Quarta, 11 Março 2015 18:30

RETROCESSO

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Retrocesso

“Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor. Gl 2.18”.

 

Este versículo está dentro de um bloco de ideias do Apóstolo Paulo. Teve início no v. 15 e encerra no v. 19 do capítulo 2. Está contextualizado dentro da narrativa de Paulo que mostrou aos irmãos da Galácia que o crente em Jesus Cristo estava morto para a lei mosaica. Essa lei, até então era a única forma de justificação dos pecados mediante os sacrifícios de sangue.

O apóstolo explicava àqueles irmãos, que eles, agora conhecedores da justificação pela graça de nosso Senhor Jesus, não teriam nenhum motivo para voltar ao jugo e escravidão da lei. Não havia sentido em oferecer sacrifícios, pois Jesus Cristo já havia feito um sacrifício único para resgate dos pecados de todos.

Mesmo assim tendiam a voltar ao judaísmo, à servidão de uma lei cheia de normas e regras. Não era isso, evidentemente que Paulo desejava que acontecesse, daí a ênfase na passagem que se destaca e que deu origem ao título deste texto.

Vemos diariamente pessoas que se convertem ao evangelho. Tornam-se, portanto, filhos de Deus, obviamente não no sentido da vontade da carne, mas por receber e acreditar no nome de Jesus (Jo 1.12-13). Participam dos cultos, são batizados, alguns até mesmo pelo Espírito Santo, são abençoados, outros são consagrados a cargos ministeriais, e num repente, rejeitam a verdade das Sagradas Escrituras e fazem meia volta.

Imagine uma pessoa dominada por um vício qualquer, que seja o cigarro, o álcool, as drogas ou a prostituição. Ela deseja ardentemente libertar-se, conhece Jesus, é liberta, transformada e passa a desfrutar de uma vida totalmente diversa daquela antiga. E então retrocede.

Embora seja uma ilustração, é exatamente isso que acontece quando o crente desvia do verdadeiro caminho. Pessoas imaturas, fracas e pobres de espírito, sem a firmeza necessária, retrocedem tomando o caminho tortuoso que outrora vivia. É lamentável, principalmente quando este retrocesso desaguará na perda da vida eterna.

Em termos de salvação não existe neutralidade e nem meio termo. Quando se vive ininterruptamente para Deus, a fé é firmada em Cristo, rocha inabalável (Mt 7.24) e isso resulta na dependência única da graça de Deus, ou seja, o vínculo e a identificação com Jesus  é incontestável.

Ainda na carta aos Gálatas, mais a frente, Paulo ainda volta a adverti-los que eles, conhecidos por Deus, não poderiam retornar aos costumes antigos (Gl 4.9). Analogicamente, isso tem aplicação nos dias atuais, pois quando conhecedores da Palavra de Deus e do Deus da Palavra, não podem e nem devem retornar ao mundo de corrupção que vivia.

Conforme está escrito e, em isso acontecendo, este estado se tornará pior que o primeiro (2 Pe 2.20).

Esqueça o passado, o caminhar do crente é para frente, para o alto, para o alvo que é Jesus (Fp 3.13- 14)! Amém?

 

Deus os abençoe!

Milton Marques de Oliveira

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