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Milton Marques de Oliveira
PRÊMIO
PRÊMIO
“..corram de tal modo que o alcanceis..” ( 1 Co 9.24)
O apóstolo Paulo escreveu duas cartas para a igreja que estava na cidade de Corinto. Na primeira carta, ele deu instruções diversas, advertiu contra o pecado que havia se infiltrado na vida de alguns irmãos, falou sobre o perigo das divisões internas que eles estavam praticando, ensinou sobre a multiforme ação do Espírito Santo em conceder os dons e ainda conceituou sobre o amor. Enfim, a primeira carta é tudo isso e muito mais.
Escrevendo sobre a evangelização e a vida em Cristo, Paulo aborda sobre a recompensa de ser cristão, comparando a jornada cristã com o atleta que corre uma maratona (1 Co 9.14-27).
Atente que nos dias atuais, praticamente todas as atividades que o homem realiza, existe o cumprimento da performance, existe a busca pelo resultado e pior que isso, tem-se ainda a obrigação do atingimento da meta que foi proposta. Se tem uma classe que domina a palavra meta, essa é a classe dos vendedores. Entra mês e termina mês e, lá estão estes profissionais fazendo cálculos e arrumando estratégias para bater a meta e ganhar o prêmio que foi proposto aos que alcançarem o objetivo.
Veja bem que a vida daqueles irmãos em Corinto, ainda novos na fé, e enfrentando toda sorte de dificuldades e perseguições era mesmo uma existência, digamos, turbulenta. A desistência em prosseguir seguindo Jesus era acentuada pelas adversidades e mesmo com o apoio espiritual do apóstolo Paulo, nem sempre eles conseguiam superar as crises e aí, infelizmente, eles desistiam da fé cristã. Para motivá-los, Paulo usou da figura de um atleta, algo conhecido de todos, para instruí-los sobre a necessidade de ficarem firmes e não se deixarem levar pelas circunstâncias adversas que eram comuns a todos. Era como se Paulo os alertasse que todos aqueles atletas se submetiam a um rigoroso treinamento para serem aplaudidos e reconhecidos no final da corrida, quando ganhariam uma coroa de flores que, no dia seguinte, certamente estaria seca e murcha (1 Co 9.25).
Nesse sentido, na visão de Paulo, implícito à essa situação, estava a disciplina que eles deveriam praticar, sob pena de não serem recompensados. Afinal de contas, nas atividades esportivas, a disciplina nos exercícios e na execução física da atividade em si é peça fundamental para ser vitorioso. E na vida cristã acontece a mesma coisas, é necessário buscar pela disciplina em submeter as nossas vontades e desejos debaixo da direção do Espírito Santo para que o objetivo ser alcançado. O objetivo da disciplina é levar o crente a vitória, porque sem disciplina a derrota é apenas uma questão de tempo, considere isso!
A bem da verdade, os cristãos fazem parte de uma sociedade que a palavra disciplina causa muita aversão, tanto que os legisladores criaram leis e regras com a finalidade de impor limites às pessoas e nem isso tem resolvido as desavenças pessoais. Traga isso para os dias atuais e considere que nessa vida terrena, assim como inúmeros profissionais e como milhares de atletas, todos crentes precisam ter metas a serem buscadas. E para isso mais que necessário, é preciso conhecer os objetivos, saber aonde se deseja chegar. Noutras palavras, ninguém tem uma existência física sem um objetivo a ser atingido, ninguém conduz sua vida indo do nada para lugar nenhum. Reflita!
".. tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolha, portanto, a vida, para que você viva e também sua descendência" (Dt 30.19). Essa narrativa de Moisés ao povo Israelita, Deus usava Moisés para dizer o que eles iriam perder caso não escolhessem a sugestão de Deus. Noutras palavras, o grande chamado de Deus aos homens jamais esteve fundamentado na derrota ou no castigo, a meta a ser alcançada sempre foi a vida e a vitória e foi justamente com esse pensamento que Paulo argumentou à igreja de Corinto que a busca é pelo prêmio, é pela recompensa, a busca é ganhar a vida eterna com Jesus no céu. Pense nisso!
Portanto, ter metas espirituais é salutar, ter metas espirituais a serem buscadas é primordial na caminhada cristã. Se esforce, faça valer o sacrifício de Jesus que, mesmo diante da dor, do sofrimento e do escárnio, não desistiu de enfrentar a cruz e venceu a morte. E você, amigo leitor, era a motivação de Jesus ir até o fim. Amém? Abraços
Jesus Cristo Filho de Deus te abençoe, hoje e sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
CARÁTER
CARÁTER
“por que fazeis isso? Tenho ouvido de todo este povo sobre o vosso mau procedimento!” (1 Sm 2.24)
A narrativa do primeiro livro de Samuel apresenta o milagre do nascimento do próprio Samuel, cuja mãe de nome Ana era estéril. O livro apresenta as ações governamentais do rei Saul, seus acertos e desacertos, diz sobre a luta de Davi contra o gigante filisteu Golias e a nomeação divina do jovem Davi como futuro rei de Israel (1 Sm 16.1-13). Quando da tradução das Sagradas Escrituras da língua hebraica para o grego, os tradutores judeus entenderam ser necessário que aquele único volume de Samuel fosse dividido em duas partes, ficando como se conhece nos dias de hoje: primeiro e segundo livro de Samuel.
O contexto da narrativa mostra que o sacerdote Eli julgava Israel na cidade de Siló, mesmo local do tabernáculo de Deus. Ele tinha dois filhos que oficiavam como sacerdotes no mesmo lugar, entretanto, ambos tinham péssimo comportamento e isso atraiu o juízo de Deus contra os três, pai e filhos e uma quarta pessoa, a esposa de Fineias (1 Sm 2.12;4.21-14).
Infelizmente, a sociedade atual enfrenta dias de intensa dor e sofrimento devido aos comportamentos de seus próprios integrantes. A falta de caráter em todos os setores sociais parece ser mais comum do que se imagina. Atos de corrupção, fraudes e enganos, furtos e roubos, abusos e depravações, violências e finalmente a morte, permeiam a sociedade de um canto a outro. Ambientes familiares que até então eram vistos como baluartes e fortalezas da moralidade também foram atingidos e hoje, não existem ambientes que tem forças para resistir aos ataques do mal.
A narrativa diz que o profeta e sacerdote Eli possuía dois filhos, que o substituiu no ofício sacerdotal, todavia, ambos eram homens sem caráter e suas ações e práticas no tabernáculo eram péssimas. Veja que eles desviavam os recursos, se prostituíam com mulheres no interior do tabernáculo, tomavam a forças as carnes dos sacrifícios e nada os fazia parar em seus intentos. Interessante que isso chegou ao conhecimento de Eli e ele os advertiu verbalmente, mas essa repreensão de nada resolveu. Ambos continuavam na vida maluca fazendo as mesmas coisas.
“Todavia, plantastes a impiedade, colhestes a malignidade;” (Os 10.13). Essas palavras do profeta Oséias foram ditas ao povo de Israel numa clara referência de que as ações do tempo presente encontram perfeita ressonância com as ações do passado. Ou seja, os filhos de Eli, Hofni e Fineias pagaram com suas vidas por seus atos contra Deus no tempo passado. E nem mesmo o velho patriarca escapou, já que o julgamento de Deus foi aplicado sobre sua família. Lamentavelmente, o sacerdote Eli sentou no banco dos réus, não por aquilo que tenha feito, mas foi julgado e sentenciado por aquilo que seus filhos fizeram. Eli pagou um alto preço devido o seu silêncio e comportamento paternalista. Para arrematar a desgraça, a esposa de Fineias em trabalho de parto veio a falecer, sobrevivendo a criança (1 Sm 4.18-22). Reflita no estrago que o pecado traz!
O profeta Eli teve conhecimento do mau-caratismo de seus dois filhos, mas não os repreendeu com autoridade de pai, apenas fez atos suaves de reprovação, sem fazer forças para interromper as ações erradas que eles praticavam. Tem-se aqui que o pai Eli demonstrou fraqueza ao lidar com seus filhos e isso, evidentemente, trouxe a morte como resultado do mau caráter que ambos tinham seus corações.
Compreenda bem que pessoas de bom caráter exalam confiança em suas ações. São pessoas compromissadas e dignas de serem elogiadas. Até porque, em muitos ambientes, as distorções do caráter tem causado muito males, principalmente nas famílias onde começa o aprendizado das crianças e adolescentes. Pais desprovidos de caráter tem reproduzido filhos com as mesmas características e isso adoece e enfraquece a sociedade, trazendo transtornos e gerando graves consequências. Reflita!
Encerrando, quando detectado, o mau caráter é algo que preciso ser corrigido, tratado e acima de tudo restaurado. Essa distorção precisa ser extinguida sob pena de ganhar espaço nos ambientes familiares e causar impactos em muita gente. E como sempre, a cura dessa enfermidade está em Jesus, está no abandono da passividade e na ativação de um relacionamento profundo e íntimo com Deus, na busca incessante em oração para o fortalecimento espiritual e Deus entrará com a providência curativa (Mt 6.6). Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
LIBERDADE
LIBERDADE
“Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele. Perguntou então Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?” (Jo 6.66-67).
O quarto evangelho foi escrito pelo discípulo João, conhecido pescador que se tornou o discípulo amado e em seu evangelho, João apresenta Jesus como o Filho de Deus que se fez homem e habitou entre nós. João era filho de Zebedeu, irmão de Tiago, outro pescador que também foi discípulo de Jesus. Sabe-se que eles abandonaram os barcos, as tralhas de pescas e suas atividades econômicas para estarem com Jesus. A narrativa do evangelho de João, diz que ele escreveu para que todos creiam que Jesus é o Filho de Deus e, crendo, tenham vida por meio do nome de Jesus. Certamente aqui está a essência da via cristã: ter vida em Jesus (Jo 20.31). João escreveu ainda três cartas e o livro escatológico de Apocalipse quando esteve deportado na ilha grega de Patmos.
Contextualizando a passagem, Jesus havia ministrado para várias pessoas, tidas como seus discípulos. Era um discurso duro sobre o preço de segui-lo. Após aquele momento, muitos desistiram e abandonaram Jesus (Jo 6.44-66).
Perceba que existem pessoas que apreciam dominar e aprisionar outras pessoas, que seja por meio do medo, por meio de chantagens, seja pela imposição de ideias e por aí vai uma infinidade de situações onde alguém se impõe sobre alguém. Mas entenda que a individualidade e a autonomia das pessoas é algo que deve ser respeitado e até estimulado, afinal de contas, a liberdade de fazer escolhas, mesmo que sejam equivocadas é um negócio de grande valor.
Jesus teve diversos confrontos verbais com os grupos religiosos de sua época. Fariseus, escribas e saduceus eram grupos que dominavam e impunham às pessoas regras e mais regras e, nesse sentido, Jesus se tornava inimigo capital de todos eles. De forma clara, Jesus ensinava, abria o entendimento das pessoas e isso era o fim do mundo para os religiosos e legalistas que impunham regras ao povo, aprisionando-os. Saiba que no evangelho de Mateus existe todo um capítulo dedicado aos fariseus, onde jesus os chama de hipócritas (Mt 23), mas de forma semelhante, Jesus também criticou seus seguidores que o seguia movidos por questões materiais e de interesse físicos (Jo 6).
Em seus ensinamentos, Jesus não impunha sua doutrina ao povo. Eles tinham a livre decisão de ouvir, processar as palavras e daí fazer suas escolhas, ou seja, Jesus acatava perfeitamente a autonomia de cada homem e de cada mulher, valorizando suas capacidades de decidirem por si mesmo o melhor caminho e fazer as melhores escolhas. Noutras palavras, eles eram livres, Jesus não adulava seus seguidores com a finalidade deles o seguirem. Jesus não demonstrava nenhum medo de perdê-los, não demonstrava receio de usar duras palavras que iam de encontro às suas culturas, mas de forma contrária, Jesus falava verdades que abria o entendimento deles e eles, após escutarem essas verdades, tinham total liberdade de escolherem, entre permanecer com Jesus ou não permanecer. Num termo atual, Jesus não ‘passava pano’ na cabeça de ninguém. Reflita!
