Quarta, 12 Agosto 2015 13:28

DÍVIDAS

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DÍVIDAS

“Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Lc 14.28”

 

Dentre os diversos ensinamentos de Jesus aos seus discípulos, tem-se segundo os estudiosos, que o Mestre com muita frequência empregava cenas do cotidiano da época como ilustração e, na passagem acima, destaca-se a importância do planejamento em nossas vidas, principalmente como forma de evitar as dívidas. Este evento foi registrado somente por Lucas e é contextualizado em apenas três versículos (Lc 14.28-30).

No século I, toda a Palestina vivia sob a ocupação militar do Império Romano, que subjugava todos os habitantes com cobranças de impostos, taxas e pedágios. Eram comuns que até mesmo judeus fossem cobradores de impostos de seus compatriotas. Veja que Zaqueu era judeu e foi cobrador de impostos, outro foi Mateus, o mesmo que foi chamado por Jesus para ser seu discípulo e mais tarde escreveu o Evangelho que leva seu nome.

Não se sabe ao certo que situação real Jesus empregou para dar este ensino sobre um tema que até hoje desperta paixões. No governo, o planejamento ocupa ministério e dá emprego a muitas pessoas, nas empresas privadas que não ousam planejar, o futuro é incerto e nas atividades pessoais, o planejamento é vital para evitar aborrecimento e dores de cabeça.

Contextualizando os três versículos, percebe-se que Jesus ensinava que as atividades que demandasse tempo e recursos, mesmo aquelas menores, deveriam ser precedidas por um plano que contemplasse o cálculo das despesas e que se pensasse o quanto seriam gastos na realização daquilo que se propunha em realizar para evitar o constrangimento de executar somente a metade da obra, ou nem isso.

No século 4 A.C, eram comuns que os judeus contraíssem dívidas junto aos seus compatriotas para o pagamento de impostos ao rei (Ne 5.4) e anos mais à frente, já na época de Jesus isso não era diferente. Quase toda a população sobrevivia da agricultura, com pouca renda e os cobradores de impostos do Império Romano não davam trégua, assim, eram comuns, dada a lei que vigorava na época, que chefes de família disponibilizassem algum membro familiar como escravo para pagamento de dívida (Ne 5.5), ou que fosse ele preso ou mesmo vendido (Mt 18.25-34).

Obviamente que nos dias de hoje nada disso acontece, mas ainda hoje, tem-se uma gama de famílias endividadas pela absoluta falta de planejamento. Atualmente o país passa por um momento complicado na economia, pouca oferta de crédito, com juros e inflação nas alturas e segundo os economistas, essa crise pode durar mais um ano. Empresas estão demitindo trabalhadores aos milhares porque não conseguem vender seus produtos.

Tem-se que as pessoas criam dívidas quando adquirem produtos e mercadorias sem necessidade ou porque foram convencidos a comprar pela onda consumista do comércio, agiram precipitadamente e não tiveram meios para quitação dos débitos.

Perceba que as dívidas trazem uma série de desconforto no seio familiar, compreenda que às vezes vale a pena poupar um pouco e adquirir o produto a vista, inclusive com desconto.

É bom que se diga sobre a existência das boas dívidas (compra da casa própria, tratamento de saúde, educação, etc.), entretanto, há dívidas que poderiam ser perfeitamente evitadas se a pessoa meditasse no versículo em destaque, principalmente nas compras por impulso ou de produtos supérfluos.

Sejamos, portanto, sábios e conhecedores da Palavra de Deus para compreender que a inadimplência do crente em Jesus Cristo junto ao comércio, compromete sua postura ante aos incrédulos, trazendo embaraço à obra do Senhor. Amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

 

 

 

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