O Senhor Deus concedeu-nos um tempo para descansarmos, (eu e meu esposo). Buscamos a direção do Senhor e viemos para o Nordeste. No dia 11 de outubro, saímos de Lavras com destino a Maceió, depois para Recife, Natal e por fim João Pessoa.
Estivemos sempre hospedados a beira mar ou próximo e nos meus passeios à praia, não pude deixar de atentar para os pais brincando com seus filhos, sempre em meio a muita alegria. Observando estas cenas de pais e filhos, fui reportada à minha infância. Sempre ficávamos ansiosos (eu e meus irmãos) quando “painho” anunciava que no final de semana, iria nos levar para passear nas praias do sul da Bahia.
A minha mãe ficava com a responsabilidade de preparar os alimentos que iríamos consumir e a festa já começava nos preparativos. Meu pai possuía um caminhão e na carroceria eram colocados vários colchões para irmos dormindo, pois saíamos de madrugada e servia para dormirmos na volta, quando não restava nenhuma força física de tanto que brincávamos na praia.
Ao chegar na praia, ficava atenta esperando ao chamado do meu pai para entrar no mar. Ele me levava o mais longe possível e mandava voltar nadando, o incrível era que não sabia nadar, mas confiava, pois nada podia acontecer, pois ele nadava muito bem. Muitas vezes as ondas me atiravam na areia com força, mas isto não me intimidava e voltava correndo mar adentro ao encontro do meu pai.
A agitação das ondas, a imensidão do mar em comparação com meu corpo pequeno e frágil, não me fazia desanimar e nem sentir medo, pois desejava mostrar para o meu pai que estava aprendendo e chamar sua atenção era tudo o que interessava. Varias vezes não dava conta de chegar, gritava e ele vinha me socorrer, e isto gerava em meu coração a certeza de que ele sempre estaria ali para me auxiliar, dando-me ousadia para querer ir além.
Fico a pensar sobre a confiança que tinha em meu pai biológico (in memorian) que mesmo me amando muito, por ser humano é limitado e não podia me livrar de todos os perigos que enfrentava diariamente. Amados, o que Deus espera de nós é a mesma confiança, pois Ele tornou-se o nosso pai através do sacrifício de Jesus Cristo (João 1.12), entretanto, torna-se necessário aceitar a Cristo como Salvador, pois somente através do seu sacrifício nos tornamos filhos de Deus.
Deus como um pai bondoso e misericordioso, está a nossa espera para revelar-se a nós com o seu cuidado, consolo e acima de tudo com seu amor incondicional. Como filhos de umPai Poderoso, lancemo-nos no mar da vida, desejosos de ir cada vez mais longe e, se sentirmos que estamos em perigo, é só gritarmos por Ele.(Salmo 46.1).
As ondas das dificuldades parecem invencíveis por causa da nossa fragilidade, mas o nosso Pai Celeste é forte e luta por nós. Atraia a atenção do Pai e mostre a Ele que você quer ir bem mais longe.
Deus os abençoe!
Irmã Verinha