Sábado, 15 Abril 2023 20:04

MORTE

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MORTE

Considera como amo os teus preceitos,  vivifica-me, segundo a tua benignidade.” (Sl 119.159)

Os salmos foram reunidos um espaço de quase mil anos. Os cento e cinquenta poemas possuem diversos autores, sendo atribuído ao rei Davi a autoria de mais de setenta salmos. Demais autores são Moisés, Salomão, os levitas filhos de Coré, Asafe e outros. Os salmos expressam os momentos que o salmista estava vivendo, assim, ele exaltava a Deus nas vitórias, falava da fidelidade, das alegrias e da confiança em Deus e de outra forma, o salmista citava a criação de Deus e dava graças pela vida. Enfim, são várias as expressões manifestadas pelos seus autores.

O salmo 119 é o mais extenso com 176 versículos e nele se percebe que o salmista colocou a lei de Deus no centro de todas as coisas. Em vários momentos, ele expressa alegrias e contentamento e noutros momentos, ele clama por uma vivificação, ou por uma ativação espiritual (Sl 119.18; 119.105; Sl 119.113; Sl 119.129; Sl 119.50; Sl 119.93).

Entenda que existem situações onde uma pessoa pode vir a ter uma quase morte física. São casos de acidentes, traumas, quedas, AVC, infarto e até mesmo por uma simples gripe. Na luta pela vida, médicos, enfermeiros, bombeiros e profissionais da saúde usam de várias técnicas de ressuscitação. Utilizam de choques elétricos e realizam massagens cardíacas, tudo com o intuito de trazer vida a quem está à beira da morte. Noutro giro, existem situações onde o cristão que pela sua apatia, pelas angústias e outras motivações pode também estar à beira da quase morte espiritual e também precisa ser vivificado. Precisa ser ativado e aí, nada de profissionais da saúde. A ativação espiritual vem por meio de Jesus, o mais poderoso antídoto contra a apatia e contra a tristeza espiritual.

Veja que o salmista, clamou por vitalidade, clamou por vida e por uma ativação espiritual. Era como se o salmista percebesse que sua vida espiritual estava indo embora, estava esvaindo e, pode-se até imaginar que ele ia ao templo, que sacrificava e participava das atividades religiosas, mas sentia no seu coração que precisava ser vivificado. Bem provável que sua vida espiritual não estava em boas condições e ele sentia a necessidade de uma ressuscitação para que a chama de vida voltasse a pulsar. Era um morto vivo.

Traga isso para os dias atuais e veja a grande semelhança do clamor do salmista com muitas pessoas que vivenciam a mesma situação. São pessoas que estão vivas fisicamente, mas mortas espiritualmente. Parece incoerente, mas entenda que dentro do contexto religioso, são pessoas que oram, pregam, cantam, tocam instrumentos e usam suas vozes para louvar o nome de Deus, são pessoas que até intercedem pelos demais e provavelmente exercem atividades nas reuniões das igrejas. São pessoas vivas fisicamente, todavia, mortas por dentro.

Na luta pela vida espiritual, o salmista se lembrou das promessas de Deus para sua vida (Sl 119.49-50). Considere que ele ativou o modo esperança e isso lhe trouxe um despertamento. Entenda que hoje muitos crentes vivem meio que desnorteados, perdidos nos labirintos da vida e esquecem das promessas de Deus para suas vidas. Enquanto buscam por prosperidade, lazer, viagem, conforto material e tantos outros atrativos, se esquecem que nada dessas coisas tem a capacidade de resolver as grandes lacunas do vazio espiritual. Noutras palavras, pessoas assim estão buscando vida na direção errada. Na verdade são soluções terrenas, temporárias, precárias e extremamente vazias do poder de Deus. Mas entenda que aquele que firmou a promessa no seu coração, ele é fiel pra cumprir (Nm 23.19). A expectativa da chegada da promessa ativa o coração, desperta a mente e traz vida em abundância. Reflita nisso!

Morto e carecendo de vida espiritual, o salmista não pediu restauração de sua vida com coisas terrenas e nem tampouco buscou por terapias alternativas. Ele foi direto na fonte de vida, buscou vida na eficácia das promessas de Deus por meio da sua palavra. Isso foi o diferencial. Ele ativou a esperança em um Deus que não falha e que gera a vida e não morte. Guarde isso!

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10.10). Em Jesus e com Jesus a morte não tem espaço. Em Jesus o morto ganha vida. Veja que aos religiosos, Jesus apresentou o novo nascimento (Jo 3.3). Aos cansados, Jesus garantiu que daria descanso (Mt 11.28). Aos pecadores, Jesus não só os perdoou como os instruiu a seguir a vida em paz (Lc 7.48-50). Entenda, portanto, que as pessoas podem até procurar vida em outros lugares, mas vida espiritual só existe em Jesus, eterna fonte inesgotável de águas vivas que alimenta, sacia a fome interior e vivifica o espírito. Amém? Abraço forte.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 547 vezes Última modificação em Sábado, 15 Abril 2023 20:08
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