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Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 18 Maio 2020 17:37

FOFOCA

FOFOCA

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente a que seja útil para a edificação, de acordo com a necessidade, a fim de que comunique graça aos que a ouvem.” (Ef 4.29) 

 

Assim como essa carta aos integrantes da comunidade cristã que estava na cidade de Éfeso, Paulo escreveu outras doze com destinatários diversos. No total são treze cartas, chamadas cartas paulinas, em alusão ao nome do apóstolo. Não há dúvidas que foi mesmo Paulo que fundou a igreja de Éfeso, inclusive por lá ele permaneceu por um período de três anos (At 19.1; 20.31). Conforme informações dos estudiosos, a cidade de Éfeso ficava na Ásia, tinha ótima localização geográfica, era uma cidade pagã e se destacava pelo culto a deusa de nome Artêmis, também conhecida como a grande Diana dos efésios. Fácil dizer que a vida daquela sociedade era influenciada pela adoração dessa deusa, já que isso movimentava o comércio e a indústria naquela cidade.

O contexto da passagem acima está na narrativa do apóstolo Paulo que desenvolveu grandes blocos de ideias e um desses blocos está agrupado em treze versículos, tratando sobre a nova vida comportamental daqueles que receberam pela fé, as boas novas do evangelho (Ef 4.17-29).

Se existe algo que machuca e causa ferimentos graves, além de muitos aborrecimentos nas relações pessoais, são as temidas fofocas. Entenda que elas nascem de uma mente perturbada e podem causar muitos estragos. Dizem por aí que quem passa pela tempestade de uma fofoca ou quem enfrenta as turbulências de situações parecidas, sonha alto em morar numa ilha, longe de tudo e de todos e sem acesso a qualquer meio de comunicação. Imagine, portanto, como deve ser a vida de pessoas vítimas de tais atos.

Veja que Paulo aborda este assunto com aqueles irmãos no sentido de alertá-los sobre a inconveniência das conversas sem fundos de verdade ou aquelas que mesmo com alguma verdade, não deveriam ser ditas com base na ética. Aqui se pode imaginar que tais comportamentos fossem comuns naquela sociedade. Mas, compreenda que mesmo numa época tão distante dos dias atuais, é de supor que as conversas sem sentido e sem fundamentações trouxessem prejuízos não somente para as relações entre os integrantes da comunidade, mas para a vida da sociedade em geral.

Hoje em dia o derramamento de notícias falsas recebeu o nome de fake news, inclusive com emprego de tecnologias para dar mais alcance, todavia, o uso imoderado da língua ou dos dedos nas teclas, tem causado problemas em todos os ambientes da sociedade.  “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.16).Não se sabe se o povo hebreu tinha este péssimo hábito enquanto escravo no Egito, todavia, Moisés, impôs uma regra e chamou de mexeriqueiros todos aqueles que tinham este perverso costume. Noutras palavras, o hábito de difundir informações mentirosas, inclusive no meio do povo de Deus é tão antigo quanto andar para frente. Reflita!

“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (Jo 7.24). Palavras do próprio Cristo orientando que as pessoas não sejam divulgadores de fatos que não trazem paz, ou seja, de fatos que não venham a edificar, mesmo que tenham algum lastro de verdade e aqui entra o sentido de guardar a ética. Entenda que ter zelo com o que se fala ou com que se digita é tão importante, que Tiago, então líder da primeira igreja em Jerusalém, já ensinava sobre a importância em ter a língua sob controle. Ele a comparava a língua como um mundo de iniquidade, com força bastante para contaminar todo o corpo, colocando em risco a própria existência da humanidade (Tg 3.8). E hoje, podem-se acrescentar as teclas. Pense!

Vive-se em um tempo com muitas pressões, numa sociedade caótica, uma sociedade decadente e enferma devido a tantos problemas e soma-se ainda essa pandemia sobre o Coronavírus, todavia, entenda que empregar palavras que não edificam e que ocasionam mais contrariedades e inquietações sociais, simplesmente não ajuda, mas piora a convivência. Saiba que depreciar o outro, fazer intrigas, gerar mentiras, espalhar fatos que não deveriam ser difundidos e destacar defeitos alheios dentre tantos outros, estão na ordem das estratégias que o diabo utiliza para criar confusão e desavenças em todos os ambientes, inclusive o familiar. Corra, fuja disso! Mostre o caminho da paz, tenha moderação, empregue o seu tempo para cuidar de pessoas, seja um facilitador e jamais um dificultador. Pratique isso, viva assim!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 11 Maio 2020 10:25

IMPREVISTOS

IMPREVISTO

“E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!”  (Lc 15.17)

Lucas é o autor deste evangelho e também do livro de Atos dos Apóstolos. Consta que ele tinha por formação a medicina, era amigo de Paulo e participou das viagens missionárias acompanhando e registrando muitas situações. Junto com Mateus e Marcos, o evangelho de Lucas faz parte dos evangelhos sinóticos, dada as narrativas terem muitas semelhanças entre si, com poucas variações de um para outro.

A parábola do filho pródigo é certamente a mais conhecida das parábolas pronunciadas por Cristo, todavia, ela foi registrada somente por Lucas. Neste ensinamento de Jesus consta que um rapaz, desejoso de receber sua herança, pediu ao pai que lhe antecipasse sua parte. De posse do que recebera, saiu para outra cidade onde lá permaneceu, arrumou novos amigos, viveu alegremente e gastou todo o seu dinheiro. Sem recursos, tentou trabalho numa fazenda de porcos, o que na cultura judaica era o fim do poço da depravação, tal o entendimento do porco como o mais imundo dos animais. Foi justamente ali, numa fazenda de porcos que  ele tomou a decisão de voltar à casa de seu pai. De forma bem resumida, este é o contexto (Lc 15.11-32).

Segundo o Conselho Nacional de Diretores Lojistas (CNDL), o ano de 2020 começou com mais de 61 milhões de pessoas endividadas. As dívidas se resumem a compras de todos os tipos de mercadorias e produtos, desde aqueles essenciais como remédios e alimentos á aqueles supérfluos, como bugigangas e outras quinquilharias sem serventia. Pessoas endividadas estão praticamente em todas as cidades. É uma triste realidade.

Muito diferente de outras parábolas, a narrativa de Lucas deixa claro que o alvo dessa parábola de Jesus não é os fariseus, mas os publicanos e pecadores que se reuniram para ouvir algo do Mestre (Lc 15.1).  É visível que o pai sabia da intenção de seu filho em sair de casa e não fez nada para impedir. Atendeu o filho sem questionar sua vontade, aliás, perceba que a herança somente deveria ser dada após a morte do pai. Ao fazer o pedido antecipado, o filho mais novo estava dizendo noutras palavras que desejava que o pai estivesse morto. Mas na narrativa de Lucas nem isso abalou o velho patriarca.

Compreenda bem que para fazer frente a tantas pessoas que estão longe de suas casas, o Estado criou diversas políticas públicas que procuram não só entender os motivos de quem sai de casa, como também dar alimentação, pernoite e até mesmo providências no sentido dessas pessoas voltarem para junto de seus familiares. Existem organizações privadas que atuam de forma voluntária em trabalhos semelhantes, enfim, o que não falta é socorro e atendimento a essas centenas de milhares de pessoas que vivem longe de suas famílias.

Atente que para aquele jovem, ao findar seu dinheiro, ele ainda teve a ajuda de terceiros que conseguiram lhe dar um emprego, e embora não fosse um trabalho digno para um judeu, era uma ajuda real e certa, todavia, enfrentando a fome que atingiu aquela região, ele resolveu de forma unilateral, sem nenhuma ajuda externa, voltar para a casa de seu pai e assim ele fez.

Veja que esta parábola é bastante utilizada para ilustrar duas grandes verdades: primeira o grande amor de Deus, representado pela figura do pai e a segunda verdade, os perigos de uma vida errante afastada dos caminhos de Deus. Muito embora essa parábola tenha sido escrita no século I, subjacente a essas duas verdades, ela apresenta uma realidade que hoje tem preenchido a vida de muita gente: a falta de conhecimento em lidar com o dinheiro. Reflita!

Saiba que a herança era certa e um direito do rapaz, todavia, este filho não suportou a espera. Se ele não aguentou esperar a partilha, hoje acontece a mesma coisa nas compras guiadas pela emoção. Muitos não suportam o tempo de espera ou de capitalização e entram de cara no mundo do imediatismo. Querem tudo para ontem e as compras parceladas de tudo o que não se precisa é a principal porta do endividamento para centenas de milhões de pessoas. Guarde isso: quem é capaz de fazer parcelamento, é capaz também de juntar dinheiro para compras à vista. Faça as contas!

“...e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.” (Lc 15.13). Não se sabe o que ele comprou nem como gastou, mas a narrativa está clara: gastou seus recursos de forma irresponsável! Hoje se percebe muito desperdício de recursos financeiros por pessoas que não sabem como lidar com suas receitas. Evidente que existem ótimas dívidas como a aquisição da casa própria, os cuidados com a saúde e investimento em educação da família, mas existem também as péssimas dívidas, como aquela compra da TV do tamanho da parede da sala e que rapidamente fica obsoleta pelas novas tecnologias. Reflita novamente!

Finalmente o rapaz viu que tinha gastado tudo, não poupou nada e a fome se fez presente naquelas terras, ou seja: ele foi surpreendido! O que ele não previu aconteceu e ele não estava preparado (Ec 9.11). Voltar para casa e ser aceito pelo mesmo pai que outrora ele desejou que morresse era a única solução. Veja bem que existem outros, mas três ensinamentos são postos aqui: o amor de Deus como Pai pelas pessoas é incondicional e independe do seu passado, basta o arrependimento genuíno e a mudança de mentalidade. O segundo é aprender a ter paciência e esperar o tempo certo das coisas, terceiro e último, seja ótimo gestor de seus recursos, lembre-se que imprevistos não avisam quando chegam. Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 04 Maio 2020 19:27

OUTDOOR

OUTDOOR

“Então o Senhor me respondeu e ordenou: “Escreve a visão com toda a clareza possível em grandes tábuas, para que até o mensageiro que passa correndo a leia”  (Hb 2.2)

 

Segundo os historiadores o livro de Habacuque foi escrito pelo profeta de mesmo nome e tem a datação registrada em meados do século VII, antes do nascimento de Jesus Cristo. Habacuque faz parte do conjunto de livros bíblicos denominados profetas menores, mais em razão do pouco conteúdo profético, quando comparados com os escritos dos profetas Isaías, Ezequiel e Jeremias e Daniel.

Habacuque deixa transparecer a diferença entre sua narrativa e os escritos dos demais profetas justamente pela abordagem. Perceba que enquanto os demais tinham suas profecias para a sociedade local ou mesmo contra outras nações, Habacuque sugere um diálogo com Deus, observando o comportamento e as atitudes do povo. É como se hoje alguém escrevesse um livro anotando as reações das pessoas em relação às outras pessoas. "O justo viverá da fé" (Hc 2.4). Essa frase é uma particularidade de Habacuque que veio a inspirar não só o apóstolo Paulo na carta aos Romanos, mas foi o estopim que deu a Martinho Lutero a elaboração da Reforma Protestante nos idos de 1517.

Não dias atuais quando alguém deseja dar publicidade de seus atos, ela elabora um texto e faz a divulgação nas redes sociais. Quase em tempo real, milhões de outras pessoas, tidas como amigas desta, terão acesso ao que se denomina post. É desta maneira que imagens, notícias, exteriorizações de desabafos, de reclamações e até mesmo indiretas a desafetos e tantas outras informações chegam para o mundo e para o destinatário, atingindo e provocando os resultados almejados.

Compreenda bem que muitas pessoas passam por provações, por lutas e dificuldades. Ninguém está isento e nem sempre as soluções dos problemas estão ao alcance da humanidade. Desemprego, enfermidades, angústias, vícios diversos, casamentos arruinados e tantas outras situações tem sido comuns para muita gente. E para dar solução a tantos casos, diversos tratamentos têm sido idealizados pelo homem, todavia, não avançam e/ou não solucionam. E assim as pessoas perdem a esperança.

