Milton Marques de Oliveira
09/07/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"
07/07/2024 - 2ª CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
07/07/2024 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
MENTIROSO
MENTIROSO
“um abismo, chama outro abismo, ao som das suas catapultas.” (Sl 42.7)
Verdadeiramente os Salmos são poemas que expressam o sentimento de seu autor. Se o autor estava alegre, satisfeito, ele escrevia um poema exteriorizando esse sentimento engrandecendo Deus. De forma contrária, caso a tristeza se manifestasse em seu coração, ele clamava a Deus por um despertamento em sua vida. E assim, seus autores deixaram registrados suas realidades. Passados centenas de anos, os mesmos sentimentos ainda são vistos e observados, evidenciando a aplicabilidade dos Salmos em todos os tempos.
O Salmo de número 42 foi escrito pelos filhos de Corá e o texto deixa transparecer sobre uma pessoa que apresentava profunda tristeza na alma. Alguém que se sentia perturbado.
Imagine você uma pessoa inabilitada que toma a direção de um carro e mais à frente ela é parada por agentes de trânsito. Questionada, ela mente dizendo que a CNH ficou em casa. E para acobertar a mentira, faz a uma ligação a um parente dizendo a este para confirmar a mentira. Ao final, a primeira mentira (não ter CNH) tem relação com a segunda (a CNH que estaria em casa) e ainda coloca o parente na confusão. Resumindo, toda mentira precisa de uma segunda mentira para se manter e assim, sucessivamente, tem-se a criação de um conjunto mentiroso. É incrível como muita gente tem enormes facilidades para criar mentiras.
No auge de sua aflição, o salmista parece ter caído num buraco e quando se esforça para sair, acaba caindo noutro buraco. É como o endividado que vai ao banco e faz um empréstimo para pagar uma dívida e termina contraindo outra dívida maior que a primeira. Se a primeira dívida já era péssima, a segunda se tornou a sua ruína definitiva.
Compreenda que a mentira sempre acompanhou o homem, cativando e atraindo-o para perto de si. Desde o Éden, faltar com a verdade em diversas situações parece mesmo estar inserido na mente de muitos homens e mulheres. E infelizmente, a força da mentira tem convencido as pessoas a lhe darem voz, seja nos ambientes domésticos e familiares, seja nas relações pessoais, nas empresas e comércios, enfim, a mentira parece estar impregnada na mente humana. E pior que isso, o problema está quando para sustentar uma mentira, outra precisa ser criada. Toda ação mentirosa tem o poder de potencializar outra mentira. Reflita!
Perceba por ai que normalmente as pessoas até se consideram corretas e boas sob a alegação de que não fazem mal a ninguém, mas todos, homens e mulheres necessitam ter conhecimento de sua situação espiritual diante de um Deus santo e justo. É aí que o homem se reconhece como pecador e que precisa se libertar das garras do pecado. Não existe vida fundamentada na mentira e no engano. Creia nisso!
No Antigo Testamento, o profeta Elias observou que seus compatriotas titubeavam em se posicionar espiritualmente. Eles queriam ficar do lado da mentira, com o deus Baal e simultaneamente queriam ficar no lado do Deus de Israel. Ou seja, o povo não se definia para qual lado ficar, mesmo conhecendo os dois lados (1 Rs 18.21). Já no Novo Testamento tem-se a narrativa de um casal que vendeu uma casa e ambos decidiram mentir sobre o valor recebido, visando ofertar um valor menor. A oferta não era imposta e eles estavam ofertando voluntariamente, mas ambos mentiram e devido à essa mentira, o casal morreu (At 5.1-8). Certamente que semelhante a esses dois casos, pode estar a vida de muita gente nos dias atuais. Conhecem o valor e a importância da verdade, sabem que a mentira impacta negativamente a vida de muitos, mas ainda são atraídos pela mentira em diversas ocasiões e isso tem ocasionado prejuízos não só físicos e morais, mas também prejuízos espirituais. Pense nisso!
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). Perceba que nos dias atuais muitas pessoas vivem aprisionadas, amarradas às situações das quais não conseguem se desvencilhar. Estão enganando e sendo enganadas pela mentira, todavia, creia que quando a verdade se apresenta, toda mentira perde espaço. Jesus afirma que a verdade liberta e essa libertação acontece quando o Espírito Santo atua, convencendo o mentiroso de sua debilidade. Compreenda que ninguém possui plenas capacidades de ser ferramentas nas mãos de Deus, empregando a mentira em suas ações. Pense nisso!
Certamente que a grande obra do evangelho na vida de muita gente é trazer a libertação de todo engano e de toda mentira e isso acontece por meio da ação do Espírito Santo que tem o poder de convencer o homem, porquanto pecador e miserável (Jo 16.7-11). Saiba que quando a libertação se completa, a verdade passa a dominar o coração do homem e a mentira simplesmente deixa de existir, ou seja, as brechas são tampadas, amém? Abraço forte.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
06/07/2024 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
02/07/2024 - CULTO "FÉ E VIDA"
30/06/2024 - CULTO DE LOUVOR AO SENHOR DEUS
MALDADE
MALDADE
“Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu amigo íntimo.” (Sl 55.13)
Salmos ou poemas. É assim que podem ser vistos todo o conjunto de capítulos que compõe o livro de mesmo nome. Seus autores são diversos, desde Salomão, Moisés, os filhos de Asafe e, logicamente o mais conhecido de todos: o rei Davi. Aliás, quase a metade do livro tem sua autoria atribuída ao rei Davi. Os salmos expressam a situação de momento vivida pelo autor e uma dessas expressões são os lamentos, como se o autor conversasse com Deus, abrindo seu coração.
O rei Davi escreveu o salmo 55 e nele está retratado um momento de dor e sofrimento por uma situação de grande tristeza que o próprio Davi vivenciou: a maldade de alguém que lhe era muito íntimo.
Resumidamente, o longo texto em sete capítulos no livro de 2 Samuel diz que Absalão, filho do rei Davi, conhecido por sua beleza e pelo seu carisma tramou o mal contra seu pai (2 Sm 13; 2 Sm 19). Bonito e ao mesmo tempo ambicioso, Absalão demonstrou um coração turbulento e ao mesmo tempo maldoso. Ele tinha poucas chances de assumir o trono de Israel e acabou-se por envolver numa diabólica trama familiar. A narrativa mostra que Absalão deu ordens para que seus servos matassem o seu irmão Amnon, sucessor imediato ao trono e autor declarado de um abuso contra sua Tamar, então sua irmã (2 Sm 13.4-28). Maquiavélico, Absalão deu um golpe de estado e conseguiu expulsar o rei Davi e assumiu trono, mesmo que temporariamente. Entretanto, mais tarde, numa batalha Absalão foi morto após ficar pendurado pelos cabelos nos galhos de uma árvore, enquanto fugia em meio à guerra (2 Sm 18.9).
Saiba que o rei Davi enfrentou muitas guerras contra inimigos aos quais ele não tinha nenhuma intimidade, mas desta feita, o inimigo era alguém muito próximo, era alguém que tinha o seu DNA. O inimigo que o ameaçava de morte era seu filho e foi nesse contexto de muita perplexidade, espanto e susto que Davi escreveu este salmo, mostrando seu lamento diante de uma maldade vinda de sua própria família.
Considere que que a traição, em qualquer contexto, tem um poder altamente destrutivo, capaz de provocar separações, privações e desencontros, podendo chegar inclusive a morte. Sofrer traições de pessoas estranhas ao convívio já é algo péssimo, mas passar pela experiência de ser traído por alguém que desfrutava da intimidade é mesmo assustador. Perceba que é mais fácil e aceitável as pessoas compreenderem a perda de um ente querido sob a justificativa de que a morte é inevitável a todos, que processar a traição, justamente porque a traição envolve a quebra de confiança, envolve afetos que foram rompidos. Davi lamentou os acontecimentos porque o traidor não era alguém anônimo e/ou de fora, mas uma pessoa do seu circulo de confiança, era uma pessoa que comia na sua mesa, tinha o mesmo sangue e era isso que mais lhe perturbava, a ponto dele mesmo deixar registrado sua indignação: “eras tu.. juntos andávamos” (Sl 55.13-14).
Transporte essa história para os dias atuas e veja que todos estão sujeitos a passar por um caso igual, ou seja, ser traído por alguém muito próximo. Veja que as reações podem ser diferentes, todavia, a solução encontrada pelo rei Davi pode apontar para um caminho que seja comum a todos. A princípio, diante da traição do marido infiel ou da esposa infiel, grande parte das pessoas encaminha a solução para o divórcio, mas isso pode mudar diante daqueles que optam pelo perdão. Davi, mesmo diante das informações que seu filho o queria morto, ainda orientou seus soldados a terem cuidado, amor e respeito para com Absalão (2 Sm 18.5).
“Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz” (Sl 55.16). Certamente que a diante da dor da traição, o melhor a fazer é apresentar o caso a Deus e deixar que ele entre com a providência. Davi clamou ao Senhor na certeza que Deus iria ouvi-lo e com uma particularidade incrível: Davi orou com intensidade pela manhã, à tarde e ao meio dia. Ou seja, Davi era homem acostumado às guerras e batalhas, todavia, em nenhum momento intentou pagar o mal com o mal, mas entregou o caso nas mãos de Deus. O final da história foi que Absalão plantou ventos e colheu tempestades (2 Sm 18.9; Gl 6.7).
Compreenda que falsidades acontecem todos os dias, trazendo decepções e frustrações. Sabe-se também que as dificuldades em tomar decisões acertadas diante das traições são muito difíceis, entretanto, diante das maldades de gente próxima ou não, ou daqueles que não medem esforços para a prática do mal, saiba que entregar o caso a Deus é a melhor decisão, afinal de contas, Deus é refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46.1). Acalmar o coração e confiar que Deus cuidará de fazer justiça, traz a paz em meio às guerras. Faça isso e viva! Abraço grande.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida e seus projetos.
Milton Marques de Oliveira - Pr