Aimee Semple Macpherson
(9 de outubro de 1890 - 27 de set de 1944)
Havia muita coisa que uma mulher não podia fazer na primeira metade do século XX, mas boa parte delas Aimee Semple McPherson fez. Não é a toa que ela foi citada pela revista Time, junto com Billy Graham, como uma das 100 pessoas mais importantes do mundo durante o século XX.
Quando mulheres não podiam subir em púlpitos para pregar a palavra de Deus, ela liderou reuniões para milhares de pessoas em diversos continentes. Sua fama se espalhou por todo o mundo. Centenas de milhares foram salvos, curados e tocados pelo Espírito Santo de Deus.
Ela realizou milhares de campanhas, construiu o “Angelus Temple”, promoveu a abertura de mais de 400 igrejas no país, diplomou 3000 alunos pelo “Life Bible College”, inaugurou a primeira rádio evangélica e foi a primeira mulher a pregar a palavra de Deus em uma rádio nos Estados Unidos.
Com todo esse currículo, porém, em uma lição de humildade, que faz com que qualquer um de nós sinta que não fez nada por Deus, ela termina sua vida dizendo: "...sinto que fiz muito pouco, embora tenha pregado ao redor do mundo e visto milhares de pessoas serem salvas. Sinto não ter feito virtualmente nada. Se fosse homem, poderia ter feito muito mais. Mas sou apenas uma mulher que se entregou a Deus para ser usada por Ele. Toda glória por qualquer coisa realizada pertence completa e unicamente ao Senhor, a quem amo e rendi toda a minha alma..."
A HISTÓRIA DE SUA VIDA
Aimee Semple McPherson, desde a sua adolescência, sentia o forte chamado de Deus que a impulsionava em busca da verdade.
Em sua caminhada, assim como Jesus, ela foi caluniada, enganada e perseguida; chegou quase à morte, mas Deus a resgatou, porque aquela enfermidade era para a glória de Deus.
Ela venceu a morte, venceu suas necessidades humanas, os seus esforços contribuíram para que Deus agisse de forma maravilhosa em seu ministério.
O seu amor pelas almas era maior que as dificuldades que encontrava pelo caminho, sua vida foi dedicada, quase que por completo, ao ministério. Sua prioridade era levar a salvação, a cura e a restauração, através do poder do nome de Jesus Cristo.
O SEU NASCIMENTO
Em Salford, próximo a Ingersoll, em Ontário, Canadá, viviam o Sr. James Morgan Kennedy e sua esposa, a Sra. Elizabeth Kennedy. A senhora Elizabeth ficou muito doente e James publicou um anúncio para contratar alguém para cuidar dela. A Srta. Mildred Ona Pearce, ou simplesmente "Minnie", que tinha 14 anos de idade, aceitou o emprego. Ela era órfã e filha adotiva de um casal metodista que atuava no "Exército da Salvação", um movimento evangelista da Igreja Metodista.
Algum tempo depois, a Sra. Elizabeth Kennedy veio a falecer e o Sr. Kennedy, já com 50 anos de idade, tomou à jovem Minnie em casamento. Isso gerou muita confusão no lugar onde moravam, e se sentiram forçados a mudar para Michigan, nos Estados Unidos da América, amenizando o escândalo.
Em nove de outubro de 1890, de volta ao Canadá e agora morando em uma fazenda perto de Ingersoll, nasce a filha única do casal James e Minnie, a qual recebeu o nome da falecida esposa de James, Elizabeth Kennedy. Com o passar dos anos, a menina, muito desenvolta, adotou para si mesma o nome de Aimee Elizabeth Kennedy para diferenciar-se da falecida Elizabeth Kennedy.
Aimee passou sua infância e mocidade em Ingersoll, formando-se no colégio com honras especiais.Entre 14 e 16 anos, Aimee tornou-se muito ativa.
Ela tinha um profundo desejo de ser atriz e interessou-se cada vez mais pelos programas sociais e recreativos da Igreja Metodista que ela freqüentava, usando seus talentos criativos nas apresentações teatrais da igreja. Cinema, patinação no gelo, romances e bailes foram as diversões que a traíram até o ponto de seu coração ficar cada vez mais frio e longe de Deus.
Com a idade de dezessete anos, conheceu a Teoria da Evolução, de Darwin, o que muito a fascinou. Sendo muito perspicaz, poucos religiosos conseguiam debater com ela e vencer. Mesmo sendo criada num lar cristão, Aimee começou a duvidar da veracidade de suas crenças religiosas e até da existência de Deus.
Nessa condição de indiferença ateísta, Aimee sentia-se infeliz. Entre as dúvidas e a tristeza por ter discutido com a sua mãe, tendo-a magoado com sua descrença, a luta em seu coração era muito grande.
A CONVERSÃO DE AIMEE
Uma noite ela foi para seu quarto, determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente à janela aberta onde contemplava a paisagem branca, toda coberta de neve.
Levantando seus olhos aos céus, vendo a lua e as estrelas, pensou: "Certamente deve existir um grande Criador que fez tudo isto". De repente, ergueu os seus braços para o céu e clamou: "Ó Deus… se há um Deus... revele-se a mim!”
“Suponho que o Pai Celestial responda a essa oração para cada ente humano que envie sua petição desesperada em direção aos céus. Pelo menos, Ele respondeu à minha antes da meia-noite seguinte", disse Aimee.
Depois das aulas daquele dia, enquanto esperava o horário para o ensaio da peça de Natal no salão da prefeitura, Aimee saiu andando pela rua de neve com seu pai e notou um aviso no salão de Missões que dizia: "Reunião de Avivamento, Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos".
O pai de Aimee sugeriu que entrassem e ela aceitou sem discutir, pois notícias desse reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a impulsionava a estar ali. Tudo era interessante, os cânticos eram bastante animados, todos cantavam levantavam as mãos e Aimee se divertia com isso.
A seriedade tomou conta do semblante de Aimee ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço. Moço alto, tinha um topete de cabelo crespo castanho que teimava em cair sobre os olhos azuis irlandeses. Era possível rir com ele, pois sua mensagem borbulhava com um humor claro e sadio, mas não se podia rir dele: "Nem pensar!", comenta Aimee.
"Leiamos Atos 2:38-39", Robert disse e leu…” Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo“.
E começou. Arrepios correram pelas costas de Aimee, pois ela jamais ouvira um sermão destes. Usando a Bíblia como espada, ele dividiu o mundo em dois. De um lado, colocou os cristãos, do outro, os pecadores. Segundo o seu evangelho, todos estavam destinados ao céu ou ao inferno.
Ao ouvi-lo pregar, a pessoa entendia haver diferença visível entre o pecador e o membro da igreja. O pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar numa língua desconhecida. Aimee diz que, para ela, este pronunciamento, inspirado pelo Espírito Santo, era como a voz de Deus trovejando em sua alma palavras terríveis de juízo e condenação.
Apesar da mensagem falada em línguas, ela entendia perfeitamente Deus dizer “que ela era uma pecadora, perdida no caminho do inferno…". Aquela noite mudou a vida de Aimee.
Jamais alguém disse tamanha verdade a ela. Era como se mãos invisíveis houvessem se estendido sobre ela e começassem a sacudir sua alma. Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que havia um Deus e ela atuava como uma pecadora. Ainda assim, Aimee tentou fugir procurando pôr três dias, se distrair das palavras do evangelista ouvindo músicas de jazz.
Mas numa tarde de dezembro de 1907, três dias após aquela pregação, voltando para casa de trenó, Aimee não conseguiu mais suportar. Era como se os céus de bronze fossem cair sobre ela e que em poucos momentos seria demasiado tarde.
"Deus, tenha misericórdia de mim, sou uma pecadora!", tudo mudou em sua volta e uma grande paz invadiu a sua vida.
Diz Aimee: “Foi como se o sangue do calvário, ainda quente, se derramasse sobre todo o meu ser. Grandes lágrimas escorriam sobre minhas mãos enluvadas enquanto segurava as rédeas. Quando entrei em casa, senti Aquele que é invisível bem próximo de mim. Meus pais estavam no estábulo e me alegrei pôr estar só. A casa inteira parecia inundada de uma glória cor de ouro. Levantando a tampa do fogão de metal, na sala de estar, queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances. Meu pai quis saber o que estava acontecendo e expliquei: Converti-me e não tenho mais necessidade dessas coisas!"
BUSCA DO ESPÍRITO SANTO
Depois de sua conversão, Aimee passou duas semanas numa alegria impossível de descrever. Deste dia em diante, Aimee passou a buscar a presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimee que, quando orava, falava com Cristo, e, quando lia a Sua Palavra, Ele falava com ela.
Um dia, em oração, esta serenidade foi abalada ao analisar: “O Senhor me dá tudo e eu só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso fazer em troca?” Aimee abriu a Bíblia e leu “... o que ganha almas é sábio e ... resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente."
Era como se uma voz poderosa falasse em tom de clarim: "Agora que você foi salva, vá e ajude a salvar os outros."
Começou a procurar almas. Desde aquele momento ela começou incessantemente a buscar o Espírito Santo, perdendo muitos dias no colégio para assistir reuniões na casa de uma senhora, já batizada com Espírito Santo, que pertencia à Missão Pentecostal onde Aimee ouvia o Evangelho.