Naquela época, a sociedade judaica estava um caos, vivia uma iminente invasão dos caldeus e o profeta Habacuque começa sua narrativa questionando a Deus e clamando pela intervenção divina. A nação estava em forte decadência moral e espiritual, longe de Deus e vivendo sem regras e sem lei (Hc 1.2-4). Deus ouviu o profeta e se manifestou dizendo que iria intervir, que eles tivessem esperança n’ELE e  aqueles que sofreram injustiça se tornariam protagonistas na história pela fidelidade ao Criador. Mas antes disso, Deus pediu ao profeta que escrevesse em tábuas, com letras grandes que ELE daria o socorro em tempo oportuno. Que a redação fosse de tal maneira que mesmo aquele que por ventura passasse correndo, conseguiria fazer a leitura sobre o socorro que viria (Hc 2.2). Noutras palavras, usando um termo bem atual é como se Deus dissesse: instale num outdoor que Deus irá agir no tempo certo. Para quem sofria as injustiças, Deus era e continua sendo a esperança. Reflita!

“Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó, contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova." (Jó 14.7-9). Palavras de Jó, justamente o homem que passou por extrema adversidade e dor, e quando estava praticamente perdendo a esperança de qualquer resolução de seu quadro de saúde ou da restauração de sua família, ainda teve lucidez em declarar sobre a esperança que somente existe em Deus. Pense!

Observe que para muita gente que enfrenta lutas e desafios, simplesmente não há espaço para Deus. Elas podem se lembrar de tudo, podem se lembrar em procurar por amigos, podem se lembrar de alguma experiência idêntica do passado e que teve boa solução, mas raramente se voltam a Deus como aquele que pode trazer esperança. É nesse ponto que o profeta é instado por Deus para escrever em tábuas grandes, com o detalhe de que todos pudessem enxergar mesmo se passassem correndo, pois as letras deveriam ser grandes o bastante para isso.

Incrível, mas se hoje as empresas usam letreiros grandes, chamativos e colocados em locais estratégicos para divulgarem seus produtos, atente que Deus já sugeria isso para todos aqueles que sem esperança, possam ser lembrados sobre um Deus que pode sim, dar solução e um fim a todos os percalços e crises do homem. Se existem outdoors com propagandas enganosas, creia que Deus não engana ninguém (Nm 23.19). Saiba que Deus foi, continua sendo e será aquele que sempre pode fazer algo pela humanidade e jamais decepciona o homem. Faça como o profeta, noticie isso por meio de um grande outdoor para que todos possam ler. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 27 Abril 2020 13:59

LUZ

LUZ

“Para que vos torneis puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis, vivendo em um mundo corrompido e perverso, no qual resplandeceis como grandes astros no universo;” (Fp 2.15)

 

O apóstolo Paulo é o autor desta carta à igreja que estava na cidade de Filipos e a escreveu estando preso em Roma, capital da Itália. A cidade de Filipos era o nome da capital da Macedônia, que hoje pertence à Grécia. Segundo os historiadores a cidade foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, nos idos de 350AC. É bem provável que essa comunidade cristã tenha sido estabelecida por Paulo em sua segunda viagem missionária (At 16.12).

De forma resumida, veja que três fatos marcantes foram registrados na cidade de Filipos: Lídia, uma vendedora de púrpura foi a primeira mulher a ser convertida ao cristianismo na Europa (At 16.14); o segundo fato foi a libertação de uma jovem que tinha um espírito de adivinhação e da qual foi expulso um espírito imundo (At 16.18). E o terceiro fato foi consequência da libertação dessa jovem, quando Paulo e Silas foram presos. Lucas registrou que Deus os libertou da prisão de maneira sobrenatural e mesmo ante os escombros da edificação que ia abaixo, os dois não só impediram a morte do carcereiro, como anunciaram a palavra de salvação para ele e sua família (At 16.25-30).

Atente que nos dias atuais as notícias correm o mundo numa rapidez impressionante. No ocidente poder-se tomar conhecimento de um evento em tempo real de algo que está acontecendo no outro lado do planeta. E o interessante é que nenhuma dessas notícias tem o poder de surpreender as pessoas, seja pelo caráter inédito da informação ou pelo resultado trágico das circunstâncias em que ela ocorreu. No atual cenário mundial, nada mais pode surpreender as pessoas. Pense!

Veja que Paulo ao escrever a carta aos filipenses, dentre outras coisas, tinha em mente elogiar aquela comunidade pela fé vigorosa que eles tinham em Cristo, todavia, conhecedor profundo da força da carne e da vontade humana, além das mazelas daquela sociedade, certamente que Paulo sentiu a necessidade de fortalecê-los no sentido de serem diferenciados. Mas diferentes no aspecto moral, ou seja, convertidos ao cristianismo, eles eram novas criaturas e assim deveriam ter mudanças comportamentais. Eram novas criaturas em Cristo no campo moral e espiritual. Reflita!

Em todos os tempos, compreenda bem sobre as dificuldades de alguém se converter a Cristo e continuar levando a mesma vida do passado, vida essa que era dominada por desejos e vontades que desagradam a Deus. O mesmo Paulo, na carta que escreveu à comunidade da região da Galácia, os instruiu que quem está em Cristo produz bons frutos, frutos do Espírito ao invés das obras da carne (Gl 5.22). Se tornarem puros e irrepreensíveis era fazer esforços para erradicar os velhos hábitos, abandonar antigos vícios, deixar podres objetivos, largar metas tortas, enfim, é viver por fé e não por vista. Resumindo: Na visão de Paulo, para ilustar seu ensinamento, os integrantes daquela comunidade cristã em Filipos foram comparados a estrelas resplandecentes, num ambiente social extremamente corrompido (Fp 2.15).

Embora essa carta tenha sido escrita entre os anos 53 e 58 DC, entenda que passados quase dois mil anos, só mudou a geografia. Notícias alarmistas, crimes violentos, corrupção em todos os setores da sociedade, abusos e uma infindável onda de descaso com a justiça, retratam bem nos dias atuais as palavras do apóstolo Paulo na carta que ele escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1). E justamente aqui mora o presente desafio para centenas de milhares de crentes em relação a outro tanto de pessoas que vive e compõe uma geração corrompida e perversa.

Paulo usou como ilustração para o seu ensino o brilho das estrelas e hoje, pode-se afirmar a mesma coisa para os crentes atuais. Para este mundo caótico que literalmente caminha a passos largos para sua própria destruição, o grande lance para todos é entender e aplicar as palavras do próprio Jesus, que disse: “Vocês são a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.14;16). 

Noutras palavras, saiba que existe neste mundo muita gente vivendo em trevas, em completa escuridão, carecendo de uma direção, precisando tomar um rumo na vida e grande parte das vezes não sabem como agir simplesmente por que não existem luzes para guiá-los no caminho e na direção certa. Mas creia que você pode ser essa luz, basta se posicionar de forma plena para que todos percebam a irradiante luz de Cristo que existe em você. Viva assim, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 20 Abril 2020 14:24

TARDE DEMAIS

TARDE DEMAIS

“Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: Realmente este homem era o Filho de Deus! " (Mc 15.39)

Marcos não foi discípulo de Jesus, todavia, esteve na companhia de Paulo e Barnabé nas viagens missionárias levando com eles a mensagem de salvação para Chipre e demais regiões (At 15.39). Sobre a vida de Marcos, pouco se sabe, mas conforme os historiadores, seu nome completo era João Marcos, filho de Maria, uma das mulheres que apoiou o ministério de Jesus, inclusive é bem provável que o homem que fugiu sem roupas no Jardim do Getsêmani, quando ocorreu a prisão de Jesus, tenha sido o próprio João Marcos, segundo relato dele próprio (Mc 14.51-52).

O versículo acima está contextualizado dentro dos momentos finais da crucificação e morte de Jesus, após o Sinédrio Judaico entregar Cristo a Pôncio Pilatos. Após todos os procedimentos do julgamento a que Jesus foi submetido, Cristo deu o brado e morreu. Imediatamente o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo e o autor deste evangelho fez questão de deixar registrado que um oficial da guarda romana reconheceu, tardiamente, que Jesus era mesmo o filho de Deus (Mc 15.39).

Por vezes as pessoas possuem a oportunidade de reconhecer alguma situação importante em suas vidas, mas por motivos diversos, elas não o fazem dentro do tempo oportuno. Veja o caso do aluno da faculdade que não reconheceu a importância de estudar para as provas e quando chegou o dia do exame, não houve tempo suficiente para estudar. Noutro giro, alguém deixou de aproveitar uma promoção de determinado produto no mercado, quando quis fazer a compra, o produto já havia voltado ao preço normal. Exemplos não faltam para a velha e atualíssima frase: é tarde demais! Ou seja, perdeu-se a oportunidade.

Compreenda que no curto ministério de Cristo, ele realizou muitas obras. Ele veio para curar (Lc 4.18), ele libertou pessoas de possessões demoníacas (Mc 5.1-20), ele curou cegos (Jo 9.1-10), restaurou a vida de aleijados (Jo 5.1-11) e fez tantos milagres que o discípulo João disse que se todos os milagres fossem contados, eles não caberiam nos livros que se escrevessem (Jo 21.25). Por onde caminhava, Jesus concedia vida, dava esperança, ofertava ânimo e transmitia coragem e mais que isso, ele ainda ensinava no templo em Jerusalém e nas sinagogas de toda Judeia (Mt 4.23).

Nesta visão de trabalho incessante, Jesus confrontava os religiosos de sua época mostrando a eles o quanto estavam errados na interpretação e aplicação da lei mosaica, portanto, neste contexto era humanamente impossível que Jesus não fosse conhecido e visto por onde andasse. Aliás, por todos os lados que ele fosse, era comum estar rodeado de multidões alvoroçadas. Pense!

Atente que uma das variáveis que mais traz incômodo ao homem é a variável tempo. O tempo não espera por ninguém. Ele trata todos com a mesma igualdade. Ricos e pobres, altos e baixos, masculino e feminino, nativo e estrangeiro, perceba que ninguém recebe tratamento diferenciado. Pode-se afirmar sem margem de erro que o tempo é implacável, rigoroso e inflexível. Isso fica evidente quando o aluno que deixou de estudar viu sua nota não ser aquela que imaginava. Fica claro ao consumidor que não comprou a mercadoria no período da promoção e depois lamentou por gastar um pouco mais de dinheiro. O tempo tratou ambos os casos com a mesma severidade. 

A narrativa de Marcos deixa nítido que o centurião romano ficou espantado e somente foi reconhecer a divindade de Jesus quando este morreu. É bem certo que este centurião participou da prisão de Jesus, certamente que os soldados que fizeram a escolta de Jesus estavam sob o seu comando e certamente também que ele ouviu falar sobre os milagres de Jesus e pode-se ainda conjecturar que ele tenha participado das reuniões onde foi tramada a prisão de Cristo. Noutras palavras, o centurião teve informações mais que suficientes para crer em Jesus, teve muitas ocasiões em que ele ouviu relatos de curas e milagres atribuídos a Cristo, mas, infelizmente ele não acreditou em nenhuma delas. Deixou para acreditar quando o grito de Jesus ecoou no calvário. Pode-se deixar aqui a frase do começo deste texto: era tarde demais. Ele não decidiu no tempo certo. Reflita!

Compreenda, portanto, sobre a importância que deve ser dada a muita gente quando se fala em conhecer Jesus. Muitos possuem a oportunidade e ótimas ocasiões para o conhecerem, todavia, não o fazem no momento oportuno e ficam aguardando o local certo, a hora certa ou o ambiente certo. Ficam aguardando indefinidamente e pode ser que não haja mais tempo. Lembre-se: assim como aconteceu com o centurião, o tempo é implacável e pode acontecer de quando abrir os olhos para tomar essa decisão, for tarde demais, infelizmente. Resumindo, procure conhecer Jesus ainda hoje, atente nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 13 Abril 2020 16:02

SABOTAGEM

SABOTAGEM

“Porque sei que na minha pessoa, isto é, na minha carne, não reside bem algum.” (Rm 7.18)

 

Conforme os historiadores e teólogos não restam dúvidas que o apóstolo Paulo foi o autor da carta aos Romanos. Verdade seja dita, essa epístola foi ditada por Paulo que usou os trabalhos de um copista cristão de nome Tércio, homem esse que era bem conhecido pelos destinatários da carta (Rm 1.1; 16.22). Sobre a igreja em Roma, especula-se que provavelmente tenha sido estabelecida por judeus convertidos no dia de Pentecostes (At 2.10).

É fácil perceber que o apóstolo Paulo ainda não conhecia a igreja em Roma e provavelmente apenas ouvira falar sobre ela, mas isso não o impediu de escrever (Rm 1.8; 6.19). A carta aos Romanos tem grande importância no Novo Testamento por abordar com firmeza e precisão dois fatos bem distintos entre si: primeiro que a doutrina da justiça que vem de Deus é universal e que toda a humanidade está debaixo do pecado (Rm 3.9).

Nas lidas diárias é comum que as pessoas façam projetos e busquem forças e recursos para executá-lo. Desde as coisas mais simplórias como sair de casa para fazer compras ou programar a viagem de férias, é certo que ninguém vive sem projetar alguma coisa. Aliás, o planejamento mental é parte integrante da humanidade, mas saiba que dentro de cada individuo existem forças antagônicas que lutam entre si. De um lado, o bem, com visão otimista, certo que Deus está no controle de tudo. De outro lado está o mal, com visão distorcida, extremamente pessimista e ofertando resultados ruins.

É neste contexto que o apóstolo Paulo discorre sobre a luta das duas naturezas, mostrando de forma clara que pode haver sim, a auto sabotagem, quando o próprio homem cria obstáculos e empecilhos de forma impedir que seus projetos tenham sucesso. Entenda que a ação mental de sabotar se origina no coração (mente) do homem, agindo contra ele mesmo. Pense!

Aos integrantes da igreja em Roma era necessário que eles fossem instruídos sobre essas forças, uma vez que convertidos ao cristianismo, eles pudessem crer que eram novas criaturas em Cristo e que a velha natureza que antes os dominava, agora não mais os governava (2 Co 5.17). O incrível é que transparente em seu ensino, Paulo faz uso da primeira pessoa em sua narrativa, mostrando literalmente que ele também enfrentava a luta entre o outrora fariseu Saulo de Tarso e o atual apóstolo Paulo. Reflita!

Saiba que grande parte das vezes, o homem gosta de responsabilizar o diabo pelos resultados de decisões que ele próprio tomou. É verdade que o diabo, como inimigo, tem sim suas artimanhas e suas estratégias para tirar o homem do caminho que Deus projetou, mas existem situações que são criadas e idealizadas pelo homem. Considere que a carne fica imbatível quando as vontades e desejos dela se aliam com as estratégias de Satanás. Perceba, portanto, que a mente é o espaço que mais impacta o homem em sua caminhada para se aproximar de Deus. É neste território que se encontra toda atmosfera de domínio, e ter atenção com aquilo que transita no pensamento é fundamental para vencer os velhos hábitos. É neste contexto que a batalha não é contra outras pessoas que podem influenciar ou conduzir os pensamentos de cada um, mas a grande luta do homem está em lutar contra si mesmo. Resumindo: o maior inimigo do homem é ele próprio. Reflita isso!

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o seu coração". (Pv 4.23). Palavras de Salomão, filho de Davi, pronunciadas séculos antes de Cristo deixando claro que ele mesmo já vislumbrava o perigo das pessoas não terem o devido cuidado consigo mesmas. É como se em algum instante da vida, elas fossem enganadas numa armadilha criada por elas mesmas. Entenda que renunciar as vontades do coração é fazer aquilo que agrada a Deus, é fugir de si próprio. Noutras palavras, renunciar às vontades humanas e viver com e em Cristo faz parte da essência de uma nova vida e o exemplo disso está na pessoa do próprio apóstolo Paulo (Tt 2.12).

Finalizando, a carne deseja o que é contrário ao espírito, e o espírito, aquilo que é contrário à carne. Compreenda que as pessoas sabem o que devem fazer, mas isso elas não fazem, e é justamente disso que fala o apóstolo Paulo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne (Gl 5.16) Aprenda: não seja sabotado por si mesmo, amém?  

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 06 Abril 2020 13:48

PASSADO

PASSADO

“Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino..." (Lucas 23.39).

 

Lucas não era judeu, provavelmente era grego ou sírio, portanto, era um estrangeiro escrevendo sobre Jesus Cristo. Lucas não teve seu nome citado nos evangelhos, todavia, Paulo faz menção ao seu grande amigo em três oportunidades: na carta aos Colossenses, na segunda carta a Timóteo e na carta a Filemom (Cl 4.14; 2 Tm 4.11; Fm 24). Quase nada se sabe a respeito da sua vida, apenas que ele foi companheiro de Paulo nas viagens missionárias, quando se juntou ao apóstolo na cidade de Trôade (At 16.10; 20-5). Em sua narrativa, percebe-se que se tratava de homem culto, com boas habilidades de pesquisador e historiador (Lc 1.1-4). Aliás, estudiosos afirmam que, em tese, Lucas pode ter feito parte do grupo dos setenta discípulos (Lc 10.1).

Jesus não foi crucificado sozinho. Dois homens, um de cada lado, ocupavam cruzes à esquerda e à direita. A princípio, eles riram de Jesus, mas no decorrer da situação, um daqueles homens mudou de atitude e passou a repreender o colega, acrescentando ao final um pedido sincero a Cristo, clamando por salvação. Teve fé e foi atendido em seu clamor (Lc 23.39-43).

Saiba que as empresas fazem suas contratações mediante as avalições de quem era o individuo e quase nunca por aquilo que ele pode se tornar dentro da instituição. Neste contexto, o mundo secular tem a cultura de analisar o passado das pessoas e com base neste passado fazer suas projeções. Passados ruins são avaliados negativamente e passados sem anotações negativas, são melhores avaliados. Isso é uma realidade e não há como escapar desta visão empresarial que a sociedade impõe.

