, e dentre eles, tem-se Salomão, Moisés, os filhos de Coré, Asafe e outros. Percebe-se nos poemas as expressões de alegrias, felicidades, tristezas, exaltação e glorificação a Deus, confiança e socorro em Deus.

O salmo 121 faz parte do grupo de quinze poemas (121 a 134) chamados de cânticos dos degraus, numa referência aos peregrinos que caminhavam de volta da Babilônia para Jerusalém. O salmo em questão é um poema que retrata a segurança e a confiança em Deus. Consta que este salmo foi composto após o rei Davi ter a noticia da morte do profeta Samuel (1 Sm 25.1).

A indiferença ou a apatia é algo que traz incômodo e desgaste nas relações pessoais. Ela se mostra em diferentes momentos, seja nas ligações telefônicas não atendidas, nas mensagens por meio de aplicativos não respondidas ou quando o silêncio se mostra como resposta em diversas outras situações. Vendedores se mostram indiferentes a consumidores, cônjuges são vistos como indiferentes dentro de casa, filhos, colegas e amigos por vezes também se mostram indiferentes às pessoas de suas relações. Enfim, a falta de interesse e de atenção está presente em todo lugar, inclusive no meio eclesiástico. Reflita!

Perceba nos dias atuais a ocorrência de muitos desastres. Veja que a pandemia do coronavírus trouxe junto o isolamento social, os jornais noticiam ocorrências de racismo, brigas, assassinatos e tragédias da natureza com enchentes. Ainda são comuns as informações de pais e filhos se matando uns aos outros, famílias em conflito, separações e abandono, fome, autoridades sendo presas por atos de corrupção e tantas coisas mais podem ser citadas como verdadeiros desastres. Grosso modo, pode-se acreditar que a humanidade caminha para sua autodestruição. 

Neste contexto, muitos cristãos têm grandes dificuldades em conciliar a fé e discernir Deus na história com tantas situações catastróficas que acontecem mundo afora. Assim restaria a consulta para saber por quais motivos Deus não se move para dar um basta nessas tragédias. Na visão de muitos, o pensamento dominante é de que “Deus não se importa, ou está dormindo ou é indiferente a tudo isso”, porque se importasse nada disso aconteceria.

A narrativa do evangelista Lucas mostra duas situações onde Deus parece estar indiferente. Certa feita Jesus ordenou que seus discípulos passassem para o outro do mar de Tiberíades. Obedientes ao que Jesus havia falado o barco em que eles estavam foi surpreendido por uma tempestade. Por algum momento, pode-se entender que os discípulos usaram de todos os seus conhecimentos para escaparem, e enquanto isso, Jesus dormia tranquilamente. Jesus foi acordado com o grito de socorro e, certamente que na visão dos discípulos, pelo tempo que lutaram contra a tempestade, o Mestre se mostrou indiferente, aliás, ele dormia. Ou seja, na aflição e no desespero que eles vivenciaram, inclusive com risco de morte, Deus estava dormindo. Até que Jesus levantou e acalmou o vento e o caso foi encerrado (Lc 8.22-25).

Ainda em Lucas, tem-se que o casal Zacarias e Isabel não tinham filhos e já estavam idosos. Não se sabe com que idade eles casaram, mas supõe que casaram muito cedo e até aquela data nada de filhos, embora tenha ficado claro que Zacarias orou por uma criança. É provável que Zacarias viu muitas crianças serem apresentadas ao Senhor no templo e bem certo que as amigas de Isabel fossem mães, mas eles continuavam sem filhos. Talvez durante anos também perguntassem sobre os motivos do silêncio e da indiferença de Deus, até que Deus quebrou o silêncio e noticiou a gravidez de Isabel, e o caso também foi encerrado (Lc 1.5-25).

Compreenda bem que esta realidade de um Deus que dorme (para os discípulos) e de um Deus indiferente para o casal Zacarias e Isabel foi assustadora para eles e é também para muita gente que nos dias atuais, aguarda por uma providência divina. Lembre-se que as pessoas vivem com pressa, as soluções para tantos problemas precisam ser rápidas e melhor ainda se tudo se resolvesse num estalar de dedos, todavia, nem sempre essa é a visão de Deus. Reflita!

Perceba que para muita gente que hoje enfrenta dificuldades no casamento, problemas com os filhos, dificuldades na empresa, enfermidades crônicas ou até mesmo o desemprego, podem olhar para o céu e ver um Deus que não age. Um Deus indiferente, silencioso e apático a tantos clamores e orações que são feitas requerendo providências de situações que o homem não pode dar, entretanto, entenda bem que no silêncio ou não, na indiferença ou não, aqueles discípulos não pararam de remar, eles continuaram firmes. De maneira idêntica, Zacarias também não parou de oficiar no templo porque não tinha filhos e nem Isabel se afastou dos caminhos de Deus. Comum a essas histórias foi que a providência de Deus chegou no tempo certo, na época certa. Para os discípulos foi questão de horas e para Isabel a gravidez demorou anos. Noutras palavras, saiba que Deus não estava indiferente e muito menos apático. Veja que Deus atendeu ambos casos quando assim lhe aprouve. Resumindo: Em Deus não existe erro, Deus tem um tempo certo para agir.  Compreenda que o tempo de Deus é diferente do nosso, a agenda d’ELE não é a nossa, ou seja, o que parece perdido para você, para Deus está tudo no devido lugar. Portanto, acalma o seu coração e continue crendo!

