Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 21 Janeiro 2025 23:44

21/01/2025 - CULTO "FÉ & VIDA"

Segunda, 20 Janeiro 2025 00:07

19/01/2025 - MUSICAL "O ENCONTRO"

Sábado, 18 Janeiro 2025 14:30

REFERÊNCIA

REFERÊNCIA

“Aonde fores irei, onde ficares ficarei..” (Rt 1.16)

O livro de Rute mostra o amor de uma mulher estrangeira pela sua sogra. Traz também uma tragédia familiar evidenciando claramente a intervenção de Deus na vida de seus personagens. O livro retrata a escassez, a imigração, a morte, a viuvez, problemas financeiros, mas diz também sobre a força de uma profunda e sincera amizade entre duas mulheres, encerrando com a intervenção de Deus.

Elimeleque, marido de Noemi morreu nas terras de Moabe. Noemi teve dois filhos que  também morreram e diante dessa situação, ela resolveu voltar para Belém. Orfa, uma de suas noras não quis acompanhá-la, mas Rute, a outra nora, decidiu acompanhar a sogra Noemi para as terras de Israel.

Numa sociedade cada vez mais instável, onde as amizades nem sempre se sustentam, é notável que pessoas afirmam gostar de outras pessoas a ponto de acompanhá-las em seus projetos, projetos esses desconhecidos. A normalidade na vida humana são as interações sociais, mas ter pessoas com quem interagir não significa abraçar e executar os seus projetos, até porque isso só acontece quando a confiança está num nível mais alto. Reflita!

Após a morte de seus respectivos maridos nas terras de Moabe, Noemi a sogra e Rute a nora, saíram juntas para uma longa viagem às terras de Israel. Rute tinha a opção de ficar em Moabe, afinal, lá era a sua terra, lá estava seus familiares, portanto, ela não tinha nenhuma motivação para acompanhar sua sogra. Todavia, ela escolheu não só acompanhar Noemi, como fez a afirmação de que o Deus de Noemi, dali em diante, seria também o Deus dela.

Considere que Rute viu em Noemi o tipo de pessoa que entrou em sua vida e que ela não poderia perder. O texto não diz, mas pode-se conjecturar que Rute, quando casada com o filho de Noemi, via nas atitudes da sogra, o amor, o cuidado e  o zelo e tudo isso, certamente que foram os indicadores que fizeram Rute tomar decisão de acompanhar Noemi. Ou seja, Noemi apresentou ótimos indicativos pessoais que Rute fundamentou para fazer sua escolha. Rute enxergou em Noemi ótimas possibilidades de se tornar uma pessoa melhor, tendo ela como referência e modelo.

A busca por referência talvez seja o grande problema nas amizades nos dias atuais. Considere que existem pessoas que não causam nenhum tipo de influência positiva, são péssimos exemplos em todos os sentidos. Gostam de falar da vida alheia, vivem fazendo julgamentos dos comportamentos de familiares e vizinhos e ainda se fazem de vítimas quando questionadas. Pessoas com essa índole não servem de modelos. E certamente que Noemi não foi uma dessas pessoas na visão de Rute.

Forte, corajosa e destemida, Noemi se levantou em terras estrangeiras e buscou retornar ao seu povo, pois mesmo vivendo o luto da perda do marido e dos filhos, ela não ficou paralisada pelas circunstâncias adversas e nem se deixou levar pela tristeza. Para Rute, a sogra Noemi mostrou persistência e confiança no Deus de Israel. “O seu Deus será o meu Deus..” (Rt 1.17). Noemi, portanto, se tornou o maior exemplo de serva do Deus de Israel para Rute. Lado outro, Rute, era moabita, tinha lá os seus deuses, mas quando decidiu adorar o Deus de Israel, essa mudança foi ancorada no que ela enxergava na vida da sogra Noemi. O exemplo de fidelidade, de obediência e de comprometimento de Noemi em relação a Deus, deu a Rute a certeza que a mudança para Israel estava correta. Tivesse Noemi uma vida desregrada, uma vida atrapalhada e bagunçada, certamente que Rute não iria acompanhá-la. Reflita!

