Milton Marques de Oliveira
SOLUÇÃO
SOLUÇÃO
“..Davi, entretanto, encontrou ânimo em Yahweh, o SENHOR, seu Deus.” (1 Sm 30.6)
Samuel foi o autor de grande parte dos registros deste livro. Após sua morte, segundo os historiadores, é bem provável que os profetas Natã e Gade tenham feitos os demais registros. Samuel era filho de Ana e logo depois de nascer, sua mãe o consagrou ao Senhor como voto pela benção, pois durante muito tempo Ana não conseguiu engravidar. Samuel se tornou discípulo do profeta Eli e foi o último dos juízes sobre toda a terra de Israel. Também foi sacerdote, muito embora ele não tenha pertencido à linhagem de Arão.
O contexto da passagem acima está numa invasão dos amalequitas contra uma cidade de nome Ziclague, região dos filisteus. Aproveitando a ausência de Davi e seus guerreiros, os invasores queimaram a cidade e levaram todas as pessoas como escravas, inclusive as esposas, filhos e filhas dos soldados que acompanhavam (1 Sm 30.6).
Atente que todo mundo passa por alguma adversidade na vida, aliás, ninguém está imune às aflições do dia a dia. Grandes, pequenas, simples, complexas, longas ou curtas, as situações ruins são parte de vida do homem. Desemprego, morte de familiares, enfermidades, desavenças pessoais, separações, dívidas e tantas outras turbulências são comuns para muita gente.
Davi passou por uma situação péssima. Chegou à cidade onde morava e não achou ninguém. As casas estavam queimadas e pior, nem ele e nem seus soldados encontraram suas mulheres e filhos. Ante todo esse cenário, eles ergueram a voz e choraram pela visão e pela perda dos entes queridos (1 Sm 30.4) . Sem sombras de dúvidas era mesmo uma cena triste e um grande problema.
Compreenda que as reações do homem quando está defronte de uma situação ruim são variadas e não seguem um padrão. Há aqueles que se desesperam e se apavoram e têm aqueles outros que ficam paralisados, sem reação. Os soldados choraram pela situação e passaram ao desespero quando tentaram apedrejar Davi, como se fosse ele o culpado pela invasão dos inimigos (1 Sm 30.5).
Entenda que muita gente se comporta assim mesmo, surge o problema e em vez de procurarem pela solução, passam a procurar por um culpado para responsabilizar. Foi assim que aqueles homens se comportaram. Tinham um problema e criaram outro, ou seja, agora eles tinham dois problemas. Veja que ao tentar achar um culpado pela situação, as pessoas se frustram e o caso não se resolve. Entenda: nenhuma frustração tem o poder de alterar o passado. O que aconteceu não volta mais, é fato! Reflita e livre-se disso!
Davi também chorou como todos que ali estavam e até poderia se juntar aos soldados e tentar apedrejar alguém, mas de maneira incrível, ele não entrou em desespero e se manteve firme. Preste atenção que nenhuma voz daqueles soldados foi capaz de tirar Davi do foco que ele tinha em Deus, nem mesmo a iminência de ser apedrejado fez com que ele desviasse seu coração do Senhor. A situação era terrível, caótica e de alta complexidade, mas ele “...encontrou ânimo em Yahweh, o SENHOR, seu Deus.” (1 Sm 30.6). Faça assim nas suas lutas!
Saiba que as turbulências são parte da vida humana, mas compreenda sobre a importância de imitar Davi, que blindou sua mente para não escutar as vozes dos soldados que não comungavam a mesma fé que ele tinha em Deus. Davi manteve seus olhos para os céus. Não há dúvidas que Davi sabia que toda aquela situação estava dentro do controle de Deus e somente ELE daria a solução. Isso é fé!
Perceba que nas situações adversas são comuns que gente amiga dê opiniões, sugestões e até indique os culpados. Há também quem atire pedras, todavia, não perder a esperança em Deus é fundamental. Aliás, quem perde as esperanças, perde as forças para lutar e quando a esperança vai embora brotam do coração a raiva, o rancor e a pior das coisas: a incredulidade. Lembre-se: não perca o foco em Deus pelo que falam ao seu redor, saiba que essas vozes de fora são ótimas para fortalecer sua fé. Anime-se, a solução está em Deus, estamos combinados?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
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14/06/2019 - ENCONTRO DE CASAIS
11/06/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"
REJEIÇÃO
REJEIÇÃO
“E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para Eu não reinar sobre eles.” (1 Sm 8.7)
Conforme os estudiosos, os dois volumes de Samuel foram escritos em sua quase totalidade pelo profeta de mesmo nome, após sua morte, acredita-se que o restante tenha sido registrado pelos profetas Natã e Gade (1 Sm 25.1). A divisão do livro foi feita pelos rabinos judeus que traduziram a Bíblia do hebraico para o grego para dois volumes como forma de facilitar a leitura. O primeiro volume de Samuel traz informações sobre o reinado de Saul, as guerras de Israel contra os filisteus e a conhecida vitória de Davi contra Golias, o gigante filisteu.
No versículo acima está dentro do contexto da insatisfação dos israelitas, após Deus intervir e dar vitória a nação de Israel na guerra contra os filisteus. Após isso os israelitas pediram ao profeta Samuel um rei que os governasse, em detrimento do governo de Deus (1 Sm7.10; 8.1-8)
Se existe uma coisa comum a tanta gente, são as bênçãos, são os milagres e são as curas que Deus tem graciosamente concedido. Sem sombras de dúvidas, muitas pessoas podem testemunhar o que Deus fez em sua vida, desde um casamento restaurado, a entrada na faculdade, a cura de uma doença, a promoção no serviço e tantas coisas que é cabível copiar as palavras do apóstolo João: muitas coisas fez Jesus, que se fossem escritas não caberiam nos livros do mundo todo (Jo 21.24).
Veja que Deus havia intercedido a favor do seu povo na guerra contra os filisteus e Samuel chegou inclusive a fazer um agradecimento muito lembrado: até aqui nos ajudou o Senhor (1 Sm 7.12). Depois disso houve paz e alegrias em Israel, todavia, o contentamento daquele povo durou pouco. Rapidamente eles se esqueceram de Deus e como um passe de mágica, não só o rejeitou como desejaram um rei que os governasse, fato que era comum a todas as nações vizinhas de Israel.
Transporte essa narrativa de Samuel para os dias atuais e veja a grande semelhança do comportamento do povo de Israel com muita gente. Muito frequente as pessoas serem abençoadas por Deus, serem guardadas e protegidas de toda investida maligna e da mesma maneira, também tem sido comum que essas mesmas pessoas passem a demonstrar insatisfação e descontentamento depois das bênçãos recebidas. Assim como o povo israelita, elas rejeitam Deus e optam por uma troca de governo. Reflita!
Compreenda bem que foco e perseverança fazem parte da essência do cristianismo, mas de maneira contrária, a nação israelita mesmo vivendo em paz e pode-se dizer, em grande bonança, se deixaram levar pelos desejos pessoais e em vez de permanecerem fiéis a Deus, simplesmente passaram a rejeitá-lo (1 Sm 8.5). Está aqui um grande exemplo da luta travada entre a carne e o espírito, citada pelo apóstolo Paulo (Gl 5.17).
Veja que debaixo do governo de Deus a nação de Israel era abençoada em todas as situações, mas isso parecia não ser o bastante para satisfazer aquele povo. Do nada, sem motivos aparentes eles se esqueceram de Deus e desejaram trocar de governo, assim como muita gente na atualidade tem esquecido tudo o que Deus fez para si e para seus familiares. Simplesmente deixam de reconhecer os benefícios de Deus e passam a trocar a verdade pela mentira, o certo pelo errado, as trevas pela luz e o pior é que neste contexto, abandonam a condição de filhos e herdeiros para serem escravos. Reflita sobre essa perigosa transição!
Ciente do desejo de ter um rei que os governasse, Deus não só os advertiu sobre essa rejeição como deixou claro que haveria um custo, um preço a pagar e de forma muito clara, Samuel enumera o preço da transição (1 Sm 8.10-18). Mesmo advertidos sobre as despesas dessa troca, o povo deliberou em serem governados por um homem, atraídos e influenciados pelas condições de vida das nações vizinhas e, lembre-se que a história registra que Israel passou por problemas de toda ordem em decorrência desta péssima escolha.
Saiba que Deus criou o homem e o dotou de inteligência suficiente para tomar as melhores decisões, mas infelizmente, este mesmo homem não tem aprendido com os erros do passado e nem com os desacertos alheios. Compreenda que Deus aceitou a escolha e Israel pagou um alto preço pela rejeição. Medite sobre isso!
Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
09/06/2019 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
07/06/2019 - MULHERES EMPREENDEDORAS
04/06/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"
ESCOLHAS
ESCOLHAS
“...pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7)
A carta aos Gálatas, escrita por Paulo, foi endereçada a um grupo de igrejas que se localizavam numa região conhecida por Galácia, hoje atual Turquia. Os destinatários eram os novos cristãos que haviam conhecido o evangelho quando Paulo passou pela região em sua primeira viagem missionária (At 13). Pela narrativa, tem-se que dentre outras preocupações do apóstolo, uma era apresentar com mais clareza o evangelho de Jesus Cristo e Paulo fundamentava seus argumentos afirmando que a lei por meio das imposições, não poderia justificar e nem tampouco produzir obediência e que a justificação poderia ser recebida pela fé no sacrifício expiratório de Jesus.
Toda a carta aos Gálatas está definida na liberdade cristã. Se outrora o homem vivia debaixo de regras e normas da lei mosaica, Paulo veio apresentar pelo evangelho de Cristo a importância da libertação para uma vida consciente e compromissada com Cristo, por meio do amor a si mesmo e aos outros (Gl 5.13-14). Pense nisso!
Muito comum que algumas pessoas, em certos momentos de sua vida passem a vivenciar situações aflitivas e desesperadoras, enquanto outras estão vivenciando situações alegres e harmoniosas. Embora sejam situações extremas entre si, perceba que comum à estas pessoas, estão as escolhas e decisões que foram tomadas no passado e que proporcionaram um determinado resultado no presente.
Paulo ao trazer este ensinamento contextualizado em apenas três versículos, certamente que visava uma aplicação para aquela época, todavia, pode-se ver nos dias atuais que seu ensinamento se aplica a todas as pessoas e em todos os tempos, dada sua abrangência tanto nas situações físicas da vida em si como em investimentos espirituais e eternos (Gl 6.7-9).
Deus criou o homem e lhe dotou de inteligência e por meio desta faculdade intelectual, este mesmo homem tem conduzido sua vida, escolhendo e decidindo o que fazer, quando fazer e em muitas das oportunidades sem avaliar corretamente quais resultados virão de suas escolhas. Certamente que nem sempre os resultados no campo físico são os esperados e deles não se pode fugir, mas aceitá-los como aprendizado e experiência certamente que é o melhor caminho.
Veja que o apóstolo Paulo abordava a responsabilidade do homem no campo espiritual, ou seja, ele alertava que investimentos fundamentados na satisfação dos desejos da natureza física, perfeitamente atrelados à vontade humana representariam grandes impactos não só no tempo presente, mas poderiam também ocasionar resultados eternos. Noutras palavras, entenda bem que muita gente faz semeaduras conforme suas vontades, de forma que essas semeaduras geram colheitas momentâneas e temporárias.
"Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gl 5.17). Essa era a advertência de Paulo aos gálatas que as escolhas pela carne traria destruição de toda a espiritualidade do homem. Certamente que Paulo conhecia a história do rei Davi que semeou pela carne o seu desejo e disso veio o adultério e o homicídio. O resultado da escolha de Davi trouxe dor, choro, lamento e morte da criança, além de outras consequências naturais (2 Sm 12.18). Reflita sobre semeaduras terrenas!
Entenda que nem sempre as pessoas estão certas quanto aos resultados de suas escolhas, pois é da natureza humana tomar decisões sem avaliar corretamente os possíveis resultados, sempre na crença que lá na frente, pode-se dar um jeitinho. Entretanto saiba que aquilo que é gerado de maneira errada, também dará resultados errados além de impactar a vida de outra pessoas (2 Sm 11.4 e 12.8-9).
Assim como é impossível colher abóbora de uma semeadura de tomates, cabe ao homem avaliar e selecionar suas escolhas de maneira que elas sejam coerentes, física e espiritualmente. A lei da semeadura e colheita tem tanto o alcance físico como e principalmente o alcance eterno. Se no campo físico o homem pode fazer um recomeço (plantar outra lavoura ou mudar de mentalidade), lembre-se que na eternidade ele colherá exatamente o que plantou (Lc 16.19-31). E como na vida ninguém deixa de plantar alguma coisa, cuide de plantar boas sementes. Estamos combinados?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr