Domingo, 06 Novembro 2022 14:21

CARÊNCIAS

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CARÊNCIAS

“Então jesus disse: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”. (Jo 6.35)

João foi o discípulo que mais escreveu, sendo de sua autoria o quarto evangelho, três cartas curtas e o livro de Apocalipse. E dentre os doze discípulos de Jesus, João ficou conhecido pela sua proximidade com o Mestre e essa proximidade o transformou radicalmente. João era egoísta e não aceitava que outros homens usassem do nome de Jesus para promover curas e libertações (Mc 8.38-40). Sem a transformação espiritual, João queria orar para que descesse fogo do céu e consumisse os samaritanos (Lc 9.51-55). Mas, a mudança o fez escrever e discorrer com riqueza de detalhes sobre o grande amor de Deus aos homens (1 Jo).

O contexto da passagem acima encontra-se após Jesus alimentar cinco mil homens com dois pães e peixes, (sem contar mulheres e crianças). Esses dois alimentos foram  multiplicados e todos foram saciados. Instantes depois, alguns dos judeus que estavam na multidão, pediram que Jesus operasse algum sinal, para que eles crescem. Daí, surgiu a afirmativa de Jesus que mais importante que o alimento físico, é o alimento espiritual (Jo 6.29-36).

Em meio ás centenas de assolações que invadem a mente de homens e mulheres mundo afora, creia que a incerteza depois da morte está entre elas, trazendo inquietações profundas. E essas perturbações trazem impactos profundos na alma humana, gerando toda sorte de incredulidade.

Conforme a narrativa de João, logo depois de alimentar a multidão, Cristo se dirigiu com seus seguidores para a cidade de Cafarnaum (Jo 6.24). Mesmo tendo atravessado o mar utilizando um barco, muita gente ainda foi atrás dele, certamente que maravilhados pela operação do milagre dos pães que ocorrera no dia anterior. Jesus, olhando profundamente para o interior daquelas pessoas, os repreendeu por estarem com a motivação equivocada, pois eles estavam indo atrás de Jesus interessados em alimentar o estômago, em receber apenas coisas materiais e temporárias. Reflita nisso!

Reunidos para ouvirem Jesus, o Mestre discorreu com eles sobre os fatos anteriores, afirmando que eles deveriam lhe dar crédito. Nisso um da multidão lembrou que Deus havia alimentado seus antepassados no deserto com o maná e essa foi a oportunidade ótima para Jesus discursar que o maná alimentou os israelitas no deserto, mas ele, Jesus, era o pão da vida, o alimento espiritual e que esse sim, deveria ser priorizado, em detrimento das coisas materiais (Jo 6.31-33).

Transporte essa abordagem para os dias atuais e nem é preciso fazer nenhum esforço para entender a grande semelhança com essa geração. Perceba que só mudou a geografia, mas os interesses e as motivações humanas continuam as mesmas. Ainda se vê com muita frequência que as pessoas estão mais interessadas somente no que Deus pode dar em termos de bênçãos físicas. É justamente com essa finalidade que centenas de milhares de cristãos ainda procuram por Jesus. Ou seja, as inquietações das pessoas não mudaram, elas continuam as mesmas. Poucos se preocupam em alimentar o espírito para terem vida em Cristo almejando a recompensa da vida eterna. Muita gente ainda corre atrás de Jesus unicamente pelas benções físicas que ele pode dar. Pense!

Compreenda bem que naquela multidão, haviam pessoas que tinham ouvido e/ou presenciado os grandes milagres que Jesus fez. A cura de aleijados, a libertação de pessoas dominadas por espíritos malignos, a transformação da água em vinho, a cura dos cegos e tantas outra coisas mais, mas mesmo assim, a multidão não se convencia de que Jesus era o Salvador, era o Messias que viria para trazer a libertação espiritual e não a libertação da Palestina da opressão romana. Noutras palavras, por não estarem plenamente convencidos, Jesus era apenas um homem comum e nunca poderia ser o  Filho de Deus que veio para reconciliar o homem com o seu Criador.

Eu Sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6. 35). Compreenda que as incertezas, inquietações e inseguranças quanto ao que virá depois da morte física ainda assusta muitos cristãos, mas a afirmativa de Jesus mostra que por meio da fé, e no ato de entregar-se de forma voluntária ao governo de Deus, nenhuma inquietação acha morada no coração do homem.

Considere nos dias atuais que as pessoas estão tratando suas carências olhando somente as coisas materiais, naquilo que Jesus pode dar e ele, por sua bondade tem concedido, conforme a sua vontade, todavia, por trás da ansiedade por coisas físicas e terrenas, entenda que existe em cada coração, uma grande necessidade por um alimento muito mais forte e duradouro: o alimento espiritual que supre toda carência e todo vazio interior. Saiba que sem alimentar o espírito homens e mulheres vivem inseguros, inquietos, batendo literalmente a cabeça aqui e acolá. Nesse sentido, entenda que as carências e as inquietações do homem só podem ser saciadas por Jesus Cristo, o verdadeiro pão que dá vida, e vida em abundância, amém? Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 3093 vezes Última modificação em Domingo, 06 Novembro 2022 22:06
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