Você está na NOVA Galeria de Fotos do nosso site.
As fotos à partir de Novembro/2014 estão aqui, mas você ainda pode acessar as fotos da antiga Galeria de Fotos.

 

 

Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 19 Outubro 2024 22:02

CULPA

CULPA

“Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram…" (Ez 18.2b)

Considerando a narrativa do livro na primeira pessoa, tem-se que o profeta Ezequiel foi o autor do livro que leva o seu nome. A história mostra que Ezequiel fazia parte de uma família sacerdotal e foi conduzido cativo pelo rei Nabucodonosor quando os caldeus invadiram Jerusalém e levaram não só o rei Joaquim, mas todos os integrantes da família real e os cidadãos mais habilidosos (2 Rs 24.10-16). Ezequiel permaneceu em terras Babilônicas e lá ele profetizou aos seus compatriotas.

Contextualizando essa passagem, tem-se que ela está inserida numa grande narrativa do profeta abordando a justiça de Deus e a responsabilidade individual das pessoas diante das transgressões contra o próprio Deus. A responsabilidade e a culpa eram assuntos que incomodavam bastante os judeus que estavam em terras estranhas (Ez 18).

Abordar a responsabilidade individual frente às transgressões tem sido um tema que gera incômodos de toda ordem. Punir alguém por um erro cometido por outra pessoa é no mínimo falta de bom senso. Afinal, a palavra de Deus diz que com ele não se brinca, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará (Gl 6.7).

Naquela época, havia um ditado ou um provérbio em Israel falando que os dentes dos filhos estavam sensíveis porque os pais comeram uvas verdes, ou seja, os filhos foram punidos por erros de seus pais. E era esse o questionamento dos judeus que estavam na condição de escravos na Babilônia. Essa situação era questionada por todos aqueles que não cometeram nenhum ato de desobediência contra Deus e estavam ali cumprindo uma pena. Ou seja, eles indagavam criticamente sobre a visão de que o juízo que eles estavam sofrendo era resultado dos pecados da geração passada, quando alguns deles, nem vivos estavam. Pense!

Considere que toda pessoa é dona de seu próprio destino e sabedora dessa verdade não restam dúvidas sobre a responsabilidade individual pelas suas próprias ações. Assim, o que se percebe é que muitos dizem por aí que Deus derrama sobre os filhos as consequências dos pecados dos pais, todavia, a palavra diz que se um filho de pai infiel e desobediente ver as obras perversas de seu pai, mas temer a Deus e caminhar sua presença nada daquilo que o seu pai fizer virá sobre ele como efeito do pecado paterno. Foi justamente isso que o profeta Ezequiel discursou em sua mensagem ao povo de Israel daquele período citando instruções de Moisés (Dt 24.16). A culpa é individual e intransferível!

Na época do profeta Ezequiel, grande parte dos integrantes da nação israelita tinha sido deportada na condição de servos para as terras da Babilônia e aqueles judeus que estavam agora na condição de escravos, se queixavam dizendo exatamente o ditado das uvas verdes (Ez 18.2b). Achavam eles que era injusto que estivessem pagando pelo pecado da idolatria dos seus pais. Comparativamente, seria caso do pai ingerir bebidas alcóolicas e os filhos sofrerem com os efeitos do álcool. E foi por meio do profeta Ezequiel, que Deus afirmou que a responsabilidade é pessoal e individualizada (Ez 18.4b, 20). Reflita!

“Sabendo que não foi por ouro nem prata, que fostes resgatados do vosso fútil comportamento que vossos pais vos legaram”. (1 Pe 1.18). Traga isso para os dias atuais e entenda a obra de Jesus feita na cruz do calvário rompe o ciclo de comportamentos e atitudes familiares, trazendo a libertação a todos os que por meio da fé, compreendem que estão livres de quaisquer sentenças do passado, inclusive de seus antepassados. Noutras palavras, o cristão de hoje, regenerado, selado pelo sangue do cordeiro, tem seus laços rompidos com o passado, inclusive com todas as implicações espirituais da vida errada dos seus antepassados, pois, arrependido, ele veio a Cristo com fé. Não tem nenhuma lógica entender que o sacrifício de Jesus atua pelas metades ou que para uns funciona e para outros não vale nada!

