Domingo, 25 Agosto 2024 09:51

REFORMA

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“os que vivem não vivem mais para si, mas por aquele que por eles morreu e ressuscitou  (2 Co 5.15)

O apóstolo Paulo foi o autor das duas cartas cuja destinatária foi a igreja que estava na cidade grega de Corinto. Entre a primeira carta e a segunda se passaram pouco mais de um ano. Os teólogos e o historiadores tratam essa segunda carta como uma epístola muito pessoal (muito embora a considerem também doutrinária) já que nela Paulo se defende de várias acusações que lhe foram feitas. Dentre essas acusações, tem-se que ele foi acusado de ser carnal e leviano (2 Co 10.2), de ser um pregador muito ruim, embora suas cartas escritas fossem ótimas (2 Co 10.10).

Ambientando a passagem, o apóstolo Paulo faz uma abordagem sobre as motivações cristãs e nela fica implícito as características de quem se converteu à fé em Jesus Cristo (2 Co 5.13-17).

Nos dias atuais, quando alguém quer falar sobre uma igreja ideal, essa pessoa rapidamente lembra a igreja mencionada por Lucas, cujos sinais mostram que os integrantes daquela igreja oravam juntos, repartiam os alimentos e eram extremamente generosos entre si (At 4.32-37). Todavia, essas mesmas pessoas esquecem que a igreja de Corinto era totalmente contrária à de Jerusalém. Corinto era uma igreja complexa, nela haviam divisões e brigas (1 Co 1.11-12), sem falar nas trocas de acusações entre os próprios irmãos que acabavam parando nos tribunais seculares (1 Co 6.6-8). Tinham uma fé rasa e pequena a ponto de entre eles existirem pessoas que não acreditavam na ressureição (1 Co 15.12) e finalmente, naquela igreja havia pessoas que queriam batizar em favor dos mortos (1 Co 15.29).

Considere que o grande desafio não é mudar ou reformar a cultura da sociedade, o desafio tem sido reformar a mente das pessoas, porque reformando ou mudando a mentalidade, elas podem mudar seus comportamentos. Essa reforma interna ou transformação do coração foi denominada por Jesus como um novo nascimento e o próprio Jesus mencionou essa mudança quando teve um encontro com o fariseu Nicodemos (Jo 3.1-9). Essa transição acontece quando a pessoa é convencida da vida errada que desagrada a Deus e abre mão de determinadas posturas e comportamentos mundanos para viver conforme as verdades cristãs, contidas na bíblia.  É literalmente dar uma reviravolta na vida, promover uma reforma espiritual.

Essa renúncia, de caráter individual, implica no abandono das atitudes contrárias às verdades bíblicas e mostra que o evangelho, de forma comparativa, atuou na troca de governo. Sai o governo carnal e entra o governo espiritual. Ou seja, houve uma troca de gestão. Resumindo, o evangelho tem a capacidade de proporcionar grandes e profundas transformações na alma humana, de forma ilustrativa é como dar uma virada de chave, abrindo uma porta espiritual. Reflita!

A quase totalidade das pessoas que professam a fé cristã tem como missão, declarada ou não, a divulgação do amor e da graça de Deus. Isso é ótimo, afinal de contas, a fé cristã apresenta um Deus amoroso que perdoa os pecados, tira a culpa, transforma o coração, liberta o indivíduo das amarras do pecado e ainda concede a vida eterna. Entretanto, esse pensamento de que todos desejam essa mudança nem sempre é uma verdade. Existem muitas pessoas que não querem realmente mudar de vida, não querem viver uma nova história, não querem se libertar dos vícios, do álcool, das drogas  e nem da vida miserável que levam. Enfim, mesmo com tantos benefícios de uma nova vida espiritual, elas escolhem a vida longe dos bons caminhos de Deus, optando pelo distanciamento espiritual.

A narrativa de Lucas mostra que o apóstolo Paulo esteve na cidade de Éfeso e lá ele ficou três meses, anunciando a salvação pela fé em Jesus. Falou da salvação, do perdão dos pecados e certamente falou de uma nova vida espiritual em Cristo. Houve conversões, mas também muitos rejeitaram a mensagem e ainda o criticaram. Lucas diz que Paulo saiu dali, abandonando-os e foi falar de Jesus a quem realmente ansiava dar uma virada na vida, aceitar viver uma nova vida espiritual (At 19.8-9).

“os que vivem não vivem mais para si, mas por aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (2 Co 5.15). Acolhidos pelo evangelho, convencidos da vida errante, convencidos do juízo que virá e sabedores que somente o sacrifício de Jesus é que satisfez a justiça de Deus, hoje milhares de convertidos vivem uma existência dedicada totalmente a Cristo. Isso é uma grande verdade. Entenda que aos que receberam o evangelho como novidade de vida, o receberam por meio da cruz de Jesus e por isso entendem no coração que vivem para Cristo em todos os sentidos. A vida de outrora era caracterizada pelas práticas mundanas da rebeldia, da rebelião, da agressividade, repleta de violência, dominada pelos vícios, etc, porém, vivendo hoje para Deus, logicamente que aquelas realidades do passado não existem mais. Houve um ganho considerável quando se promoveu a reviravolta espiritual. Reflita!

Compreenda, portanto, que quem vive para Deus assume o compromisso de ser pessoas melhores, de ser um cristão melhor, ser mais pacificador e jamais divisor, e a única forma para ser tudo isso é ‘morrendo’ para o mundo e suas práticas e vivendo uma existência física para Deus, perfeito? Abraço forte.

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida e seus projetos.

Milton Marques de Oliveira - Pr

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