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 15 Fevereiro 2021 00:41

14/02/2021 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Quarta, 10 Fevereiro 2021 00:17

09/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 09 Fevereiro 2021 09:10

07/02/2021 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Terça, 09 Fevereiro 2021 09:08

REVIRAVOLTA

REVIRAVOLTA

“e fez o que era mau aos olhos do Senhor”. (2 Cr 33.2).

Outrora havia somente um grande volume do livro de Crônicas, todavia, na tradução das Sagradas Escrituras da língua hebraica para o idioma grego (Septuaginta), os rabinos judeus entenderem de comum acordo em dividir todo o conteúdo em dois volumes, surgindo assim os dois livros de Crônicas. A tradição aponta que Esdras foi o autor da narrativa de Crônicas, registrando novamente as ações dos governos de Judá e Israel que foram feitas nos livros de Samuel e de Reis, todavia, sob outro ponto de vista.

O contexto dessa passagem está na vida do rei Manassés. Ele foi alçado ao Palácio de Judá depois da morte de seu pai Ezequias. Em seu reinado, ele foi um rei perverso, mau, autoritário e prepotente. Segundo os historiadores,  dos reis de Judá ele foi o pior em malvadeza e idolatria (2 Cr 33.1-16).

O homem foi dotado por Deus de muitos sentimentos. É assim que ele  chora nos momentos de tristeza e angústia e fica feliz nos bons momentos. Neste sentido o homem aprecia criticar e julgar de tudo. Por vezes nem é qualificado para isso, mas tecer julgamentos sobre o outro parece mesmo fazer parte da existência humana, tal a quantidade de julgadores de plantão opinando sobre todos assuntos.

Manassés foi mesmo um rei terrível. Em pouco mais de seis versículos, o autor deixa claro que ele fugia de qualquer padrão da maldade e da crueldade. Perceba que ele se curvou diante dos deuses da terra que o próprio Deus havia expulsado de Canaã. Autoritário, ele ressuscitou velhos hábitos religiosos que foram condenados por Deus e reconstruiu altares que o seu pai, Ezequias, havia derrubado, e em sua religiosidade Manassés tinha vários deuses (era eclético, fazia toda forma de culto pagão). Fez altares dentro do templo em Jerusalém, contaminando e profanando o templo de Salomão e mais, ele adorava o sol a lua e as estrelas. Chegou a sacrificar seus filhos ao deus Moloque, jogando as crianças numa fogueira acesa como oferenda.  Era místico, apreciava adivinhações, praticava feitiçarias, consultava com médiuns e necromantes. E para concluir, ele profanou o templo em Jerusalém colocando nos átrios interiores imagens de ídolos (2 Cr 33.2-7). Pasmem!

Perceba que hoje  assim como Manassés, muita gente leva a vida em forte oposição a Deus, praticando toda sorte de ações que contrariam os mandamentos que Deus estabeleceu. E a justiça não demorou a chegar para este rei. Embora o amor de Deus seja mesmo incondicional, creia que o pecado sempre vai trazer consequências físicas e Manassés não passou batido. Noutras palavras, o julgamento veio, a fatura chegou e chegou trazendo forte humilhação pública não só ao rei, mas a todo o povo de Judá que tinha acompanhado suas atitudes e de certa forma era complacente com seu comportamento (2 Cr 33.11; 1 Co 15.33)

Tanto naquela época como nos dias de hoje, para os julgadores de plantão, uma notícia do julgamento de alguém com este nível comportamental seria traduzida em termos atuais como sonoro bem feito, afinal, o passado e o currículo de Manassés bem que merecia tudo isso e mais alguma coisa. Pense!

Preso na Babilônia, terra de pecado e cheia de iniquidades, Manassés se angustiou, clamou com sinceridade de coração e Deus o ouviu (2 Cr 33.12).  Na cadeia, lugar improvável e inesperado e para muitos religiosos, lugar inapropriado para Deus agir, Manassés foi alcançado pela graça e amor de Deus. Ali, ele caiu em si, se esvaziou de toda imundície que carregava, teve um encontro com Deus e restaurou sua vida. Ou seja, aquele que na visão de muitos não prestava e não tinha chances alguma de salvação, mudou sua mentalidade, deu uma reviravolta na vida e se reconciliou com Deus. Resumindo: era a vitória da graça sobre a lei de muitos, lei essa que ainda hoje continua matando, ferindo e julgando. Reflita!

A história de Manassés mostra que não importa o nível de decadência moral, do fracasso espiritual e do quão longe o homem possa estar de Deus, pois nunca é tarde para se arrepender, nunca é tarde para uma mudança de comportamento, nunca é tarde para aceitar o governo de Deus e nunca é tarde para uma verdadeira conversão. Noutras palavras, entenda que Deus tem poder para mudar histórias, aliás, Deus continua mudando histórias. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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