Quando a mãe de Aimee recebeu uma carta do diretor do colégio comunicando o fato dela estar perdendo muitas aulas, proibiu-a de freqüentar os cultos, chamando o povo da missão de fanáticos.
Na segunda-feira seguinte resolveu não ir ao colégio, mas passar o dia em oração na casa da irmã da missão. Elas oraram juntas, pedindo ajuda a Deus para que Aimee ficasse na cidade até receber o batismo. O Senhor ouviu a oração e a neve começou a cair numa tempestade forte.
Ela orou o dia todo e quando foi pegar o trem para voltar à sua casa, descobriu que todos os trens estavam parados, as linhas telefônicas interrompidas e as estradas intransitáveis. Essas condições prevaleceram uma semana e Aimee ficou na casa da irmã, passando a maior parte do tempo ajoelhada e orando horas a fio, comendo e dormindo pouco, levantando na madrugada, e, embrulhada em cobertores, continuava em oração.
Na sexta-feira ela ficou na presença do Senhor até a meia noite. Levantando bem cedo no sábado, antes que qualquer pessoa da casa estivesse acordada, foi à sala, ajoelhou-se, levantou as mãos e começou a orar pedindo ao Espírito Santo, para melhor servir ao Senhor, contando o seu amor para os outros. Num momento, uma alegria maravilhosa encheu o seu coração e Aimee com os olhos fechados, viu o mundo como um vasto campo de trigo, já branco para a ceifa.
Ainda em oração, o trigo começou a se transformar em rostos humanos; a folhagem, em mãos levantadas; e sobre tudo apareceram as palavras do Senhor: “Os campos já estão brancos para a ceifa. A ceara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai ao Senhor da ceara que mande ceifeiros para a sua ceara.” Naquela hora, o Senhor colocou na sua mão uma foice de dois gumes (A Palavra Deus) e no seu coração soaram estas palavras:
“Vais recolher o trigo, mas lembre sempre que a foice te é dada para cortar o trigo. Muitos ceifeiros usam-na corretamente apenas poucas horas, e depois começam a cortar e marcar os seus colegas. Aplica-te a tarefa que está perante ti, corte somente o trigo e recolhe os molhos preciosos.“
Esta foi uma lição que a irmã Aimee nunca esqueceu. Apesar das críticas, perseguições e mesmo calúnias terríveis, não procurava se defender, criticando ou ferindo os outros.
Naquele mesmo sábado inesquecível, Aimee Elizabeth Kennedy recebeu o batismo no Espírito Santo, louvando e glorificando ao Senhor numa língua que ela nunca aprendeu, “Segundo o Espírito lhe concedia que falasse.”
Era quase meio dia quando se levantou com o rosto radiante, após ter ficado muito tempo na presença do Senhor em oração. Fora, a tempestade havia cessado, os irmãos da casa entraram na sala e regozijaram-se com Aimee.
Ela escreveu mais tarde: “Dentro do meu coração ficaram duas convicções: a primeira, que o Consolador tinha entrado para ficar e eu deveria viver em consagrada obediência à Sua vontade; a segunda, que eu tinha recebido uma chamada para pregar o evangelho eterno.”
CASAMENTO, VIAGEM PARA CHINA E VIUVEZ.
Certa noite, enquanto Aimee estava na casa de um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu diante dela.
Um impulso de alegria a envolveu. Robert disse-lhe que havia chegado de Stratford e, sabendo que as crianças adoeceram, viera fazer-lhes companhia. Naquela noite, as crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimee e Robert conversaram por algum tempo a respeito das cartas que trocavam entre si, sobre o batismo do Espírito Santo que ela havia recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas.
Enquanto ele falava, Aimee percebia os grandes olhos azuis de Robert fixos nela. Ele falava de sua estada em Stratford, de suas realizações como homem de Deus, de suas reuniões, salões cheios e milhares de homens e mulheres aceitando a Cristo.
Aimee não escondia o seu contentamento e não negava o seu desejo de ser uma missionária.
Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa, Robert deparou com o livro de geografia e, folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente. "A China será o meu desafio, o meu destino". "Que maravilha", suspirou Aimee. Gostaria de dedicar a minha vida a uma causa como esta.
Foi então que Robert disse: “Aimee sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo coração. Logo vai fazer 18. Quer casar-se comigo e ir em minha companhia para a China?"
Aimee ficou olhando estarrecida para ele. O rosto honesto, não conseguia falar, mas um desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração.
Ela sabia que o amava profundamente. Amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, sua mensagem. Não foi preciso respondê-lo imediatamente. Oraram juntos. Enquanto oravam, Aimee, numa visão, viu uma estrada longa e brilhante se estendendo em direção á Cidade Celestial, Robert e ela estavam subindo pôr um caminho ladeado de anjos que levava ao trono de Deus. Aimee o aceitou.
Robert falou com os pais de Aimee, pedindo consentimento, e de maneira simples e franca tiveram sua bênção.
No dia 22 de agosto de 1908 se casaram. E, segundo Aimee, ele foi o seu Seminário Teológico, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado.
Juntos entraram no campo evangelista, seguindo um programa de trabalho intensivo. Foi nessa fase do seu ministério que Aimee recebeu o dom de interpretação de línguas. Um dia, enquanto estava orando em seu quarto, começou a falar em línguas pelo Espírito Santo.
Logo ela ficou consciente pelo fato de poder entender o significado das palavras dadas pelo Espírito Santo. Durante o culto daquela mesma noite, Reverendo Durham deu uma mensagem em línguas e Aimee recebeu a interpretação, mas, por causa da timidez, não deu a interpretação. Porém, na reunião seguinte, quando uma mensagem de línguas foi dada, com medo de apagar o Espírito, Aimee foi obediente, deixando que o Espírito Santo desse a interpretação através dela.
Algum tempo depois, assistindo a uma série de conferências, Aimee caiu numa escadaria e fraturou o osso de um dos pés, ficando com quatro dos ligamentos completamente soltos, a ponto dos dedos serem puxados para baixo apontando a direção do calcanhar. Depois de colocar o gesso, o médico deu pouca esperança de recuperação dos ligamentos e da flexibilidade do pé e do tornozelo.
Com os dedos do pé inchados, pretos e com muita dor, Aimee foi assistir ao culto à tarde, dirigido pelo Reverendo Durham. Não suportando mais a dor, deixou o culto, resolvendo descansar no seu quarto, que ficava a um quarteirão de distância do salão dos cultos.
Chegando ao quarto ela ouviu uma voz dizendo: “Se tu embrulhares o sapato do pé fraturado, e voltares ao culto, e pedires ao Reverendo Durham para orar por ti, levando consigo o sapato para calçá-lo na volta, eu curá-la-ei.” A principio ela estranhou a idéia, mas a voz no seu coração insistiu tanto que finalmente, com a ajuda de muletas, voltou ao culto levando o sapato. Chegou tremendo e atormentada porque, no caminho, a muleta entrou num buraco na calçada, causando aos dedos, já sensíveis, uma dor terrível por haverem tocado o chão.
Contando aos irmãos reunidos o que Deus tinha falado e após uns momentos de oração silenciosa, o Reverendo Durham colocou suas mãos no tornozelo dela e disse: “No nome de Jesus receba a cura.” Instantaneamente, ela sentiu que fora curada; o gesso foi tirado e num salto ela colocou-se em pé e começou a andar, louvando ao Senhor.
O testemunho de Aimee foi este: “Desde aquela vez o poder de cura divina se manifestou na minha vida e na daqueles que eu tive privilégio de oferecer a oração da fé.
Pouco tempo depois disso, o casal Semple seguiu em viagem para a China, passando antes pela Irlanda para conhecer a família de Robert. Na viagem, enfrentaram uma forte tempestade e, em meio a enjôos, medos e temores, Aimee conta ao marido que está grávida.
Depois da Irlanda, seguiram para a Inglaterra para encontrar Cecil Polhill, um milionário cristão que os ajudaria a chegar a China. Ali, Aimee fez a sua primeira pregação, numa convenção onde estavam reunidas cerca de 15 mil pessoas.
Na China, Aimee foi acometida de uma malária tropical, ficando um mês, dia e noite, no leito. A sua única preocupação era a criança. Robert logo caiu doente, tentou relutar, mas a cada dia foi piorando e a malária levou sua vida sepultando-o em Hong Kong. Aimee disse ao ver o marido falecer: "O Senhor deu e o tomou. Bendito seja o nome do Senhor".
Aimee teve uma menina a quem chamou de Roberta Star Semple. Menos de um mês depois da morte de Robert, Aimee voltou aos EUA para morar em Nova York
AS DIFICULDADES PESSOAIS E MINISTERIAIS
Com a morte de Robert Semple, Aimee passou pôr dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais tempo a sua filha, pois ela estava com a saúde muito fragilizada e os problemas pessoais a cada dia dificultavam mais sua vida ministerial.
Em meio a tantas dificuldades pessoais e ministeriais, Aimee conheceu e se apaixonou por Harold McPherson, um contador de Nova York, com quem reconstruiu um lar seguro para ela e sua filha.
