Quarta, 24 Junho 2015 17:49

DESCARTÁVEL!

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DESCARTÁVEL

Roguei aos teus discípulos que expulsassem o espírito maligno, mas eles não conseguiram”. Lc 9.40

 

Tem-se pelo versículo acima o desabafo de um pai, que ao ver seu filho tomado por um demônio, teria rogado aos discípulos de Jesus que o libertasse, mas estes não obtiveram êxito em expulsar o demônio. Jesus, após advertir os discípulos, repreende o demônio e entrega o garoto ao seu pai.

Trata-se, obviamente, de mais uma libertação demoníaca que Jesus operou em seu ministério terreno, e isso somente confirma os dizeres do profeta Isaías: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados” (Is 61.1). Essa passagem foi lida por Jesus na sinagoga de Nazaré (Lc 4.18-19)

Essa proclamação de liberdade aos cativos significa a libertação espiritual do homem, preso ao pecado e servo de Satanás. Em diversas ocasiões, Jesus expulsou os demônios e transformou pessoas escravas em pessoas livres, todavia, no versículo destacado e que serve de eixo para este texto, percebe-se que seus discípulos não conseguiram expulsar o demônio do garoto e este fato foi levado ao seu conhecimento.

A cada dia as pessoas são levadas a descartar tudo aquilo que não tem serventia. Um par de sapatos que não tem mais utilidade, roupas, eletrodomésticos e até mesmo aquele funcionário da empresa que não tem mais valor, tudo pode ser descartado. Vivemos, portanto, na era da valoração. Se tiver valor, fica, se não tiver, descarta-se.

Com Jesus, felizmente não é assim que funciona. Todos possuem valor e todos são amados da mesma maneira. Jesus em nenhum momento trata as pessoas como mercadoria, produto ou objeto, mas a todos trata de forma igualitária distribuindo seu amor fraternal.

Como os discípulos não conseguiram expulsar o demônio do garoto, humanamente falando, Jesus poderia simplesmente descartar todos eles, pois momentos antes, os convocou dando-lhes virtude e poder para expulsar demônios e curar enfermidades (Lc 9.1), e mesmo recebendo virtude e poder do Mestre, fracassaram, ou seja, na visão moderna, não foram suficientemente eficazes para o ministério.

No AT temos o caso de Geazi, discípulo do profeta Eliseu que mesmo recebendo o cajado do profeta não conseguiu restaurar a vida do filho da mulher sunamita, logo após, Eliseu foi e ressuscitou o garoto (2 Rs 4.31-36). Humanamente falando, Geazi também poderia ter sido descartado pela ineficácia.

Contrário a tudo isso, Jesus não descarta ninguém, conhece a todos e sabe onde estão as limitações de cada um. Pedro negou Jesus (Lc 22.61-62), não foi descartado e tornou-se um homem eloquente, cheio do Espírito Santo (At 2.14-47) e um dos líderes da igreja em Jerusalém (At 15.7-11).

Os discípulos tinham suas limitações, eram humanos e sujeitos mesmo a falharem, e Jesus não só entendeu isso como ainda hoje compreende que todos que foram resgatados das mãos de Satanás, são úteis para atuar em prol de seu reino. Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34) e está pronto a chamar de filhos todos quantos creem em seu nome (Jo 1.12).

Seja homem ou mulher, rico ou pobre, com doutorado ou analfabeto, capacitado ou não, de qualquer raça, a ninguém Jesus descarta. Ao contrário, ELE convida a todos sem exceção para o seu reino, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei;” (Mt 11.28). Amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

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