Pendurado na cruz, Jesus reconheceu a fé de um ladrão e em nenhum instante indagou sobre o seu passado. Quebrantado, arrependido, ele ganhou sua salvação por um ato de fé. Falar e apregoar o sacrifício de Jesus sem processar perfeitamente os efeitos da justiça de Deus é simplesmente minimizar os perfeitos benefícios da cruz. Cristo não morreu em vão! Considere que toda e quaisquer condenação que pesava sobre a humanidade foi tirada totalmente quando Cristo se sacrificou. Noutras palavras, a humanidade tinha uma dívida com Deus e ela foi quitada na sua totalidade por Jesus (Cl 2.13-15; Gl 3.13). Se o sacrifício de Jesus foi eficaz, eficiente e suficiente para livrar o homem, porquanto pecador da maldição da lei dada por Deus, imagina se não seria sobre os pecados e pactos do passado?

Portanto, entendo que sentenciar alguém por um erro do outro, seria uma injustiça e Deus é praticante da reta justiça. Embora existam outros entendimentos, inclusive este escriba os respeita, o sentido aqui não é criar polêmicas, mas a responsabilidade é de quem praticou a transgressão e isso foi apresentado desde Moisés, quando ele estabeleceu a lei (Dt 24.16), corroborando com a narrativa do autor do livro de Samuel, em um episódio envolvendo vingança (2 Rs 14.6). O próprio profeta complementa sobre a responsabilidade: “O pai não levará a iniquidade dos filhos, nem os filhos a iniquidade dos pais” (Ez 18.20). Cada um deverá responder diante de Deus pelas decisões assumidas e pelos atos praticados. Importante entender que ser cristão não é uma questão de DNA ou hereditariedade, mas é necessário que cada homem assuma sua posição, mantendo continuamente uma vida de temor e reverência diante de Deus. Resumindo, o desejo de Deus é que o perverso se converta dos seus caminhos errados por meio do arrependimento e confissão e assim, que ele viva, pois nenhuma culpa das iniquidades de seus antepassados recairá sobre ele (Ez 18.19-23). Abraço grande

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe,

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Domingo, 13 Outubro 2024 23:26

13/10/2024 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Sábado, 12 Outubro 2024 13:06

CASTIGO

CASTIGO

“Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra.”  (Dt 28.1).

O livro de Deuteronômio, escrito pelo profeta Moisés faz parte do conjunto conhecido por Pentateuco, e nesse conjunto estão inclusos os livros de Gêneses, Êxodo, Levíticos e Números, cujas autorias é atribuída a Moisés. Deuteronômio é uma revisão dos grandes discursos de Moisés dados ao povo Israelita que estava na iminência de adentrar nas terras de Canaã. “Ouve, ó Israel; Javé nosso Deus é o único Deus.” (Dt 6.4). Essa frase é por demais conhecida e está justamente nesse livro de Deuteronômio, e faz parte do dez mandamentos (Ex 20.2-3).

Ambientando a passagem acima, tem-se que Moisés reuniu as doze tribos de Israel e por meio de citações de bênçãos e maldições, eles aprenderiam a fazer escolhas do seu futuro por meio da obediência ou da desobediência a Deus (Dt 28).

Veja bem que cabe ao homem fazer suas escolhas e tomar as decisões. Se optar pelo que é correto e certo, certamente que herdará o bem e de forma contrária, se fizer escolhas para trilhar caminhos errados, obviamente que colherá o mal. Simples assim em todos os cenários, sem meios termos.

Considere que o povo de Israel estava prestes a tomar posse das terras que foram dadas por Deus em possessão definitiva. Haviam sido libertos da escravidão no Egito por longos quatrocentos trinta anos. Muitos israelitas nasceram na escravidão, constituíram famílias como escravos e morreram escravos, mas agora Deus estava colocando-os em uma terra e para isso era necessário dar um direcionamento, colocar parâmetros e impor regras de forma que eles tivessem uma identidade como povo e como nação.

Deus estava ofertando ao povo Israelita a possibilidade de fazer boas escolhas e tomar ótimas decisões, afinal de contas, Deus não estava impondo suas regras, apenas mostrando que caso eles optassem pelo caminho errado, haveriam as consequências e essas consequências iriam trazer  grandes impactos, tanto físicos, como emocionais e logicamente, espirituais. Para o bom entendedor, era como se Deus dissesse: “Se escolher errado, o castigo virá, portanto, escolha o bem e serás feliz!”

A Bíblia é repleta de personagens que fizeram escolhas equivocadas e o castigo veio sobre eles rapidamente. O caso mais conhecido e amplamente comentado é o adultério do rei Davi. Ele não só adulterou com uma mulher casada, como ainda planejou a morte do marido dela e ainda colocou outras pessoas para colaborar no seu pecado (2 Sm 11). Davi foi perdoado de sua transgressão pecado, mas o castigo veio logo com a morte de seus filhos e outros problemas familiares (2 Sm 12.11).

Trazendo essas advertências sobre escolhas para os nossos dias, considere que não é preciso muito esforço para ver o quão distante as pessoas estão de Deus. A mídia é generosa em mostrar que o ser humano parece mesmo ter perdido o senso crítico do certo e do errado, tal a quantidade de atitudes e comportamentos em claro confronto com os mandamentos divinos. Infelizmente, dentro e fora dos ambientes religiosos, a sociedade vive um terrível estado de depravação moral e espiritual. Observe que Deus deu ao homem ótimas condições para criar inúmeras tecnologias que melhoraram substancialmente a qualidade de vida. São medicamentos que curam enfermidades, que dão longevidade e conforto, mas consciente ou não, o mesmo homem, por vezes usa essas inovações para fomentar as depravações e se distanciar moral e espiritualmente de seu Criador. Reflita!

E são justamente essas depravações que geram as consequências temporais ao homem. Deus, em sua infinita misericórdia, oferta o perdão mediante o firme arrependimento do transgressor, mas os efeitos e as consequências da transgressão são inevitáveis. É o que se chama de colheita pelo que foi plantado (Jó 4.8; Os 10.13; Gl 6.7). Diante das escolhas e das decisões que o povo israelita faria, Moisés mostrou uma lista que causa medo e arrepios. Fazendo escolhas erradas, os efeitos dessa decisão seriam desde as doenças contagiosas, passando pelas secas, perda de bens e patrimônio, perda da família e até mesmo a desordem financeira é mencionada. Tem mais coisas, a lista é grande (Dt 28).

O incrível é que Deus, conhecedor de todas as coisas, cheio de bondade e misericórdia, sabedor das dificuldades que virão diante das escolhas erradas que homens e mulheres podem fazer, aponta o caminho dando a dica para se livrarem do castigo: “escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,   amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida.” (Dt 30.19-20). Portanto, não pense duas vezes. Aceite logo a sugestão de quem sabe de todas as coisas: Deus! Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida e seus projetos.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 08 Outubro 2024 23:20

08/10/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"

Sábado, 05 Outubro 2024 11:06

SHOW

SHOW

“Quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos outros.” (Mt 6.5)

Levi, também chamado Mateus, foi discípulo de Jesus e recebeu o convite do discipulado e não fez nenhum questionamento. Apenas deixou o trabalho de cobrador de impostos, que aliás, não era mesmo bem aceito pelos seus compatriotas, deixou o salário e o poder que o cargo lhe proporcionava e seguiu o Cristo. Segundo estudiosos, o evangelho segundo Mateus foi escrito aos Judeus nos idos de 90 a 95 DC. Alguns estudiosos creem que Mateus foi escrito em grego por uma pessoa desconhecida, usando como fonte o Evangelho segundo Marcos, enquanto outros acreditam que foi Mateus quem realmente o escreveu. Mas isso é irrelevante aos dias atuais pelo primoroso conteúdo das narrativas.

O contexto da passagem está na continuação do discurso de Jesus conhecido por Sermão da Montanha. Jesus falou aos seus discípulos, ensinando-os sua doutrina e mostrando a eles sobre como se comportarem diante de diversas situações da vida em si (Mt 6).

Veja bem que está implícito na vida de muita gente o desejo de ser aplaudido, de ser reconhecido, o desejo de receber honras e o desejo de ser centro das atenções. Na vida secular isso pode ser entendido e até compreendido, considerando que existem pessoas que pelas suas realizações no esporte, na medicina, nas pesquisas e em outros campos do conhecimento realmente fazem jus a essas honras. São atos meritórios e justos, e pode-se dizer que é a aplicação da meritocracia em pleno vapor.