Durante algum tempo o marido de Aimee passou pôr dificuldades financeiras; ela começou a arrecadar ofertas para o exercito de Salvação, com isso conseguia ajudar nas despesas da casa. Neste período engravidou; quando seu filho Rolf McPherson nasceu teve que parar de trabalhar.
Aimee começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não estava feliz, porque, na intensa chamada de Deus e o dever com a sua família, Aimee caiu num estado de depressão pós-parto, adoecendo gravemente e sendo levada a um hospital.
Aimee pedia a cura a Deus, mas a cada pedido ouvia o Senhor dizendo: "Tu irás? Pregarás a palavra?". Mas somente depois de um ataque repentino de apendicite, que a levou a cinco operações em um mesmo dia chegando ao ponto de pedir a morte, durante a madrugada ouviu a voz do Senhor: "Agora tu irás?"; quase sem forças respondeu-lhe; "Sim, Senhor, eu irei".
Em 15 dias ela estava totalmente recuperada. Sentindo-se fraca para entrar em discussão com seu marido e sogra, quanto ao seu chamado divino, Aimee resolveu partir com seus filhos para o Canadá, buscando o apoio de seus pais, que se ofereceram para cuidar de seus filhos.
Telegrafou então para seu marido, pedindo que fosse ao seu encontro. Aimee participou de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus, assim iniciando o seu ministério no Canadá; apesar de na época ser raro encontrar uma pregadora mulher, foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava através de sua vida.
O INÍCIO DO SEU MINISTÉRIO
Na primeira noite, a irmã McPherson, como era conhecida, ficou desapontada ao encontrar um número reduzido de pessoas assistindo ao culto. Na segunda noite pregou àquelas mesmas pessoas, que durante ou por quase dois anos haviam freqüentado os trabalhos. Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira e dirigiu-se à esquina principal da pequena cidade, a apenas um quarteirão do salão de culto. Subiu na cadeira e, com os braços erguidos, começou a orar em silêncio. Logo após, ouviu vozes ao seu redor comentando o fato. Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo grande de pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e gritando "depressa, venham comigo". Todos correram atrás dela, e, chegando ao salão, ela disse ao porteiro: "Quando todos estiverem dentro, feche a porta e não deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou sair da pregação que durou quarenta minutos.
Na noite seguinte, o salão ficou lotado e muitos não puderam entrar. O problema só ficou resolvido com a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do salão. O número de pessoas que assistia às reuniões cresceu tanto que ultrapassou a quinhentos e, como resultado muitas almas se entregaram a Jesus.
Harold McPherson mandou-lhe um telegrama para que voltasse para sua casa, mas Aimee recusou-se a voltar. Ele veio então ao seu encontro e ouvindo uma de suas pregações reconheceu o chamado de Deus na vida de Aimee, estimulando-a a continuar.
No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e, com o dinheiro, foi à cidade vizinha e comprou uma tenda de lona já usada. O vendedor (homem desonesto) "abaixou" o preço com a condição que não seria necessário tirar a tenda da sacola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount Forest e abriu a "catedral de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar a tenda, que com muito esforço finalmente ficou pronta.
No primeiro culto realizado na tenda, quando Aimee ia começar a pregar, a lona começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte vento; irmã McPherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não caia até depois do culto".
Naquele instante a lona ficou presa num prego e não caiu. No dia seguinte, um grupo de senhoras da congregação ajudou a remendar a tenda. Depois de trabalhar o dia todo, irmã McPherson sentiu-se tão cansada que resolveu cancelar o culto daquela noite. Deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar.
Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para orar e meditar nas Escrituras. A Bíblia caiu da cama e quando ela foi pegá-la no chão, percebeu que estava aberta neste versículo: "Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará." (Mateus 16:25).
Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu coração. Levantou-se e imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando subiu ao púlpito, mas, na hora em que se levantou para cantar o primeiro hino, todo o cansaço a tinha deixado.
Depois de muitos anos no ministério ela escreveu este maravilhoso testemunho: "Tem sido assim desde aquela vez. Não importa o que seja, o labor ou os apuros do dia a dia, nem importa a fadiga física e mental que eles produzem em mim, estou sempre refeita no instante em que fico em pé no púlpito." O resultado glorioso de sua obediência veio naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo.
As campanhas em tendas de lona nas cidades de orla marítima do Atlântico continuaram até 19l8, com o povo em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta extraordinária evangelista.
Em junho de 1917 foi lançada a primeira edição da sua revista, "Bridal Call", contendo testemunhos e notícias das campanhas, sermões, poesias e outros artigos. Em de três meses, a revista foi aumentada de uma edição simples de quatro páginas somente, para uma revista mensal de dezesseis páginas.
Atualmente a revista é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", contendo notícias da Igreja Quadrangular no mundo inteiro, com uma tiragem mensal de mais de 50.000 exemplares.
As campanhas evangelistas desses primeiros anos foram marcadas com grandes experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse período que Deus começou a usar irmã McPherson no ministério da cura divina. Uma noite ela pregou sobre o tema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que Ele vive hoje para curar e batizar com o Espírito Santo.
A fé foi despertada e ela viu uma figura patética vindo voluntariamente à frente: uma moça auxiliada por duas pessoas, estava curvada, com o queixo puxado para baixo tocando no peito, pernas e mãos deformadas pela artrite reumatóide, chegava apoiando-se em muletas.
A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos, ela aceitou Jesus e, em seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua cura, irmã McPherson disse-lhe que levantasse as mãos e louvasse ao Senhor.
Assim ela o fez, e louvando ao Senhor começou a levantar os braços e as mãos deformadas começaram endireitar-se. Com os braços libertos e erguidos, ainda louvando ao Senhor, o queixo e o pescoço, há tanto tempo endurecidos, foram-se tornando livres ao ponto dela poder olhar para o céu.
Com isso ela se levantou e, apoiando-se com as mãos, começou a andar através da força que suas pernas receberam para sustentá-la. Saiu andando e glorificando ao Senhor.
Numa campanha em Durant, Flórida, novamente Deus provou o Seu poder na vida de Aimee Semple McPherson. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira em local onde não havia eletricidade.
A luz de lampiões a querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do tabernáculo, então, colocaram um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar.
Uma noite, antes do culto, enquanto irmã McPherson estava fazendo uns ajustes no aparelho, houve uma pequena explosão no mesmo e as chamas atingiram seu rosto. A dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o rosto numa bacia com água fria.
Ao tirá-lo da água, a dor, já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. Irmã McPherson ficou andando de um lado para outro sob as árvores, esperando em Deus sempre, enquanto alguém consertava o aparelho danificado. O povo continuava a chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava atrasada, devido ao imprevisto que acontecera com o aparelho.
Um senhor, que estava combatendo as reuniões e a pregação de cura divina, aproveitando a oportunidade, levantou-se para avisar ao povo que não haveria reunião porque a pregadora da cura divina tinha queimado o rosto.
Quando a irmã McPherson soube disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito e, em nome de Jesus, anunciou um hino com os lábios tão endurecidos por causa da queimadura que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira estrofe, ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda a dor."
O povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado e, perante os olhos de todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas desapareceram. No final do culto, a sua pele estava completamente normal e Deus foi glorificado.
Na cidade de Filadélfia, em 1917, a campanha realizada numa tenda grande, trouxe pessoas de muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor de cultos. Na primeira noite, o poder do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o inimigo começou a atacar a obra. O terreno alugado para levantar a tenda, antes era utilizado como campo de futebol por um colégio vizinho e os jovens, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a perturbar o culto.
Centenas deles cercaram a tenda e, cada vez que havia uma manifestação do Espírito, eles zombavam e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda era impossível ouvir a voz dos solistas e dos dirigentes que falavam ao povo.
Mais tarde foi descoberto que os jovens esconderam latas de querosene e gasolina para incendiar tudo que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, irmã McPherson orava pedindo a orientação do Senhor.
A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus, dizendo-lhe: "Começa a louvar, porque a alegria do Senhor é a tua força."
Ela começou em voz baixa, com os olhos fechados; mas aos poucos, a sua voz tornou-se mais forte, então clamou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao Seu Santo nome." O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz louvando ao Senhor. Irmã McPherson relata o que aconteceu depois:
"Enquanto eu louvava ao Senhor, vi muitos demônios com asas estendidas, semelhantes às de morcego, entrelaçadas uma a uma, lado a lado, ao redor do tabernáculo. Mas cada vez que eu dizia: Louvado seja o Senhor, eu percebia que as forças diabólicas davam um passo para trás, até que, finalmente, desapareceram entre as árvores."
Ela continuou clamando: "Glória a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor." De repente viu que, no lugar onde as forças diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de anjos, vestidos de branco, estava avançando, também com asas estendidas e entrelaçadas, e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais um passo à frente. Sem parar, avançavam ao ponto de cercar completamente a orla exterior da tenda de lona.
Quando irmã McPherson abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda estavam presentes, mas todos quietos, com os olhos atentos e olhando para ela. Houve uma atenção perfeita durante a pregação, muitos aceitaram Jesus como Salvador e nos outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para que recebessem a oração da fé.
Sua primeira viagem transcontinental foi em 1918, quando atravessou o continente em seu carro com as frases escritas: “Carro do Evangelho” e "Jesus voltará, prepare-se!”.
Viajava acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretária; irmã McPherson corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva, neve, tempestades terríveis, lama e montanhas na sua viagem de 6.400 km, pregando e distribuindo milhares de folhetos, ela se dirigiu a cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário no seu itinerário para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-a que todas as igrejas de Tulsa estavam fechadas por causa de muitas mortes, resultantes da epidemia de gripe. Em oração, o Senhor falou com ela dizendo: "Não temas. Continues a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas".
Quando chegou em Tulsa, num domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas. Perguntando a razão de tudo isso, irmã McPherson descobriu que a cidade de Tulsa estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas naquele mesmo dia.
Entre 1918 e 1923, irmã McPherson atravessou os Estados Unidos oito vezes, realizando trinta e oito campanhas evangélicas nos maiores auditórios do país. Esses auditórios tinham capacidades entre 3.000 a 16.000 pessoas sentadas, e muitas chegaram para receber a salvação e a cura em Jesus, e para serem batizadas com o Espírito Santo.
Durante a grande campanha na cidade de Oakland, na Califórnia, no ano de 1922, Aimée Semple McPherson foi inspirada a chamar sua mensagem de "QUADRANGULAR".
Esta lhe foi revelada enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel, dos quatro querubins com quatro rostos que simbolizavam o quádruplo ministério do Senhor Jesus Cristo:
1 – O Salvador
2 – O Batizador com o Espírito Santo
3 – O Grande Médico
4 – O Rei que há de Voltar
Aimee começou a proclamá-la com o nome dado por Deus: " O EVANGELHO QUADRANGULAR"
AS CORES DA BANDEIRA
ESCARLATE – O Sangue de Jesus para salvação da humanidade
AMARELO OURO – O Poder Ofuscante do Espírito Santo
AZUL CELESTE – A Cura Divina que vem do céu
PÚRPURA – A vestimenta do Rei Eterno (Jesus Cristo)
No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo Sede Internacional da Igreja Quadrangular, o “Angelus Temple” com capacidade para 5000 pessoas. Aimee dirigia 21 cultos por semana; nos primeiros meses 7000 pessoas encontraram a Salvação em Jesus Cristo.
Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangélico e Missionário; Aimee também consagrou uma sala de oração baseada no versículo "Orar sem Cessar".
Em 06 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles a KFSG.
Aimee também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 óperas sagradas.
Aimee não conseguiu conciliar sua vida de evangelista com a sua vida de esposa e, em 1921, sentindo-se preterido devido às muitas viagens de Aimee, Harold pede o divórcio alegando abandono do lar. Seu casamento durou perto de 9 anos.
Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, no estado de Colorado, no auditório municipal com capacidade para 15.000 pessoas. O auditório estava sempre lotado e, cada noite, milhares de pessoas que chegavam não podiam entrar; uma noite, o número de excedentes chegou a 8.000. Muitos se esconderam nos banheiros após o culto à noite, como garantia de que, no dia seguinte, haveria um lugar para assistir ao culto matinal. O número de conversões era tão grande que houve cultos nos quais quase a metade dos ouvintes se levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um lugar especial para os cegos e paralíticos, cento e cinqüenta pessoas sobre macas foram colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e quarenta e cinco minutos, irmã McPherson foi de maca em maca, orando pelos doentes, individualmente. Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto:
"Foi literalmente um reavivamento de corpos doentes. Pessoa por pessoa, uma após outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu, declaravam sua cura."
Outra campanha de grandes dimensões aconteceu em San Diego, na Califórnia. Os cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe onde, na véspera da campanha, irmã McPherson conseguiu, no intervalo da luta, licença para fazer o aviso da campanha.
Durante cinco semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário reservar uma parte do ginásio para pessoas com convites especiais. Isto foi feito para dar oportunidade a mais pessoas assistirem aos dois cultos por dia. Grandes lojas pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também fizeram o mesmo.
Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos os doentes que chegavam, porque o ginásio, com capacidade para 3.000 pessoas, ficou pequeno demais. Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura divina ao ar livre, na grande concha acústica do Parque de Balboa (somente por dois dias), um lugar para exposições e feiras, semelhante ao Parque do Anhembi, em São Paulo.
Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para oração e jejum. Na véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos trabalhos, dormindo nos próprios carros. Muitos chegaram a pé, empurrando cadeiras de rodas ou carregando os doentes em macas. As 10:30 hs, irmã McPherson deu início ao culto; depois de alguns hinos e testemunhos maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla – do pecado e da doença. Daí, ela e um grupo de ministros começaram a orar pêlos enfermos.
Foi uma fila contínua o dia todo. Eles oraram desde cedo até o pôr-do-sol, ocupando apenas quinze minutos para um lanche. A polícia estimava que, conforme a hora, havia uma assistência que variava entre 10.000 a 30.000 pessoas durante o dia todo. No dia seguinte, Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome de Jesus.
O ministério de Aimee Semple McPherson tornou-se internacional em 1922 quando ela realizou uma campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o evangelho a muitas outras nações. O ministério da irmã McPherson foi marcado por uma paixão imensa pelas almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase, seguida de sinais prodigiosos ou sinais e prodígios.
Nessas campanhas de salvação e cura divina, a mensagem do Espírito Santo também foi
proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era realizado àqueles que estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até as cinco ou seis horas do dia seguinte.
O SEQÜESTRO
Em 18 de maio de 1926, Aimee e sua secretária, Emma Schaffer foram à praia. Aimee foi ao mar e não mais foi vista. Inicialmente, achou-se que tinha-se afogado e grande rebuliço aconteceu em todos EUA, especialmente em Los Angeles, centro de suas atividades evangelistas ou evangelizadoras ou evangélicas. Equipes de busca foram organizadas e incansavelmente buscaram o corpo da Sra. Aimee Semple Mcpherson. Uma jovem, devota de Aimee, mergulhou em sua busca e acabou morrendo afogada.
Aimee contou que foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que fosse orar por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao carro, percebeu que era uma cilada e foi seqüestrada.
Chegando ao cativeiro, indagou aos seqüestradores o porquê do seu seqüestro; eles disseram que pediriam um resgate e ficariam com o Templo. Ela ficou presa por quase um mês em uma casa, depois foi levada para uma cabana primitiva por dois ou três dias; quando se viu sozinha pulou a janela, conseguindo escapar para o deserto, onde andou o dia inteiro, passando pôr muitos perigos. Já era madrugada quando avistou uma casa, aonde foi pedir ajuda.
O senhor Gonzáles, dono da casa, chamou a policia do Arizona para registrar o seqüestro e avisar sua mãe; a policia registrou o seqüestro e a encaminhou para o hospital. Não acreditando que se tratava da senhora McPherson, chamaram um editor para identificá-la; ele confirmou e assim ela pode entrar em contato com sua mãe pelo telefone.
Todos, quando souberam da noticia, no Templo, ficaram muito felizes com a volta da irmã McPherson; nesta época ela foi muito perseguida pelos jornalistas e autoridades que não acreditaram em sua história.
Depois de terem esgotado esta história, resolveram acrescentar algo mais picante, como se esse tempo de cativeiro fosse desculpa para encontros amorosos, denegrindo sua imagem de evangelista, inventaram até um possível aborto.
Mais uma vez, Deus esteve com ela e nada foi provado, desta forma foi encerrado o inquérito por falta de provas.
A VOLTA AO MINISTÉRIO
Aimee voltou às suas viagens evangelistas. Uma parada nessa viagem foi na cidade Baltimore, onde os jornais divulgaram-na como “Mulher Milagrosa”. Através desse anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e doentes e Aimee foi orar ao Senhor porque sabia que não tinha o poder para curá-los; e o Senhor respondeu-lhe que quem tem o poder de curar e salvar é Ele e que ela seria um instrumento em suas mãos. Naquela noite muitos milagres aconteceram.
Durante as viagens evangélicas, sua mãe cuidava com eficiência do Templo em Los Angeles; com a morte de sua mãe, Aimee assumiu o Templo, tendo um desgaste físico e mental, adoecendo gravemente e seu filho Rolf, que havia voltado de uma viagem evangélica, assumiu a liderança.
O SEU ÚLTIMO CASAMENTO E SUA MORTE
Após os casamentos de seus filhos, Aimee sentiu-se muito sozinha; foi quando conheceu um cantor, David Hutton e apaixonou-se, casando-se novamente. Mais uma vez foi enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a usou para obter sucesso em sua carreira, assim divorciaram-se.
Na noite de 26 de setembro de 1944, Aimee pregou o seu último sermão perante uma multidão na Califórnia.
Esta foi a mesma cidade em que, 22 anos atrás, ela recebera a visão do Evangelho Quadrangular. O ministério terreno de Aimee terminou incansável como começara.
Quando seu filho Rolf encontrou-a na manhã seguinte, ele soube que o desejo dela fora concedido. E assim ela partiu para o Senhor.
Fontqe: http://biografiadosheroisdafe.blogspot.com/2010/01/aimee-semple-macpherson.html