Quarta, 30 Maio 2012 21:17

"FAZENDO CÁLCULOS" Lc.14.28

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Recentemente foi veiculada na mídia uma matéria jornalística informando sobre o crescimento da inadimplência ao longo de 2011, com forte relação ao aumento do crédito aos consumidores e, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira (BANCO CENTRAL, 2012), embora estável, apresenta tendência de alta. A grosso modo considera-se inadimplente o devedor que atrasa ou mesmo deixa de quitar seu débito, decorridos mais de 90 dias. Embora entendemos ser natural nosso desejo de consumir os mais variados produtos, também deve ser natural que envidamos esforços para evitar que a nossa despesa supere a receita.


O setor produtivo usa e abusa das técnicas de marketing para incrementar o  crescimento de suas vendas e aumentar o  consumo e, obviamente aumentar suas receitas. Campanhas publicitárias, muitas cores e luzes, datas comemorativas, promoções e descontos variados, parcelas em 10 vezes sem juros, tudo isso para atrair as pessoas e fazê-las comprar! Até aí, tudo certo, afinal de contas  isso faz parte das regras e das estratégias do marketing. O consumidor tem desejos  e necessidades e, convencido que está fazendo um bom negócio, adquire o produto ou bem!


Para pessoas físicas, define-se como receitas todas entradas de recursos financeiros, com ênfase no salário, todavia, não se pode esquecer o recebimento das férias, do 13° salário, do recebimento de aluguéis e outros rendimentos. Considera-se despesas todos os pagamentos, ou seja, a saídas dos recursos.


Definidas as receitas e as despesas, fica fácil verificar se o saldo é positivo  (superávit) ou se negativo (déficit). Todavia, um equívoco mais que comum nesta simples equação é o esquecimento de pagamentos de impostos e taxas, (despesas), prejudicando seriamente o resultado final e acreditar que os limites do cheque especial e do cartão de crédito são fontes de receitas! Na verdade, ambos os casos devem ser vistos como empréstimos financeiros e como tal, serão cobrados juros, portanto, são despesas!


A procura do equilíbrio financeiro é fundamental para uma vida sem sobressaltos, exigindo mudança comportamental e controle severo dos hábitos que conduzem ao consumo impulsivo. Criar reservas, mesmo pequenas e tímidas é relevante para o enfrentamento de situações adversas no futuro.


Conhecer seus gastos é importante para alcance do sucesso e para evitar o descontrole financeiro. Dívidas contraídas na compra de medicamentos e em cuidados com a saúde são plenamente justificáveis. Alegações de que o salário é pequeno não pode ser considerado como justificativa, muito embora seja considerado como tal, entretanto, acredita-se que as compras de produtos por impulso e de mercadorias acima de suas possibilidades de pagamento, estão entre as maiores causas de descontrole.


Encerrando, tem-se que a execução de um planejamento financeiro é fundamental para não só identificar boas oportunidades, mas para direcionar e dar um rumo aos seus negócios. O planejamento serve para definir suas estratégias, mostrar os gargalos e indicar as melhores alternativas, tanto na antecipação como na resolução de problemas.


Não acredite que o sucesso vem com a sorte ou com a intuição, isso até pode acontecer, mas dê valor a planos e metas, acredite na disciplina e no que está escrito em Lucas 14:28, “pois qual  de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para  ver se tem com que a acabar?” (BIBLIA SAGRADA, 2005)

Milton Marques de Oliveira
Bel Adm e Esp em Finanças


Referências:


BANCO CENTRAL DO BRASIL. Relatório de Estabilidade Financeira, 2012 .
disponível em:. Acesso em 30 de maio de 2012.

BÍBLIA SAGRADA. Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Sociedade Bíblica do Brasil. 2005

GITMAN, J. Lawrence. Princípios da Administração Financeira. 10. ed. Porto  Alegre: Bookmam, 2008.

SANVICENTE, Antônio Zoratto. Z. Administração Financeira. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

SOUZA, Ademir; CLEMENTE, Ademir. Decisões Financeiras e Análise de Investimento. São Paulo: Atlas, 1995.





 

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