Saiba que em meio à vida em sociedade, as pessoas são influenciadas pelo contexto em que estão inseridas. Conscientes ou não, as influências existem e acabam moldando comportamentos. Nesse sentido, Noemi influenciou Rute e foi luz na escuridão espiritual dela tanto que Rute optou por deixar seus familiares em Moabe e foi morar em Israel. Noutras palavras, Noemi se mostrou fiel a Deus, dona de uma fé inabalável, deixando para Rute um grande exemplo de compromisso.

Considere que é de gente assim que vale a pena fazer amizade e de receber influências. São pessoas que mesmo enfrentando situações adversas, ainda se posicionam como verdadeiras luzes em meio às trevas, mostrando o caminho a seguir. Paulo ensinava que as más companhias corrompem os bons costumes (1 Co 15.33), e de maneira contrária, as boas e ótimas companhias ensinam onde estão os melhores caminhos da vida. Não perda de vistas essas pessoas, elas são raras e vale muito a pena não só acompanhá-las como tê-las por modelo e referência. Abraço grande!

Jesus Cristo Filho de Deus te abençoe, hoje e sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

 

Quarta, 15 Janeiro 2025 00:05

14/01/2025 - CULTO "FÉ & VIDA"

Domingo, 12 Janeiro 2025 15:48

DESCONFIANÇA

DESCONFIANÇA

“Agirás, pois, com acerto não deixando que seus cabelos brancos desçam em paz ao Sheol, à sepultura.” (1 Rs 2.6)

Os dois livros de Reis faziam parte de um só volume que foram desmembrados para melhor compreensão dos leitores, facilitando o entendimento dos atos de governos de Israel e de Judá. A primeira parte de Reis registra Salomão assumindo o trono, após a morte d seu pai, o rei Davi. Registra ainda as ações governamentais de Salomão, sua vida e seu fracasso quando passou a adorar os deuses estranhos que suas mulheres trouxeram de suas terras. Alguns historiadores atribuem a autoria do livro de Reis aos profetas Gate e Natã e outros já atribuem ao profeta Jeremias, enfim, na falta de provas documentais, a dúvida permanece.

O contexto da passagem acima encontra-se nos derradeiros momentos da existência do rei Davi, nas instruções ao seu filho Salomão, dando-lhe as últimas orientações antes de sua morte (1 Rs 2).

Perceba ser comum o relato de muita gente narrando a dificuldade em manter convivências com pessoas cujos princípios não se harmonizam e/ou não se alinham com os seus. Certamente que algumas circunstâncias podem fazer com que estas relações perdurem, mas sempre ficará no ar um misto de desconfiança e suspeita. Típico ditado popular que diz que a pessoa devem colocar um olho no peixe e outro no gato.

Joabe foi comandante do exército do rei Davi. Era filho de  Zeruia, irmã de Davi (1 Cr 2.15-16) e tinha como irmãos as pessoas de Abisai e Asael (2 Sm 2.18), portanto, Joabe, Abisai e Asael eram sobrinhos do rei Davi. Joava foi escolhido para liderar o exército Israelita, e era um homem sanguinário tendo atuado em muitas batalhas. Nas guerras realmente ele teve papel de relevância, seja pela força e/ou pela coragem em defender as causas do povo de Israel. Certamente que Joabe estava na comitiva de milhares de soldados que se encarregaram de fazer a escolta da arca da aliança quando esta retornou para a capital Jerusalém (2 Sm 6.1). Joabe teve também participação direta na morte de Urias, marido de Bate-Seba, mulher envolvida no adultério de Davi, quando obedeceu cegamente a uma ordem e colocou Urias na parte mais perigosa dos combates (2 Sm 11.14-18). Aliás, este episódio deixa transparecer que Davi ficou nas mãos de Joabe. Enfim, foi um personagem muito ativo no governo de Davi.

O interessante é que na beira da morte, Davi conversou com seu filho Salomão e fez um alerta pedindo que não confiasse nele: " ..não deixando que seus cabelos brancos desçam em paz ao Sheol, à sepultura.". Ora, Davi conviveu a vida toda com Joabe, certamente que teve inúmeras oportunidades de resolver essa situação, houve guerras e batalhas sangrentas que teoricamente, Joabe pudesse ser morto, mas nada disso aconteceu e ao fim de sua vida, Davi avisou Salomão sobre o que ele efetivamente, achava de Joabe. Noutras palavras, Davi tinha motivos para não confiar plenamente em Joabe, que por sua vez, chegou a agir por conta própria em situações que certamente Davi não concordaria.

“Não guardarás rancor contra os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou Yahweh.” (Lv 19.18). Davi, foi um homem temente a Deus e compreendia bem este mandamento sobre o amor fraternal e com Joabe, este afeto era duplo. Primeiro por ser parente de sangue, Joabe era filho de sua irmã e, segundo era Joabe era filho de Israel. Ou seja, Davi tolerava Joabe, sabia que ele tinha um coração perverso, era manipulador e dissimulado , mas confiava nele com limitações. Resumindo, Joabe era comandante de seu exército, vez por outra Davi tinha mesmo que conversar com Joabe, mas a confiança e a entrega não eram totais. Reflita!

Traga esse texto para os dias atuais e veja a semelhança quando o assunto são os relacionamentos pessoais. Somos seres sociáveis, interagimos com pessoas na família, nas indústrias, nas escolas, no comércio e em diversos outros ambientes e certamente que face as circunstâncias, existe a necessidade de acreditar nas pessoas, mas entenda que essa confiança não pode ser total. Muita gente pode estar ao seu lado, andando junto, executando projetos juntos, mas a confiança deve obedecer alguns limites. Jeremias já dizia sobre o coração das pessoas ser enganoso (Jr 17.9). Pense!

Há casos que no mundo secular as pessoas dizem “meu espírito não bateu com fulano e/ou com sicrana”. Crentes ou não, isso pode ser Deus sinalizando alguma coisa, pode ser um alerta para que a confiança seja revista e analisada com cuidados. Joabe era excelente guerreiro, isso é inegável, mas suas tomadas de decisões impactaram seriedade o governo de Davi e por outro lado, a presença física de Joabe incomodava Davi, a ponto de Davi mencionar seus sobrinhos como ‘estes filhos de Zeruia’ (2 Sm 3.39), o que denota certa desconfiança.

Considere que na vida, o grande desafio tem sido fazer boas escolhas nos relacionamentos. Nem sempre as amizades, os casamentos e os amigos são mesmo dignos de total e ampla confiança. Com frequência a mídia tem noticiado atos de violência, abusos e até morte, e alguns desses eventos já eram vistos como tragédias anunciadas, diante dos temperamentos dos envolvidos. Portanto, nas relações pessoais, tenha sabedoria e/ou peça a Deus para enxergar e mostrar esses possíveis desvios e imponha limites, amém? Abraços

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 07 Janeiro 2025 23:09

07/01/2025 - SEMANA DAS PRIMÍCIAS

Segunda, 06 Janeiro 2025 22:44

06/01/2025 - SEMANA DAS PRIMÍCIAS

Domingo, 05 Janeiro 2025 22:46

05/01/2025 - CULTO DAS PRIMÍCIAS

Domingo, 05 Janeiro 2025 14:03

PACIFICADOR

PACIFICADOR

“Não há inteligência alguma, nem conhecimento algum, nem estratégia alguma que consiga opor-se à vontade do Senhor.” (Pv 21.30)

O livro de Provérbios tem sua autoria definida ao rei Salomão, filho de Davi. Os teólogos e historiadores afirmam que Salomão deixou mais de três mil ditados ou provérbios, abordando todo tipo de assunto. Ao assumir o trono de Israel, Salomão pediu a Deus sabedoria para conduzir a nação e isso Deus lhe concedeu, todavia, ao final de sua vida, Salomão se perdeu espiritualmente, adorando deuses nativos de várias regiões (1 Rs 11.1-4).

O contexto mostra o pensamento e a posição de Salomão sobre os aspectos práticos da vida, extremamente úteis nas relações sociais (Pv 21).

Nem sempre as pessoas estão prontas a terem paciência e sabedoria nas lidas pessoais e sem paciência e de maneira precipitada acabam por expor suas opiniões, ferindo e provocando conflitos, que na prática, poderiam ser evitados. Afinal de contas, o bom senso orienta que os confrontos não são bons para ninguém, nem para o vencedor e muito menos para o perdedor.

Salomão foi um homem inteligente e usou de suas observações como rei para escrever diversas instruções, que tanto naquela época como para os dias atuais, são de grande valia para evitar aborrecimentos de toda ordem nas relações pessoais.

Democrática e socialmente, veja que a origem dos problemas entre as pessoas são mesmo inevitáveis. Diferenças pessoais existem e sempre existirão. Homens e mulheres possuem opiniões, gostos, visões e objetivos  diferentes e isso deve ser visto como parte da natureza humana. Nesse sentido, essas diferenças são parte integrante de cada indivíduo, sejam elas de cunho pessoal, profissional, religiosa ou administrativa. O ideal seria enxergar essas diferenças pelo lado bom que elas podem proporcionar, pois soluções de inúmeros problemas surgiriam em decorrência das divergências, portanto, as  tensões e as controvérsias não são, como dizem, de todo ruins. Todavia, é importante saber que a vida em sociedade passa pela harmonia entre as pessoas e isso requer de homens e mulheres uma boa dose de paciência, sabedoria e discernimento das situações apresentadas.

O evangelista Lucas relata uma situação envolvendo os discípulos de Jesus que anunciavam a salvação pela graça de Deus. Durante uma reunião no Sinédrio Judaico, os sacerdotes e escribas judeus decidiam o que fazer em relação aos testemunhos dos discípulos que anunciavam a morte e a ressurreição de Jesus (At 5.34-39). Gamaliel, doutor da lei Mosaica e ex-professor de Paulo, interviu na discussão, lembrando aos presentes dois episódios envolvendo os personagens Teudas e Judas Galileu, que se rebelaram contra o sistema romano e tal como surgiram, sumiram daquele cenário (Atos 5.36-37). Para Gamaliel, a proposta que livrou os discípulos de Jesus da morte certa era deixar eles falarem a vontade, pois se a obra fosse de Deus, ela ia prosperar e caso não fosse, como fora o movimento de Teudas e Judas Galileu que ele deu como exemplo, ela não ia perseverar. Simples assim!

Veja bem que a  proposição de Gamaliel, embora seja questionável, trouxe a solução de um conflito que caminhava para a morte. Sem tomar partido, Gamaliel intermediou a discussão e foi um pacificador, ao final restou comprovado que a obra dos discípulos era de Deus! Evidentemente que inúmeras outras situações podem acontecer e até mesmo serem em oposição a Deus e prosperar, mas a justificativa é que a solução de Gamaliel evitou uma tragédia que se anunciava.

Compreenda bem que dentro da complexidade humana, cabe a cada indivíduo atuar com inteligência, atuando como facilitador nos conflitos, evitando abusos, agressões e toda forma de violência, ajudando as pessoas a terem consciência em busca da harmonia e paz. Reflita!

“Portanto, sejam imitadores de Deus..” (Ef 4.1). No mundo secular existem a profissão dos imitadores, que ganham a vida copiando comportamentos de celebridades e pessoas famosas, mas ao cristão, cabe imitar a Cristo, atuando firmemente como pacificador nas mais diversas questões da vida, procurando e propondo soluções, evitando a todo custo os desencontros, as privações, as separações e tantas outras circunstâncias que tem colocado as pessoas em mundos opostos. Lembre-se que Jesus intermediou a reconciliação entre o homem e Deus e, hoje, como imitadores do próprio Cristo, você pode mediar as questões que tem causado tantas separações entre as pessoas. Amém? Abraço forte.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida e seus projetos.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

 

 

 

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