Sábado, 13 Julho 2024 08:44

DESVIO

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DESVIO

“Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”. (Hb 3.12)

 

O livro de Hebreus não tem uma autoria definida. Teólogos falam que em algumas passagens a escrita é do apóstolo Paulo e que ele seria o autor, outros apontam Apolo, Barnabé e tem aqueles que diante das dificuldades em apontar sua autoria, optam por ficar em silêncio. O mais certo é que aquele que escreveu este livro, era uma pessoa que detinha profundo conhecimento do Antigo Testamento e do sistema sacrificial do povo de Israel. Hebreus mostra Jesus Cristo em toda sua majestade e esplendor de sua divindade.

Ambientando o capítulo 3, tem-se que a preocupação do autor era mostrar  que a suprema revelação divina ao homem vem por meio de Jesus Cristo, único pelo qual o homem tem acesso a Deus. O contexto demonstra que  Jesus foi superior aos profetas e aos anjos e finaliza demonstrando que Cristo é também superior sobre  o profeta Moisés.

Veja que nos últimos dias tem sido comum à muitas pessoas o lançamento da dúvida e/ou da incerteza. Isso em todos ambientes e cenários. Na economia, na politica, nas ações do governo, na saúde e na família, ou seja, em todos ambientes a desconfiança caminha a todo vapor. Hoje se desconfia de tudo. Desconfia-se das vacinas, das mercadorias, do vendedor, da fidelidade das amigas, dos amigos e até da avaliação feita pelo professor. O ato de não acreditar, ou seja, a incredulidade  tem se mostrado dominante em quase todos os cenários. Pense!

Perceba que no ministério de Jesus ele censurou a ganância, censurou a avareza e a promiscuidade, todavia, de todos os pecados apontados por Jesus, foi a incredulidade o que ele mais combateu. Esse desvio era tão evidente que em diversos momentos Jesus questionou seus ouvintes sobre a fé que eles tinham em seus corações. Jesus questionou o discípulo Pedro sobre sua fé quando ele afundou nas águas  (Mt 14.21). Questionou Jairo quando este recebeu a noticia da morte de sua filha (Mc 5.36 ). Argumentou sobre a falta de fé de seus discípulos na libertação de um endemoniado (Lc 9.41). Quando Jesus esteve com dois discípulos na estrada para Emaús, os chamou de tardios em acreditar  nas palavras dos profetas (Lc 24.25). Resumindo, em diversas ocasiões, a incredulidade humana foi alvo da crítica ferrenha de Jesus.

Nesse sentido, saiba que  nos dias atuais, também existem crentes incrédulos. São os ‘crentes descrentes’, até porque muitos pegam esse desvio e se tornam incrédulos sem se darem conta dessa anomalia. Nessa toada, as pessoas podem vir às igrejas todos os dias, participar das atividades e ainda assim ter um coração indiferente e distante. Hoje, o que predomina é a falta de expectativa, haja vista que as pessoas  oram, mas sem a expectativa de que algo vai acontecer. Muitos pregam o evangelho, sem expectativa do que apregoam. Outros se derramam em lágrimas, sem expectativas de mudanças e por aí vai uma infinidade de ações que são praticadas sem a correspondente expectativa do sobrenatural de Deus. Sem dúvidas, trata-se de uma grave anomalia no meio cristão!

“Ora, o centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus.” (Mt 27.54). Considere que a fama de Jesus corria por toda a Palestina. Em todos os lugares haviam pessoas que testemunhavam curas e milagres feitas por Cristo. Aleijados andavam, cegos enxergavam, as pessoas eram libertas e mortos reviveram. Era impossível que o centurião e seus soldados  não soubessem e/ou não tivessem informações sobre quem era Jesus. Os sinais apontavam que somente Jesus podia fazer tudo aquilo, todavia, somente depois da morte de Jesus é que o centurião e os seus homens reconheceram Jesus como o filho de Deus. Foi necessário sentir o balançar da terra no terremoto para eles acreditarem. Infelizmente, eles creram tardiamente.

Entenda que ainda hoje, diante de tantos milagres, diante de tantas manifestações sobrenaturais, muita gente ainda tem dificuldade em vencer a descrença. Mesmo possuindo amplas oportunidades de acreditar e de viverem o novo de Deus diante de tantas pessoas que foram curadas, de tantas vidas que foram mudadas e de incontáveis casamentos que foram restaurados, ainda estão aprisionadas pelo espírito da incredulidade e isso no meio cristão é um desvio observado.  Compreenda bem que a conversão implica que a pessoa acreditou numa palavra que transformou o seu viver, uma palavra que deu direcionamento, uma palavra que transformou seu coração e sua mente e é por meio de toda essa certeza que a caminhada cristã requer de todo cristão convicções absolutas em um Deus que nunca falhou. Reflita!

Lembre-se que a vida é cheia surpresas e sobressaltos e ninguém sabe o que pode vir no amanhã. Entretanto, sempre há um risco de se fazer parte da turma de “crentes incrédulos”. Mas em quaisquer situação, venha o que vier, aconteça que acontecer, considere em todo o tempo firmar sua fé em Jesus Cristo, porque o grande desafio de todo crente em Jesus é envelhecer acreditando nas promessas de Deus, sem perder a fé. Amém? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida e seus projetos.

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 576 vezes Última modificação em Sábado, 13 Julho 2024 18:02
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