Sobre este ladrão, veja que nem Mateus, nem Marcos, nem Lucas e tampouco João trouxeram qualquer informação sobre este homem que alcançou a salvação nos minutos finais que antecederam a sua morte. Nenhuma informação traz luz sobre o passado dele, mas por ser crucificado, já se pode imaginar que ele tenha cometido crimes graves.

Segundo os historiadores, a crucificação era considerada pelos romanos como punição cruel, de forma que ela servia como um fator inibidor para muita gente, portanto, era temida e atuava como medida preventiva. Um detalhe interessante caracterizava a crucificação, ela não era aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não romanos que tivessem cometido crimes bárbaros, como assassinatos, traição e rebelião contra o império.

Apesar da história criminosa deste homem, ele se tornou conhecido após o encontro com Jesus. A narrativa de Lucas diz que ele se arrependeu e se tornou modelo de salvação por meio de uma fé sincera e verdadeira. Interessante que no início da conversa, os dois ladrões se juntaram as demais pessoas que zombavam de Cristo. Depois ele trocou de lado e começou a defender Jesus. Fez algo que poucas pessoas fazem, quando mesmo naquela situação, ele arrancou forças de seu interior para admitir o erro e mudar sua mentalidade. Noutras palavras, naquele momento e à beira da morte, numa linguagem bem atual, ele passou a nadar contra a correnteza.

Perceba que o fato do ladrão ter sido salvo, mesmo com um passado terrível, é algo que surpreendeu e continua a surpreender muita gente, ainda crentes na salvação meritocrática. Ninguém ia para a crucificação sem ter feito nada que a justificasse, portanto, o passado daquele homem era péssimo, era ruim mesmo. O império romano era extremamente cruel ao aplicar suas sentenças e de maneira incrível, Jesus não se fundamentou na sentença que lhe foi aplicada e nem no passado que ele ostentava. Jesus não olhou o currículo daquele homem para descartá-lo, mas viu nele um clamor sincero de um coração arrependido e não só o perdoou como lhe concedeu a salvação. Atente que era a aplicação pura e simples da graça e do amor de Deus. Reflita isso!

Neste contexto a mulher de Ló é um referencial clássico de como o passado impõe seu valor às pessoas. Na destruição de Sodoma e Gomorra, os anjos a carregam pela mão para livrá-la da morte, mas ela tomou a decisão de “olhar para trás”, e se tornou uma estátua de sal (Gn 19.26). Resumindo: ela saiu de Sodoma, mas a atmosfera daquele ambiente não saiu dela. Noutro giro, compreenda que as empresas são falíveis em suas avaliações quando analisam o passado e até com razão, pois estão trabalhando sobre quem foi o indivíduo, mas Cristo tem a visão no futuro, ELE enxerga o homem com base naquilo que ele vai se tornar. Eis aí a diferença!

Para os romanos, as consequências físicas provenientes dos erros que o ladrão cometeu tinham que ser quitadas e isso acontecia por meio da crucificação. Mas, para Jesus o passado daquele homem foi apagado no momento da mudança, no momento em ele mudou sua mentalidade. Jesus viu nele a sinceridade de um arrependimento puro e verdadeiro. Resumindo para você: Deus é aquele que perdoa independente do passado. Entendes isso?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 30 Março 2020 10:11

RECOMPENSA

RECOMPENSA

“Coisa nenhuma se lhe fez” (Es 6.3)

O livro de Ester tem autoria desconhecida e faz parte dos livros históricos do Antigo Testamento. De maneira muito diferente no contexto e ambiente bíblico, o livro em nenhum momento apresenta o nome de Deus, mas noutro giro, em nenhum outro livro ou carta da Bíblia se percebe que a providência divina foi tão notável como nesta narrativa. Noutras palavras, Deus é um Deus presente. Ceia nisso!

O livro de Ester se ambienta fora do território judeu, mais precisamente na Pérsia. Lembre-se que grande parte dos judeus que haviam sido levados como escravos durante a invasão babilônica morreram longe de sua terra, e após a ordem de voltarem para Judá, houve aqueles que optaram por permanecer na Pérsia. Estes que ficaram são conhecidos como remanescentes.

Desde sempre o homem gosta de ser reconhecido ou elogiado após um grande feito ou alguma realização. Desde criança, o homem sempre foi recompensado positivamente pelos seus atos e isso gerou nele a expectativa de ser agraciado quando acerta. Isso é bom, salutar e saudável, todavia, quando acontece do mesmo homem não ser reconhecido logo após um grande ou pequeno feito, cria-se uma atmosfera ruim, capaz de gerar tristeza, angústia e desânimo.

Dentre os remanescentes judeus que ficaram na Pérsia, estava Mardoqueu. O autor do livro conta que ele ficava na porta da cidade e numa ocasião, ele ouviu que dois homens tramavam contra a vida do rei Assuero (Es 6.21-22). Mesmo estando em terras estrangeiras, Mardoqueu demonstrou espírito de fidelidade ao governante e passou as informações à rainha Ester. Esta por sua vez alertou ao marido e a situação foi descoberta. O rei foi salvo da morte que parecia certa. Mardoqueu fez algo que carecia ser reconhecido, afinal foi uma atitude sua que proporcionou vida ao rei, mas nada disso aconteceu naquela época, todavia, este fato foi registrado nos arquivos reais. Pode-se dizer a vida seguiu seu curso normal e não há anotações no livro de Ester se Mardoqueu ficou triste por não ter sido no mínimo elogiado pela sua postura.

Veja que as pessoas apreciam o reconhecimento e o elogio, principalmente aqueles realizados em público. Mesmo que sejam considerados pequenos feitos, o elogio ou um agradecimento se torna algo substancial, capaz de elevar a autoestima. É neste contexto de ser visto, de ser reconhecimento ou elogiado, que grande parte das vezes as pessoas são estimuladas às boas práticas. Mas entenda que as recompensas, tidas como esperadas e fundamentadas na base de troca, você faz isso e recebe aquilo, pode por vezes causar a redução das motivações e isso não é bom para ninguém. O ideal é a recompensa espontânea, ou seja, aquela sem o compromisso da troca. Pense!

Veja bem que Mardoqueu viveu isso de forma bem clara. Fez algo de valioso e não procurou pela recompensa, não vislumbrou seu ato de salvar a vida do rei num ambiente de troca. Todavia, a narrativa do livro de Ester mostra que certa noite, numa crise de insônia, o rei pediu que lhe trouxesse o livro das crônicas do rei e ali, enquanto alguém fazia a leitura do ato heroico de Mardoqueu, também foi observado que nenhuma recompensa lhe fora dada (Es 6.2-3).

Veja que o grande desafio para muita gente nos dias atuais é vencer a ansiedade de ser reconhecido, elogiado, visto e aplaudido. Vive-se com foco em fazer algo pelas pessoas, visando ser recompensado imediatamente. Perdeu-se o princípio e valor de fazer o bem sem objetivar nada em troca, aliás, em termos de reconhecimento e eventuais recompensas, saiba que Deus sabe o tempo certo disso acontecer ou não, Deus é o justo juiz, já dizia o salmista (Sl 9.8). Para recompensar Mardoqueu, Deus fez o rei perder o sono e assim tomar conhecimento que ele ainda não havia sido reconhecido. Somente depois disso Mardoqueu foi honrado publicamente e seu nome apregoado heroicamente pelas ruas da cidade (Es 6.10). Guarde isso: O que Deus idealizou para sua vida, num momento ou outro vai acontecer sem nenhum forçamento de situação humana. A memória de Deus é incrível e age no tempo certo (Ec 3.1). Reflita!

“Sempre que possível, não deixes de cooperar com quem precisa de ajuda” (Pv 3.27). Palavras do sábio Salomão abordando a bondade, portanto, continue fazendo o bem independente das circunstâncias que estiver vivenciando, sem focar nas recompensas, aliás, atraia a atenção do Pai por sua vontade em ajudar. Saiba que Deus é aquele que não se esquece do que as pessoas fazem e no tempo oportuno, ELE concederá a justa retribuição, assim como aconteceu com Mardoqueu. Saiba que grande parte das vezes o homem  se esquece dos benefícios que recebeu e as pessoas se esquecem de quem as ajudou, mas a memória de Deus é perfeita. Creia nisso, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Segunda, 23 Março 2020 11:52

FAKE NEWS

FAKE NEWS

“Deus não é homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso ele fala e deixa de agir? Acaso promete e deixa de cumprir?” (Nm 23.19)

 

Segundo os estudiosos e historiadores, foi por meio da Vulgata, a Bíblia Latina, que se deu o nome de Números a essa narrativa de Moisés. Este título encontrou fundamentação devido às contagens de pessoas registradas nos capítulos 1-3 e 26.  Existem outros estudiosos que dão os nomes de “Livro das Peregrinações” ou “Livro das Murmurações”, todavia essas nomenclaturas diferentes não mudam a essência da narrativa e o seu conteúdo.

A autoria do livro de Números foi dada ao profeta Moisés, e bem lembrada, tanto por Paulo como pelo autor do livro de Hebreus (Nm 33.2; 1 Co 10.1-13 e  Hb 3.16,17; 10.28). A narrativa de Números mostra que o povo hebreu saiu do Egito em direção a Canaã e nessa caminhada, ele passou por diversas provações, houve momentos em que se rebelaram e, houve também da parte de Deus a justa retribuição pelas transgressões, mas é visível que também houve a proteção divina em diversos momentos.

O contexto dessa passagem envolve uma situação entre Balaão, um típico profeta mercenário, que buscava fazer negócios com seu dom e Balaque, rei dos moabitas. Na narrativa, o rei Balaque pede ao interesseiro Balaão que este amaldiçoasse os hebreus, todavia, Deus aparecia a Balaão e lhe determinava que o povo de Israel fosse abençoado, fato esse que irritava Balaque. Em determinado momento, Balaão manifestou que Deus não mente e concluiu dizendo ter falado tudo o que, verdadeiramente, Deus havia mandado (Nm 23.19; 26).

Veja que não é segredo para ninguém sobre as ondas de notícias falsas que percorrem grandes distâncias ao simples toque nas telas de celulares e notebook. São notícias sobre todos os assuntos. Política, ciência, comidas, natureza, desastres, doenças e pandemias e um sem fim de informações que deixam centenas de milhares de pessoas assustadas e sem saber como agir. Sem dúvidas, é a tecnologia sendo usada para o mal!

As notícias fraudulentas que recebem o nome de Fake News, são aquelas que possuem um conteúdo falso, por vezes acompanhada com um título ou uma manchete curiosa ou chamativa que visa induzir as pessoas a tomarem determinada atitude. Veja bem que a veiculação dessas notícias falsas cresce assustadoramente, e por vezes ninguém consegue mais saber o que é verdade e o que é mentira, tal a profusão de informações que se chocam entre si. São tantos conteúdos inundando caixas de email, celulares e as redes sociais que se torna humanamente impossível impedir os seus efeitos devastadores. Pense!

Saiba que a mentira sempre acompanhou o homem. Já no jardim do Éden, foi uma mentira que enganou Eva e o resultado todos conhecem. No Antigo Testamento profetas como Jeremias (Jr 9.5) e Zacarias (Zc 8.16) foram usados por Deus para combater a propagação da mentira. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo não ficou atrás e instruiu a comunidade cristã em Éfeso (Ef 4.25) e o próprio Cristo deixou claro quem é o pai da mentira (Jo 8.44). Enfim, a mentira sempre caminhou junto com a humanidade produzindo estragos entre as pessoas e de forma incrível, ainda ganhou um dia no calendário anual: o dia da mentira. Pasmem!

Mas se entre os homens essa prática encontra terreno fértil, para o cristão, crente em Deus e firme nos propósitos divinos, ela não encontra espaço. Para o rei Balaque que contratou um profeta mercenário para amaldiçoar os israelitas, Deus agiu abençoando porque ele é fiel naquilo que promete. Quando saiu do Egito, os hebreus receberam uma palavra de benção e Deus não voltou atrás em suas promessas (Nm 6.22-27).