Após ouvirem de Jesus que eles deveriam beber seu sangue e comer sua carne, muitos de seus seguidores se escandalizaram por não entenderem perfeitamente o que na verdade, Jesus queria dizer. Jesus ensinava que comer de sua carne e beber de seu sangue, era o alimento que iria nutrir seus corações, alma e espírito com sua divindade (Jo 6.44-67). E por não entenderem desta forma, muitos simplesmente abandonaram Jesus e não se vê no texto, o mesmo Jesus, com ares paternais, indo atrás daqueles que o deixaram. Entenda que Jesus não monopolizava seus seguidores, o discurso do discipulado era dado e todos eles sem exceção tinham autonomia para ficar com Jesus ou simplesmente, ir embora. Guarde isso! Nesse sentido, considere nos dias atuais a perversidade de muitos homens e mulheres que aprisionam mentalmente outras pessoas, dominando-as com palavras e fazendo delas verdadeiros serviçais, como se sobre elas tivesse algum direito. Fuja desses manipuladores!
Compreenda que o evangelho veio para confrontar homens e mulheres quanto aos seus comportamentos e atitudes que contrariam os mandamentos de Deus. Assim, pecar contra Deus, cometer toda sorte de transgressão, praticar a idolatria e viver uma ‘vida doida e maluca’ em desobediência a Deus e não ser questionado por suas posturas não vai trazer e nem proporcionar nenhuma mudança espiritual. A bem da verdade, a vida cristã implica em renunciar as práticas mundanas, pois sem renúncias, não existe maturidade e muito menos crescimento espiritual. Compreenda que Deus exerce a paternidade, mas não exerce o paternalismo, ou seja, para Deus pecado continua sendo pecado e santidade continua sendo santidade, Deus te liberta e requer do homem livre vida em santidade. Nesse ponto, não existem meios termos. Amém? Abraços
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
MANIPULADORES
MANIPULADORES
“Ninguém vos domine a seu bel-prazer…” (Cl. 2.18)
A carta aos Colossenses foi escrita pelo apóstolo Paulo e faz parte do conjunto denominado ‘Cartas Paulinas’. A comunidade cristã na cidade de Colossos não foi plantada por Paulo, aliás, nem lá ele chegou a ir nas viagens missionárias. Provavelmente, essa comunidade foi criada por judeus e gregos que ouviram a pregação do Evangelho na Ásia e por ali se estabeleceram, como Epafras (At 19.10). Mas como toda igreja que se formou naquela época, seus integrantes vinham do paganismo, vindo daí a frase de Paulo que todos eles eram estranhos e inimigos no entendimento (Cl 1.21).
O contexto da passagem diz sobre a abordagem de Paulo contra o misticismo, uma prática que era comum naquela época e, infelizmente ainda hoje, em pleno século 21, é por demais praticada (Cl 2.18-23).
Considere que existem muitas pessoas que devido a sua criação, devido a cultura ou mesmo por outras causas, vivem debaixo de ordens de outras pessoas. Não se fala aqui de instituições onde a hierarquia e a disciplina são a base de sua existência, mas a abordagem é de situações onde a manipulação pessoal é exercida para proveito particulares.
Aquela pequena comunidade cristã de Colossos tinha pouca ou nenhuma experiência de vida cristã, seus membros eram pessoas comuns do povo, quando muito, eram pessoas que devido às circunstância da vida, não tinham tanto conhecimento das Sagradas Escrituras e tudo o que eles sabiam ou que chegavam ao conhecimento deles, vinham de pregadores itinerantes que anunciavam corretamente Jesus Cristo, anunciavam o seu sacrifício, sua morte e ressurreição, mas esses homens que vinham da distante Palestina, mesclavam suas pregações com os ritos judaicos e uma dose de misticismo com a finalidade de dominar sobre os ingênuos irmãos de Colossos. Imagine isso!
O que preocupava o apóstolo Paulo era que os integrantes daquela igreja fossem enganados e por meio dessa fraude mística e ao mesmo tempo religiosa, eles fossem dominados, manipulados e o resultado desta enganação seria desastroso. Ao dizer àquela igreja que ninguém os dominasse, era como se Paulo gritasse e mostrasse em um desenho, que eles, irmãos colossenses foram libertos de seus pecados, foram resgatados da escravidão e do domínio de Satanás, mas agora, ao acreditarem na falsa espiritualidade daqueles pregadores itinerantes, eles estavam voltando ao domínio e a escravidão. Ou seja, Jesus os havia libertado, Jesus os havia tirado do mundo hostil e dominador, não haviam mais razões para aceitarem novamente uma pesada carga vindo de gente enganadora (Gl 5.1).
Considere que Paulo menciona até “culto aos anjos”, apontando até onde pessoas manipuladoras e/ou dominadoras podem fazer para impressionar quem se submete a tais crenças. E lembre-se que tudo os que pregadores judaicos faziam, era nada mais que buscar satisfazer seus interesses pessoais. Compreenda que espiritualidade por demais pode ser sinal de muita emocionalidade.
Veja que nos dias atuais, há um crescente número de pessoas que desejam dominar e manipular seus semelhantes. Que seja por meio de visões, que seja por meio de palavras proféticas e até mesmo por meio de relatos de testemunhos e milagres criados por sua própria inteligência. São pessoas que no fundo se mostram doentes, são carentes emocionais e por meio dessas artimanhas, prendem e manipulam seus ouvintes, alegando uma espiritualidade inexistente. No fundo aqueles pregadores itinerantes se passavam por humildes para depois dominarem a igreja!
Perceba que o evangelho é simples e por ser simples, há chances reais da pessoas perderem a sua essência. Lamentavelmente, existe uma química, uma atração e encantamento pelo mágico e é disso que muitos aproveitam para cometer toda sorte de fraude espiritual, dominando e manipulando aqueles que, honestamente, acreditam. É ser enganado em nome de Deus. O evangelho não precisa de mágica. Guarde isso! Aqueles homens que iam de igreja em igreja sempre acrescentavam um negócio novo à salvação, se achavam melhores e mais capazes espiritualmente, se intitulavam detentores de novos conhecimentos e isso era a chave para abrir as portas da fraude.
“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” (2 Co 11.3). Compreenda que todo dia surgem pessoas enganadoras, sedentas e dissimuladas para confundir gente incauta e inocente, gerando insegurança espiritual, criando situações embaraçosas, exigindo fidelidade para daí, dominar e manipular. Entenda que desde os tempos antigos, Satanás tem investido no engano e na fraude, visando confundir a simplicidade do evangelho e embaraçando a mente das pessoas, afinal de contas: “E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz” (2 Co 11.14). Forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida,
Milton Marques de Oliveira - Pr
07/10/2025 - CULTO "FÉ & VIDA"
05/10/2025 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
04/10/2025 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
30/09/2025 - CULTO "FÉ & VIDA"
INCOERÊNCIA
INCOERÊNCIA
“Todas as suas obra, eles fazem a fim de serem vistos pelos homens.” (Mt 23.5)
Mateus foi discípulo de Jesus e ao ser chamado para segui-lo, não pensou duas vezes. Simplesmente largou sua função de cobrador de impostos onde certamente tinha um bom salário, deixou o status da função pública, deixou suas mordomias e regalias da profissão para começar um novo estilo de vida (Mt 9.9). O Evangelho de Mateus foi escrito aos seus compatriotas judeus e para isso, com sabedoria, ele apresenta Jesus como filho de Davi e filho de Abraão (Mt 1.1; Mt 12.23).
Algumas pessoas se reuniram e Jesus começou a ensiná-las, mostrando as características do farisaísmo, grupo religioso que alegava ter a interpretação completa das Sagradas Escrituras (Mt 23.1-12).
O sentido da vida de muita gente nos dias atuais é a exposição de si mesmas, com o agravante de não ter limites nessa exposição. Com o advento da internet e consequentemente das redes sociais, essa exposição se transformou num negócio, num empreendedorismo e isso parece ser um caminho sem volta. Fotos e vídeos são simplesmente jogados nas redes sociais, ora ofertados gratuitamente e ora comercializados, mas em ambos casos o resultado disso nem sempre pode ser favorável. Brigas, discussões, inimizades e até mesmo mortes tem sido observado nesse grande e perigoso mundo da exposição humana.
Atente que a religião judaica se fundamentava na correta aplicação da lei de Moisés. O judeu tinha um conjunto de normas e regras que ele deveria cumprir e isso nem sempre era muito fácil de ser obedecido. Num momento ou outro ele acabaria caindo numa transgressão e o grupo religioso dos fariseus era o fiscal da lei e, mais que fiscais, eles ainda conseguiam criar novas regras orais, impondo ao povo uma dura e pesada carga da doutrina judaica. Reflita!
Nesse sentido o fariseu se enxergava como um perfeito homem cumpridor de seus deveres para a com a religião e para isso, era necessário expor sua religiosidade e consequentemente expor seu perfeccionismo. Ou seja, nessa busca insana de ser visto e até mesmo idolatrado pelos demais, o típico fariseu envidava esforços para ser aprovado pelos seus pares e galgar postos mais elevados na hierarquia religiosa.
“Nada façais por partidarismo ou vanglória.” (Fp 2.3). Na carta que o apóstolo Paulo escreveu à igreja que estava na cidade de Filipos, ele deixou escrito algo semelhante aos ensinos que Jesus havia dado aos seus ouvintes: não busquem a glória de si mesmos. Ou seja, não façam esforços no sentido de serem aplaudidos e reconhecidos pelos homens, mas antes, busquem ser reconhecidos diante de Deus. Veja que nenhum fariseu, desde o menor ao maior, buscava efetivamente ser visto aos olhos de Deus, mas lutavam entre si para ganharem os holofotes e assim, se sentiam plenamente satisfeitos em seus inflados egos.
A vanglória tem estreita relação na busca pela primazia, pela importância no cenário ou no ambiente para obter a promoção pessoal. Infelizmente, isto acontece não somente nos ambientes públicos, mas também dentro das igrejas, onde uns e outros se acham mais espirituais que os demais ostentando seus dons e talentos, todavia, a vanglória é nada mais que uma glória inútil, que não presta para nada.
Considere que a hipocrisia era o principal item da religião dos escribas e fariseus. A vida deles era aparentemente impecável diante da sociedade, porém, nada mais era que um desfile de máscaras. Exteriormente, eles expunham uma vida perfeita, todavia, suas obras e seus comportamentos eram fraudulentos quando se analisava as suas reais motivações.
Veja bem que fazer esforços para ser correto na vida, executar atividades com esmero e dedicação tem o seu lado positivo e creio que isso até deve ser estimulado, todavia, há que se considerar que a busca pela perfeição é uma ilusão e pode se transformar numa arapuca. Os fariseus não conseguiam enxergar outra coisa que não fosse a busca pela promoção pessoal por meio de suas obras, e o apóstolo Paulo disse que, ele, outrora fariseu extremado e exímio cumpridor das regras judaicas, agora conhecia os seus limites na busca pela perfeição (Fp 3.12). Paulo chegou a conclusão da inutilidade de seus esforços pessoais quando reconheceu a obra redentora do sacrifício de Jesus (Fp 3.7-9). Pense nisso!
Finalizando, compreenda que o evangelho veio livrar o homem de seu orgulho e de sua soberba, veio mostrar que seus esforços pessoais para ser reconhecido e aplaudido em nada contribui para sua salvação. De forma contrária, isso o afasta ainda mais de Deus. Hoje, mais que nunca, a busca deve ser pela glória de Deus, pela presença do Espírito Santo. Noutras palavras, a busca é ser reconhecido e visto por Deus, amém? Abraços.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr