Segunda, 03 Maio 2021 09:08

DIDÁTICA

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DIDÁTICA

“Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia”. (1 Co 10.12)

O apóstolo Paulo foi o autor de duas cartas destinadas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Entre a primeira e a segunda se passaram pouco mais de um ano, e nessa primeira carta, o apóstolo discorreu sobre a união entre eles, ensinando-os a respeito da soberania de Deus e do corpo físico como templo do Espírito Santo (1 Co 6.19-20). Ensinou ainda sobre a natureza dos dons do Espírito Santo, sobre a celebração da ceia e sobre a ressurreição dos mortos (1 Co 2.10-11; 1 Co 11.23-30; 1 Co 15.12-49).

Em todos os seus escritos, Paulo apresenta grandes e pequenos blocos de ideias e num primeiro momento, ele expressou sobre os acontecimentos do povo israelita quando eles peregrinavam no deserto (1 Co 10.1.10).  Após isso, ele abordou sobre a importância de aplicar as experiências passadas na vida presente, de maneira didática (1 Co 10.11-15).

É natural que as pessoas mais novas se vejam como mais sábias e inteligentes que as mais velhas. Em certo sentido, isso tem lógica. Um exemplo interessante é a maneira como os mais velhos lidam com as novas tecnologias. Notebook, smartfones, tablet, celulares e tantos outros aparelhos carregam tanta tecnologia e informação que por vezes as pessoas de mais idade têm mesmo muitas dificuldades em manusear ( inclusive este escritor). Todavia, isso não acontece com os mais novos, com as crianças e adolescentes que praticamente já nasceram e cresceram neste ambiente de alta tecnologia.

Atente bem que o apóstolo Paulo estava mostrando aos integrantes daquela comunidade cristã que eles deveriam voltar os olhos e a memória para os seus antepassados, para as experiências que eles viveram e assim, se pautarem na vida presente.  Na visão do apóstolo Paulo, era extremamente importante que eles puxassem na memória que os antigos cometeram diversos erros durante a peregrinação e que esses erros  custaram o bem mais precioso que eles tinham:  a vida, acrescentada da chance de receberem a promessa que Deus havia dado. Aliás, existe no meio cristão, uma canção e uma frase muito conhecida afirmando que “ninguém morrerá sem que as promessas de Deus se cumpram em sua vida”. Ledo engano! Saiba que na peregrinação do Egito para Canaã muitos saíram do Egito debaixo de uma promessa, todavia, morreram sem ao menos pisar na terra da promessa (Nm 14.32-35). Reflita!

Hoje a mesma coisa acontece com milhares de pessoas que recebem de coração as promessas de Deus, entretanto, por circunstâncias diversas (desobediência, idolatria, incredulidade, etc) acabam ficando pelo caminho. Paulo fazia uma advertência usando as experiências do passado como exemplo para aqueles que compunham a geração presente. Pense!

Querendo ou não, raras as pessoas que usam as experiências próprias ou alheias para se guiarem nos dias atuais. Paulo não estava dizendo que os antepassados eram pessoas perfeitas e sem pecado, mas que eles em algumas situações não foram bons o bastante e não eram exemplos a serem seguidos. Há diversos relatos históricos onde a murmuração, a dureza de coração, a idolatria, a desobediência, a rebeldia e a incredulidade se tornaram mais fortes que a confiança em Deus e isso não só desagradou a Deus como gerou as consequências, tanto físicas como espirituais. Reflita!

Entenda bem que é importante ter boas referências para fazer boas escolhas e tomar decisões corretas. O novo em todos os sentidos sempre atrai, todavia, descartar instruções úteis que podem garantir o sucesso no dia presente é indicador de inteligência e sensatez, e isso nem sempre é observado. Pessoas mais novas podem até ser mais inteligentes em muitas situações, mas podem demonstrar sinais de insensatez quando não analisam os modelos do passado para decidirem no presente. Guarde isso!

Hoje pode-se evidenciar diversos casos de fracassos onde restou comprovado que o resultado seria outro se fossem observados os exemplos da geração anterior. Gente autossuficiente e arrogante, cheias de si mesma que não apreciam as experiências do passado, são prato cheio para se enquadrarem nos dizeres de Paulo. São pessoas que  tomando tombos e levando suas vidas a trancos e barrancos não valorizam as experiência de outrora. Ou seja, muitos caem física e espiritualmente, justamente porque não internalizaram que os exemplos de gente mais velha que passou por situações semelhantes, são úteis para mostrar que o caminho deve ser outro. Resumindo, o fracasso é certo quando não se considera exemplos semelhantes do passado. 

Saiba que a vida em si é um eterno aprendizado e de forma muito sábia, Deus dotou o homem de inteligência para que ele, didaticamente aprenda com situações passadas, evitando desta forma que o fracasso bata á sua porta. Entenda que utilizar exemplos e experiência própria ou alheia não só enriquece o coração, como dá oportunidade de fazer escolhas melhores. Reflita nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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