Hoje muitas pessoas ainda teimam em não acreditar em Deus e nisso elas alimentam suas mentes com a desconfiança do que ELE pode fazer. Conduzem suas vidas acreditando que Deus não os ouve e que por vezes, ELE se silencia ante tantos problemas pessoais e tantas petições. Noutras palavras, pior que a desconfiança em não acreditar em Deus, é a incapacidade do homem em se lembrar de quem ele é filho (Jo 1.12). Reflita!

Se na vida secular as pessoas são inundadas por tantos fake news e a verdade é menosprezada, compreenda que em milhares de outras ocasiões, Deus se manifestou ao homem, demonstrando seu amor e acima de tudo a sua fidelidade. Noutras palavras, em Deus não existe mentira.  N’ele você pode confiar! Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 16 Março 2020 11:19

CASA

CASA

“E disse-lhe o Senhor: levanta-te, e vai a rua chamada direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo, pois que ele está orando.” (At 9.11)

 

O contexto dessa passagem está na conversão de Paulo. Ele saiu de Jerusalém com ordens dos sacerdotes judaicos para prender todos aqueles que professassem a fé em Cristo, sem distinção. Os que fossem encontrados seriam presos (At 9.1-17). Saiba que Paulo era um extremado fariseu, era inimigo feroz do cristianismo e aluno de um doutor da lei conhecido pelo nome de Gamaliel, ou seja, Paulo foi doutrinado no judaísmo, numa escola tida na época como das mais importantes que havia em Israel (At 22.3).

O livro de Atos é praticamente o prosseguimento do evangelho de Lucas e não há mais dúvidas que Lucas seja mesmo o autor de ambas narrativas. No livro tem-se o começo da igreja, suas dificuldades, as perseguições tanto dos romanos quanto dos judeus, as primeiras conversões com os sermões de Pedro e as viagens missionárias de Paulo. Atente que pelas conjugações dos verbos, percebe-se a presença de Lucas em diversos eventos onde Paulo se fez presente, portanto, o escritor se tornou testemunha ocular dos fatos que ele mesmo narrou.

Há uma canção muito conhecida, cuja letra diz para Jesus entrar em nossa casa, que a nossa casa é dele e que ele, Jesus, pode não só entrar, mas pode também mudar as coisas de lugar. Certamente que a letra foi inspirada tratando o corpo do homem como uma casa, convidando Jesus para fazer a morada e com ampla liberdade para mudar as coisas de um lugar para outro e, logicamente, jogar algumas fora. Reflita!

Atente que Jesus realizou muitas curas e milagres dentro de casas, em ambientes domésticos. Foi assim com a sogra de Pedro que estava doente e depois de curada, passou a servir Jesus e os discípulos (Lc 4.38-44). Teve a ressurreição da filha de Jairo, também dentro de casa (Lc 8.51-55). Há o caso do paralitico de Cafarnaum, também curado dentro de uma casa (Mt 9.1-8). Enfim, há nos quatro evangelhos diversos milagres que Jesus realizou dentro de casas. Mais adiante em Atos, Lucas registrou que um grupo de pessoas orava dentro de uma casa em favor da libertação de Pedro (At 12.1-8). Enfim, diversos eventos sobrenaturais aconteceram dentro de casas.

As reuniões em casas sempre foram contempladas por milagres e derramamento da misericórdia do Senhor e Paulo foi curado de sua cegueira espiritual dentro de uma casa cujo proprietário era conhecido por Judas (At 9.11). Veja que Deus o encaminhou para uma casa cujo dono era cristão, ou seja, antes de Paulo ali entrar, Deus operou primeiro no coração de Judas para recebê-lo. Afinal era um oprimido cristão recebendo o opressor judeu. Justamente neste encontro entre o oprimido e o opressor, pense sobre o valor e a importância de confiar em Deus, mesmo quando as circunstâncias são desfavoráveis!

Compreenda que dentro da casa de Judas, entrou um homem cego espiritualmente, um homem cujas raízes religiosas do judaísmo falavam alto em seu coração, um homem orgulhoso, cheio de si, um homem que era visto e conhecido pela maldade que exercia em prol da religião. E mais, veja que naquela casa entrou um homem que vivia pelo seu próprio entendimento e cujo coração não conhecia Jesus como o autor da fé cristã (Hb 12.2).

Todavia, pela graça de Deus, daquela casa saiu um novo homem. Saiu um um homem humilde, que viveu pela fé e que se tornou conhecido pelas palavras amorosas com que anunciava o amor de Deus (1 Co 13). Incrível, mas aquele que maltratava os cristãos passou a ser maltratado pelos seus compatriotas. Resumindo, dentro daquela casa, entrou um homem e saiu uma nova criatura, criatura essa que se tornou um instrumento nas mãos de Deus, tocando o mundo não só naquela época, mas hoje em dia muitos são consolados e guiados pelas suas palavras. Reflita!

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? (1 Co 6.19). Palavras do próprio Paulo, que teve sua vida transformada de forma sobrenatural numa casa, num ambiente doméstico. Atente que em toda a Bíblia as casas foram ambientes de restauração, foram lugares de bênçãos e de milagres e pode-se afirmar que Paulo não só permitiu Jesus entrar em sua casa (tabernáculo), como deixou que Cristo mudasse muita coisa, ou seja, dentro daquele corpo, Jesus jogou fora o orgulho, a soberba, a raiva, a ira e o rancor e trouxe como novidade para ali morar: a humildade, a serenidade, a bondade, a temperança, a longanimidade e tantas coisas mais (Gl 5.22). Reflita!

A história poderia ser outra se Paulo fosse encaminhado para uma sinagoga em Damasco, ambiente cuja religiosidade era idêntica a que ele vivia anteriormente e que não traria a mudança que Deus requeria. Noutras palavras: foi dentro de uma casa que ele passou a viver sob a perspectiva de Deus e se tornou quem Deus queria que ele se tornasse. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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