Saiba que Jesus fazia questão de ensinar os seus ouvintes, trazendo a todos uma nova compreensão da vida. Ensinava nas ruas, nas praias, nos campos e fazia isso com perfeição, dando aos ouvintes ilustrações de seus ensinamentos de forma que eles não aprendiam somente pela voz. Jesus usava as famosas parábolas que sustentavam sua metodologia, ilustrando a aprendizado.

Veja que o Sermão da Montanha aborda vários temas e certamente que uma das preocupações de Jesus quanto aos seus seguidores, fosse que eles não buscassem competir com ninguém, mas levassem suas vidas em harmonia e humildade. Infelizmente, a busca pelos holofotes e pelos aplausos conseguiu migrar da vida secular e atingir frontalmente o seio da igreja. Basta ver o quanto homens e mulheres correm atrás de reconhecimento e atenção, aliás, as redes sociais é apenas a ponta do problema. A busca por evidência em detrimento da fé cristã, em detrimento de amigos, colegas e irmãos tem raízes ou causas mais profundas. Reflita!

Dentre as práticas espirituais, tem-se que a oração é aquela que conecta o homem a Deus e aqui, Jesus fez um alerta que se na época era relevante, hoje também o é. Os fariseus era um grupo que observava o fiel cumprimento da lei mosaica e para isso, era importante que demonstrassem sua religiosidade perante os demais, mas Jesus os confrontou, dizendo que eles faziam isso de maneira errada. “Não faça como fazem os hipócritas … eles já receberam a sua recompensa.” (Mt 6.5-6). Noutras palavras, não sejam iguais a eles, façam suas orações de maneira correta. Nas orações não é necessário gritar, nem mudar o timbre da voz e muito menos elevar a voz ás alturas, não precisa dar murros nas paredes, porque nada disso muda o coração. O que muda o coração de Deus é arrependimento, confissão e coração quebrantado. Guarde isso!

Uma situação idêntica foi descrita pelo evangelista Lucas mostrando dois homens que oravam juntos. Um queria ser visto e buscava atenção do público, menosprezando os demais homens da cidade, que na sua boca eram ladrões e adúlteros e ainda diminuía moralmente o seu colega de oração, enquanto o outro apenas clamava por misericórdia (Lc 18.10-13). Aqueles homens que Jesus mostrou como exemplo negativo, queriam apenas e tão somente serem vistos e aplaudidos pelos demais. Usando um termo atual, eles queriam dar show. Era um ritual para ganhar visibilidade e o próprio Jesus afirmou que eles já tinham ganhado essa visibilidade quando seus gritos e gestos eram enxergados por quem estava perto. Mas o coração deles estava longe, distante, o foco das suas orações eram a busca pelos holofotes, nada mais que isso. Reflita!

Nesse sentido, traga isso para nossos dias e veja que pouca coisa mudou. Ainda existem milhares de pessoas carregadas de hipocrisia, desejosas que são pela busca incessante de aplausos, atropelando colegas e atravessando tudo aquilo que Jesus ensinou sobre humildade, aliás, não aprenderam nada. Pessoas assim, gostam de dar espetáculo, mas no reino de Deus ninguém precisa aparecer mais que Jesus (Jo 3.30). Ele é o centro de todas as coisas. Perfeito? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida e seus projetos,

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quinta, 03 Outubro 2024 10:21

01/10/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"

Domingo, 29 Setembro 2024 09:09

IMPRUDÊNCIA

IMPRUDÊNCIA

 “E daí um pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a tua fala te denuncia.” (Mt 26.73)

 

O evangelho de Mateus foi escrito aos judeus. Nele, Jesus é apresentado como rei dos Judeus, o filho de Davi e filho de Abraão (Mt 1.20). Seu nome era Levi, entretanto, se tornou em Mateus depois do chamado de Jesus para que fosse seu discípulo (Mc 2.13-14). A  história diz que Mateus era publicano, ou seja, era  um judeu que trabalhava como coletor de tributos para o Império Romano e foi chamado por Jesus enquanto estava trabalhando na coletoria. Essa atividade de cobrador de tributos de Mateus não era bem aceita pelos seus compatriotas que o tinha como traidor da nação israelita.

O contexto da passagem acima está nos momentos que antecederam a crucificação de Jesus e Pedro, embora tenha sido alertado, se associou na companhia de algumas pessoas e essas pessoas o questionaram se era discípulo de Jesus, no que ele negou, culminando na concretização da sua negação (Mt 26.69-75).

A vida em sociedade faz com que as pessoas se relacionem com uma infinidade de gente. Nas ruas, nos comércios, nas empresas, nas escolas e nas praças, sempre haverá oportunidades de estar próximo a outras pessoas, é impossível não se associar. Todavia, também é certo que existe a opção de decidir permanecer ou não junto a essas companhias.

Uma fração de tempo antes dessa parte da história envolvendo o discípulo Pedro, Jesus havia se reunido com os doze e nessa reunião, o Mestre havia falado que Pedro iria negá-lo. Nem bem Jesus acabou de falar e Pedro disse que nada disso iria acontecer, certamente ele falou firmado na confiança em si mesmo (Mt 26.35).

A narrativa diz que enquanto Jesus era interrogado pelo sacerdote Caifás, Pedro estava nas proximidades, acompanhava a situação ao longe e junto a más companhias ele realmente veio a cometer as três negações que Jesus havia predito. Negou conhecer Jesus e ainda negou sua identidade de discípulo (Mt 26.69-73). Ampliando essa situação, considere que no mundo secular, existem diversas formas de identificar uma pessoa. Muitos são identificados pela profissão, que seja o médico, o advogado, o pedreiro e a enfermeira. Outros são identificados pelos laços familiares, marido, esposa e filhos. São formas corretas de definir quem é quem, porém, ao cristão, este é identificado além de sua fé, por meio de seus comportamentos e/ou suas atitudes. Isso porque o crente não pratica determinadas ações e a sua maneira de conversar também se apresenta diferente, já que não emprega vocabulário ofensivo e nem palavras chulas. Reflita!

Aos que creem no nome de Jesus, Deus os chamou de filhos (Jo 1.12). Portanto, os crentes são filhos de Deus e se é filho de Deus, sua identificação é visível aos olhos de todos. Ora, os filhos de Deus possuem em comum a mesma fé, comungam a mesma esperança e logicamente, falam a mesma língua. E foi justamente nesse sentido que Pedro enxergou o fracasso se aproximar quando, imprudente, se associou com alguns homens. Estes maus companheiros não tinham a mesma fé e nem a mesma esperança. Ali ele sacramentou a negação de ser discípulo de Jesus. Pense nisso!

Veja bem que o apóstolo Paulo, anos mais tarde, escrevendo à igreja em Corinto,  os advertiu sobre o crente em Jesus caminhar com pessoas que não professam a mesma fé e têm comportamentos que desagradam a Deus (1 Co 15.33). Perceba que Pedro tinha o sotaque galileu, foi identificado como galileu, mas estava junto a más companhias e diante desses companheiros errados, ele finalizou o ato que maculou sua biografia. Noutras palavras, Pedro manchou seu currículo pela imprudência. Noutra oportunidade, Paulo escreveu à mesma igreja, dizendo que: “..porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?” (2 Co 6.14). Nesse sentido, compreenda que existem ambientes ou lugares que não deve ser frequentado por crentes. São lugares onde o crente vai ser contaminado e vai a negar sua fé. São lugares onde as práticas são contrárias aos princípios e valores cristãos, contrários ao modo de ser do cristão, lugares onde a linguagem não é condizente à ética cristã e à soma desses indicadores vai influenciar negativamente aquele que tem sua fé em Jesus. Resumindo, Pedro estava no lugar errado, na companhia de pessoas erradas e a história demonstrou que isso não foi bom para ele. Reflita nisso a respeito dos locais que frequenta, seja prudente!

Como é impossível não interagir com as pessoas, até porque ninguém consegue viver como um ermitão, isolado de tudo e de todos, entenda que à cada homem e à cada mulher, Deus concedeu  a inteligência e sabedoria de fazer bem as suas escolhas. Nesse sentido, escolha bem onde ir e com quem vai estar, evitando aborrecimentos futuros, amém? Abraço forte.

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Pagina 1 de 154

PUBLICIDADE