Milton Marques de Oliveira
CAPITÃO
CAPITÃO
“Logo aos primeiros sinais do alvorecer, Paulo insistia que todos voltassem a se alimentar, encorajando-os: “Hoje já é o décimo quarto dia que estais em vigília contínua e em absoluto jejum.” (At 27.33)
Atos dos Apóstolos bem que poderia ser chamado de Atos de Pedro e Paulo, tal o grande conteúdo sobre estes dois personagens que foram amplamente citados no livro por Lucas. O livro de Atos traz com muita propriedade a expansão da igreja, suas dificuldades iniciais, os milagres que foram consolidando a fé dos novos convertidos e acima de tudo o agir de Deus para que muitas pessoas fossem alcançadas pela graça do evangelho.
Já nos finalmente da narrativa de Lucas, Paulo estava viajando para Roma na condição de preso para ser julgado pela corte romana. Navegavam pelo Mar Mediterrâneo quando uma tempestade atingiu a embarcação (At 27.14-15). Naquela época, sem nenhuma das atuais tecnologias de navegação, foi mesmo Deus quem guiou a embarcação e cuidou de salvar todos os tripulantes e passageiros do naufrágio que parecia certo (At 27.44).
Chamamos de tempestades as turbulências e adversidades que as pessoas enfrentam na vida. Raras as pessoas que afirmam não ter passado por nenhuma intercorrência em sua existência. Desde os pequenos aborrecimentos do dia a dia até situações de real perigo de morte, o homem está á mercê dos acontecimentos, ora dando causa ou ora sendo inserido nelas, mas é praticamente certo que um dia enfrentará uma situação ruim.
Pode-se afirmar que Paulo era um homem experiente no enfrentamento de atribulações. Ele mesmo afirmou ter passado por ocasiões onde o naufrágio quase aconteceu, além de outras situações onde sua vida física correu perigo de morte (2 Co 11.25). Mas desta feita ele estava numa embarcação pequena com outras 276 pessoas e o pavor e a insegurança de todos diante da tempestade eram reais. Paulo viajava na condição de preso e no meio daquela tempestade, os soldados se desesperaram a ponto de desejarem matar os prisioneiros para não serem acusados de negligência, ou seja, havia uma crise e eles por pouco não criaram outra crise com a matança. Os registros de Lucas mostram que de forma incrível Deus usou o centurião romano para salvar não só os demais prisioneiros, mas também a Paulo. Noutras palavras, por amor de um homem, Deus salvou todos os demais (At 27.42-43). Isso te faz lembrar alguma coisa?
Naquela embarcação estavam o oficial comandante da embarcação e sua tripulação, alguns passageiros, presos comuns e o centurião identificado como Júlio com seus comandados (At 27.1-2). Certamente que naquela crise o medo e a sensação de impotência diante das ventanias eram grandes e Deus passou a controlar aquela situação por meio de Paulo. Era prisioneiro, mas passou a dar ordens e motivar a tripulação alertando que ninguém morreria, ou seja, compreenda que quando todos os esforços humanos eram inúteis na solução da crise, tenha no seu coração que são as orientações de Deus que determinam o seu resultado. Naquele ambiente tenso, Paulo passou de prisioneiro a capitão do navio. Reflita isso!
Traga isso para os dias atuais. Crises familiares, crises financeiras e enfermidades são enfrentamentos típicos de nossos dias. Todos passam por momentos ruins, todos enfrentam crises e logicamente todos se esforçam para dela sair. Usar os recursos que estão ao alcance das pessoas é a maneira mais usual e pode-se afirmar sem sombras de dúvidas que mesmo diante de toda falta tecnólogica de navegação, aqueles marinheiros fizeram de tudo para colocar a embarcação na rota, mas reinava entre eles o senso de fracasso e impotência contra o vento e o pavor de irem parar no fundo do mar.
Paulo poderia se juntar àqueles que não viam solução e aguardar pacientemente a embarcação afundar, afinal como ele estava indo preso, poderia naquele momento desacreditar em tudo, inclusive em Deus. Isso é justamente o que muitos fazem hoje em dia. Nas adversidades perdem a fé, passam a murmurar contra sua própria vida e deixam as coisas seguirem o seu curso. Mas, Paulo fez diferente. Era prisioneiro e se tornou o capitão comandante daquela embarcação. Ele se tornou instrumento nas mãos de Deus para salvar todos eles e pode-se crer que aquelas pessoas passaram a depositar suas confianças em Deus por meio de Paulo. Ele foi a resposta, foi a mensagem de Deus em meio a forte tempestade. Aprenda isso nas suas adversidades!
Portanto, lembre-se que quando no meio de lutas, adversidades e crises, permita ser conduzido por Deus, assuma o comando e seja o capitão de sua vida. Viva assim!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
30/09/2018 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
1° CONGRESSO MULHERES MOVIMENTANDO O REINO – 29/09/2018
1° CONGRESSO – MULHERES MOVIMENTANDO O REINO - 28/09/2018
25/09/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"
POR QUE?
POR QUE?
“Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6.10)
A narrativa de Mateus foi escrita originalmente para os judeus e por isso ele apresenta Cristo como o rei. Mateus era judeu e rotulado como publicano em decorrência de trabalhar arrecadando os tributos e impostos dos seus compatriotas para os cofres romanos. Era um judeu trabalhando para o inimigo. O contexto da passagem acima está nas instruções de Jesus sobre a oração (Mt 6.9-15).
Em todos os ambientes reina no ar um cenário de competição, ora velado e ora muito explícito. Nos esportes a competição é acirrada, afinal dali vai sair um vencedor e por vezes nas modalidades esportivas, o empate nem é considerado. O ideal é vencer. Na vida as pessoas vivem vigiando o outro para aquilatar sua progressão de forma a fazer mais e melhor e sair na frente, deixando o outro para trás. Isso é perfeitamente visível, tanto que um sempre está querendo ultrapassar o outro. Infelizmente até no ambiente familiar existe competição.
Perceba que vivemos num mundo onde existem pessoas que ganham e logicamente existem aquelas que deixam de ganhar em todos os aspectos. Há aqueles que morrem de uma simples gripe e outros sobrevivem ao câncer e até de desastres aéreos. Uns vivem em casas próprias, outros passam a vida toda pagando aluguel. Uns terminam o curso superior e não conseguem trabalho, outros fazem cursos técnicos ou nem estudam tanto e conseguem trabalho com excelente remuneração. Sempre haverá discrepâncias entre as pessoas e sempre haverá disparidades de bênçãos, um será extremamente abençoado e outro nem tanto. Creia nisso!
Desde o seu nascimento o homem nutre em seu coração o desejo de ser bem sucedido. De maneira clara a realização deste desejo vai afunilando com o passar do tempo e nisso as orações a Deus se tornam mais específicas, de maneira que a pressa em realizar seu desejo acaba se tornando em ansiedade. É justamente dessas ansiedades que povoam o coração do homem que brotam perguntas comparativas, quase que inevitáveis: “por que ele sim e eu não? Por que não recebi e ela recebeu?”.
Compreenda que o maior desejo do homem não deve ser a realização de suas vontades, mas a de cumprir a vontade do Pai. Essa é a grande dificuldade, principalmente dos cristãos que, em tese, conhecem as Sagradas Escrituras. Processar que o seu desejo não pode ser prevalente aos propósitos de Deus é o grande desafio, hoje e sempre. Reflita isso!
Percebe-se a existência de uma perversa cultura no meio cristão que prega um Deus liberal, que concede tudo o que as pessoas desejam. Contrário a este entendimento, Paulo diz sobre a importância das pessoas entenderem e processarem uma renovação mental de tal magnitude, de forma a compreender e experimentar qual seja a vontade de Deus para sua vida (Rm 12.2). De maneira que, com maturidade espiritual, se possa saber que por vezes não é da vontade de Deus fazer aquilo que o homem deseja.
Jesus ensinou que cabe ao homem se submeter à manifestação da vontade de Deus em sua vida e jamais a vivenciar o seu desejo particular (Mt 6.10). Processando esse entendimento, as pessoas serão mais equilibradas e menos competitivas, assimilando que Deus requer muito mais obediência do que a realização e manifestação do seu poder sobre elas. Noutras palavras, o que deve prevalecer é a vontade de Deus sobre a vida do homem e isso implica abrir mão da vontade pessoal e se submeter aos propósitos divinos e foi isso que o autor da carta aos Hebreus deixou de maneira clara, mas poucas vezes observada no meio cristão (Hb 10.36). Reflita seriamente sobre isso!
Lembre-se que a Bíblia registra casos de personagens que não foram curados de suas enfermidades, muitos conviveram com doenças crônicas e aceitaram serenamente esta situação justamente porque entendiam pacificamente que essa era a vontade do Pai, diferente do desejo deles em serem curados. Veja que Paulo conviveu com um espinho na carne (2 Co 12.7). Deixou um colega de ministério para trás com uma enfermidade (2 Tm 4.20). Timóteo, colaborador de Paulo, tinha problemas estomacais (2 Tm 5.23). Não esqueça e creia que o mesmo Paulo que foi usado por Deus para ressuscitar um homem que caiu de uma janela, tenha orado por Trófimo e por Timóteo, mas não era da vontade de Deus que eles fossem curados, da mesma forma que Deus não curou o próprio Paulo (At 20.10). Saiba que Deus trata cada pessoa de maneira singular, sem gerar nenhuma competição. ELE faz conforme seus planos. Isso atende pelo nome de soberania de Deus. Simples assim.
Jesus, quando perguntado por um doutor da lei mosaica sobre qual seria o grande mandamento da lei, respondeu de maneira muito objetiva: “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma e de todo o seu pensamento” (Mt 22.37). Entenda, portanto, que mesmo vivendo em circunstâncias que não seja o seu desejo, continue amando a Deus. Mantenha a fé, ela não só te sustenta como possibilita suportar as adversidades e as turbulências que certamente te acompanharão na caminhada cristã. Resumindo, viva a vontade do Pai, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
23/09/2018 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
18/09/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"
COMODISMO
COMODISMO
“Então, assim que saltaram em terra viram ali uma fogueira, peixe sobre brasas, e um pouco de pão. 10; E Jesus lhes pediu: Trazei alguns dos peixes que acabastes de pegar.” (Jo 21.9-10)
O quarto evangelho, escrito pelo discípulo João apresenta Jesus como o Filho de Deus. João era irmão de Tiago, outro que também foi discípulo de Jesus. Veja que ele escreveu seu Evangelho para que todos creiam que Jesus é o Filho de Deus e, crendo tenham vida por meio do nome de Jesus (Jo 20.31). E não só escreveu este evangelho como também três cartas e o livro escatológico de Apocalipse, sendo este escrito na ilha grega de Patmos, onde esteve deportado.
Os dois versículos mencionados acima fazem parte da aparição de Jesus a sete de seus discípulos que, após a morte e ressurreição do Mestre e ainda sem saberem para onde ir, voltaram ás suas atividades anteriores de pesca (Jo 21.1-12).
É certo que em algum momento da vida as pessoas irão fazer um pedido a Deus. Não importa o que tenha sido pedido, se foi para curar uma enfermidade, se para ser aprovado em algum concurso ou se foi pedindo ânimo para tocar a vida. Faz parte da caminhada cristã endereçar a Cristo, pedidos de toda ordem, afinal para ELE e por ELE são todas as coisas (Rm 11.36).
Nesta passagem, aqueles homens somente tiveram sucesso na pescaria porque obedeceram ao Mestre que indicou para onde eles deveriam lançar as redes. Veja que Cristo ordenou que jogassem a rede para o lado direito. Noutras palavras, era para eles mudarem de lado, mudarem de posição, trocar o sentido do que estavam fazendo. Atente que da mesma forma que os discípulos não pegaram nenhum peixe por estarem atuando de uma mesma maneira, saiba que muitas das vezes, por razões desconhecidas, as pessoas não conseguem atingir seus resultados por estarem conduzindo suas vidas de um mesmo jeito. Trocar de lado é sair da mesmice. Pense!
Após obedecerem ao Mestre e realizado uma pescaria extraordinária, ao voltarem para a praia onde estava Cristo, viram que ali estava um fogo com brasas, pão e apenas um peixe. Para recebê-los, observe que Jesus providenciou alguma coisa para comer. Cristo realizou um milagre ali na praia, mas para alimentar os sete era necessário um pouco mais de peixe e novamente Cristo deu a direção, ordenando que eles trouxessem os peixes que haviam sido pescados (Jo 21.10). Resumindo, para o jantar, os peixes que eles tinham pescado era a contrapartida. Reflita!
Tido isso, compreenda bem que por vezes, nos diversos pedidos que as pessoas fazem a Deus, é necessário que elas deem a contrapartida. Não basta pedir a aprovação no vestibular, é preciso fazer a inscrição, fazer a prova nos exames e estudar. O resto é com Deus. Da mesma maneira, ao pedir coragem e ânimo para cuidar da vida, saiba da necessidade de confiar em Deus, levantar da cama e dar os primeiros passos em busca do resultado. É necessário um esforço pessoal, assim como foi preciso aos discípulos não só confiar em Cristo, mas também acatar a ordem, lançar e puxar as redes. Reflita isso!
Grande parte das vezes, o crente ora e clama a Deus por uma situação, todavia, fica parado, inerte, como se aguardando Deus descer do céu e tomar as providências. É preciso sair do comodismo, vencer a situação atual. Lembre-se que Cristo ao realizar o milagre da ressureição de Lázaro, disse aos presentes que retirassem a pedra que tampava o sepulcro. Era necessário que fazendo isso, aqueles homens fossem tocados pela fé na realização do milagre que viria a seguir (Jo 11.39).
Hoje acontece a mesma coisa, Jesus continua realizando milagres sim (Hb 13.8). Ms entenda que ao enfrentar adversidades que a primeira vista parece impossível vencer, muitas pessoas se acomodam, ficam estagnadas. Olham para o céu, esperando Deus fazer aquilo que lhes cabe realizar para equacionar o problema. Lembre-se do que disse Deus a Josué: “Esforça-te e tem bom ânimo”. Noutras palavras, “siga em frente Josué, não fique aí parado, não desanime, conduza este povo que EU estarei contigo” (Js 1.6). Portanto, para vencer, confie em Cristo e saia do seu comodismo! Faça a sua parte, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr