Quarta, 11 Fevereiro 2015 16:38

OPORTUNIDADE

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 A cura do cego Bartimeu (Lc 18:35-43)

Lucas foi o autor do Evangelho que leva seu nome. Faz parte dos evangelhos sinóticos, era médico e foi cooperador de Paulo (Fm 24). O evangelho de Lucas apresenta Jesus como o Filho do Homem e em todo o seu escrito, destaca a perfeita humanidade de Jesus e sua extrema compaixão pelos pecadores. Curiosamente, somente o livro de Lucas registra a parábola da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo. Em sua narrativa, Lucas afirma que os fatos de seu livro foram corroborados por testemunhas oculares (Lc 1.3), o que mostra sua preocupação com a credibilidade com os eventos registrados.

Esses nove versículos mostram que Jesus teve extrema compaixão por um membro daquela sociedade que, provavelmente, devido a deficiência visual, vivia marginalizado, necessitando de pessoas que o guiasse pelos caminhos. Pode-se até mesmo afirmar que no primeiro século, quando as condições de vida não eram das melhores, este homem tinha uma vida miserável.

Nos dias atuais, a vida de um cego, mesmo com tantas tecnologias, com tantas possibilidades de ter uma vida ao menos digna na condição de deficiente, ainda é um caos. Mas Deus não criou o homem para ser um pedinte a beira do caminho, nem é da vontade divina que o homem fique à margem do caminho.

Não se deseja aqui esgotar o assunto em motivos que podem colocar o homem a beira de um caminho, mas mesmo ante tanta dificuldade para posicionar-se e gritar pelo nome de Jesus, enfrentando outras pessoas que o mandavam ficar quieto (Lc 18.39), o cego teve uma particularidade rara nos deficientes: a fé que cura!

O versículo 36, mostra que sua fé começou quando ele “ouviu” o caminhar da multidão. Por onde Jesus andava, muitas pessoas o acompanhavam e Bartimeu era cego, mas não era surdo. Certamente tinha um ouvido apurado e isso foi um detalhe importante na sua fé. Era cego, mas não era mudo e indagou quem estava por ali. Era Jesus quem passava e Bartimeu vislumbrou a grande oportunidade de sua vida: ser curado!

Hoje muitos possuem melhores oportunidades que essa do Bartimeu, possuem plenas condições de buscar a Jesus Cristo, mas se fazem de cegos por não desejarem vê-lo, se fazem surdos não desejando escutar a Sua Palavra e tampouco possuem a fé naquEle que pode fazer algo pela sua vida. Pode-se imaginar que naquela cidade de Jericó, havia mais homens cegos ou com outras deficiências, mas Lucas (que escreveu os fatos mediante testemunhas oculares – Lc 1.1-4) noticiou que apenas Bartimeu enxergou a oportunidade de ser curado. Ele viu a oportunidade e buscou por ela, gritando!

Ainda hoje, oportunidades surgem e poucos conseguem detectar este momento único! Muitos perdem o que Deus preparou exatamente por deixar para outro dia, outra semana, outro mês, ou quando der. Simplesmente deixam que os gritos da multidão o impeçam de ir a Jesus! Contrariamente a tudo isso, a benignidade e fidelidade de Deus chegam até as nuvens, no sentido de grandeza! (Sl 36.5)

O receio de não ser atendido, a síndrome de inferioridade, o comodismo com a situação e até mesmo aquela síndrome da Gabriela “nasci assim, vou morrer assim” são motivos para a pessoa ficar inerte, não ter forças para lutar e aceitar a miserabilidade da vida. Tudo isso é estratégia de Satanás, sempre desejoso de ver as pessoas impedidas de buscarem a Deus.

Manifestando a firme vontade de ser curado, o cego não titubeou e clamou por Jesus. Levou a oportunidade a sério. Idêntica situação em termos de oportunidade viveu Jacó quando se agarrou ao anjo e pediu sua benção (Gn 32.26). Bartimeu clamou foi persistente, ele buscou e encontrou (Mt 7.8) e ante mesmo aqueles que não queriam que ele gritasse (Lc 18.39), ele insistiu e venceu.

Jesus se importa com todos, mais ainda com os que estão à margem da estrada. Muitos precisam de uma benção, mas raros os que tomam a iniciativa (Lc 19.3) e mais raros ainda os que clamam com fé. Não há multidão que impeça o agir de Deus!

Não dê ouvidos aos gritos do povo. O cego Bartimeu é um exemplo de clamor, de fé e acima de tudo de persistência de quem sabia que Jesus iria inclinar seus ouvidos e ouvir o seu clamor (Sl 116.2).

Deus os abençoe!

Milton Marques de Oliveira

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