VALENTE
“Estes são os nomes dos poderosos que Davi teve;” (2 Sm 23.8)
Samuel foi filho de Ana e fruto do milagre de Deus, já que sua mãe era estéril. Atuou como profeta, juiz e sacerdote em Israel e escreveu boa parte do livro que leva o seu próprio nome. Após sua morte, a tradição diz que os profetas Natã e Gade completaram a narrativa dos eventos dos governos de Israel e Judá. As ações dos reis Saul e Davi ocupam quase todo o livro, com seus acertos e erros diante da nação israelita.
O contexto da passagem está na apresentação de três homens de confiança do exército do rei Davi, mostrando resumidamente os seus feitos (2 Sm 23.8-12).
Em todos os ambientes, existe gente corajosa e gente nem tanto assim. Nos mais diversos grupos sociais isso é perfeitamente visível. No meio empresarial e comercial, existem pessoas ousadas que lançam seus negócios e acreditam no que fazem. No mundo esportivo, há atletas que não conseguem boas marcas, enquanto outros batem recordes que até então se imaginava impossível. Nas escolas, alguns alunos vão mesmo se destacar e outros ficarão pelo caminho, ou seja, em tudo na vida, existem aqueles que se destacam por sua coragem, pela ousadia e por fazerem o que tem que fazer com excelência.
O texto mostra o nome de três homens da mais estrita confiança de Davi, e o autor ainda fez questão de registrar que eles eram valentes. Cada uma deles tinha uma característica que ficou marcada às futuras gerações, de forma a incutir na mente dessas mesmas gerações a importância que esses homens tiveram em meio ao povo israelita. Dos três homens de confiança, Josebe-Bassebete, o Taquemonita, era o principal, o texto diz que de uma só vez, ele derrubou oitocentos inimigos. Sobre Eleazar, a narrativa afirma que ele feriu os filisteus, até sua mão ficar grudada à espada e o terceiro valente, de nome Samá fez com que os filisteus fugissem de uma lavoura de lentilhas (2 Sm 23.8-10).
Era evidente que esses três homens assessoravam o rei Davi de maneira singular, não só pela coragem no enfrentamento nas lutas e batalhas, que diga-se de passagem, eram cruéis e sangrentas, mas acima de tudo, estes três homens estavam alinhados e dispostos a correrem o risco de serem mortos em prol do povo de Israel. O rei Davi ao se cercar de auxiliares que exibiam valentia e coragem, tinha claro a demonstração de que eles não iriam recuar diante dos perigos das batalhas. Também eram homens que saíram de suas casas, deixaram suas famílias para lutar por uma causa que acreditavam. Se muitos israelitas foram protegidos das forças inimigas, o mérito dessa proteção estava primeiramente em Deus e de maneira secundária, na valentia destes guerreiros que não pensaram duas vezes em defender a nação israelita.
Considere ainda que estes homens se destacavam pelo amor e zelo ao povo, tanto que seus feitos era de pleno conhecimento da nação israelita. Eram homens que em prol do povo, aceitaram o desafio de morrer nas guerras pela causa da nação como um todo e um detalhe desse autor, é que Deus estava com eles, ou seja, Deus não os abandonava. Eram homens fortes, mas o triunfo era creditado a Deus, o mérito das vitórias era dada ao Senhor Deus de Israel. Veja que estes homens foram citados como valentes, mas não como heróis. “Temos este tesouro em vaso de barro para que a excelência seja de Deus e não de nós.” (1 Co 4.7). Quem capacita é Deus. Resumindo, para vencer as guerras, para dar proteção ao povo de Israel, o rei Davi selecionou homens fortes, corajosos e valentes que eram apenas o instrumento, e por meio deles o Senhor fez grandes coisas em Israel. Noutras palavras, as batalhas da vida são vencidas com ousadia, coragem e muita fé em Deus. Reflita!
Traga este texto para os dias de hoje e veja a semelhança comportamental nas guerras e lutas que as pessoas enfrentam em suas rotinas diárias. É preciso ter coragem, ter força e ousadia para vencer as tentações que todos os dias insistem em minar o coração de muita gente. Considere que muitos fracassam e ficam para trás diante das dificuldades que aparecem, mas entenda que ser valente é importante, todavia, antes é necessário confiar e entregar a Deus as lutas e as guerras, pois ele é quem dará o livramento, dará a vitória e capacitará os seus. A única maneira de triunfar sobre os dias maus é não perder a perspectiva do Deus que trabalha por aqueles que nele confia. Creia nisso! Abraço grande
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr