Quarta, 20 Maio 2015 18:47

QUASE!!

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QUASE!

 “Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão. At 26.28”

Lucas foi o autor do livro de Atos dos Apóstolos, uma narrativa que engloba as primeiras missões cristãs e o início da igreja, e como disse o próprio Lucas no começo de sua narrativa, tudo confirmado minuciosamente por testemunhas oculares (Lc 1.3).

No versículo acima Paulo estava na cidade de Roma, para onde tinha sido levado preso, momento em que fez sua defesa oral perante o rei Agripa. A acusação dos judeus que pesava contra Paulo eram algumas questões referentes à sua própria religião e, nos dizeres dos judeus, particularmente a “um certo morto, chamado Jesus, que Paulo afirmava estar vivo” (At 25.19).

Essa foi uma oportunidade para Paulo não só pregar  o Evangelho, mas também para mostrar ao rei Agripa, que ele, Paulo, então um judeu fariseu, outrora tinha sido um zeloso cumpridor das leis mosaicas e, agora convertido, apresentava-se como um novo homem, transformado pelo Poder do sangue de Jesus.

No século I, passados poucos anos da morte e ressurreição de Jesus, o evangelho era divulgado de forma fragmentada, com poucos cristãos que pregavam a salvação mediante a graça, contrastando com a lei mosaica.

O rei Agripa ouviu o testemunho da conversão de Paulo e teve a oportunidade de naquele instante, se converter e salvar sua alma, mas ficou no quase e não há relatos na Bíblia que ele tenha mudado de ideia, conforme se vê no destaque da passagem que fundamenta este texto.

Ainda hoje, nas diversas atividades que se realizam, o mundo está cheio de pessoas quase vencedoras, de pessoas quase aprovadas em concursos públicos, de pessoas quase eleitas, de pessoas quase contratadas para determinado emprego, de pessoas que quase casaram, enfim, temos centenas de milhares de pessoas que ficaram no quase. Por um motivo ou outro, ficaram pelo caminho e não avançaram naquilo que pleiteavam.

Na vida espiritual acontece a mesma coisa, todavia, diferentemente dos exemplos anteriores, a pessoa está lidando com a salvação e a vida eterna, algo demais importante para ficar só no quase, algo de extrema relevância para ficar pelo caminho. Acima foram citados casos onde a possibilidade de uma segunda oportunidade é real, mas para a salvação da alma e para a vida eterna, não existe o quase salvo.

Amanhã, a pessoa que perdeu pode ganhar, o reprovado em um concurso pode ser aprovado noutro concurso, quem perdeu a eleição pode vencer na próxima, quem perdeu o emprego pode ser contratado em outro emprego e quem quase casou, pode casar numa segunda oportunidade. Mas para a salvação, infelizmente, não há uma segunda oportunidade.

Não se pode chegar ao juízo final e pedir uma segunda oportunidade. A parábola de Lázaro ilustra bem tudo isso, notadamente quando o rico pede para Lázaro voltar e avisar seus irmãos sobre aquele lugar de tormento. O pedido é negado sob a justificativa que eles ouvissem os profetas (Lc 16.19-29).

E o que é nossa vida? Somente ainda estamos vivos pela misericórdia de Deus. Nossa vida é como um vapor que rapidamente se dissipa. Nada sabemos o que acontecerá amanhã, se estaremos vivos, se estaremos com nossos amigos, se estaremos no trabalho ou se estaremos mortos (Tg 4.14). Nada sabemos sobre o minuto seguinte. Pense nisso!

Hoje é o tempo oportuno para não ficar no quase. Hoje é tempo de aceitar Jesus como Salvador de sua alma e acreditar que somente ELE é Deus, único e verdadeiro! Disse Jesus ao discípulo Tomé: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim; (Jo 14.6)”.

Não faça como rei Agripa que ficou no quase! Amém?

Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

 

 

 

Ler 1243 vezes Última modificação em Quarta, 20 Maio 2015 18:59

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